As Principais Traduções E Versões Da Bíblia.
História Das Traduções Da Bíblia:
Durante o período da Idade Média, a tradução da Bíblia não era encorajada, principalmente, a do Antigo Testamento.
Há entretanto, resquícios de algumas antigas traduções inglesas, como por exemplo, a tradução do Evangelho de João, feita pelo Venerável Beda, por volta do ano 735.
Há também uma versão alemã antiga do Evangelho de Mateus de 748.
Por volta de 802, Carlos Magno, ordenou ao Alcuíno de Iorque que realizasse uma revisão da Vulgata Latina.
Por volta de 990, surgiu uma versão completa e independente dos quatro evangelhos no dialeto Wessex (inglês antigo). Essa tradução era conhecida como os Evangelhos Wessex.
Em 1199, o Papa Inocêncio III proibiu versões da Bíblia sem autorização, para combater as heresias do Catarismo e Valdenses.
Dom Diniz, rei de Portugal (1279-1325). Grande conhecedor do latim clássico e leitor da Vulgata. D. Diniz resolveu enriquecer o português traduzindo as Escrituras para o idioma. Não foi uma tradução completa da Bíblia, mas somente os 20 primeiros capítulos do livro d Gênesis.
A tradução mais conhecida da Bíblia para o inglês médio é chamada de Bíblia de Wycliffe, de 1383 e foi baseada na Vulgata. Posteriormente, esta versão foi proibida pelo Sínodo de Oxford em 1408.
O rei D. João I (1385- 1433) ordenou a tradução dos Evangelhos, Atos 1 e 2, epístolas de Pedro, 1,2, 3 Epístolas de João e a epístola de Judas. A tarefa fora confiada a “padres católicos” e ao Dr. Lindolfhos se Saxônias. Desses esforços resultou uma publicação que incluía os livros mencionados e o livro dos Salmos, que foram traduzidos pelo próprio D. João I.
Em meados do século 15 surgiu uma versão hussita da Bíblia na Hungria.
Finalmente, em 1478, tem-se uma tradução catalã no dialeto da Comunidade de Valência (atualmente Espanha).
Em 1521, Martinho Lutero foi banido do Império. Durante este tempo, ele traduziu o Novo Testamento do grego para o alemão. O mesmo foi impresso em setembro de 1522.
Jacob van Lisvelt, imprimiu em 1526 na Antuérpia, Bélgica, a primeira Bíblia completa holandesa, cuja tradução foi parcialmente baseada em porções das traduções de Lutero.
As traduções realizadas por Wiliam Tyndale, do hebraico e grego para o inglês (que ocorreram por volta de 1526-1536) não foram bem recebidas e foram sancionadas em razão do entendimento de que Tyndale havia alterado a Bíblia enquanto a traduzia.
A primeira Bíblia francesa completa foi traduzida por Jacques Lefevre d’Étaples e publicada em 1530, na Antuérpia, Bélgica.
Duas Bíblias consideradas importantes da época da Reforma são a Bíblia Froschauer de 1531 e a Bíblia Luther de 1534.
As primeiras traduções para o inglês foram realizadas por George Joye, que era protestante.
Em 1535, a primeira Bíblia em inglês completa foi publicada na Antuérpia, por Myles Coverdale.
Em 1584, o teólogo e escritor protestante, Jurij Dalmantin, traduziu a Bíblia completa para o esloveno e, consequentemente, os eslovenos foram as 12ª nação no mundo a possuir uma Bíblia completa em sua língua.
Em razão da atividade missionária dos jesuítas, a Bíblia foi traduzida para diversas línguas do Novo Mundo no século XVII.
A aliança Global Wycliffe dedica-se a tradução da Bíblia para diversas línguas, e anualmente, produz um relatório com o número de línguas para as quais a Bíblia já foi traduzida.
Traduções Parciais:
A da neta do rei D. João I, D. Filipa, que traduziu do francês os Evangelhos.
As dos monges de Alcobaça (1279-1325), sob os cuidados de Frei Bernardo de Alcobaça, que traduziu da Vulgata porções dos Evangelhos.
Os Evangelhos e Epístolas do Ano, por Gonçalo Garcia, 1479.
Atos e Epístolas Gerais, por Valentim Fernandes, por ordem de D. Leonora, esposa de D. João II.
Famosas Traduções Da Bíblia:
A Septuaginta. Foi a primeira tradução da Bíblia. O significado dessa palavra é “setenta”. A abreviação dessa versão é LXX, sendo às vezes, chamada de “Versão de Alexandria”.
Local: Alexandria, no Egito, no reinado de Ptolomeu II Filadelfo. Soter iniciou uma biblioteca que, na época de seu filho Ptolomeu Filadelfo, citado em Daniel 11.6, tornou-se a maior do mundo antigo. Desejando ter uma cópia em sua biblioteca, de cada livro conhecido traduzido para o grego, Filadelfo solicitou ao sumo sacerdote Eliazar para providenciar a tradução das Escrituras hebraicas. Eliazar, então encomenda a Demétrio Falario, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo.
Os Tradutores: Conta-se que setenta e dois eruditos, procedentes da Palestina (seis de cada uma das doze tribos de Israel), que viajaram para a Alexandria, traduziram o Pentateuco do Antigo Testamento hebraico para o grego em setenta e dois dias. Com o tempo, essa palavra viria denotar a tradução para o grego de todo o Antigo Testamento hebraico.
Tempo: Cerca de 285 a.C.
A tradução foi feita do hebraico para o grego.
Foi a Bíblia que Jesus e seus apóstolos usaram.
Essa, talvez, seja a mais importante das versões, por sua data antiga e influência sobre outras traduções.
Além dos 39 livros do Antigo Testamento, ela contém os livros conhecidos como apócrifos.
A mais antiga cópia da Septuaginta está na biblioteca do vaticano, data de 325 d.C.
Pentateuco Samaritano:
Essa obra foi, de fato, uma porção manuscrita do próprio texto hebraico, não sendo, na verdade, uma tradução, e muito menos uma versão. Contém os cinco livros de Moisés, pois os samaritanos aceitavam apenas o Pentateuco.
Hexapla: Foi composta por Orígenes, por volta de 228 d.C. Orígenes de Alexandria (185-254 d.C), sucedeu Clemente como o diretor da escola de Alexandria. Mais tarde mudou-se para Cesaréia. Após anos de estudo com Clemente e de suas próprias investigações, ele tornou-se capaz de falar com autoridade acerca dos livros que eram comumente aceitos pela igrejas cristãos de seus dias. Depois, ele elaborou o trabalho que deu o nome de “Hexapla!” (sêxtupla), contendo a Septuaginta e as três traduções gregas do Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Símaco de Samaria. Constavam também em suas últimas colunas o texto hebraico, e o mesmo texto grego. Esta Bíblia era dividida em seis colunas, de modo a facilitar a comparação das várias traduções da Bíblia. Encontrava-se assim:
HEXAPLA |
|
COLUNA |
CONTEÚDO |
A |
Estava o texto hebreu puramente original |
B |
Estava o texto hebreu escrito em caracteres gregos |
C |
Estava a versão do Áquila do Ponto. Áquila foi contemporâneo do imperador Adriano (117-138 d.C), de origem pagã, natural de Sínope no Ponto, converteu-se para o cristianismo, mas passou mais tarde para o judaísmo. Como prosélito e discípulo dos rabinos, fez uma tradução grega do Antigo Testamento. |
D |
Estava a versão de Símaco. Símaco era samaritano de índole ebionita. Viveu provavelmente no fim do século II d.C. Ele procura satisfazer as exigências do idioma e do espírito gregos, mitigando os antropomorfismos do Antigo Testamento. |
E |
A versão dos 70 com o trabalho de Orígenes. |
F |
A versão de Teodocião. Era igualmente um prosélito judaico do século II d.C. da cidade de Éfeso. A sua tradução é uma adaptação dos LXX do texto hebraico. Usa frequentemente transcrições de palavras hebraicas. O grande trabalho de Orígenes aparece nas indicações colocadas na quinta coluna, em que estava a versão dos LXX, para indicar ao leitor toda a qualquer diferença com o texto hebraico. Essa grandiosa obra, constituída de 50 volumes, perdeu-se provavelmente quando os sarracenos saquearam Cesaréia em 653 d.C. |
Traduções Siríacas.
O idioma siríaco (aramaico) era comparado ao grego koiné e ao latim da Vulgata. Era a língua comum do povo nas ruas. As principais versões siríacas do Novo Testamento são as seguintes:
Siríaco Antigo: São conhecidos dois manuscritos principais desta obra:
O Siríaco Curetônio, um pergaminho do século 5º, que se encontra no museu britânico. Recebeu este nome em homenagem ao dr. Curretan, que o editou.
O Siríaco Sinaítico, um palimpsesto do século 4º, descoberto no monastério de Santa Catarina, no Sinai, em 1844.
Versão Peshita.
A palavra peshita significa “simples” ou “comum”, sendo conhecida como Vulgata Siríaca.
Tem apenas 22 livros do Novo Testamento, faltando-lhe 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse
A Vulgata: Por mais de mil anos, predominou, no cristianismo ocidental, uma grandiosa tradução da Bíblia, a Vulgata Latina. Vários estudiosos haviam traduzido as Escrituras para o latim, entretanto, foi na época de Sofrônio Eusébio Jerônimo que a versão latina se firmou.
Fatos Precedentes:
Por volta do século 3º d.C., o latim começou a substituir o grego como língua de ensino no vasto mundo romano. Um texto um uniforme e confiável era extremamente necessário para uso teológico e litúrgico.
Havia muita confusão a respeito dos textos latinos da Bíblia, considerados heréticos e controversos.
É dessa época os Concílios de Nicéia (em 325), Constantinopla I (em 381) e Éfeso (em 431).
Devido à diversidade de versões, traduções e revisões bíblicas no século 4º, Dâmaso, bispo de Roma (366-384), inconformado com essa situação, providenciou uma tradução do texto da antiga versão latina, encarregando Jerônimo, eminente erudito no latim, grego e hebraico, de fazer a tradução, que de denominou Vulgata Latina. Jerônimo foi encarregado de traduzir da Septuaginta para o latim, o livro dos Salmos e o Novo Testamento, o que ele fez em três anos e meio.
É uma tradução da Bíblia toda, feita por Jerônimo, concluída em 405 d.C. Ele se serviu de outras traduções latinas existentes Veteres Latinae ou Antiga Versões Latinas, Vetus Latina, uma vez que eram muitas, este é o nome dado às traduções latinas feitas antes da Vulgata. Enfins do século II d.C., já se encontram vestígios dessas versões, que se propagaram em dois tipos principais, o africano e o europeu. A Itala é o mais notável exemplo do segundo tipo.
Local: Belém, Palestina.
Jerônimo foi um notável erudito da igreja que estava em Roma, a qual nesse tempo ainda mantinha pureza espiritual.
Jerônimo começou o seu trabalho com uma tradução da Septuaginta em grego. Logo desistiu de seu intento, visto que a Septuaginta era considerada, inclusive por Agostinho, verdadeiramente a Palavra de Deus, inspirada e inerrante, em vez de mera tradução não inspirada baseada em originais hebraicos.
Mais tarde, sob forte oposição e saúde precária, (ao retornar desse ardoroso trabalho. São Jerônimo foi alvo de sombria inveja, de um novo Bispo, que assumia a direção da igreja em Roma, dada a grande cultura e a influência de Jerônimo) – voltou-se para o texto hebraico, que estava em uso na Palestina, como texto-base para sua tradução, concluindo assim, em 405 d.C., sua tradução latina do Antigo Testamento hebraico, que não recebeu calorosa recepção de imediato. Ele traduziu 28 livros da Bíblia, e ali trabalha e estuda durante 34 anos na tradução completa da Bíblia para a língua latina.
Tradução foi feita do hebraico para o latim – a língua oficial do Império Romano. É ela a versão oficial da Igreja Romana desde o Concílio de Trento (1546 d.C). Nessa tradução, Jerônimo valeu-se de algumas palavras em língua e caracteres gregos, conforme nota na íntegra do próprio Jerônimo: “Traduzi com toda a fidelidade o que se acha no texto hebraico. As passagens que seguem (ele se referia a alguns acréscimos de capítulos e livros feitos em sua tradução) encontrei-as apenas na edição “vulgata” (isto é, “divulgada”) em língua e caracteres gregos e as coloquei aqui no fim do livro, marcadas – como é nosso costume – com o óbelo, quero dizer, o sinal distintivo à margem” – (Nota de Jerônimo).
Jerônimo também faz alusão a uma carta, que seria continuação de Ester 4.17, mas que está citada no capítulo 13.1-7 do Apêndice; porém, afirmando novamente que, esse trecho não faz parte das Escrituras hebraicas. “O que segue encontrei (no texto grego) depois dessa passagem onde se lê: “Então, Mardoqueu foi, e fez confirme a tudo quanto Ester lhe ordenou”, e não existe no texto no hebraico nem em tradutor algum” – (Nota de Jerônimo).
Após a sua morte, em 420 d.C., a tradução do Antigo Testamento por ele realizada, sobressaiu sobre as demais, servindo de base para a maioria dos tradutores da Bíblia anteriores ao século 19.
É ela a versão oficial da Igreja Romana desde o concílio de Trento (1546 d.C).
A Versão Autorizada Ou Versão Do Rei Tiago.
Local: Inglaterra.
Tempo: 1611. Essa versão é até hoje a predileta dos povos de fala inglesa.
O povo inglês tem alta veneração pela Bíblia.
Ela formou a mentalidade desse povo, e é tida como seu sustentáculo e seu maior levado.
Tradução de João Ferreira de Almeida:
História de João Ferreira de Almeida:
“Pastor João Ferreira de Almeida nasceu em Torre de Tavares, no ano de 1628.
Por motivos desconhecidos, doze anos depois, em 1640, encontra-se em Batávia (atual Jacarta), na Ilha de Java.
Em 1642, parte de Batávia para Málaca, na Península Malaia. Aqui, mediante a leitura de um folheto em espanhol intitulado “La Diferencia de la Cristandad”, Almeida converte-se do catolicismo à fé evangélica.
O trabalho de João Ferreira de Almeida:
Em 1644 com apenas 16 anos de idade, Almeida inicia seu trabalho de tradução das Escrituras Sagradas.
Conhecedor dos idiomas hebraico e grego, fez sua tradução diretamente do grego, porque achou a Vulgata duvidosa.
Um ano depois, havia concluído seu trabalho de tradução, que não foi publicado porque o manuscrito perdeu-se quando o barco em que Almeida viajava sofreu um naufrágio.
Em 1648, Almeida inicia nova tradução da Bíblia (começando com o Novo Testamento). Terminada a tradução desta parte das Escrituras, Almeida enviou o manuscrito para sua publicação em Batávia, o que não aconteceu por causa da demora dos revisores. Resolveu então enviar o trabalho para ser impresso em Amsterdã na Holanda.
Assim, em 1681, sai do prelo o primeiro Novo Testamento em português.
Depois ele deu continuidade ao Antigo Testamento. Não pôde concluí-lo porque a morte o colheu, em 6 de agosto de 1691, quando traduzia as palavras: “A feição duma era como a feição da outra” (Ez 41.21). Palavras estas que têm sentido profético: a feição duma (o Novo Testamento) era com a afeição da outra (o Antigo Testamento). Outros biógrafos de Almeida acham que ele parou quando traduzia Ezequiel 48.21: “... o que restar será para o príncipe; desta e da outra banda...” Quer dizer: desta banda (Novo Testamento) e da outra (Antigo Testamento).
Ao expirar, sua ora de tradução foi levada avante pelo reverendo Jacobus op den Akker, de Batávia, e em 1753, foi impressa toda a Bíblia em português, em dois volumes, com 884 páginas, sendo 279 do Novo Testamento e 605 do Antigo.
A Bíblia Em Português.
A primeira tradução das Escrituras no Brasil, foi feita por Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, somente do Novo Testamento. Foi publicada em São Luiz, Capital do Maranhão, e a impressão foi feita em Portugal, em 1847.
Algumas Traduções Parciais:
Em 1879 a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro publicou a que ficou conhecida como A Primeira Edição Brasileira do Novo Testamento de Almeida. Essa revisão foi feita por José Manuel Garcia, lente do Colégio D. Pedro II; pelo Pastor M. P. B. de Carvalhosa, de campos, Rio de Janeiro e pelo primeiro agente da Sociedade Bíblica Americana no Brasil, Pastor Alexandre Blackford, ministro do evangelho no Rio de Janeiro.
Harpa de Israel, foi o título que o hebraísta F.R. dos Santos Saraiva deu à sua tradução do livro dos salmos, publicada em 1898.
Em 1902-1912, os franciscanos da Bahia publicaram uma tradução do Novo Testamento feita diretamente do texto grego. E em 1959 foi publicada dois fascículos, de uma nova tradução direta dos originais, feita por professores de exegese de todo o Brasil, congregados pela liga de estudos bíblicos católicos.
Em 1909 o padre Santana publicou sua tradução do Evangelho de Mateus, vertida diretamente do grego. Três anos depois Basílio Teles publicou a tradução do Livro de Jó, em prosa e versos. Em 1917, J.L. Assunção publicou o Novo Testamento baseado na Vulgata Latina.
Houve também uma tradução do antigo idioma etíope por Esteves Pereira, do Livro de Amós, em 1917. Depois J. Basílio Pereira publicou a tradução do Novo Testamento e do Livro dos Salmos, ambos baseados na Vulgata em 1923.
A versão ARC – Almeida Revista e Corrigida. A imprensa Bíblica Brasileira, publicou em 1951 a edição revista e corrigida, abreviadamente conhecida por ARC.
A versão ARA – Almeida Revista e Atualizada. Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1946 a 1956, preparou a Edição revista e Atualizada de Almeida. Conhecida abreviadamente por ARA. O Novo Testamento foi publicado em 1951. O Antigo Testamento, em 1958. A publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi usado o texto grego Nestle para o Novo Testamento e o hebraico para o Antigo Testamento.
Antonio Pereira De Figueiredo. Padre católico romano. Grande latinista. Editou o Novo Testamento em 1778 e o Antigo Testamento em 1790. Tradução feita em Portugal. Figueiredo traduziu da Vulgata Latina.
Nascido em 14 de fevereiro, de 1725 em Tomar (Mação), Portugal, o padre Antonio Ferreira de Figueiredo, fez essa tradução, partindo da Vulgata. Traduziu ambos os Testamentos, gastando 18 anos.
A tradução vinha acompanhada de uma introdução geral e uma para cada livro, além de comentários.
Após várias reedições, o padre João farinha a publicou em 1902-1904, com novas introduções e comentários atualizados.
Em 1821, a Bíblia de Figueiredo foi publicada em um só volume pela primeira vez, visto que antes tinha sido pulicada em seis volumes.
Essa Bíblia foi publicada, em colunas paralelas da Vulgata latina e da tradução em português.
Essa tradução foi aprovada e usada pela igreja de romana, e também aprovada pela rainha D. Maria II, em 1842. Em 1952, foi publicada uma nova edição pela livraria católica do Rio de Janeiro, com comentários baseados em vários teólogos católicos.
Quase que ao mesmo tempo, em 1778-1785, Jesus Maria Sarmento publicou sua tradução da Bíblia, em Lisboa, que por se ter permitido paráfrases, não teve a mesma aceitação que a de Figueiredo.
A “Tradução Brasileira”. Feita por uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros. O Novo Testamento foi publicado em 1910 e o Antigo Testamento em 1917. É tradução mui fiel ao original. Esgotada. Sua publicação foi suspensa em 1954.
Huberto Rhoden. Padre brasileiro, de Santa Catarina. Traduziu só o Novo Testamento. Texto grego: Nestle. Foi publicada em 1935. Esse padre deixou a Igreja Romana. É versão muito usada na crítica textual. Foi considerada pelos católicos como uma tradução defeituosa. Esgotada
Matos Soares. Também padre brasileiro. Traduziu da Vulgata. Foi publicada no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos romanos de fala portuguesa. Quase que a metade dessa tradução contém explicações dos textos, em notas entre parênteses.
A Versão Da Imprensa Bíblica Brasileira. A IBB lançou em 1968, após longos anos de cuidadoso trabalho, uma nova versão em português, conhecida como VIBB, baseada na tradução de Almeida. Nessa versão foram utilizados os melhores textos em hebraico e grego. Ótima versão.
Sociedades Bíblicas E Editoras:
Com o grande avanço de grupos evangélicos e de até mesmo seitas religiosas, as Sociedades Bíblicas, não só do Brasil, mas de outros países, vêm prestando um valioso trabalho junto às comunidades evangélicas e algumas editoras de grande porte. Elas vêm realizando grandes trabalhos nas editorações e publicações da Bíblia em vários idiomas e em vários modelos. Embora o conteúdo continue o mesmo, Deus deu para a Bíblia e para nós, um grande privilégio: o primeiro livro a ser impresso no mundo foi a Bíblia. Cremos na satisfação de João Gutemberg em 1456, ao ver as primeiras páginas da Bíblia deslizando na esteira de sua impressora! Somente a eternidade revelará o gozo daquele coração!
As traduções da Bíblia (toda ou em parte) até 1984 atingiram 1.796 idiomas. Restam, ainda, cerca de mil línguas a serem traduzidas.