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TÍTULOS, SÍMBOLOS E LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

TÍTULOS, SÍMBOLOS E LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

I. Títulos e Símbolos da Bíblia.
1. Títulos:
(1) Nomes Canônicos (que aparecem no Texto Sagrado)
1- Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21.42; Rm 1.2)
2- Livro do Senhor (Is 4.16)
3- A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12)
4- Oráculos de Deus (Rm 3.2)
5- A Escritura de Deus (Êx. 32:16)
6- As Sagradas Letras (2 Tim. 3:15)
7- A Lei (Mat. 12:5)
8- A Escritura da Verdade (Dan. 10:21)
9- As Palavras de Vida (At. 7:38)
10- Palavra (Lc 11.28; Fp 2.16)
11- Rolo do Livro (Sl 40.7)

(2) Nomes Extra-Canônicos (que não constam no Texto Sagrado)
1- Bíblia.
2- Divina Literatura. Era assim que a chamavam os “pais da igreja”.
3- Biblioteca Divina – Era como Jerônimo se referia à Bíblia.
4- Cânon: A coleção completa dos livros divinamente inspirados constituindo a Bíblia.

2. Símbolos:
(1) Uma Luz: «Uma luz para o meu caminho» (Sal. 119:105). A mente e o coração do homem vivem em trevas, portanto, o homem natural não pode conhecer as coisas de Deus, «porque elas se discernem espiritualmente» (I Cor. 2:14). Eis a necessidade da luz.
(2) Um Espelho: Em Tiago 1:23, a palavra é comparada a um espelho: «Quem ouve a palavra e não a pratica, é semelhante a um homem que mira no espelho o seu rosto.» Ela nos mostra o que somos.
(3) Uma Pia: «Purificando-a com a lavagem da água pela palavra» (Ef. 5:26). A figura é da pia em que os sacerdotes se lavam antes de entrar no santuário para servirem a Deus. Neste sentido nos mostra como podemos ser limpos de nosso pecado. «Já estais limpos pela palavra» (João 15:3).
(4) Uma Porção de Alimento: «As palavras da sua boca prezei mais do que meu alimento» (Jó 23:12). Sabemos que há diversas qualidades de alimentos. A Bíblia trata das qualidades necessá¬rias para os crentes: (1) Leite para as crianças (I Cor. 3:2); (2) Pão para os famintos (Deut. 8:3); (3) Alimento forte para os homens (Heb. 5:12, 14); (4) Mais doces do que o mel (Sal. 19:10).
(5) Ouro Fino: «Mais desejáveis são do que o ouro fino» (Sal. 19:10).
(6) Fogo: «Não é a minha palavra como o fogo, diz o Senhor...» (Jer. 23:29).
(7) Um martelo: «... e como um martelo que esmiúça a penha?» (Jer. 23:29).
(8) Uma Espada: «A espada do espírito, que é a Palavra de Deus» (Ef. 6:17).

II. Línguas Originais da Bíblia.

Deus não inspirou a Bíblia na língua portugue¬sa, embora tenhamos a Bíblia inspirada em vernáculo nosso. Originalmente a Bíblia fora escrita em três línguas, a saber: hebraica, aramaica e grega. Esta era a língua do Novo testamento. Alguns comentadores dizem que provavelmente Abraão deixou de usar a velha língua semítica — A caldaica — a qual era a da sua própria terra (Gên. 12:1-5), quando saiu de Ur, e adotou a língua dos cananeus, em cujo meio foi morar. A sua descendência — os hebre¬us — mais tarde, durante o cativeiro em Babilô¬nia, deixou de falar a língua hebraica e adotou a caldaico-aramaica, a qual continuou a ser fala¬da até os tempos de Jesus Cristo.Esta língua cananéia, que Abraão usou, era, provavelmente, a mesma ou alguma forma dela, que foi conhecida mais tarde como hebraica. Parece que a língua hebraica foi chamada «a língua de Canaã» (Is. 19:18).

As traduções só conservam a inspiração quando reproduzem fielmente o original.
1. Antigo Testamento.
(1) Hebraico. O hebraico é a língua principal do Antigo Testamento, especialmente adequada para a tarefa de criar uma ligação entre a biografia do povo de Deus e o relacionamento com esse povo. É uma língua pictórica, expressa-se mediante metáforas vívidas e audaciosas, capazes de desafiar e dramatizar a narrativa dos acontecimentos. É uma língua pessoal, apela diretamente ao coração e às emoções, e não apenas à mente e à razão. É uma língua em que a mensagem é mais sentida que meramente pensada.
(2) Aramaico. O aramaico se tornou a língua geral de todo o Oriente Próximo. As passagens do Velho Testamento que não são escritas em hebraico são as seguintes: Esdras 4:8 a 6:18 e 7:12-26, Jeremias 10:11 e Daniel 2:4 a 7:28. Estas são escritas no dialeto caldaico. Este fenômeno se explica pela residência de Daniel e Esdras na Babilônia e as suas relações com os governadores desses países.

2. Novo Testamento.
Os livros do Novo Testamento foram escritos originalmente na língua grega, conhecida como helênica, porque os gregos eram chamados hele¬nos ou o povo de Helas. Depois da grande conquista de Alexandre Magno, rei da Macedô¬nia, filho de Filipe e de Olímpia, a língua grega, numa forma helênica, espalhou-se em toda parte do Egito e do Oriente, e tornou-se a língua vernácula dos hebreus que residiam nas colônias de Alexandria e outras partes.

(1) Grego Koiné. Até fins do século XIX, cria-se que o grego do Novo Testamento era a “língua especial” do Espírito Santo, mas a partir de então essa língua tem sido identificada como um dos cinco estágios do desenvolvimento da língua grega. O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem da rua, dos co¬merciantes, dos estudantes, que todos podiam entender: era o "Koiné". Este dialeto formou-se a partir das conquis¬tas de Alexandre, em 336 a.C. Nesse ano, Alexandre subiu ao trono e, no curto espaço de 13 anos, alterou o curso da história do mundo. A Grécia tornou-se um império mun¬dial, e toda a terra conhecida recebeu influência da língua grega. Deus preparou, deste modo, um veículo lingüístico para disseminar as novas do Evangelho até os confins do mundo, no tempo oportuno. O grego do Novo Testamento adaptou-se de modo adequado à finalidade de interpretar a revelação de Cristo em linguagem teológica. Tinha recursos lingüísticos especiais para essa finalidade por se um idioma intelectual. Era um idioma da mente, mais do que do coração, e os filósofos atestam isso amplamente. O grego tem precisão técnica de expressão não encontrada no hebraico. Além disso, o grego era uma língua quase universal.
(2) Aramaico. Algumas expressões em aramaico no Novo Testamento:
• “Eli, Eli, lema sabactâni” (Mt 27.46): “Deus meu, Deus meu porque me desamparastes”
• “Talita Cumi” (Mc 5.41): “Filhinha, Levanta-te.”
• “Efatá” ((Mc 7.34): “Abra-te”
• “Bar”: “Filho” aparece em alguns nomes como: Barnabé, Barsabás, Bartolomeu. (Mc. 10.46; At 1.23; Mt 10.3)
• “Aba”: Era um vocábulo hebraico-caldaico (aramaico), que significa “pai” ou “meu pai” e é usado junto com a palavra Pai, para exprimir invocação filia a Deus (Mc 14.36; Rm 8.15; Gl 4.6). Foi proibido aos servos usá-la ao dirigirem-se ao pai de família, porquanto tal palavra era privativa dos filhos. Esta palavra tem cor divina no Nov Testamento.
(3) Latim. Alguns termos e Nome em latim no Novo Testamento:
• Centurião, tributo, legião, denário, Cornélio. A inscrição trilíngüe em cima da cruz estava escrita em hebraico, grego e latim

A verdade do Antigo Testamento a respeito de Deus foi revelada inicialmente a uma nação, Israel, em sua própria língua, o hebraico. A revelação completa, dada por Cristo, no Novo Testamento, não veio de uma forma tão restrita. Em vez disso, a mensagem de Cristo deveria ser anunciada no mundo todo: “... em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47)

Bibliografia.
A Bíblia – E como chegou até nós – John Mein
Introdução Bíblica – Norman Geisler
A Bíblia através dos Séculos – Antonio Gilberto

Foto de Ide e Ensinai.
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