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MENSAGEM ESPECIAL

Naamã É Curado Da Lepra

 

Texto Bíblico: 2 Rs 5.1-19

INTRODUÇÃO

Naamã é um retrato do homem natural, que desfruta do bom e do melhor, mas é obstinado.

QUEM ERA NAAMÃ

O significado de seu nome: “Benevolente” ou “agradável”.

 

Ele era capitão do exército da Síria (v.1). Em Israel, não seria possível um leproso ocupar uma posição de destaque (Lv 13.45-46). Era o comandante supremo do exército da Síria, um oficial de alto escalão do exército (cf. Gn 21.22; 1 Sm 12.9; 1 Cr 27.34).

 

Era um grande homem, diante de seu senhor (v.1). Um homem de elevado nível social e proeminência.

 

Era um homem de muito respeito (v.1). Ele era um homem respeitado e honrado pelo seu mestre, altamente considerado pelo rei da Síria por causa de suas vitórias militares. Mas estava perdendo uma batalha para uma terrível doença. Esse também é o caso de inúmeras pessoas.

 

Era um herói valoroso (v.1). O sucesso militar de Naamã foi atribuído ao Deus de Israel, que é soberano sobre todas as nações (Is 10.13; Am 9.7). Teria Naamã tido alguma experiência então com o Deus de Israel?

 

LEPRA – DOENÇA E SIMBOLISMO

A Lepra – Como Doença:

Definição: Várias doenças de pele são classificadas como “lepra” no Antigo Testamento. Hoje a palavra se aplica apenas à hanseníase. Isto explica a tradução da NTLH: “uma terrível doença de pele”.

 

Tipos: Lepra – este termo genérico era usado para descrever uma variedade de doenças, e até o bolor ou manchas nas vestimentas e nas casas (Lv 13.47-59; 14.34-53).

Impigem (Lv 13.39)

A lepra tuberosa começava com empolas vermelhas e produzia manchas e deformações.

A lepra trofoneurólogica paralisava os nervos de tal maneira que os membros tornavam-se entorpecidos, atrofiados e sem vida.

Escrófula, que produz tumores.

Eczemas, micose e várias dermatites.

 

Tratamentos:

Seja qual for o tipo de lepra, a Lei exigia que a doença fosse observada, a fim de debelá-la nos seus estágios primários.

Havia exames repetidos, tanto para descobrir a doença, como também verificar sua ausência e evitar uma quarentena indevidamente imposta quando não se tratava da lepra verídica.

Se fosse realmente leproso, o homem deveria aparecer como quem está de luto, e recluir-se em quarentena (Jó 2.7,8).

Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no culto antes dos demais adoradores, e saíam depois que a congregação deixava o recinto.

 

A Lepra – Como Símbolo Do Pecado:

A inchação: Sugere o orgulho.

A pústula: Sugere a deformação produzida pela sensualidade.

A mancha lustrosa: Talvez o brilho da falsa religiosidade – a hipocrisia.

A lepra é contagiosa – o pecado também o é, o pecado de Adão foi transmitido para toda sua descendência.

As úlceras descritas em Lv 13.18-23, é comparável às feridas recebidas no mundo; as mágoas, e os maus hábitos antigos, normalmente são um ponto fraco para onde converge o pecado.

A queimadura descrita nos vs. 24 – 28 pode representar alguma paixão, como se descreve em 1 Co 7.9, que levaria ao pecado se não fosse regulada e dominada pela Palavra de Deus. Os impulsos naturais são parte do nosso ser, mas não nos devem imergir no pecado.

O leproso era considerado imundo, pois sua doença poderia contagiar a outras pessoas, era considerado também ritualmente imundo.

A lepra era progressiva: Os pecados e os hábitos depravados tendem a aumentar, dominando suas vítimas.

Era motivo de isolamento, assim como o pecado causa separação de Deus (Is 59.1,2), e separa os vários membros do povo de Deus (2 Co 6.17).

Causava insensibilidade.

Causa angústia, tormento e até a morte (Rm 6.23).

 

 

A PURIFICAÇÃO DE NAAMÃ

A Purificação De Deus Necessitada

Por que Naamã precisava da purificação de Deus? Era porque não podia achá-la nos homens; a lepra era considerada uma doença incurável.

 

Naamã tinha muitas vantagens (cinco delas são referidas no versículo 1). Porém era leproso. E seu mal pesava-lhe mais que todas as vantagens.

 

Aplicação Espiritual: Como é consigo? Também tem vantagens (quais são? – saúde, mocidade, inteligência, forças, amigos, conselheiros etc.), mas é pecador: e, porque não pode expiar seus pecados, precisa de salvação de Deus.

 

A Purificação De Deus Proclamada

Quem anunciou a purificação foi uma criada. A serva da esposa de Naamã, uma jovem cativa de Israel, comenta sobre a habilidade de Eliseu para curar a lepra do comandante.

 

Como ela sabia? Por ter experiência própria do poder do profeta? Por alguma amiga ter sido curada?

 

A mensagem que ela deu foi positiva, porém não foi bem compreendida. Ela apontou “o Homem de Deus”, mas Naamã foi apresentar-se ao rei. Há ocasiões em que um homem de Deus vale mais do que o chefe de uma nação.

 

A Purificação De Deus Recebida. Naamã procura a salvação do seu mal, mas erra muito:

Erra quanto ao preço: Levou dinheiro. Segundo o costume dos pagãos, o sacerdote e o profeta, nada mais eram do que empregados, da corte do rei; por isso, o rei da Síria, mandou um pagamento adiantado pela cura. A soma total equivaleria 340 kg de prata, e 68 kg de ouro. Uma soma digna de um rei para efetuar o pagamento a um colega pelos serviços de um profeta.

 

Erra quanto à pessoa: vai ao rei em vez de ir ao homem de Deus. O rei da Síria endereça uma carta ao rei de Israel, pedindo que Naamã seja curado.

 

A resposta do rei de Israel (5.7): O rei de Israel rasga suas vestes em frustração, concluindo que es trata de uma desculpa da Síria para atacar israelitas se o pedido não for atendido.

Era um sinal de luto, horror ou desespero entre os israelitas.

Pretexto (v.7): Entre a Síria e Israel houve, naquele século, períodos de guerra e de paz, alternados, com períodos de colaboração.

 

O conforto por parte do homem de Deus (5.8): A moradia de Eliseu não ficava muito longe de Samaria, razão por que o profeta tomou logo conhecimento do caso. Pena ´r que, quando o rei gritou “Acaso sou Deus?”, nem sequer pensou em chamar o profeta dAquele que é o Deus Todo-Poderoso. Eliseu pede ao rei que envie Naamã a ele; Naamã aprenderá que há um verdadeiro profeta em Israel.

 

Erra quanto ao espírito: Vai com orgulho em vez de ir humildemente. Naamã se revela um homem orgulhoso, ofendido pela rude instrução que recebe de Eliseu, de lavar-se o barrento Jordão. Por sua grandeza pessoal (v.1) seu grande dom (v.5) e a carta diplomática (v.6), Naamã esperava atenção especial às suas necessidades.

O anúncio (5.9-10): Naamã chega à casa de Eliseu, mas o profeta simplesmente lhe envia uma mensagem, dizendo que se lave sete vezes no rio Jordão. Eliseu não dera atenção àquele grande herói de guerra; nem se deu ao trabalho para sair de casa e cumprimentá-lo.

 

A raiva (5.11,12): Naamã fica furioso, pois supunha que Eliseu viesse curá-lo pessoalmente. Agora compreende-se porque Eliseu tratou o general tão abruptamente: o orgulhoso Naamã pensava que, para um grande homem como ele, forçosamente haveria especial atenções e uma cura milagrosa, e mesmo dramática; atitude esta que não se enquadra nos ensinamentos bíblicos.

 

A mensagem bíblica é de igualdade entre os homens na presença de Deus, e, perante Ele, todos haverão de se apresentar com humildade aceitando a obra de Jesus Cristo, pela qual nos concede a salvação e as bênçãos eternas (Rm 3.23; At 17.25,26; Tt 3-5).

 

Erra quanto ao lugar: Seu orgulho nacional o faz preferir os rios de Abana e Farfar ao Jordão.  A questão era a obediência à Palavra de Deus, e não a qualidade da água. Note a obediência do cego de nascença, ao mandamento de Jesus, de que ele fosse levar-se no tanque de Siloé (Jo 9.7).

A importância bíblica do Rio Jordão – há associações sagradas relacionadas ao Jordão.

A arca de Deus estivera ali, e os pés dos sacerdotes (Js 3.15-17)

Elias e Eliseu realizaram milagres no Jordão (2 Rs 2.8, 14). Eliseu fez um ferro de machado flutuar das suas águas (2 Rs 6.6).

Foi o local onde João Batista realizava o batismo (Mt 3.1-6), nele Jesus foi batizado (Mt 3.13-17).

Neste rio ocorreu uma manifestação da Santíssima Trindade.

Jesus voltou do Jordão cheio do Espírito Santo (Lc 4.1).

 

Porém, afinal, foi persuadido a receber a bênção da maneira apontada. Naamã tinha assessores inteligentes, que com cortesia, humildade e lógica cristalina, souberam tirar seu comandante do seu estado de indignação e conduzi-lo a um clima de compreensão que lhe possibilitaria a cura.

 

A Purificação De Deus Recompensada:

Seus presentes (5.15-19): Naamã desejava recompensar a bênção recebida; um desejo natural e correto – “Que darei ao senhor por todos os benefícios que me tem feito?”, mas nesse momento não podia ser.

 

Ele precisava compreender que a graça de divina é gratuita.

 

E que o homem de Deus não é levado pelo próprio interesse.

 

Suas promessas (5.17-19): Naamã promete adorar ao Senhor, daquele momento em diante. Naamã queria levar dali terra para erguer em sua pátria um altar a Deus – tinha recebido a cura da alma juntamente com a cura do corpo.

 

Nisto perdoe (v.18):

 

Naamã converteu-se ao Senhor e se lamentou que, no exercício de seus deveres oficiais teria de acompanhar o rei ao templo do deus pagão Rimom. Naamã quer explicar que, quando suas funções cívicas o forçassem a entrar em um templo pagão, ele não precisaria ser considerado como participante do culto idólatra; ainda não era possuidor daquela fé heroica que vence a qualquer obstáculo.

 

“Vai em paz”: O profeta quis que o general fosse embora em paz com Deus, sem explicar-lhe todas as consequências da sua escolha religiosa; o próprio Deus o guardaria em seu caminho, segundo Sua própria vontade, ensinando-o segundo sua capacidade de entender. Assim, o ministro cristão deve reconhecer como seu principal dever, encaminhar as pessoas num total real com o Senhor Jesus Cristo e a Palavra de Deus, não se preocupando demais em impor sua própria maneira de entender, de pensar e de agir ao recém-convertido. Deve confiar em Deus para que o Espírito Santo, possa completar e aperfeiçoar toda boa obra (Fp 1.6).

 

 

CONCLUSÃO:

A aquiescência de Naamã é análoga ao pecador orgulhoso que aceita o humilde caminho de salvação pela graça de Deus e é purificado do pecado (v13-14), e salvo (15-19). Da sua história aprendemos que:

Devemos procurar a salvação de Deus humildemente;

Não andar atrás da nossa própria opinião – “Eis que eu dizia comigo”;

Evitar o orgulho que pode obstar-nos de receber a bênção.

Escutar os bons conselhos dos mais humildes;

Ir a Cristo, e não a outro nosso preferido.

É necessário fazer isso agora.

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Explicada – S. E. Mcnair, CPAD

Bíblia Shedd – VIDA NOVA

A Bíblia Em Esboço – Harold Willmington HAGNOS

Comentário Bíblico Mac Arthur THIOMAS NELSON