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AVIVAMENTOS À LUZ DA BÍBLIA

AVIVAMENTO À LUZ DA BÍBLIA:
1. Definição – O Que é Avivamento.
• Avivamento é:
Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza da vida eterna, batismo como Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31)
Restabelecer as bênçãos perdidas. É difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu de Deus. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que poderemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sl 51.12), a fé (1 Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. É por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11)
Receber novas bênçãos. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3)
“Avivamento é aquela estranha e soberana obra de Deus na qual Ele visita o Seu próprio povo, restaurando-o, reanimando-o e libertando-o para receber a plenitude de Suas bênçãos.” Stephen Olford
“Avivamento é um abundante derramamento do Espírito de Deus sobre o Seu povo, renovando-o e despertando-o de sua preguiça espiritual e desobediência, levando-o a preocupar-se com o pecado, a santidade de vida e a glória de Deus. O resultado é que um grande número de pessoas fora da igreja e descrentes é trazido a Cristo e à sua igreja. No reavivamento, Deus dá uma nova saúde espiritual aos crentes e nova vida aos mortos.” – David Eby
“Um avivamento fica marcado pela vitória do Espírito sobre a carne.” – Russel Shedd
Avivamento é um estado espiritual no qual os crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, edificam-se uns aos outros e evangelizam os perdidos para Jesus Cristo.” – David Womack
O avivamento pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. É o retorno à Bíblia como nossa única regra de fé e prática. É o retorno à oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do cristão. É o retorno às experiências genuínas com o Cristo, sem as quais inexistiria o corpo místico do Senhor. É o retorno à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: “...até aos confins da terra...” O avivamento, enfim, é o reaparecimento da Igreja como a agência por excelência do Reino de Deus.” – Claudionor de Andrade
“O avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas espirituais, é o Senhor desnudando o seu braço e operando com extraordinário poder sobre os santos e pecadores.” – Arthur Wallis.
2. O Avivamento na Igreja Primitiva – Características (At 2.41-47):
(1) Perseveravam no compromisso. Aqueles que faziam parte de uma multidão tornaram-se parte da igreja, seguindo o Senhor pelo batismo. O verdadeiro avivamento resulta em disciplina e obediência depois do evento tanto quanto em compromisso imediato a um corpo de crentes.
(2) Perseveravam nos estudos doutrinários. Todo avivamento que não estiver fundamentado na sólida doutrina bíblica está sentenciado a uma vida curta.
(3) Perseveravam no companheirismo dos apóstolos. Relacionamentos cristãos fortes são vitais à estabilidade de um duradouro movimento de avivamento. Avivamentos sensacionalistas focalizam-se em uma personalidade; avivamentos duradouros concentram-se em relacionamentos saudáveis.
(4) Perseveravam na oração. O avivamento do Novo Testamento era alimentado pela oração. (At 3.1; 4.24). O Novo Testamento está cheio de relatos de uma igreja pentecostal em oração.
(5) Perseveravam na generosidade. No avivamento permanente, todo o mundo é abençoado pela generosidade. Os ministérios são abastecidos, os pobres têm suas necessidades satisfeitas, as missões mundiais recebem recursos.
(6) Perseveravam no evangelismo. A última prova de um genuíno avivamento pentecostal é o testemunho regular de crentes cheios do Espírito. A força da igreja avivada que vai além dos longos arrastões será ministério e evangelismo diários nas ruas.
3. Tipos de Avivamento.
(1) O Avivamento de Evento Local. É um evento marcado, como uma campanha evangelística local, em geral com um evangelista itinerante. No passado, tais reuniões duravam uma semana ou mais, hoje, porém, raramente perduram por mais de três ou quatro dias. Muitos desses eventos não são verdadeiros avivamentos, mas uma série de reuniões com um tema designado a instruir, entreter ou renovar a congregação. Seminários sobre vida cristã ou planejamento financeiro da família têm o seu lugar, mas não substituem os antigos cultos de avivamento com cânticos entusiásticos, pregações ungidas e altares manchados com lágrimas.
(2) O Avivamento de Surto Espiritual. Tal avivamento é um surto de espiritualidade local ou regional, que geralmente tem duração de cerca de três anos. Exemplos no Movimento Pentecostal seriam o Derramamento do Espírito Santo em Topeka, em 1901, ou o Avivamento da Rua Azusa Em Los Angeles, em 1906, ambos nos Estados Unidos. As pessoas tendem a ver tais períodos de bênçãos espirituais como atos espontâneos e soberanos de Deus, mas a verdade é que Deus sempre deseja nossa resposta entusiástica e está pronto a abençoar-nos todas as vezes que deixamos nosso apego ao mundo e abrimos nosso coração a Ele.
(3) O Avivamento Protestante. As necessidades espirituais de nossos tempos clamam por mais do que surtos locais de intensidade religiosa. Precisamos de um vagalhão de espiritualidade revitalizada, que encha nosso horizonte e venha chocar-se na praia com tal força, que mude toda a paisagem religiosa, leve embora o lodo e a areia de nossa pecaminosidade e restaure os sólidos fundamentos do cristianismo bíblico. A Reforma do século XVI foi “um movimento dentro da cristandade ocidental para purgar a igreja dos abusos medievais e restaurar as doutrinas e práticas que os reformadores acreditaram estar em conformidade com a Bíblia e o modelo do Novo Testamento da Igreja
(4) O Avivamento Pentecostal. Que esta intimamente relacionado com a História das Assembléias de Deus no Brasil.
4. Características de Um Genuíno Avivamento.
“O verdadeiro espírito do avivamento está fora do controle do organizador e do protagonista. Ele não pode ser criado por técnicas nem promovido pela tinta das impressoras.” – James A. Stewart
“Sempre que houver um verdadeiro avivamento, haverá um desejo em permanecer na presença de Deus com o povo de Deus”
(1) Contrição Total. Contrição é arrependimento, humilhação e confissão de pecados e males de todos os tipos, na presença do Senhor; é quebrantamento espiritual em nosso íntimo, acompanhado de profundo arrependimento de pecados. E tudo isso deve ser demonstrado também em nosso exterior, pela poderosa ação do Espírito santo.
(2) Perdão e Reconciliação. Um avivamento não é só de quebrantamento de espírito, mas também de perdão total, com reconciliação entre os crentes, inclusive obreiros.
(3) Generosidade e Abundância Financeira. Em Jerusalém ocorreu um avivamento de ampla e contínua generosidade entre os crentes, de abundância financeira, nas contribuições para a obra de Deus em geral: nos dízimos, nas ofertas, nas doações, na mão-de-obra voluntária, nos auxílios; enfim, na cooperação de todas as formas (At 4.32-37)
(4) Santidade Interior e Exterior. Santidade em toda a maneira de viver (1Pe 1.15)
(5) Evangelização e Missões. O avivamento promovido pelo Espírito Santo move e leva a igreja a evangelizar e a fazer missões entre os povos. Este trabalho é a atividade principal de uma igreja avivada, um fato patente no livro de Atos dos Apóstolos, mas também na história subseqüente da igreja, sempre que ela é reavivada.
“Quando a igreja deixa de ser irrigada pelo óleo do Espírito, ela míngua, murcha, se encolhe. Quando falta óleo na engrenagem, a máquina bate pino. Quando a igreja perde a plenitude do Espírito San¬to, intimida-se e fecha-se entre quatro paredes. Não há avivamento intramuros. Avivamento que não leva a igreja a transpirar, a sair do seu comodismo, não é avivamento bíblico. Avivamento que não empurra a igreja para fora do ninho é apenas um movimento superficial de conseqüências miúdas.”- Hernandes Dias Lopes
(6) Louvor e Adoração. Uma igreja com avivamento do espírito não precisa de artista, de atores da música secular e de animadores de auditório – como se a Casa do Senhor fosse um palco para comediantes – nem de shows musicais, nem de torcida, nem de assovios, por parte daqueles que só buscam chamar a atenção para si mesmos. Isso não é avivamento; é aviltamento!
(7) Renovação e Batismo como Espírito Santo. Batismo com o Espírito Santo, manifestações de dons espirituais são uma realidade, num avivamento bíblico norteado pela doutrina (At 2.42,43)
(8) Intercessão e Jejum. A oração intercessória e o jejum, de modo constante, são partes integrantes dos avivamentos reais, segundo a história da igreja (At 2.42; 2 Cr 7.14)
(9) Palavra de Deus. A poderosa Palavra do Senhor sempre tem sido o instrumento inicial de Deus em todos os avivamentos (cf. Ne 8-10; Ed 8-10). E não pode ser diferente hoje: “Não é a minha palavra como fogo, diz o SENHOR, e como o martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29). O avivamento de que necessitamos deve ser de busca e de ensino da Palavra de Deus. Precisamos de um poderoso avivamento de ensino da Palavra de Deus, no templo, no lar, nos educandários da igreja, nas publicações, nos hinos etc. (At 2.42; 5.42)
(10) Destruição de Ídolos (1 Jo 5.21). O verdadeiro avivamento leva o crente a destruir os ídolos do coração. Sem uma vida avivada no Espírito, as coisas naturais desta vida logo se tornam “deuses” dentro de nós, como: riquezas, sucesso, posição ou status, cultura acadêmica, trabalho extremado – de modo a deixar-nos sem tempo para adorar a Deus (Ez 14.3,4, 7)
5. Necessidade de Um Avivamento.
O Evangelista Billy Graham conta uma experiência de certa igreja na qual em um domingo de manhã, ia pregar. O problema estava em que um dos diáconos chegou à igreja embriagado!
“Naturalmente a logo reuniu os membros” disse Billy Graham, “e excluíram o tal diácono. Era um dever deles”. – Perguntei ao pastor: E os outros diáconos vêm todos os domingos cheios do Espírito Santo? O pastor respondeu: “Não”.
“Eu disse: E já disciplinaram esses diáconos por essa falta? E disseram: Não”
E ainda perguntei-lhes: E por que não? A mesma passagem que disse: Não vos embriagueis com vinho, também diz: enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18)
"Esta igreja passará por um avivamento ou por um sepultamento".
(1) Calmaria Espiritual. Paralisação espiritual, indiferença e comodismo (Ez 37.9)
“O declínio espiritual nem sempre é refletido numericamente; ele consiste numa retirada da vida espiritual verdadeira da igreja e pode até mesmo acontecer em tempos de aumento numérico.” – Paul E. G. Cook
(2) Sonolência Espiritual. (Ef 5.14)
(3) Insensibilidade Espiritual. Mas também insensibilidade moral e social (Ef 4.19; Pv 23.35; 1 Tm 4.2)
(4) Secularismo – ou – mundanismo. É o crente conformar-se com o mundo (Rm 12.2). É a contextualização da igreja com o mundo.
1) O que é secularismo.
O secularismo tem como proposta a rejeição de “toda forma de fé e devoção religiosa”, admitindo como lema de vida “apenas os fatos e influências derivados da vida presente”.
Ele nega, por conseguinte, a influência das forças espirituais nas atividades humanas e reduz as circunstâncias do dia-a-dia exclusivamente ao esforço humano, excluindo, sob qualquer hipótese, a interferência divina.
2) As causas do secularismo.
a. É fruto da educação nem sempre sadia ministrada nas escolas. Exemplo disso é a prevalência da teoria evolucionista nos currículos escolares em detrimento do criacionismo, ainda que ela não conte com nenhum respaldo científico comprobatório (1 Tm 6.20)
b. Tem suas ligações com a opulência das riquezas, aparentam oferecer tudo quanto o ser humano precisa, sem necessidade de lançar mão dos recursos divinos.
c. Resulta da entrega obstinada ao hedonismo– o prazer pelo prazer – (hedonismo), pelo qual até o ato de se alimentar reveste-se de uma liturgia deificada “O deus deles é o ventre”, afirma Paulo (Fp 3.19)
d. Origina-se no mau uso dos meios de comunicação que endeusam o homem e educam a criança para se considerar “senhor absoluto de sua vida.”
e. É, ainda, fortalecida pela apostasia, que afasta o crente de Deus e o leva a nutrir a sua alma nos pecados há pouco mencionados.
3) Conseqüências do secularismo
(1) A perda de identidade. Os fundamentos são vilipendiados, a multiplicidade de concepções e humanistas toma o lugar das Escrituras, e o “som da trombeta” – para empregar uma figura utilizada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 14.8 – não tem a precisão da ortodoxia bíblica, necessária para orientar os fiéis. O sonido é incerto.
A identidade cristocêntrica vai para o ralo nesse emaranhado (Mt 7.21-23)
(2) A valorização da forma em detrimento do conteúdo. Isso ocorre tanto no aspecto legalista, em que a aparência tem maior peso do que a vida interior (Cl 2.20-23), como no âmbito da liturgia, que privilegia qualquer tipo de expressão dita cultual, em prejuízo da Palavra, desde que atraia as pessoas (rodas de capoeira, nos pátios de templos, trenzinhos de auditório, na hora do louvorzão; linguagem mântrica, elementos do judaísmo na liturgia cristã...). É a primazia da emoção no lugar da razão (Rm 12.1,2)
(3) Falta de compromisso com a Palavra de Deus. Diferente dos princípios da Reforma Protestante, que trouxe as Escrituras para o seu lugar de honra, o espírito do secularismo na igreja lida com a Palavra como se fosse um mero acessório circunstancial.
“A melhor pregação, hoje, em alguns arraias, não é expositiva, que valoriza a exegese e a busca dos princípios bíblicos. Está em alta a que apela para as frases de efeito, porém não se atém a conteúdo bíblico; a que oferece vantagens espirituais, e não realça o significado do compromisso cristão; a que emprega recursos para mexer com as emoções, e não fala ao entendimento (1 Co 14.20). São palavrórios inconsistentes, contra os quais Paulo repetidamente adverte (2 Tm 2.14,16,17,23,24). – Geremias do Couto
4) A erradicação do secularismo
Ainda que hoje a tendência de certos segmentos do meio evangélico seja o contrário, é necessário compreender que não se pode, jamais, abrir mão do primado da Palavra na vida da igreja. A recomendação de Paulo é bastante incisiva: o obreiro precisa manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15). A expressão “manejar bem” é tradução do vocábulo grego orthotomeo, que significa “cortar em linha reta”, com o sentido de ensinar a verdade de forma direta e correta. Só a valorização das Escrituras pode conter o avanço da secularização nos meios eclesiásticos.
“Para um homem que vive para Deus nada é secular, tudo é sagrado.” – C. H. Spurgeon
(5) Postura do crente apenas defensiva quanto ao mal e ao pecado, e não de repúdio, aversão, horror e de combate espiritual contra ele.
(6) Mornidão Espiritual. É o estado do crente que permanece meio-morto. Uma igreja nesse estado pode ter: uma boa estrutura eclesiástica (“ossos”, Ez 37.3); muita organização (“nervos”, v.8); muito movimento e vaivém (“carne”, v.8); muito boa aparência (“pele”, v.8); mas tal igreja não tem vida espiritual vibrante e dinâmica, pela ausência do “Espírito de vida” (Ez 37.8,9; Rm 8.2)
“Ao mesmo tempo em que levantamos a voz contra o liberalismo e a vida desregrada, não estamos cegos aos perigos da mornidão espiritual?... Chame do que você quiser, precisamos ter os corações aquecidos.” – Vance Havner, evangelista batista
(7) Falta de interesse pelos cultos: Quando entre os crentes prevalece o desinteresse pelos cultos e passam a se interessar mais pelas coisas e passatempos seculares, profanos, tentando eles com isso preencher o seu vazio espiritual. Nesse estado, a perda de cultos pelo crente não lhe traz falta. (Hb 10.25; Sl 27.4; 84. 2,10; 122.1; Ag 1.4,9)
(8) Outros indicativos:
Quando a leitura bíblica e o compromisso com a Palavra são desprezados.
Quando a oração deixa de ser vital para o cristão.
Quando a santificação é desprezada pelo cristão.
Quando o lazer e o trabalho prejudicam a piedade.
Quando o pecado é cometido sem incomodar a consciência.
“A igreja via de regra tem crescido para os lados, mas não para cima nem em profundidade. Ela tem sido muitas vezes superficial, rasa, imatura e mundana. Tem extensão, mas não profundidade. Tem números, mas não vida. É grande, mas não causa impacto. Ela cresce, mas não amadurece. Tem quantidade, mas não qualidade. É como a igreja de Sardes: tem nome de que vive, mas está morta (Ap 3.1) [...] Não raro, a igreja é mais comentada hoje por seus escândalos do que pelo impacto de seu inconformismo com o mundo. A maioria dos cristãos adota um cristianismo desfigurado, no qual a verdade é ultrajada, a Palavra é relativizada e os valores absolutos de Deus são pisoteados. O Evangelho que muitos pregam hoje é um sincretismo semi-pagão. Estamos assistindo à comercialização indiscriminada e descarada do sagrado. Muitos pregadores abraçaram um semi-Evangelho, um Evangelho sem cruz, sem verdade, sem absolutos. Esses pregoeiros não se importam com a verdade, estão mais interessados no lucro. Não buscam o que é certo, mas o que dá certo. Não buscam o que é ético, mas o que funciona. Essa atitude inconseqüente de pregar um evangelho misturado com heresias, para satisfazer a ganância insaciável do lucro fácil, tem gerado crentes fracos, doentes e superficiais, e causado mais escândalo que impacto positivo na sociedade. A igreja perdeu sua vez e sua voz. Ela se impõe não pela força espiritual, mas pelo seu potencial de barganha. Ela perdeu a autoridade para falar em nome de Deus, pois o evangelho que ela prega é outro evangelho. Estamos vivendo o doloroso período de uma igreja apóstata. Vibrante, sim; mas, sem a vida de Deus. Rica, sim, diante dos homens; mas, diante de Deus, pobre, cega e nua. Quando a sã teologia é abandonada, a conduta entra em colapso. A teologia é mãe da ética. A teologia determina a ética. O homem é resultado da sua fé. Como ele crê no seu coração, assim ele é. Antes da vida vem a doutrina. A doutrina determina a qualidade de vida. Não há santidade fora da verdade. Não há cristianismo autêntico se na sua base não está a Palavra de Deus. Uma igreja apóstata não pode gerar crentes genuínos. Uma igreja em crise espiritual gera crentes trôpegos e doentes.
Estamos vendo, por isso, que a cada dia o mundo está entrando mais para dentro da igreja. A igreja tem mais assimilado que influenciado o mundo. Ela se conforma mais com o mundo do que produz nele impacto. A glória de Deus não está mais sobre a tenda da igreja.” – Hernandes Dias Lopes
Quando não existe adoração em espírito e verdade.
“Há também aqueles que, à semelhança dos crentes de Éfeso, são ortodoxos, mas perderam o calor espiritual, abandonaram o primeiro amor. Guardam doutrinas certas na cabeça, mas são gelados na vida espiritual. São ortodoxos de cabeça e hereges de conduta. São zelosos em observar os rituais, mas condescendentes ao pecado. São observadores externos dos preceitos de Deus, mas cheios de podridão por dentro. Vão à igreja, mas não entram na presença de Deus. Cantam hinos, mas não adoram a Deus. Fazem longas orações, mas desconhecem a glória de entrar no Santo dos Santos da intimidade com o Senhor. Jejuam, mas não se humilham na presença do Todo-Poderoso.” _ Hernandes Dias Lopes
Quando não há compromisso com a obra de Deus.
Quando há mau testemunho por parte dos crentes.
Quando não há lideres comprometidos.
“Há hoje muitos cultos frios, cadavéricos, sem pulsação, sem o latejar da vida. Há outros cultos que, caindo para o extremo oposto, são uma apresentação teatral, um show, no qual as pessoas prestam um culto do homem para o homem. O que conta é o desempenho e o poder de manipulação de massa do dirigente. Há ocasiões em que o culto se torna um balcão de negócios onde se comercializa o sagrado, onde se loteia o céu e se vende a graça de Deus por dinheiro, onde se fala em nome de Deus e se fazem promessas em nome de Deus que ele nunca fez em sua Palavra. Sim, tudo isso mostra o baixo nível espiritual do povo de Deus e impõe para nós a necessidade imperativa de um Pentecoste!” _ Hernandes Dias Lopes
Quando não há conversões na Igreja.
Quando não existe unidade na Igreja.
Quando faltam visão e ação missionária.
6. Como ocorre o Avivamento.
Não existe uma chave mestra que destranque a porta do avivamento. A necessidade toma algo como uma fechadura de combinação, na qual deve ser feita uma série de fatores ou passos na seqüência certa: Vamos considerar os seguintes passos para o avivamento:
(1) Diário: Nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. “de dia em dia.” (2 Co 4.16)
(2) Consciente e desejado: Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual (Rm 12.2) “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” (Sl 42.1,2)
“O desejo deve ser a força motriz de nossas orações para o avivamento.” – David A. Womack
(3) Arrependimento: A oração impulsionada por um desejo ardente em cada vez mais conhecer a Deus levará a uma consciência pessoal do poder e da presença de Deus. Essa conscientização sucessivamente conduz ao arrependimento.
“O auto-esvaziamento prepara o transbordamento espiritual.” – Richard Sibbes
(4) Santificação. Há algumas coisas que os crentes espiritualmente sensibilizados não farão, lugares aonde não irão e coisas que não dirão por causa da de sua intensa reverência a Deus e à sua Palavra.
(5) Evangelização: A salvação de almas é o supremo propósito do avivamento. O quanto é fácil que um avivamento passe Du sua missão divina de ganhar almas para uma celebração egocêntrica de deleite próprio!
(6) Sinais e Maravilhas. Uma igreja avivada é caracterizada por todos os dons do Espírito. (Mc 16.15).
(7) Celebração. O verdadeiro avivamento se desenvolve em uma verdadeira explosão de alegria! (Sl 98.4).
(8) Oração.
“Aquele que mobilizar a Igreja Cristã a orar terá dado a maior contribuição à história para a evangelização mundial” – Andrew Murray
“Aquele que conseguir fazer com que os crentes orem, de acordo com a orientação de Deus, terá dado início ao maior avivamento que o mundo jamais viu.” – Leonardo Ravenhill
“A oração é um curso permanente nas escolas da igreja? Na Escola Dominical, nos lares, nos seminários, temos algum diplomado pela escola da oração? A igreja está produzindo aqueles que são formados pela grande Universidade da Oração?” –
E. M. Bounds
7. Os objetivos do avivamento:
Segundo J. Edwin Orr, a avivamento visa reconduzir a Igreja aos tempos de refrigério.
(1) É manter a Igreja como agência por excelência do Reino de Deus.
(2) É preservar-lhe as características de movimento.
(3) É compungi-la a reassumir aquela missão que lhe deu o Cristo de forçar as portas do inferno.
8. Resultados do avivamento:
Durante uma cruzada pela Austrália, perguntaram ao evangelista Billy Graham se ele achava que suas reuniões para despertar o fervor religioso teriam efeito duradouro. Graham respondeu com um desconcertante realismo: “Os efeitos de um banho não duram muito, mas precisamos de banho, e faz-nos bem.”
(1) O avivamento aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos despertados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17; 2 Ts 1.3)
(2) O avivamento dá pode ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do Alto.
(3) O avivamento torna o crente sensível à direção do Espírito. Ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por ele (At 16.6,7; 10.19; Is 30.21)
“Desejo deve ser a força motriz de nossas orações para o avivamento.”
Se os pastores forem gravetos secos a pegar o fogo do Espírito, o povo todo começará a arder. Se o púlpito for uma fogueira, a igreja será cheia do calor do Espírito. Perguntaram a Moody certa vez: "Sr. Moody, como começar um avivamento na igreja?". Ele respondeu: "Acenda uma fogueira no púlpito".
“É mais fácil falar de avivamento do que lançar-se nele.” – Horatius Bonar
“Avivamento não é descer a rua com um grande tambor; é subir ao Calvário em grande choro.” – Roy Hession
“A espera de um avivamento geral não é desculpa para não desfrutar o avivamento pessoal.” – Stephen Olford
“Deus está mais disposto a dar avivamento do que nós a recebê-lo.” – Erlo Stegan

Foto de Examinai as Escrituras.