BATALHA ESPIRITUAL
A Bíblia fala muitas vezes sobre Batalha Espiritual, uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e satanás, entre a Igreja e o Inferno (1 Pd 5.8,9).
Foi satanás quem transtornou grandemente a vida de Jó (Jó 1.12-19). O próprio Jesus foi tentado por ele no deserto (Mt 4.1-11). Veja a vida horrenda do gadareno (Mc 5.1-20), do jovem possesso, que muitas vezes era jogado na água e no fogo (Mc 9.14-22). A Palavra de Deus afirma que ele é tão astuto que pode até se transformar em anjo de luz e que os seus ministros são capazes de se mascararem como ministros da justiça (2 Co 11.13-15)
• BATALHA ESPIRITUAL
• O Que é Batalha Espiritual.
O nome em si já sugere do que se trata: é um movimento cuja ênfase maior é na luta da Igreja de Cristo contra Satanás e seus demônios, conflito este de natureza espiritual, quanto aos métodos, armas, estratégias e objetivos.
• A Realidade da Batalha Espiritual.
“A Igreja não pode ignorar a problemática da guerra espiritual.”
• No Contexto Bíblico: O apóstolo João alertou com muita propriedade que “o mundo jaz no maligno” (1 Jo 5.19)
• No Contexto Brasileiro: O Brasil é um país místico, obcecado com, o sobrenatural, considerado hoje o maior país espírita do mundo, com milhares de centros espíritas e terreiros ligados ao culto afro. Há vários casos de oferendas humanas em rituais satânicos registrados em nosso país, Políticos do alto escalão, também estão envolvidos com o ocultismo, grandes emissoras de televisão também promovem abertamente o espiritismo. A sociedade brasileira aderiu fortemente a astrologia, a adivinhação, duendes, gnomos, cristais, a consulta de mortos, discos voadores, numerologia, pirâmides, etc.
• No Contexto Literário: As livrarias evangélicas forma inundadas por livros sobre batalha espiritual, alguns bons, enquanto outros nada recomendáveis.
• No Contexto Teológico: Seminários sobre batalha espiritual foram e têm sido ministrados em muitas igrejas, tradicionais ou não, para expulsar demônios de crentes, fazer orações de renúncia, sessões de cura interior e para ensinar uma série enorme de nomes de demônios que jamais poderia ser encontrada na Bíblia.
• No Contexto Litúrgico: Entre um estudo Bíblico sobre a Trindade e ouro sobre as atividades satânicas nos dias atuais, o último tópico certamente atrairá um número muito maior de crentes. No momento do louvor, a maioria dos cânticos de adoração e glorificação a Deus, foram substituídos por cânticos de guerra, o termo intercessor em muitos lugares foi substituído por guerreiros de oração. As orações misturam adoração com nomes extra bíblicos de demônios.
• A Natureza da Batalha Espiritual
• Exemplos Bíblicos:
• Quando Jesus expulsou o demônio de um jovem (Mt 17.21)
• Quando Paulo enfrentou Elimas (At 13.6-12)
• A Nossa Batalha é de natureza espiritual (Ef 6.12)
• Alguns Temas Enfatizados nos “Seminários Sobre Batalha Espiritual”:
• Pode um cristão ter demônio?
• O que dizem os “profetas da Batalha Espiritual”
“A verdade da questão é que as Escrituras em nenhum lugar declaram que um verdadeiro crente pode ser invadido por satanás ou seus demônios. Naturalmente, a doutrina deve sempre ter precedência sobre a experiência. Nem pode a experiência jamais oferecer base para a interpretação Bíblica. Certamente a Palavra de Deus nunca contradiz a experiência válida” Merril F. Unger, Mais tarde, ele mudou de ideia, e diz por que:
• O que é demonização segundo os proponentes da Batalha Espiritual:
• Demonização é diferente de possessão demoníaca. Frank Peretti, pastor licenciado da Assembleia de Deus e autor do Best seller de 1998 Esse Mundo Tenebroso, um cristão não pode ficar possuído por um demônio, mas pode ser "demonizado
• Demonização é um fenômeno parcial. O ponto defendido é que existem graus diferentes em que uma pessoa — mesmo um crente — está debaixo do controle e influência de Satanás. Daí a preferência pela tradução "demonizado" ou "endemoninhado", pois expressa a ideia de que uma pessoa, mesmo um crente, pode ter alguma área de sua vida debaixo do controle parcial de um ou mais demônios, sem necessariamente estar "possesso" por eles.
• A demonização ocorre por causas bem definidas. A pessoa cai vítima desta opressão demoníaca por causa de seus pecados, ou por causa dos pecados de outros contra ela, como por exemplo, a molestação sexual durante a infância. A "demonização" de um crente verdadeiro pode ocorrer ainda por vários outros motivos: o pecado de seus antepassados, ódio, amargura e rebelião durante a infância, pecados sexuais, maldições e pragas rogadas por outros, e envolvimento com o ocultismo. Tais coisas dão autoridade aos demônios para invadi-las.
• Demonização e vida em pecado andam juntas. O efeito da demonização de crentes ou descrentes, segundo Murphy, é uma vida em pecado, geralmente nas áreas de práticas sexuais ilícitas, ódio, mágoa, rancor, rebelião, sensação de culpa, rejeição e vergonha, atração ao ocultismo e ao mundo dos espíritos. Segundo Murphy, o processo de demonização de um crente é geralmente o seguinte: o primeiro demônio invade a sua vida, e abre as portas para que outros venham. Se não forem detectados e expulsos, permanecerão lá, habitando no crente, e gradativamente ganharão controle sobre as suas emoções, até finalmente atingirem o centro de sua personalidade.
• Crentes demonizados não poderão prosseguir sozinhos na vida cristã; Precisam de ajuda de alguém que expulse estas entidades de suas vidas.
• Refutação Bíblia:
• O problema é mais que uma questão de tradução. Mudar a tradução de daimonizomai ("possessão demoníaca") para "demonização" não resolve o problema levantado pela sugestão de que crentes verdadeiros podem se tornar escravos de demônios, mesmo que seja em apenas algumas áreas morais da sua vida. Embora o último termo traduza de forma mais literal a expressão bíblica, o primeiro expressa melhor o seu sentido. Alguém "demonizado" está debaixo do controle de um demônio. Existe alguma área de sua vida — ou sua vida toda — que está possuída por aquela entidade. É este o sentido da expressão. Nos casos mencionados nos Evangelhos e Atos, os endemoninhados estavam afligidos por distúrbios, quer mentais ou físicos (paralisia, cegueira, surdez, epilepsia, loucura, cf. Mt 4.24; 8.28; 9.23; 12.22; 15.22). Seus corpos e mentes haviam sido invadidos por demônios. A causa nunca é citada no Novo Testamento. O efeito é que tais pessoas estavam debaixo do controle destes seres, que não somente as afligiam, mas as haviam privado da razão, às vezes da saúde e do controle físico. Nos Evangelhos, as atitudes e reações das pessoas "demonizadas" são atribuídas aos demônios que as invadiram, ver Mc 3.11; Mt 8.31; Mc 1.26; Lc 4.35; At 5.16; ). Portanto, não é de se admirar que os tradutores, quase que universalmente, tem traduzido o verbo daimonizomai indicando possessão demoníaca. É que se trata da invasão de demônios na vida, no corpo, na mente e na personalidade das pessoas, chegando ao ponto de escravizá-lo a certos pecados e atitudes. Admitir que um crente esteja "demonizado" é admitir que ele está debaixo do controle de Satanás, cativo à sua vontade, impelido a estas atitudes compulsivas. E, portanto, mesmo que a terminologia foi trocada, permanece a questão se um crente pode ter demônios habitando em seu corpo, o qual é igualmente habitado pelo Espírito Santo.
• O conceito agride textos claros quanto aos privilégios dos crentes. A questão é realmente aguda, pois a Escritura ensina que o crente está assentado com Cristo nos lugares celestiais, acima de todos os principados e potestades (Ef 1.21-22). O crente está em Cristo, e Cristo nada tem a ver com o maligno (Jo 14.30). E, naturalmente, o diabo não toca os que são de Cristo (1 Jo 5.18), pois o que está no crente (o Espírito Santo) é maior que os espíritos malignos que habitam neste mundo (1 Jo 4.4).
• O pecado é atribuído à natureza decaída do homem. Os demônios denominados pela "batalha espiritual" como sendo demônios da lascívia, do ódio, da ira, da vingança, da embriagues, da inveja, e assim por diante, não aparecem no Novo Testamento. Estas coisas são, na verdade, as obras da carne mencionadas por Paulo em Gálatas 5.19-21. A solução para estes pecados não é expulsar demônios que supostamente os produzem, mas arrependimento, confissão, e santificação. O conceito de "crente demonizado", na realidade, em vez de produzir a mortificação da nossa natureza pecaminosa como as Escrituras determinam (Cl 3.8; Rm 8.13), fornece uma desculpa e uma racionalização para o pecado, as quais a nossa natureza pecaminosa sempre é rápida em usar.
• Falta comprovação bíblica da demonização de crentes. Além disto, falta a necessária comprovação bíblica de que podemos e devemos expulsar demônios da vida de crentes verdadeiros. Jesus nunca expulsou demônios de quem era seu discípulo — Maria Madalena, de quem Jesus expulsou sete espíritos malignos, certamente se converteu naquela ocasião (Lc 8.2). Os apóstolos, igualmente, nunca expulsaram demônios de crentes das igrejas locais. O Novo Testamento é absolutamente silencioso a este respeito; silencia igualmente quanto às causas que levaram determinadas pessoas a ficarem endemoninhadas. O Novo Testamento apenas descreve o encontro de Jesus e dos apóstolos com pessoas endemoninhadas, mas em nenhum caso revela como o endemoninhamento aconteceu se foi por causa de pecados pessoais, pelos pecados de outros, por maldições hereditárias, ou qualquer outros dos motivos alegados pelos proponentes da "batalha espiritual". Não devemos tentar satisfazer a nossa curiosidade baseados em especulações e experiências pessoais.
• A transmissão genética de demônios. Autores como Rodovalho chegam a sugerir que os espíritos "familiares" passam dos pais para os filhos através dos genes. Dessa forma, eles se perpetuam na família geração após geração. Isso explicaria porque determinadas famílias sofrem de pecados ou tragédias características em suas linhagens. Por exemplo, famílias que através dos séculos são marcadas por casos e mais casos de suicídios são vítimas de um “espírito familiar" de suicídio, que entrou na linhagem por algum motivo e só sairá com a quebra da maldição e a reparação do pecado que lhe deu a oportunidade.
• Experiências Pessoais:
Neuza Itioka, diz respeito às suas fontes. É surpreendente encontrar nas notas bibliográficas fontes como “fatos constatados e verificados nas ministrações pessoais", depoimentos pessoais, e testemunhos de ex-pais de santos. São destas últimas "fontes" que a autora tira o fundamento para grande parte do seu livro. O que é ainda mais preocupante, Itioka faz várias especulações sobre os demônios que dominam o Brasil baseada na doutrina da Umbanda sobre estas entidades.
Peter Wagner admite que seu conhecimento sobre "espíritos territoriais" baseia-se principalmente na sabedoria popular sobre o assunto. Ele tenta um cálculo do número de demônios que existem baseados nas informações de um ex-pai de santo da Nigéria. Wagner defende a tese de "casas mal assombradas" com base na experiência de missionários em Serra Leoa.
• Revelações dos próprios demônios:
Rita Cabezas. Não é difícil, para quem lê as obras de Rita Cabezas, perceber qual o método que ela usa para “descobrir" os mistérios da hierarquia satânica. Cabezas narra longos diálogos que teve com demônios (falando através de pessoas endemoninhadas), os quais não somente lhe revelaram seus nomes, como também lhe deram informações sobre outros demônios. Ela afirma que não é correto basear sua teologia no que demônios dizem, mas acrescenta:... tenho a impressão que aquele demônio dizia a verdade..."
Não converse com o Diabo. Não dialogue com pessoas endemoninhadas. Apenas expulse o demônio. Não peça informações aos espíritos malignos. Não busque água em fontes sujas. Cuidado com o conselho dos ímpios (Sl. 1; 1Co. 15.33).
• Pesquisas psicológicas. Não é fácil distinguir entre possessão demoníaca e distúrbios mentais. O Senhor Jesus e os apóstolos não tinham qualquer dificuldade em saber quem era o que, mas gozavam de uma posição especial que não nos parece ser a mesma dos cristãos em geral. Muito embora os cristãos tenham discernimento espiritual, é patente que muitos erros e abusos têm ocorrido nessa área, por parte de pastores, conselheiros e obreiros em geral, especialmente nos chamados “ministérios de libertação Christopher Rosik adverte que os pastores devem ter cuidado para não diagnosticar DMP (distúrbios de múltipla personalidade) como sendo possessão demoníaca”. Usar exorcismo num paciente de DMP é uma atitude inaceitável, e muitos terapeutas a consideram como sendo extremamente prejudicial ao paciente.
“A necessidade de cautela fica ainda mais patente quando descobrimos, para nosso desânimo, que os pesquisadores nessa área não conseguem chegar a um acordo quanto aos sintomas que claramente distinguem possessão demoníaca de desordens mentais.”
• A exclusividade da Escritura. A Bíblia é a única fonte adequada e autorizada por Deus pela qual obter informações acerca das coisas espirituais e que pertencem à salvação. Portanto, ela exclui qualquer outra fonte.
• A suficiência da Escritura. A Bíblia traz todo o conhecimento que precisamos ter nesse mundo, para servirmos a Deus de forma agradável a ele, e para vivermos alegres e satisfeitos no mundo presente.
A Bíblia contém tudo o que Deus desejava que conhecêssemos a respeito de Satanás. O ensino que ela nos oferece sobre os demônios e suas atividades é suficiente para que possamos estar sempre prontos para resistir às suas investidas e para ajudar as pessoas que se encontram cativas por eles.
“A ideia de que todo comportamento compulsivo é decorrente de demonização é um diagnóstico inadequado e abre portas para soluções inadequadas.”
“Onde a Bíblia se cala, ensina a boa teologia, não devemos inventar”.