Uma Visão Panorâmica
Sobre Religiões, Seitas, Heresias E Modismos Teológicos
Introdução
Panorama da Situação
O Brasil é o país com o maior número de espíritas do mundo. É o terceiro país do mundo em número de Testemunha de Jeová. Os mórmons consideram seu crescimento no Brasil como um de seus maiores sucessos. As religiões orientais já atraíram mais de um milhão de brasileiros de todas as raças para suas crenças e continuam se expandindo rapidamente. As seitas estão espalhando seu falso evangelho em todo território nacional. Todos os dias, milhares de almas são perdidas para seitas e religiões no Brasil e no mundo.
Há evangélicos que enviam seus dízimos para a LBV (Legião da Boa Vontade), pensando tratar-se de uma organização evangélica. A LBV é uma seita espírita.
Pastores evangélicos usam as revistas Despertai! E Sentinela das Testemunhas de Jeová para ministrar à Escola Dominical. Outros já usaram a revista Acendedor, da Seicho-No-Iê.
Algumas igrejas dão seus púlpitos aos mórmons, só porque dizem serem missionários norte-americanos.
Os novos movimentos internos como a Confissão Positiva e o G12 não devem ser classificados como seitas, pois além de não afetarem os pontos salientes da fé cristã, seus ensinos e práticas não são necessariamente heresias, mas aberrações doutrinárias. Porém o efeito destrutivo pode ser pior do que o dos movimentos externos, pois satanás se utiliza muitas vezes, da arrogância ou da ignorância dos mentores dessas inovações para causar divisões nas igrejas. Eles estão mais para esoterismo do que para pentecostalismo. Além disso, estão muito próximo da Nova Era com suas crenças da deificação do homem.
I. O Monoteísmo Original:
1. A Bíblia apresenta à raça humana, em sua origem, como crendo em UM DEUS, sendo a idolatria um desvio posterior. Vai isto de encontro direto à teoria moderna de que a idéia de um ÚNICO DEUS desenvolveu-se gradativa e ascendentemente do animismo. O ponto de vista da Bíblia foi confirmado pela arqueologia. O Dr. Stephen Langdon, da Universidade de Oxford, descobriu que as mais primitivas inscrições babilônicas, sugerem que a primeira religião do homem consistia na crença de UM DEUS, e daí houve um desvio rápido para o politeísmo e a idolatria.
2. Sir Flinders Petrie afirmou que a religião original do Egito foi monoteística.
3. Sayce anunciou em 1898 que havia descoberto, em três placas separadas do tempo de Hamurabi, as palavras Javé é Deus.
4. Antropólogos de primeira linha anunciaram, recentemente, que entre todas as raças primitivas havia uma crença generalizada em UM DEUS SUPREMO.
II. Apostasia – O Abandono da Fé Bíblica.
“A Apostasia é uma coisa que somente pode acontecer na esfera da profissão cristã; o mundo nada tem de que apostatar” – Scroggie
1. Definição: Significa renunciar, abandonar ou afastar-se de. Toda religião exclusivista, ou seja, aquela que acredita que seus artigos de fé são a verdade, com a exclusão de todos os outros, inevitavelmente conclui que as pessoas, as quais adotam uma doutrina, credo ou convicção diferente da sua, são apóstatas.
2. Os Três Elementos da Apostasia. (1 Tm 4.1)
(1) A Fonte: “espíritos enganadores”
(2) O Ensino: “ensino de demônios”
(3) Os Agentes: “alguns da comunidade cristã”
3. A Responsabilidade do Ministro em Face da Apostasia. (1 Tm 4.1-
(1) Expor a doutrina dos apóstatas. (1-6)
(2) Rejeitar, pela força de uma piedade profunda, aquilo que é errado (7), inclusive os exercícios do asceticismo físico (8).
(3) Ordenar as coisas certas com toda autoridade pastoral (11).
(4) Tornar-se padrão, pois os preceitos sem exemplo são vazios. (Fp 3.17; 2 Ts 3.9)
(5) Aplicar-se a todas as partes do culto: à leitura, à exortação, ao ensino (13)
III. Pluralidade Religiosa.
A Pluralidade Religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade não estão.
O pluralismo religioso é uma condição observada em sociedades nas quais não ocorre a hegemonia de uma única religião, ou a hegemonia religiosa tende a desaparece. Pode ser considerado uma conseqüência da democratização das sociedades, que considera todos os sujeitos religiosos como legítimos. Sociedades democráticas reconhecem o direito à diferença dos indivíduos e grupos sociais. Nestas sociedades os grupos religiosos são chamados ao reconhecimento e à convivência entre as diferentes denominações. Para estes grupos, o diálogo inter-religioso surge como uma necessidade e um desafio. Um obstáculo à convivência inter-religiosa é o fundamentalismo religioso...
IV. Religiões.
1. Definição.
• Religião vem do latim religare, significando religar, atar.
• Religião consiste em crenças e práticas organizadas, formando um sistema individual ou coletivo, mediante o qual uma pessoa ou grupo de pessoas é influenciado.
• Religião é uma instituição com um corpo autorizado de comungantes, os quais se reúnem regularmente com o propósito de adoração, aceitando um conjunto de doutrinas que relaciona o indivíduo com aquilo que é considerado a quintessência da realidade.
• Religião é tudo aquilo que ocupa o tempo e a devoção de alguém.
• Religião é algo que envolve a piedade humana e a autojustificação, independente de qualquer revelação divina.
2. A Religião do ponto de Vista do Evolucionismo. A religião é apresentada como um movimento que parte de práticas e crenças simples para as mais complexas. Os seguidores da teoria da evolução dizem que a religião começa no:
(1) Animismo. A crença de que poderes sobrenaturais, ou espíritos desencarnados, habitam nos objetos naturais e físicos. Tais espíritos, segundo suas próprias vontades malignas, teriam influência sobre a vida humana.
(2) Politeísmo Simples. Certos poderes sobrenaturais são considerados deidades.
(3) Henoteísmo. Uma das deidades atinge uma posição de supremacia sobre todos os demais espíritos, e é adorada em detrimento das outras.
(4) Monolatria. Quando as pessoas optam por adorar um só dos deuses, sem, porém, negar a existência dos demais.
(5) Monoteísmo. Que surge somente quando as pessoas evoluem-se ao ponto de negar a existência de todos os demais deuses e de adorar uma única deidade.
REFUTAÇÃO:
(1) As pesquisas realizadas pelos antropólogos e pelos missiologistas neste século demonstram com clareza que essa teoria não é corroborada pelos fatos históricos, nem pelo estudo cuidadoso das culturas “primitivas”
(2) Quando os seres humanos criam um sistema de crenças segundo seus próprios desígnios, ele não tende a se desenvolver em direção ao monoteísmo, mas sim ao animismo e à crença em vários deuses. A Tendência é cair no sincretismo, acrescentando-se a estas deidades recém-descobertas ao conjunto das que já são adoradas.
(3) O Monoteísmo não é o resultado do caráter humano evolucionário, mas do desvendamento que Deus fez de si mesmo.
3. Classificação das religiões:
• Elas podem ser Cristãs ou Não Cristãs.
Cristãs: Quando se identificam com algum aspecto dos ensinos de Cristo.
Não-Cristãs: Quando não se identificam com nenhum aspecto das Doutrinas Cristãs.
• Elas podem ser Monoteístas ou Politeístas:
MONOTEÍSMO: Crença na Existência de um único Deus.
POLITEÍSMO: Crença na Existência de vários deuses.
4. Disciplinas que Estudam sobre a Religião:
(1) A Psicologia da Religião. A Psicologia da religião é o estudo psicológico das experiências religiosas e crenças. No Cristianismo, a psicologia da religião ou psicologia pastoral é um sub-campo da Teologia pastoral. É o campo da Psicologia dedicado ao estudo do comportamento religioso, comportamento que envolve aspectos cognitivos e afetivos do ser humano. A Psicologia da Religião, assim, apesar do nome, não estuda propriamente a religião, mas a relação do ser humano com a religião seja ela qual for, tanto de adesão como de afastamento, de modo a serem estudados tanto o comportamento dos religiosos como o comportamento dos não-religiosos. Em resumo, os psicólogos da religião não se pronunciam quanto à realidade do objeto religioso, ou seja, não afirmam nem negam a existência de uma transcendência nem de figuras religiosas como deuses, demônios, espíritos, mas querem conhecer o que leva as pessoas a afirmarem ou negarem essa transcendência, a crer ou não crer nessas figuras e a venerá-las ou combatê-las.
(2) A Filosofia da Religião. A Filosofia da Religião é uma das divisões da filosofia. Tem por objetivo o estudo da dimensão espiritual do homem desde uma perspectiva filosófica, indagando e pesquisando sobre a essência do fenômeno religioso. Em síntese, sua pergunta fundamental é: "O que é, afinal, a religião?".
(3) A Sociologia da Religião. Sociologia da religião busca explicar empiricamente as relações mútuas entre religião e sociedade. Os estudos fundamentam-se na dimensão social da religião e na dimensão religiosa da sociedade.
(4) A História da Religião. A História das Religiões é uma ciência humana para o estudo das religiões, ou melhor, conjuntos de práticas e crenças, ritos e mitos.
5. As Grandes Religiões do Mundo:
• Animismo. É a crença de que todos os objetos inanimados são habitados por espíritos.
• Hinduísmo. Religião nativa da Índia é uma mistura de Bramanismo, Budismo e de muitas divindades que habitam em objetos naturais.
• Jainismo. Fundada no 6º século a.C., pelo príncipe indiano Nataputa Vardamana, que recebeu o título de “Grande Herói”. O Jainismo é uma religião extremamente ascética.
• Budismo. É uma religião ascética, cujo dogma principal é o aniquilamento do desejo.
• Siquismo. É uma ramificação do Hinduísmo e do Islamismo, resultado de um agudo conflito entre os séculos 12 e 15.
• Confucionismo. É um sistema ético-filosófico baseado no culto dos ancestrais.
• Taoísmo. É uma das três grandes religiões da China, junto com o Budismo e o Confucionismo. Embora seja classificado como religião, inicialmente o Taoísmo era uma filosofia e só foi organizado como religião em 440 d.C., quando foi adotado pelo Estado.
• Xintoísmo. É o culto dos espíritos dos ancestrais imperiais.
• Judaísmo.
• Zoroastrismo. Antiga religião da Pérsia, fundada por Zoroastro. O Zoroastrismo substitui o politeísmo natural da Pérsia, por um monoteísmo pragmático.
• Islamismo. “Não há Deus além de Alá; Maomé é o profeta de Deus” Esta frase, muitas vezes repetida dentro dos círculos Muçulmanos, é o fundamento teológico da mais jovem das grandes religiões mundiais e, mesmo assim, a segunda maior do mundo, próxima do Cristianismo.
• Cristianismo. Fundamentado na Vida e nos Ensinos de Jesus Cristo. As três principais ramificações do cristianismo são: Ortodoxia Oriental, Catolicismo Romano e o Protestantismo.
V. Definição de Termos Relacionados ao Assunto.
1. Heresia. Deriva da Palavra grega “háiresis” e significa: escolha, seleção, preferência, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola. Daí surgiu a palavra seita. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo u de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o abandono da verdade. O termo “háiresis” aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 6.5; 28.22; Gálatas 5.20; e 2 Pedro 2.1.
2. Heresiologia. Disciplina teológica que estuda sobre as seitas e as heresias por elas ensinadas.
3. Heresiarca. Fundador de uma seita. Criador de um sistema religioso, ou denominação, antagônicos à Bíblia Sagrada.
VI. O que é uma seita.
1. Definição:
• Originalmente não tinha sentido pejorativo. Significava apenas uma facção, uma divisão. O Cristianismo foi chamado de seita, por que entendiam que era apenas uma divisão do judaísmo (At 24.5) Depois passou a ter sentido negativo: 1 Co 11.19; Gl 5.20; 1 Pd 1.1-2.
• Seita refere-se a um grupo de pessoas, heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-nos nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinado alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.
• Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas. – Dr. Walter Martins.
• É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã. – Josh McDowell e Don Stewart.
• Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria. – J.K. Van Baalen.
2. Critérios para se descobrir o que é uma seita: Livro de Tácito da Gama Leite - Resistindo a Tempestade das Seitas. Kurt keintath apresentou oito critérios para se descobrir o que é uma seita: Histórico, sociológico, psicológico, jurídico, eclesiástico, social, missionário e bíblico. No entanto, não se podem aplicar todos a uma só seita nem a todas elas, com a mesma intensidade. Entretanto, esse critérios auxiliam o cristão a reconhecer as seitas existentes hoje.
(1) Critério Histórico - A seita é como um ramo que se desprendeu da árvore; originou-se como um protesto contra aquilo que considera errado na igreja mãe. A seita, através do tempo e do espaço, pode ir perdendo sua agressividade e seu radicalismo e por isso pode sofrer uma nova cisão.
(2) Critério Sociológico - Enquanto a igreja está aberta a todos, sem distinção, a seita destina-se a um grupo selecionado de pessoas inconformadas com o mundo, comprometidas com a santidade, impondo-se uma conduta muito exigente. A seita dispensa a hierarquia e a tradição; a seita apresenta uma comunidade de leigos e de líderes carismáticos.
(3) Critério Psicológico - As idéias sectárias atingem mais as personalidades sugestionáveis, instáveis, sem fundamentos doutrinários e sem sentido crítico. Por outro lado, as seitas visam a atingir necessidades psicológicas imediatas e eternas, sendo comunidades acolhedoras, enfatizando as experiências espirituais mais intensas e as certezas face às duvidas.
(4) Critério Jurídico - Diante da constituição, há liberdade religiosa incondicional, a menos que prejudique as pessoas, infringindo alguma lei. Diante do Direito Civil, as seitas podem reunir-se livremente, divulgar suas crenças, evangelizar, adquirir bens móveis e imóveis, com fins beneficentes culturais e sociais. Entretanto, qualquer membro de igreja que se filiar a uma seita perde seus direitos como membro da igreja, é excluído da comunidade, quer seja essa católica, luterana, presbiteriana, ortodoxa, batista ou pentecostal.
(5) Critério Eclesiástico - As seitas denominadas cristãs, em sua maioria, praticam o batismo por imersão, e que vai de encontro à doutrina católico-romana, mas não contra a doutrina de muitos grupos evangélicos. A comunidade das seitas é composta somente de santos, segundo eles. Não aderem ao ecumenismo, não são abertos ao diálogo com outros grupos cristãos.
(6) Critério Social - As seitas separam-se radicalmente do mundo, tanto que os problemas que afligem a humanidade (parece que) não afetam seus membros. Vivem isolados socialmente. A beneficência parece restringir-se á própria comunidade.
(7) Critério Missionário - Não buscam os incrédulos; as igrejas e comunidades evangélicas são o seu terreno fértil para a colheita de adeptos. A motivação de seu zelo missionário diverge do sentimento que as igrejas possuem ao difundirem o evangelho de Jesus Cristo. Seus apelos falam do fim do mundo, da volta de Cristo e da vida cheia do Espírito Santo, do afastar da sociedade.
(8) Critérios Bíblicos - Para as seitas, as igrejas perderam o sentido autêntico e o conhecimento verdadeiro das escrituras. Criticam a exegese bíblica e não admitem os gêneros literários na interpretação das Escrituras. São fundamentalista. Isso se refere às seitas que se originaram de igrejas e denominações cristãs. Entretanto, muitas seitas conferem a mesma importância aos escritos e à interpretação de seus líderes e fundadores. Costumam isolar textos de seus contextos utilizando-os para solucionar seus problemas e dúvidas. Os evangélicos de todos os grupos possuem uma visão global das escrituras, considerando a Bíblia como a Palavra de Deus, centrada em Jesus Cristo; utilizam-se dos recursos fornecidos pela hermenêutica e pela exegese bíblica para a melhor compreensão do texto e do contexto, pois a Palavra não pode ser interpretada sempre ao pé da letra, ou de forma puramente literal.
VII. Seitas Judaicas
1. Os fariseus
Seus antecedentes eram os reformadores dos tempos de Esdras e Neemias.
Quando Matatias revoltou-se contra os esforços de Antíoco, os Hasidim “os piedosos” o apoiaram e se ligaram a ele.
Mais tarde os Hasidim foram denominados perushim “os separados”.
2. Os Saduceus
O nome possivelmente vem de Zadoque, o sumo sacerdote dos tempos de Davi (2 Sam. 8:17, 15:24). Eles aparecem na história na mesma época que os fariseus. Enquanto os fariseus eram nacionalistas, a tendência dos saduceus era na direção da filosofia grega com a cultura grega.
Sendo eles um partido político de tendências sacerdotais e aristocráticas, tinham pouca influência com o povo comum.
3. Os Essênios
Não mencionados no N.T. Mas Filo disse que havia 4.000 ou mais.
Eram uma seita ascética com sede na beira ocidental do mar morto.
Pensa-se que houve muitos deles nas vilas e cidades da Palestina.
Seguiram o conceito de comunidade de bens, abstinência, meditação, trabalho zeloso e o celibato.
4. Os Herodianos
Eram partido político não religioso. Esperaram que Herodes cumprisse a realização da esperança da nação.
5. Os Zelotes
Legalistas, pietistas, messianistas nacionalistas, intolerantes dos judeus impiedosos e de Israel na subjugação aos romanos.
VIII. Seitas que desenvolveram heresias sobre a Pessoa de Cristo nos primeiros séculos do Cristianismo:
1. Docetismo. Foi uma antiga heresia CRISTOLÓGICA, a qual ensinava que Cristo não era homem, pois jamais assumiu a forma humana. Jesus simplesmente “parecia ser o que não era”.
2. Ebionitas. Um grupo judaico extremista do 2º século que praticava um ascetismo rigoroso. Os ebionitas reconheciam que Jesus era o Messias prometido, mas rejeitavam a idéia de sua divindade ou que ele nascera da virgem Maria.
3. Gnosticismo. Era uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, tornava-os superiores aos cristãos comuns que não tinha o mesmo privilégio.
4. Monarquianismo: Movimento herético do III século. Tendo por objetivo realçar a unidade de Deus, acabou por negar categoricamente e divindade do Filho e do Espírito Santo.
5. Arianismo. Ensino que o Cristianismo considerou herético. O Arianismo é, em essência, a negação da eternidade de Cristo.
6. Apolinarismo. Ensina que Cristo era divino e não havia natureza humana nele. Negava a Encarnação de Cristo.
7. Nestorianismo. Ensinava que Jesus era ao mesmo tempo duas pessoas distintas, Deus e Homem. A Bíblia ensina que Jesus era uma pessoa com duas naturezas.
8. Eutiquianismo. Heresia formulada por Eutíquio, patriarca de Constantinopla. Segundo ele, Cristo possuía apenas uma natureza.
9. Monofisismo. Controvérsia Cristológica a qual ensinava que Jesus possuía apenas uma natureza, essencialmente divina.
10. Monotelismo. Cristologia a qual ensinava que Jesus possuía apenas uma vontade divina. Jesus tinha duas vontades – a divina e a humana.
IX. Os “Ismos” Religiosos
A busca do saber por parte do homem é conhecida teoricamente por Filosofia, de phílos, “amigo”, “amante”, e sophía, “conhecimento, saber”, formado do adjetivo e substantivo gr. philósophos, “que ama o saber”, “amigo do conhecimento”.
A filosofia, segundo a tradição que remonta a Aristóteles, começa historicamente no século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor, entretanto, sabemos que o ser humano começou a filosofar desde que intentou no seu coração afastar-se de Deus (Gênesis 3.1-7). Infelizmente, o pensamento humano, no intuito de descobrir ou redescobrir sua natureza, origem e razão de ser, tem criado os “ismos” que na realidade afastam cada vez mais a criatura do seu Criador.
A pregação apostólica combate ferrenhamente a filosofia (I Coríntios 1.22; Colossenses 2.8; I Timóteo 6.20) ou sabedoria dos gregos e ensina que a verdadeira sabedoria vem do alto, de Deus e nunca de esforços humanos: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.” (Tiago 1.5)
Reunimos aqui as escolas de pensamento filosófico mais conhecidas, e as suas falsas filosofias, no intuito de mostrar ao leitor uma síntese do esforço inútil do homem através dos séculos no propósito de adquirir a sua própria salvação ou redenção. O mais importante é que essas escolas de pensamento fornecem às falsas religiões e seitas o material necessário à sua pregação. Há vestígios de uma ou mais filosofias seculares no contexto doutrinário de cada religião ou seita falsa em detrimento das verdades divinas registradas na Palavra de Deus. Um exame cuidadoso e sincero mostrará isso.
• Agnosticismo – O vocábulo ing. agnosticismo foi forjado em 1869 por Thomas H. Huxley, calcado, por oposição ao gnosticismo, no adjetivo gr. ágnõstos, “ignorante, incognoscível”. Filosofia naturalista e afeita às coisas e relações da ciência experimental. “É o sistema que ensina que não sabemos, nem podemos saber se Deus existe ou não. Dizem: a mente finita não pode alcançar o infinito. Ora, não podemos abarcar a terra, mas podemos tocá-la! (I João 1.1). A frase predileta do Agnosticismo é: “Não podemos crer”. Um resumo de seu ensino é o seguinte: o ateísmo é absurdo, porque ninguém pode provar que Deus não existe. O teísmo não é menos absurdo, porque ninguém pode provar que Deus existe. Não podemos crer sem provas evidentes. Mentores do Agnostícismo: Huxley, Spencer e outros. Estão todos puramente enganados, porque Deus é facilmente compreensível pela alma sequiosa, honesta e constante. Ler Romanos 1.2O”. (Introdução à Heresiologia)
• Animismo – Uma das características do pensamento primitivo, que consiste em atribuir a todos os seres da natureza uma ou várias almas. Segundo Edward Burnett Taylor (1832-1917) é também toda a doutrina de índole espiritualista, em oposição ao materialismo. Essa teoria considera a alma como a causa primária de todos os fatos.
• Ascetismo – Teoria e prática da abstinência e da mortificação dos sentidos. Tem como objetivo assegurar a perfeição espiritual, submetendo o corpo à alma. Há ainda o ascetismo natural (busca da perfeição por motivos independentes das relações do homem com Deus) que foi praticado pela escola pitagórica. É muito praticado pelas religiões e seitas orientais.
• Ateísmo – Teoria que nega a existência de um Deus pessoal. Desde a Renascença, o termo passou a indicar a atitude de quem não admite a existência de uma divindade. Chamam-se ateus os que não admitem a existência de um ser Absoluto, dotado de individualidade e personalidade reais, livre e inteligente.
• Ceticismo – Se caracteriza por uma atitude antidogmática de indagação, que torne evidente a inconsistência de qualquer posição, definindo como única posição justa a abstenção de aceitá-las. Foi fundada por Pirro, filósofo grego em 360 a.C. Ensina que visto que só as sensações, instáveis ou ilusórias, podem ser a base dos nossos juízos sobre a realidade, deve-se praticar o repouso mental em que há insensibilidade e em que nada se afirma ou se nega, de modo a atingir a felicidade pelo equilíbrio e a tranqüilidade. Tais pessoas não vivem, vegetam…
• Deísmo – O deísmo distingue-se radicalmente do teísmo. Para o teísmo, Deus é o autor do mundo, entidade pessoal revelada aos homem, dramaticamente, na história. Para o deísmo, Deus é o princípio ou causa do mundo, infuso ou difuso na natureza, como o arquiteto do universo. Elaborado dentro do contexto da chamada religião natural, cujos dogmas são demonstrados pela razão, o conceito deísta de Deus pode confundir-se com o conceito de uma lei, no sentido racional-natural do termo. Trata-se do Deus de todas as religiões e seu conceito não está associado às idéias de pecado e redenção, providência, perdão ou graça, considerados “irracionais”. É antes um Deus da natureza do que um Deus da humanidade e, como um eterno geômetra, mantém o universo em funcionamento, como se fosse um relógio de precisão.
• Dualismo – Em sentido técnico rigoroso, dualismo significa a doutrina ou o sistema filosófico que admite a existência de duas substâncias, de dois princípios ou de duas realidades como explicação possível do mundo e da vida, mas irredutíveis entre si, inconciliáveis, incapazes de síntese final ou de subordinação de um ao outro. No sentido religioso são também dualistas as religiões ou doutrinas que admitem duas divindades sendo uma positiva, princípio do bem, e outra, sua oposta, destruidora, negativa, princípio do mal operando na natureza e no homem.
• Empirismo – Posição filosófica segundo a qual todo o conhecimento humano resultaria da experiência (sensações exteriores ou interiores) e não da razão ou do intelecto. Afirma que o único critério de verdade consistiria na experiência. É essa a teoria do “ver para crer”.
• Epicurismo – Nome que recebe a escola filosófica grega fundada por Epícuro (341-270 a.C.). Afirma o princípio do prazer como valor supremo e finalidade do homem, e prescreve: 1) aceitar todo prazer que não produza dor; 2) evitar toda dor que não produza prazer; 3) evitar o prazer que impeça um prazer ainda maior, ou que produza uma dor maior do que este prazer; 4) suportar a dor que afaste uma dor ainda maior ou assegure um prazer maior ainda. Por prazer entende a satisfação do espírito, proveniente de corpo e alma sãos, e nunca de Deus. Buscar prazer e satisfação apenas na saúde ou no intelecto é não ter desejo de encontrar a verdadeira fonte da felicidade.
• Esoterismo – Sistema filosófico religioso oculto. Doutrina secreta só comunicada aos iniciados. O esoterismo é ocultista e caracteriza-se pelo estudo sistemático dos símbolos. Há simbologia em tudo o que existe e no estudo dessa simbologia o homem poderá compreender as razões fundamentais de sua existência. Vem a ser uma ramificação do Espiritismo.
• Espiritualismo – Denominação genérica de doutrinas filosóficas segundo as quais o espírito é o centro de todas as atividades humanas seja este entendido por substância psíquica, pensamento puro, consciência universal, ou vontade absoluta. O espírito é a realidade primordial, o bem supremo. O Espiritualismo é dualista, pluralista, teísta, panteísta e agnóstico. E o espiritismo com um nome mais sofisticado. E doutrina de demônios. Aceita a reencarnação e a evolução do espírito.
• Estoicismo — Escola filosófica grega fundada por Zenão de Cítio (334-262 a.C.), sua doutrina e a de seus seguidores. O nome deriva do gr. stoa (portada) porque Zenão ensinava no pórtico de Pecilo em Atenas. O estoicismo afirma que a sabedoria e a felicidade derivam da virtude. Essa consiste em viver conforme a razão, submetendo-se às leis do universo, a fim de obter-se a imperturbabilidade de espírito (ataraxia). E uma forma de panteísmo empirista que pretende tornar o homem insensível aos males físicos pela obediência irrestrita às leis do universo.
• Evolucionismo – O Evolucionismo é uma filosofia científica que ensina que o cosmos desenvolveu-se por si mesmo, do nada, bem como o homem e os animais que existem por desenvolvimento do imperfeito até chegar ao presente estado avançado. Tudo por meio de suas próprias forças. É preciso mais fé para crer nas hipóteses da Evolução do que para crer nos ensinos da Bíblia, isto é, que foi Deus que criou todas as coisas. Gênesis 1.1; 1.21,24 25 (Introdução a Heresiologia).
• Gnosticismo – Do verbo gr. gnõstikós “capaz de conhecer, conhecedor”. Significa, em tese, o conhecimento místico dos segredos divinos por via de uma revelação. Esse conhecimento compreende uma sabedoria sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. Opõe-se radicalmente ao mundo e ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer físico. É panteísta e, segundo a tradição, (Atos 8.9-24) deve-se a Simão Mago com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria a sua difusão no meio cristão (Apologia).
• Humanismo – É a filosofia que busca separar o homem e todo o seu relacionamento, da idéia de Deus. O homem, nessa filosofia, é o centro de todas as coisas, o centro do universo e da preocupação filosófica. O seu surto se verificou no fim do século XIV. Marx é o fundador do humanismo comunista.
• Liberalismo – É liberdade mental sem reservas. Esse sistema afirma que o homem em si mesmo é bom, puro e justo. Não há um inferno literal. O nosso futuro é incerto, a Bíblia é falível e Deus é um Pai universal, de todos, logo, por criação somos todos seus filhos, tendo nossa felicidade garantida.
• Materialismo – Afirma que a filosofia deve explicar os fenômenos não por meio de mitos religiosos, mas pela observação da própria realidade. Ensina que a matéria, incriada e indestrutível, é a substância de que todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem e que a geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade não sobrenatural, mas natural, não ao “destino”, mas a leis físicas. Segundo essa filosofia, a alma faz parte da natureza e obedece às mesmas leis que regem seu movimento e o homem é matéria, como todas as demais coisas.
• Monismo – Os sistemas monistas são variados e contraditórios, entretanto têm uma nota comum: é a redução de todas as coisas e de todos os princípios à unidade. A substância, as leis lógicas ou físicas e as bases do comportamento se reduzem a um princípio fundamental, único ou unitário, que tudo explica e tudo contém. Esse princípio pode ser chamado de “deus”, “natureza”, “cosmos”, “éter” ou qualquer outro nome.
• Panteísmo – Do gr. pas, pan, “tudo, todas as coisas” e théos, “deus”. Como o próprio nome sugere, é a doutrina segundo a qual Deus e o mundo formam uma unidade; são a mesma coisa, constituindo-se num todo indivisível. Deus não é transcendente ao mundo, dele não se distingue nem se separa; pelo contrário, lhe é imanente, confunde-se com ele, dissolve-se nele, manifesta-se nele e nele se realiza como uma só realidade total, substancial
• Pietismo – Teve início no século XVIII através da obra de Philipp Spener e August Francke. E uma teoria do protestantismo liberal que dá ênfase à correção doutrinária sem deixar lugar para a experiência da fé. Interpreta as doutrinas do Cristianismo apenas à luz da experiência sentimental de cada indivíduo.
• Pluralismo – Não é bem uma Escola de Pensamento, mas uma doutrina que aceita a existência de vários mundos ou planos habitados, oferecendo um âmbito universal para a evolução do espírito. Suas crenças são todas baseadas na ciência, com culto, templos e práticas litúrgicas. É o culto às coisas criadas em lugar do Criador (Romanos 1.25).
• Racionalismo – A expressão racionalismo deriva do substantivo razão e, como indica o próprio termo, é a filosofia que sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar. Considera a razão como a essência do real, tanto natural quanto histórico. Ensina que não se pode crer naquilo que a razão desconhece ou não pode esquadrinhar.
• Unitarismo – Fundado na Itália por Lélio e Fausto Socino. Segue a linha racionalista de Erasmo de Rotterdan. Filosofia religiosa que nega a Divindade de Jesus Cristo, embora o venere. É uma filosofia criada dentro do protestantismo que afirma dentre outras coisas, a salvação de todos. Não crê em toda a Bíblia, no pecado nem na Trindade. Semelhante ao Universalismo. Universalismo – Pensamento religioso da Idade Média que estendia a salvação ou redenção a todo gênero humano. É, talvez, o precursor do movimento ecumênico moderno. O centro da história é o povo judeu, por sua aliança com Deus e depois, a Igreja cristã. Afirma que a redenção é universalmente imposta a todas as criaturas…
X. Porque é Importante o Estudo Sobre Seitas.
1. É importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas serem parte a Escatologia, isto é, ser um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos (1 Tm 4.1,2; 2 Pe. 1-3)
2. Defesa Própria: Os cristãos devem se informar acerca do que os vários grupos ensinam. Só assim poderão refutá-los biblicamente.
3. Proteção do rebanho. Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas Bíblicas bem administradas ajudam nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade será útil para proteger os recém-convertidos dos ataques das seitas.
Os Perigos das Seitas:
CRONOLOGIA DE SUICÍDIOS ENTRE AS SEITAS
Vamos mostrar agora o que tem acontecido nos últimos anos entre estes movimentos e o fim macabro que tiveram.
1993 – Oitenta seguidores da seita, “Ramo Daviniano”, morreram carbonizados.
1993 – Cinqüenta e três pessoas de uma vila do interior do Vietnã cometeram suicídio coletivo.
1994 – Cinqüenta e três membros da seita “Ordem do Templo Solar”, cometeram igualmente suicídio coletivo.
1995 – A seita japonesa “Ensino da Verdade Suprema” provocou um atentado com gás tóxico no metro de Tóquio, matando dez pessoas e ferindo cerca de cinco mil.
1997 – A seita americana “Porta do Céu” cometeu suicídio coletivo, o saldo de mortos chegou a trinta e nove pessoas.
2000 – Cerca de oitocentas pessoas que estavam envolvidas com a seita “Movimento Pela Restauração dos Dez Mandamentos” morreram carbonizadas na sede da seita em Uganda na África. Antes de cometerem o suicídio o líder da seita os incentivou a abandonar os seus bens, pois iriam se encontrar com a virgem Maria. Pelo jeito o único mandamento que a seita não quis restaurar foi o “Não Matarás”.
Prof. Paulo Cristiano da Silva
4. Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários nos ajuda apresentar-lhes a verdade de que necessitam.
5. Missões: Desempenhar o trabalho demissões requer muito mais que deslocar-se de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer a cultura onde vamos semear o Evangelho.
XI. Qual é a Origem das Seitas. – Como Explicar o Surgimento de Seitas.
1. A ação diabólica no mundo (2 Co 4.4)
2. A ação diabólica contra a Igreja (Mt 13.25)
3. A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19)
4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25)
5. A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16)
6. A falta de conhecimento da verdade Bíblica (1 Tm 2.4)
7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14)
XII. Como as Seitas Estão Classificadas.
1. Secretas. Maçonaria, Teosofia, Rosa-crucianismo. Esoterismo.
2. Pseudocristãs. Mormonismo. Russelismo, Meninos de Deus. Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa.
3. Espíritas. Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão.
4. Afro-brasileiras. Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional.
5. Orientais. Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Meditação Transcendental, Moonismo.
6. Unicistas: Igreja Local, ASNYV, Tabernáculo da Fé.
XIII. Como Identificar Uma Seita.
1. Identificação Geral: Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:
(1) Sobre a Bíblia Sagrada.
(2) Sobre Deus.
(3) Sobre Jesus.
(4) Sobre o Espírito Santo.
(5) Sobre a Queda do Homem e o pecado.
(6) Sobre a Salvação.
(7) Sobre as Coisas Futuras.
2. Os Quatro Caminhos das Seitas: Outras formas de identificação é conhecer os 4 caminhos seguidos por elas:
+ Adição: O grupo adiciona algo a Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia.
- Subtração: O grupo subtrai algo da pessoa de Jesus (Ora negam a humanidade de Cristo, ora negam a Divindade de Cristo)
x Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer que Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus.
/ Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à organização ou à igreja equivale desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso.
3. Outras Características:
• Falsas Profecias. Dizem profecias que não se cumprem.
• Negam a Ressurreição Corporal de Cristo.
XIV. Características Gerais dos Fundadores de Seitas.
1. Foram “Iluminados desde crianças”
2. Tiveram algum tipo de visão, iluminação, aparição, etc.
3. Foram escolhidos para desempenho duma “nova missão”
4. Alegam que Buda, Jesus, Maomé ou qualquer outra divindade pagã é a base da sua mensagem.
5. Têm uma mensagem diferente das demais ouvidas até então.
6. Vão revolucionar o mundo.
7. Pretendem agrupar todas as religiões fazendo-as um só rebanho.
XV. Modismos Doutrinários e Aberrações Teológicas nas Igrejas Evangélicas:
1. O Culto à Personalidade. É a adoração do líder da denominação. Os obreiros e os fiéis imitam sua forma de pregar, de orar, de glorificar a Deus, o seu estilo, passando a serem ecos da sua liderança.
2. Abusos na área dos Milagres:
• Dentes de ouro – houve uma época que os crentes iam receber nos cultos, dentes de ouro, através das ministrações do pregador.
• A arte de soprar – Pregadores começaram a soprar sobre a igreja, para que os crentes fossem cheios do Espírito Santo...
• O Fenômeno de cair – Ainda é muito praticado em certos ministérios.
• Unções pra todo gosto: Unção da Gargalhada, Unção do leão, Unção da Vassoura, Unção da Urina... etc – A prática de ungir fotos, ungir documentos, ungir o local da enfermidade, ungir a casa, roupas, objetos, chaves, carros etc. Óleo da Terra Santa, beber o óleo...
• Água Ungida – Ou Água orada, Água colocada em cima do rádio, da Televisão, etc... Esse mesmo costume já era praticado no Espiritismo, e no Catolicismo (No Catolicismo, chamada de “Água Benta”)
• Sal grosso, Rosa, lenços e toalhinhas ungidas...
• A Cola do Espírito Santo. Os crentes ficavam grudados nas paredes da igreja por causa da unção.
3. Maldição hereditária. Campanhas são feitas para a Quebra de Maldições na vida de Crentes, passando por cima da Palavra de Deus que afirma que Jesus já levou as nossas maldições. Fazem regressões ao passado para quebrar a maldição que começou com os pais, ou avós ou outros antepassados. Não seria mais útil e eficaz fazer a regressas até Adão e Eva, pois foi ali que tudo começou?
4. Demonismo:
• Conversas com demônios.
• Entrevista com demônios. – Há pastores que trazem ensinamentos à igreja, a partir do que aprenderam nas entrevistas com os demônios.
• Nomes de Demônios nunca citados na Bíblia. É um hábito o pastor perguntar o nome do demônio primeiro, para depois expulsá-lo, ou nas suas orações usar uma lista gigantesca de nomes de demônios para expulsá-lo.
• Atribuir tudo o que acontece aos demônios. Aí vão aparecer demônios da cachaça, da prostituição, do vício etc. O que pregadores chamam de demônios, a Bíblia chama de Obras da Carne.
• Crentes endemoninhados – Há uma prática de expulsar demônios de crentes. Se a pessoa é crente salva, jamais vai ficar endemoninhada, se estiver possessa de demônios, precisa ser liberta e aceitar a Jesus de verdade.
5. Maldição de Nomes Próprios. Afirmam alguns que há nomes que trazem maldição pra pessoa. É preciso saber o seu significado e quebrar a maldição do Nome. Se isto fosse verdade, São Paulo seria um dos Estados mais abençoados do Brasil, pois tem o nome de uma consagrado apóstolo. E o que dizer de Salvador, na Bahia? Ou Vitória do Espírito Santo?
6. Espíritos territoriais: É outra novidade, dizem alguns que é preciso saber qual é o espírito regional que domina o país, o estado, a cidade etc... Para poder expulsá-lo.
7. Mapeamento Espiritual. Alguns pastores fazem um relatório sobre a cidade com algumas perguntas cruciais:
• Qual o significado do nome da cidade?
• O Nome foi mudado?
• Existem outros nomes ou denominações populares da cidade?
• Estes nomes significam algo?
• Significam Bênção ou Maldição?
• Fazem destacar o dom redentor de Deus para a cidade?
• Eles refletem o caráter do povo da cidade?
XVI. Uma Resposta às Seitas – As Declarações de Fé da Igreja
1. O que é um Credo. (Do lat. credo, oriundo do verbo credere, crer)
• Fórmula doutrinária cristã, chamada também Símbolo dos Apóstolos, que começa em latim pela palavra Credo, que significa Creio.
• Profissão de fé cristã.
• Doutrina, programa ou princípios de uma pessoa, um partido, uma seita.
• Exposição resumida dos artigos de fé aceitos por uma religião, ou denominação evangélica.
2. Termos Relacionados:
• DOGMA: (gr. dogma, decreto, decisão) Declaração emitida por uma entidade eclesiástica acerca de um princípio de fé. No caso da Igreja Cristã, todos os dogmas têm de ter por base as Sagradas Escrituras. Caso contrário: Não é dogma; é tradição e até heresia.
• DOGMÁTICA: Estudo ordenado e sistemático das doutrinas que se encontram nas várias sessões das Sagradas Escrituras. Representa, via de regra, o posicionamento de uma igreja, ou denominação, acerca dos princípios bíblicos. Não pode sobrepor-se jamais a Palavra de Deus. A dogmática é a explanação de um credo. É a análise de uma declaração de fé. A dogmática recebe também o nome de Teologia Sistemática.
• DOGMATISMO: Posição clara, autoritária e inquestionável acerca dos princípios exarados nas Sagradas Escrituras. É a sistematização das convicções esposadas pela Igreja Cristã. O dogmatismo só é dogmatismo porque esta fundamentado na Palavra de Deus. Sem Ela, perderia toda a força. Embora o termo já esteja bastante depreciado em nossos dias, como se ninguém pudesse ter certeza de nada, ele mostra que o Cristianismo não é uma religião de hipóteses. É a religião da fé, das convicções bem fundamentadas, das evidências. O dogmatismo está presente nos credos, nas declarações de fé e nas Teologias Sistemáticas.
• CONFISSÃO DE FÉ: Declaração formal e sistemática de princípios doutrinários aceitos por uma religião.
3. A Importância do Credo
(1) Refutar as heresias que tinham surgido na igreja.
• O credo Niceno foi composto para combater a perigosa heresia de Ário, que negava a deidade plena de Cristo.
• O credo de Calcedônia refutava heresias que contrariavam o ensino bíblico concernente à natureza e à pessoa de Cristo
(2) Todos esses credos tinham por objetivo fazer as pessoas voltarem aos pontos básicos ou essenciais do cristianismo histórico.
(3) Eles nos ajudam a separa as doutrinas essenciais das secundárias. Os credos não discutiam pontos controversos da escatologia, como o arrebatamento, a tribulação ou o milênio. Afirmam simplesmente a questão central, dizendo que "Ele (Cristo) voltará gloriosamente, para julgar os vivos e os mortos."
(4) São úteis para afirmar a correção doutrinária, refutar o erro e favorecer a doutrinação cristã. No entanto, como todas as declarações escritas por homens imperfeitos que são os credos estão sujeitos à suprema autoridade da Palavra escrita de Deus.
(5) Com o crescimento da igreja, controvérsias sobre a fé exigiram expressões mais precisas das crenças cristãs. Por esta razão, em várias épocas da história da Igreja, os líderes se reuniram em concílios para rejeitar a heresia e estabelecer a doutrina ortodoxa na forma de credo.
(6) À medida que os cristãos divulgavam e defendiam a sua fé, novos títulos e definições foram acrescentados para esclarecer quem Deus era quem era Jesus e no que os cristãos criam.
4. Qual é a diferença entre Doutrina e Credo
Doutrina é revelação da verdade como se encontra nas Escrituras; dogma é a declaração do homem acerca da verdade quando apresentada em um credo.
5. Os Principais Credos da Igreja:
• O CREDO DOS APÓSTOLOS:
• O CREDO DE CESARÉIA:
• O CREDO DE NICÉIA:
• O CREDO NICENO:
• O CREDO DE ATANÁSIO:
• A DEFINIÇÃO DE CALCEDÔNIA: (451)
• QUARTO CONCÍLIO LATERANO: (1215)
• CONCÍLIO DE FLORENÇA: (1438-45)
• CONFISSÃO DE AUGSBURGO: (1530)
• CONFISSÃO GÁLICA:
• CONFISSÃO BELGA:
• CONFISSÃO DE WESTMINSTER (1647):
• DECLARAÇÃO DE AUBURN:
• DECLARAÇÃO DE BARMEN:
• CONFISSÃO DE 1967:
• CONFISSÃO ESCOCESA
• O CREDO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS:
• CREDO DOUTRINÁRIO DA IGREJA DE CRISTO PENTECOSTAL NO BRASIL:
XVII. Apologética. Estudos que visam à defesa da fé cristã
1. Definição: Apologética é a ciência ou a disciplina racional que se ocupa da defesa da fé religiosa, cristã ou não cristã. A palavra apologética vem do termo grego apologia (defesa), isto é, uma resposta ao ataque. Aqueles que, ao longo da história, escreveram obras com o intuito de defender a fé e a Igreja Cristã contra os ataques lançados pelo judaísmo, pelo paganismo, pelo estado, e também pela filosofia de várias escolas, são denominados apologistas (ou apologetas).
2. Principais Apologistas (Históricos e Contemporâneos)
a) Apóstolo Pedro
b) Apóstolo Paulo
c) Aristides - defendeu o cristianismo contra o paganismo. Era de Atenas e escreveu sua apologia ao imperador Antônio, em 147 d.C. Os cristãos, conhecidos na época com a "terceira raça", foram chamados por Aristides como raça superior e digna de tratamento humanitário. A obra (da qual restou somente uma tradução siríaca, e uma reprodução livre, no grego, no romance medieval de Barlaã e Joasafe), ataca as formas de adoração entre os caldeus, os gregos, os egípcios e os judeus, exaltando o cristianismo acima destas formas.
d) Justino Mártir - defendeu o cristianismo da filosofia grega. Endereçou sua apologia a Adriano e a Marco Aurélio, alegando que a filosofia grega, apesar de útil, era incompleta, e que este produto não terminado (a filosofia) é aperfeiçoado e suplantado em Cristo. Para ele, o cristianismo era a verdadeira filosofia. A filosofia grega era encarada da mesma forma que a lei judaica - precursora de algo superior.
2.1 Outros históricos: Aristo; Atenágoras; Taciano; Teófilo de Antioquia; Minúcio Félix; Irineu e Hipólito; Arnóbio; Lactâncio e Eusébio de Cesaréia; Pais Alexandrinos (Clemente, Orígenes, etc.); Agostinho; Tomás de Aquino.
2.2 Outros contemporâneos: Joseph Butler; Karl Barth; Rudolp Bultmann; Josh McDowell; Walter Martin; Norman Geisler; Paulo Romeiro.
3. Alguns temas da Apologética são: Podemos provar que Deus existe? Há alguma relação entre fé e filosofia? Há alguma relação entre fé e ciência? A Bíblia é digna de credibilidade? Jesus Cristo - Um Homem? Jesus Cristo - O Filho de Deus? Jesus Cristo - O Messias Prometido? A Ressurreição de Jesus Cristo - Fraude ou História? O Evangelho Segundo Allan Kardec é realmente Evangelho? O mormonismo é cristão? O catolicismo é cristão? Por que a reencarnação é uma farsa? Anjo Moroni: história ou invencionice humana? Por que a doutrina da transubstanciação é falha?
Bibliografia.
Seitas e Heresias – Raimundo de Oliveira.
Bíblia Apologética ICP
Dicionário Teológico – Claudionor de Andrade.
Religiões, Seitas e Heresias – J. Cabral – Universal – Universal Produções.
Elaborado por Wilson de Jesus Alves.
UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE RELIGIÕES E SEITAS