A ORAÇÃO DO PAI NOSSO
Texto Bíblico: Mateus 6.9-15
INTRODUÇÃO: A oração modelo, que podemos chamar “Oração dos Discípulos” (Porque Jesus lhes ensinou), é uma oração perfeita, visto que contém: Adoração, Petição, Confissão e Ação de Graças. Uma oração semelhante a esta é ensinada em Lucas. As diferenças devem ensinar-nos que a oração dominical não é um formulário dado aos discípulos para constante repetição mecânica. A transcendente oração de Jesus, na sombra da cruz, é em todos os sentidos “A Oração do Senhor”.
- UM MODELO DE ORAÇÃO. Oração do Pai Nosso – Muito mais do que uma Mera Repetição. Embora seja possível orar em espírito, recitando “O Pai Nosso”, palavra por palavra, contudo concluímos que Cristo não queria que os discípulos o repetissem desta maneira.
- O Senhor disse: “Portanto, vós orareis assim”: Ou seja, deste modo, usando estas palavras como vosso modelo.
- É impossível repetir o “Pai Nosso’ diariamente sem a maioria cair em formalismo ou mesmo atribuir uma superstição às palavras que Jesus usou.
- Se Cristo queria que declamássemos o “Pai Nosso”, usando as mesmas palavras, por que se encontra a mesma oração com outras palavras em Lucas 11.2-4?
- A ORDEM DA ORAÇÃO:
Os pedidos começam pelas coisas de Deus, e depois pelas coisas para nós mesmos. Devemos começar, não com os homens, mas sim com Deus. Se buscarmos sinceramente e primeiramente o reino de Deus, certamente oraremos pedindo, antes de tudo, as coisas de Deus, somente depois pediremos por nós mesmos. E receberemos tudo.
- ADORAÇÃO:
- Pai Nosso (V.9): No aramaico, seria “Aba”, “paizinho” (Cf Mc 14.36; Rm 8.15; Gl 4.6), denotando assim, uma íntima afeição, o que exclui a possibilidade de uma familiaridade superficial.
- Fui aceito como filho, assim digo “Pai”.
- Sou membro de uma comunidade (a Igreja), por isso digo “Nosso”. Os que oram, segundo o modelo, têm lugar no coração para toda a grande família de Deus (Ef 3.15)
- Nome (9):
- O pensamento hebraico não distinguia claramente entre o nome e a pessoa. O nome representa a pessoa.
- Nome: Significa como Deus se revelou.
- Os Nomes de Deus na Bíblia.
- Os Nomes de Deus no Antigo Testamento.
- Os Nomes Genéricos de Deus.
- El:
- El – Olam: “Deus Eterno” (Gn 21.3)
- El – Elyon: “Deus Altíssimo” (Gn 14.19):
- Elohim: (Gn 1.1): É plural de Eloah. Pode significar “Deuses”, quando usado em relação ao Deus verdadeiro, é traduzido no singular, trazendo a idéia da Trindade.
- Os Nomes Específicos de Deus.
- El Shadday. “Deus Todo-Poderoso” (Gn 17.1)
- Adhonay. (Is 6.1) “Senhor e Mestre”
- Ha’ Shem: “o Nome” para designar a Deus.
- Yahweh – Jeová ou Yavé.
- Jeová- Jireh: “O SENHOR Proverá” (Gn 22.14)
- Jeová- Rafá: “O SENHOR que te Sara” (Êx 15.26)
- Jeová- Shalom: “O SENHOR é Paz” (Jz 6.24)
- Jeová- Ra’ah: “O SENHOR é meu Pastor (Sl 23.1)
- Jeová-Tsidekenu: “O SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.6)
- Jeová-Nissi: “O SENHOR é a Minha Bandeira” (Êx. 17.15)
- Jeová-Shammah: “O SENHOR está Ali” (Ez 48.35)
- Os Nomes de Deus no Novo Testamento.
- Kyrios:
- Deus.
- Pai: O Criador é revelado no Velho Testamento por diversos nomes... mas entre todos esses nomes não há um comparável ao doce nome de “Pai”, pelo qual Deus é conhecido no Novo Testamento.
- “Nos Céus”: É o endereço do Pai Celeste. Se queremos a certeza de Ele receber os pedidos de nossas orações devemos cuidar de não errarmos o endereço.
- Os Nomes de Deus no Novo Testamento.
- “Olha desde a tua habitação, desde o céu” (Dt 26.15).
- Jesus na véspera do Seu Grande Sacrifício na cruz, “levantando seus olhos ao céu orou” (Jo 17.1)
- PETIÇÃO:
- Santificado Seja O Teu Nome (9): Alguns comentaristas consideram essas palavras mais de adoração do que de petição, acham que o “Pai Nosso” é, também, um exemplo de entrar “pelas portas dele com louvor” (Sl 100.4)
- A forma mais próxima do nosso significado moderno provavelmente seja “Que o seu nome seja honrado” ou “Que o seu nome seja reverenciado”.
- Pede a revelação do poder, santidade e atributos de Deus através dos discípulos no mundo (1 Pe 1.15-17; 3.15). Santificar o nome de Deus implica em viver de uma maneira tal que Sua santidade se manifeste em Seus filhos.
- Como podemos “Santificar o Nome de Deus?”
- Através de nossas palavras (Lc 17.11-19)
- Através de nosso testemunho pessoal (1 Pe 2.12)
- Santificado Seja O Teu Nome (9): Alguns comentaristas consideram essas palavras mais de adoração do que de petição, acham que o “Pai Nosso” é, também, um exemplo de entrar “pelas portas dele com louvor” (Sl 100.4)
Infelizmente muitos tem feito com que o nome de Deus seja blasfemado entre os descrentes (Rm 2.24; Is 52.4,5; 2 Sm 12.14) e outros a semelhança dos fariseus tem orado para glorificar seus próprios nomes (Mt 6.5)
- Venha O Teu Reino (V10):
- Aspectos do Reino de Deus. O Reino de Deus tem dois aspectos: No sentido presente, se manifesta onde quer que Ele seja adorado e seguido, nos corações onde Deus reina. O Reino de Deus virá de modo completo ao mundo quando Deus vencer o último inimigo por ocasião da volta de Cristo (2 Ts 2.8; 1 Co 15.23-28). Só Deus pode estabelecer Seu próprio Reino.
- O significado da oração “Venha o teu reino”: A oração pela vinda do Reino, não é meramente pela Segunda Vinda de Cristo, mas também por sujeição da sociedade e do indivíduo à vontade de Deus. “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor” (Ap 11.15).
- “Faça-se a tua vontade” (10): O reino sugere “submissão”, mas a vontade de Deus pode ser feita até mesmo por aqueles que se rebelam contra a sua própria vontade.
- Definição: Deliberação que o Todo-Poderoso toma em relação aos seres humanos e à consecução de seu plano de redenção. A vontade de Deus acha-se alicerçada nestes atributos: Onisciência, Onipotência, Justiça e, principalmente Amor.
- A Classificação da Vontade de Deus
- Vontade Determinista: Esta é a vontade de Deus que se acha submetida à consecução de seus planos e decretos. Como estes foram elaborados na mais remota eternidade, e têm de ser cumpridos para que a redenção de Cristo não se torne vã, Deus, tudo faz para que todos eles sejam rigorosamente observados.
- Vontade Eterna de Deus: Vontade manifesta por Deus desde a mais remota eternidade visando.
- A Criação do Mundo.
- A Formação do Homem.
- A Redenção do Homem.
- A União entre os Redimidos e Ele por meio de seu Filho.
- Vontade Permissiva. Através desta prerrogativa, o Todo-Poderoso consente ao homem agir de acordo com o seu livre-arbítrio. A liberdade humana, porém acha-se delimitada pelas leis que Deus estabeleceu. Caso umas destas legislações seja violada, seremos chamados à responsabilidade pelo justíssimo Juiz.
- Vontade Preceptiva de Deus. Vontade divina manifesta nos mandamentos, estatutos e profecias, que se encontram nas Sagradas Escrituras.
- Vontade Soberana de Deus. Predisposição inquestionável e irrevogável do Todo-Poderoso em fazer realizar os seus planos e decretos na história e na vida particular de cada um de seus filhos.
- Aspectos da Vontade de Deus.
- Lições Práticas:
- Devemos orar: “Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres” (Mt 26.39).
- A Vontade de Deus é feita por todos os habitantes dos céus.
- A Vontade de Deus é feita nos céus, não em espírito de obrigação, mas em obediência filial e de amor.
- O nosso anelo deve ser o de ver todos os habitantes da terra servindo ao Senhor em espírito de plena submissão e ardente louvor.
- O Pão Nosso De Cada Dia (. 11): epiousion -“dia-a-dia” ou “para amanhã”.
- Pão: Todo o alimento necessário.
- Provavelmente, isto se refere ao maná do crente, que é Cristo (Jo 6.35 e Jo 4.32), na peregrinação entre o Êxodo da Salvação e a festa messiânica da segunda vinda (Ap 19.9) que ele antegoza pela fé.
- Deus empenha-se por nosso pão cotidiano.
- Podemos pedir aquilo que Deus já prometeu, e, também, que já temos.
- Podemos pedir aquilo por que estamos trabalhando para adquirir.
- CONFISSÃO:
- “E Perdoa”: A conjunção “e” liga esse pedido ao que precede; pedimos o pão todos os dias, devemos pedir perdão, também diariamente. Como o pão é a primeira necessidade do corpo, assim o perdão é da alma.
- Nós Temos Perdoado (12): “Assim como perdoamos” NVI (gr. aphêkamen, um aoristo e, portanto um fato!). Não fala da base pela qual Deus nos outorga o perdão, mas daquela pela qual podemos recebê-la (Mt 6.14,15). A exigência do perdão se baseia na natureza da oração da igreja. Em Mateus 18.15-20, a “Onipotência da oração em Nome de Cristo” requer pleno perdão entre todos os membros.
- A Oração ensina a necessidade do perdão mútuo.
- O Perdão da parte de Deus depende do perdão entre os membros da família de Deus.
- Este é o perdão que afeta a comunhão na família de Deus, não o perdão que conduz à salvação.
- Se o homem supostamente regenerado é caracterizado por um espírito não perdoador, isso é sinal mais claro de que ele nunca nasceu de novo (Jo 3.10,14, 15)
- Dívida:
- A referência aqui é a dividas espirituais. Os cristãos perdoam os outros em resposta ao perdão de Deus (Mt 18.32-33).
- Nossas insuficiências.
- Nosso fracasso em dar a Deus a honra que lhe é devida
- Obrigações em que o indivíduo incorre. Isto é, pecado de omissão e comissão.
- Devedores (12): O pecado é uma dívida porque tudo o que somos e temos pertence a Deus. A desobediência é roubo aos direitos divinos, que não podem nunca ser restituídos; a perfeição é sempre exigida (Lc 7.42).
- Tentação (13): Ou prova (especialmente através da perseguição) cuja queda pela mesma resultaria em nossa derrota pelo maligno (Mt 6.13; Ap 3.10). A tentação, que do ponto de vista do diabo deve derrotar-nos, do ponto de vista de Deus, deve fortalecer-nos (Lc 22.32). O pai pode submeter-nos à prova (Mt 4.1; Dt 8.2), mas não permitirá que sejamos tentados além da nossa capacidade (1 Co 10.13). Jesus deixa bem claro que a vitória somente se consegue vigiando e orando (Lc 26.41; 1 Co 10.13)
- Tentação. As tentações são principalmente culpa nossa (Tg 1.13,14)
- Aqueles que gostam do pecado procuram os lugares da tentação. Mas aqueles que têm o espírito que Cristo ensina na Oração Dominical, sentem horror do pecado e evitam esses lugares (Sl 1)
- Provação. O teste é uma necessidade divina para revelar a realidade da nossa fé e das nossas afirmações.
- A Vigilância:
- Vigiai: Nesta única palavra, incluem-se todas as obrigações que o discípulo de Cristo deve cumprir, até que chegue a Sua volta.
- Porque Vigiar?
- O tempo é incerto.
- Há o perigo de dormimos.
- Como Vigiar.
- Esperando Sua breve chegada.
- Estando sempre prontos para se encontrar com Ele.
- Vivendo de tal modo que não importa quando Ele venha (Mc 13.35; 1 Jo 3.9)
- Mal: (13): O original pode ser igualmente bem traduzido por “maligno”, isto é o diabo.
- Do que pedir o Livramento? Da dor, de doença, de tristeza, de tudo que sofremos no físico. Livra-nos de inimizade, de inveja, de discórdia, de lascívia, - de tudo que nos prejudica em espírito.
“Se algumas pessoas se afastarem de você, não fique triste, isso é resposta da oração ‘livrai-me de todo mal, amém”
- AÇÕES DE GRAÇA (13):
“Já fez a oração hoje, está esperando o quê?” Arthur Barbosa
http://wilsonalves.comunidades.net
Wilson de Jesus Alves