SINAGOGA:
Synagoge “casas de reuniões”: Não era sem razão que os judeus tinham em grande conceito a "sua" sinagoga (v 23,39). Gostavam de chamá-la de "santíssima". Na época de Jesus era personificava cada vez mais o judaísmo em si. Em toda aldeia judaica, no país ou no exterior, existia uma destas ou Nas cidades havia várias, em Jerusalém mais de uma centena, às vezes diversas na mesma rua. Se possível, ficava em um lugar elevado, pois ninguém "devia morar mais alto" (Daniel-Rops, p 360). Este centro judaico abrigava, além de salas de aula e alojamento para hóspedes, uma sala retangular, com a frente de preferência voltada para Jerusalém. A principal peça de mobília era um armário para os rolos das Escrituras, ladeado por dois castiçais de sete braços, diante deles um tablado com um púlpito para leituras. Três vezes por dia a sala era aberta para quem quisesse orar, segunda e quinta-feira havia uma reunião e no sábado o culto principal. Com isto a importância da sinagoga ainda não estava esgotada. Ela não servia só de lugar de culto, mas também como lugar de reuniões do conselho de anciãos da aldeia, tribunal e escola. Os judeus piedosos faziam o caminho até ela se possível uma vez por dia, pois "enquanto os israelitas estiverem nas sinagogas, Deus deixará sua shekinah ficar com eles". "Como a gazela salta pelos montes, de arbusto em arbusto, Deus salta de sinagoga em sinagoga." Se o piedoso faltasse um dia que fosse, Deus perguntaria por ele (Schrage, ThWNT VII, 822ss).
Jesus vai à reunião do sábado, como era costume, e toma a palavra depois da leitura da Escritura, como era facultado a qualquer participante masculino. Esta intenção era comunicada ao presidente da sinagoga ficando-se de pé. Também era freqüente que os visitantes fossem convidados para fazer a leitura e exposição do texto do dia, como aconteceu com Paulo em At 13.15. Foi só no século II que o ensino se tornou uma prerrogativa de teólogos estudados).
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