A ESCOLA É UMA ESCADA
(Scolae Scalae)
"O maior desafio do professor é ensinar um aluno que não quer aprender."
"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos."
( Albert Einstein )
Aquele que abre uma porta de escola, fecha uma prisão.
( Victor Hugo )
INTRODUÇÃO
I. Definição de Escola.
1. Etimologia: A palavra escola deriva do grego σχολή (scholē), originalmente significa “lazer” e também “aquele em que o lazer é empregado”, e mais tarde “um grupo a quem foram dadas palestras, escola”
2. Instituição social que tem a missão de educar; casa, edificação onde se ensina; conjunto dos professores (docentes) e dos alunos (discentes); doutrina
3. A escola é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de professores.
4. “Casa em que se ensina”
II. A Escola Secular
1. A Escola na Antiguidade.
(1) Países antigos: O conceito de unir estudantes em um local separado para a aprendizagem existe desde a Antiguidade Clássica. O ensino fundamental existe provavelmente desde a Grécia antiga, Roma antiga, Índia antiga e China antiga.
(2) O Império Bizantino: Tinha um sistema de ensino criado a partir do nível primário. De acordo com Bentley (2006), a fundação do sistema de educação primária começou em 425 dC quando “... o pessoal militar geralmente tinha pelo menos o ensino primário...”. Apesar de Bizâncio ter perdido muito da grandiosidade da cultura romana, o Império enfatizou a eficiência nos seus manuais de guerra. O sistema de ensino bizantino continuou até o colapso do império em 1453 AD
(3) O Islã: O Islã foi outra cultura que desenvolveu um sistema escolar, no sentido moderno da palavra.
(4) Na Europa: Na Europa, foi durante os séculos XIV e XV que ocorreu a expansão das escolas devido, em grande parte, aos esforços catequistas da Igreja na busca de fiéis.
(5) Na França: As escolas elementares só surgiram na segunda metade do século XIII, e se multiplicaram entre 1350 e 1450.
(6) Paris: A Universidade de Paris tornou-se o centro do interesse do conhecimento da maior parte da Europa, pelo menos da porção ao norte dos Alpes. Ali foram desenvolvidas quatro "nações" de estudo, que eram fundamentadas na origem correspondente dos professores e dos alunos: francês, inglês/ alemão, normando e picardo (Países Baixos). Os alunos estrangeiros também precisavam de alojamento, que foram distribuídos conforme o procedimento adotado para a idéia das nações. Isso criou a base para as "faculdades" nas universidades. Paris também desenvolveu quatro campos de estudo: Artes, Medicina, Direito e Teologia.Em 1167, mesmo antes de a Universidade de Paris alcançar sua condição de órgão oficial, Henrique II proibiu os ingleses de estudar em Paris. Um Studium Genérale foi estabelecido em Oxford. A liderança do chanceler foi oficialmente estabelecida em 1215.O século XIII foi o apogeu da erudição. Paris, Oxford e Bolonha tornaram-se centros de teologia, filosofia e ciência. Esses eventos estabeleceram as tradições educacionais que duram até os dias atuais.As universidades tornaram-se as incubadoras do Renascimento e da Reforma.
2. Níveis: A maioria dos países tem sistemas formais de educação, que geralmente são obrigatórios. Nestes sistemas, os estudantes progridem através de uma série de níveis escolares e sucessivos. Os nomes para esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário) para os adolescentes que concluíram o fundamental.
(1) A Pré- Escola. A pré-escola fornece uma escolaridade básica para as crianças mais jovens.
(2) A Faculdade. Uma instituição onde o ensino superior é ensinado é comumente chamada de faculdade ou universidade.
3. Escolas Profissionalizantes. As profissionalizantes, faculdades ou seminários podem estar disponíveis antes, durante ou depois do ensino médio.
4. Escolas Particulares. Há também escolas particulares, que podem ser exclusivas para crianças com necessidades especiais, quando o governo não as fornecer, tais como escolas religiosas, ou as que possuem um padrão mais elevado de qualidade de ensino, ou buscam fomentar outras realizações pessoais.
5. Escolas Especializadas. A escola também pode ser dedicada a um campo particular, como uma escola de economia ou de música, por exemplo.
6. Escolas para Adultos. Incluem instituições de alfabetização, de treinamento corporativo, militar e escolas de negócios.
7. Os Problemas da Escola.
(1) A segurança dos funcionários e alunos é um problema crescente para as comunidades escolares e a maioria das escolas está lidando com a segurança melhorada.
(2) Outros problemas de segurança enfrentados pelas escolas incluem:
• Atentados terroristas,
• Gangues,
• Vandalismos e
• Bullying
III. A História da Escola na Bíblia
1. Na era patriarcal. Cabia aos patriarcas o ensino da Palavra de Deus à sua família.
2. A Escola do Tempo de Abraão. Em Ur, na camada subterrânea correspondente à época de Abraão, Woolley descobriu uma sala de aula, com 150 placas de exercícios escolares, textos sobre matemática, medicina, história e mitologia, uma grande placa com colunas paralelas, apresentando a conjugação completa de um verbo sumeriano e seu equivalente em semita; também uma placa com 5 diferentes classes de temas verbais, com explicações. Abraão deve ter freqüentado uma escola deste tipo.
3. Nos dias de Moisés. Além da responsabilidade didática dos pais, os judeus contavam com os levitas e sacerdotes que tinham como ofício ensinar-lhes a Bíblia. A cada 7 anos, a lei deveria ser lida e explicada numa reunião pública.
(1) A Escola Profissionalizantes no Deserto. Em pleno deserto Deus estabeleceu uma escola profissionalizante, usando Bazaleel e Aoliabe, para ensinar os jovens no trabalho do Tabernáculo.
(2) A Escola Bíblicas no Deserto. Como a criança era ensinada a princípio pela família, sua compreensão da fé era enriquecida pelas práticas familiares, especialmente refeições ligadas a festas religiosas como a Páscoa.
4. Na época da monarquia Alguns reis de Judá, tiveram essa preocupação: Promover a Educação Religiosa na Nação, como resultado se seguiam grandes despertamentos espirituais.
(1) A educação sempre foi prioridade entre os judeus. A criança era ensinada a compreender a relação especial do seu povo com Deus e a importância de servir ao Senhor (Êx 12.26,27; Dt 4.9).
(2) Quando os meninos ficavam mais velhos, recebiam do pai ensinamentos sobre sua herança e tradições religiosas.
(3) A Escola de Profetas: ELISEU E SEU SEMINÁRIO
“O aumento de estudante de teologia é um sinal de revificação religiosa.”
O Instituto Bíblico de Eliseu estava em pleno desenvolvimento. Eles propõem melhorar a casa e mostram disposição para o trabalho. Os moços eram disciplinados: pediram permissão do mestre mostraram indústria. “Cada de um de nós uma viga” ninguém havia der preguiçoso. Teria sido um dia mau para os moços se tivessem ido ao bosque sem Eliseu. Mas aparecem dificuldades. Um dos moços perdeu o poder de trabalhar – caiu o ferro do seu machado. Alguns com quem tem acontecido o mesmo têm continuado a trabalhar com o cabo!Nota-se que este profeta aparece como guia, e orientador em ocasião em que a situação é de difícil solução. ”Onde caiu” Ele lhe mostrou o lugar (7). Deve se reconhecer onde se perdeu o poder, e como.E para reavê-lo, a confissão precisa ser explícita. Se mostrarmos a Cristo o lugar, o perdido será achado (6,7). A Fundação da Escola de Profetas: Parece de 1 Sm 19.20, que Samuel fundara uma escola, ou seminário, de profetas, em Ramá, como uma espécie de freio moral para sacerdotes e reis. A Expansão das Escolas de Profetas: Eliseu teve tais escolas em Betel, Jericó, Gilgal e outros lugares. (2 Rs 2.3,5; 4.38;6.1) A Promoção das Escolas de Profetas: Eliseu deve ter sido uma espécie de “pastor-profeta-mestre”.Os filhos dos profetas recorriam a Eliseu, quando havia necessidades, quando havia problemas, quando precisavam de orientação. Eliseu enviava os filhos de profetas em missões especiais Eliseu deve ter escolhido um dos estudantes mais insignificantes da escola de Profetas (2.3-5), para não despertar desconfiança antes da hora aprazível (2 Rs 9.1).
5. Durante o cativeiro babilônico. Surgiram as sinagogas,cuja finalidade era prover ensino secular,mas principalmente religioso.
(1) A história do povo judeu tinha enorme importância; este conhecimento ajudava a sustentar o ideal de uma pátria nos períodos de cativeiro e exílio.
(2) A Sinagoga:
Igreja judaica. A palavra significa “assembléia” ou “congregação”. No Antigo Testamento aparece apenas no Salmo 74.8. Originou-se, parece entre os judeus exilados na Babilônia, pela necessidade que sentiam, longe do Templo, de orar e se edificarem em comum. Precisavam-se de, ao menos dez homens para fundar uma sinagoga.A sinagoga servia, também como o lar espiritual do judeu, e o lugar de educar os seus filhos. (Ne 8.1-8; Lc 4.16-22; At 13.15; 15.25)
6. No pós cativeiro. Os Livros de Esdras e Neemias relatam grandes avivamentos ocorridos em decorrência do ensino bíblico.
IV. A Escola Hebraica – A Sinagoga.
Atribuía-se a introdução da escola pública na Palestina a Josué-ben-Gamla, assim como a instrução obrigatória das crianças de seis anos.
1. Na época do Novo Testamento, as escolas elementares eram instaladas pela comunidade, em geral na sinagoga ou na casa do professor. Os meninos começavam a ir à escola com cerca de sete anos, e ficavam sentados no chão, junto ao professor, que lhes expunham a Lei e outras Escrituras.
2. Métodos de Ensino:
• Uso de símbolos.
• Rituais (sacrifícios diários, cerimônias religiosas, ceia pascoal, observação dos sábados, etc)
• Transmissão de retos preceitos (provérbios, proibições, orações do Velho Testamento)
• Instrução oral.
• Transmitindo as tradições;
• O canto;
• As biografias e a historiado povo;
• Mostrando como Deus opera na vida dos homens;
• Parábolas e alegorias
• Repetição dos preceitos.
• Memorização da lei – perguntas e respostas.
• Disciplina rigorosa.
3. A Educação acima do nível elementar: Era responsabilidade dos rabinos, escribas e fariseus. Esperava-se que o menino tivesse profundo conhecimento da história dos hebreus e da Lei. Ele aprendia a ler, a escrever e a fazer cálculos, assim como outros assuntos, que podem ter incluído conhecimento sobre ervas (1 Rs 4.33)
4. A missão Pedagógica de Jesus.
• Jesus foi a encarnação viva da verdade. Ele disse: "Eu sou... a verdade" (João 14:6). Ele foi cem por cento aquilo que ensinou. Fosse qual fosse o assunto, ele o encarnava e ensinava com transbordamento de toda a sua vida. S. D. Gordon disse: “Jesus tinha já feito antes de fazer, viveu aquilo que depois ensinou viveu tudo antes de ensinar, e viveu tudo bem mais do que pôde ensinar.” C. S. Beardslee assim se expressou sobre Jesus: “Ele é o ensino modelar para todas as épocas.”
• L. A. Weigle diz: "Jesus lançou mão do método educativo, e não do método de força política, ou de propaganda, ou do poder." E J. A.
• Marquis acrescenta: "A principal ocupação de Jesus foi o ensino. Algumas vezes ele agiu como curador, outras vezes operou milagres, pregou freqüentemente; mas foi sempre o Mestre. Ele não se pôs a ensinar porque não tivesse outra coisa a fazer; mas, quando não estava ensinando, estava fazendo qualquer outra coisa. Sim, ele fez do ensino o agente principal da redenção.“
• Ele se dedicou ao ensino e sempre dignificou tal vocação. "A maior glória da profissão do mestre está no fato de haver Jesus Cristo escolhido ser mestre, quando se viu face a face com aquilo que tinha a realizar na vida."
• George H. Palmer percebeu bem este espírito, quando assim se expressou "Creio tanto no ensino que, se necessário fosse, pagaria pelo privilégio de ser mestre em vez de receber algo por ensinar."
5. A Escola de Tirano – Um Núcleo Teológico (At 19.9, 10) Nada além é sabido acerca de Tirano. Alguns manuscritos acrescentam “da quinta à décima hora” (das onze da manhã às quatro da tarde). Pode ser que Tirano usasse a sala nas horas frescas da manhã e a cedesse a Paulo para o resto do dia. Era um salão para palestras, Tirano, provavelmente o utilizava para aulas de retórica, e alugava para filósofos ou mestres itinerantes. Paulo utilizou esta sala como um núcleo de teologia, não é de se admirar a profundidade da Epístola aos Efésios ao se lembrar do alicerce teológico que esta igreja ganhou durante dois anos.
V. As Escolas Teológicas nos Primórdios do Cristianismo:
1. A Escola de Alexandria: Foi fundada no ano 180, por Panteno, que era filósofo detestado na escola dos estóicos; porém, como cristão, era fervoroso em espírito e eloqüente no ensino oral. Apenas alguns fragmentos de seus ensinos sobrevivem. Panteno foi sucedido por Clemente de Alexandria e vários de seus livros, (a maioria deles defendendo o cristianismo contra o paganismo) ainda existem. Entretanto, o maior vulto da escola de Alexandria, o expositor mais competente daquele período foi Orígenes (185-254).
2. A Escola da Ásia Menor: Não estava localizada em um determinado centro, mas consistia em um grupo de mestres e escritores de teologia. Seu mais expressivo representante foi Irineu, que “combinou o zelo de evangelista com a habilidade de escritor consumado”.
3. A Escola do Norte da África: Estava estabelecida na cidade de Cartago. Mediante um elevado número de escritores e teólogos competentes fez mais do que as outras em favor do Cristianismo, no sentido de dar forma ao pensamento teológico da Europa. Os dois nomes de maior expressão que passaram por essa escola foram os do brilhante e fervoroso Tertuliano e o Bispo Cipriano.
VI. A Escola Dominical.
1. A Fase Atual – a Escola Dominical Moderna
.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu da visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.
É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês.
2. A Escola Dominical no Brasil
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
VII. As Escolas Bíblicas. O que mais influenciou a formação teológica dos obreiros pentecostais no Brasil foi a criação das escolas bíblicas para a divulgação do ensino teológico. Conquanto não se tenha uma data precisa de quando elas tiveram início pode-se dizer que as escolas bíblicas desempenharam papel decisivo na estruturação teológica do movimento pentecostal no Brasil. Duravam geralmente de 15 dias a um mês e contavam com professores especialmente convidados a ministrar matérias bíblicas, teológicas ou eclesiásticas, segundo o currículo mínimo estabelecido. Via de regra, concedia-se aos alunos um certificado de conclusão do curso. Foram expoentes dessa época, como sistematizadores das doutrinas esposadas pelo movimento pentecostal, Samuel Nyström, J.P.Kolenda, Eurico Bergstén. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e mais recentemente, Alcebíades Pereira Vasconcelos e Estevão Ângelo de Souza.
VIII. Os Institutos Bíblicos O passo seguinte foi o estabelecimento do ensino teológico formal, que encontrou, inicialmente, algumas resistências. Havia a preocupação de que os estudantes priorizassem o academicismo teológico em detrimento da ação do Espírito Santo em suas vidas. Todavia, isto não impediu que em 23 de março de 1959 fosse fundado em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, o Instituto Bíblico das Assembléias de Deus. Tendo como fundadores o casal de missionários João Kolenda e Ruth Doris Lemos, o IBAD foi responsável pela formação teológica e cultural de muitas lideranças expressivas do Brasil e até de obreiros de outros países. Em 1962, o missionário Lawrence Olson estabelece no Rio de Janeiro o Instituto Bíblico Pentecostal. E, à semelhança do IBAD, em São Paulo, o IBP marcou toda uma geração de evangelistas, pastores, missionários e professores. Desponta, nessa época, outro expoente do pensamento teológico pentecostal brasileiro: Antonio Gilberto, editor da Bíblia de Estudo Pentecostal em português. Missionários cristãos desempenharam um papel central na criação de escolas modernas na Índia.
BIBLIOGRAFIA
Manual Bíblico do Estudante – CPAD
Pequena Enciclopédia Bíblica.
Manual Bíblico H.H.Halley
História da Igreja Cristã – Jesse Lyman Hurlbut
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os 100 Acontecimentos mais Importantes da História do Cristianismo.
A ESCOLA É UMA ESCADA