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ANIMAIS LIMPOS E IMUNDOS

ANIMAIS LIMPOS E ANIMAIS IMUNDOS
Introdução:
Estas leis serviam para:
1) Refletir a santidade de Deus.Animais carnívoros e aves de rapina comem carne com o seu sangue, algo proibido aos seres humanos. Tais animais também entram em contato com cadáveres, que são imundos. (Atos 15.29).
2) Distinguir o culto israelita das práticas idólatras das nações circunvizinhas.
3) Ajudar a manter a saúde física. (O porco por exemplo é portador de triquinose)
Referências:
1. Gênesis 7.2. Antes do dilúvio já havia uma distinção entre animais puros e impuros. Esta é a primeira referência sobre animais limpos e imundos. São animais que, posteriormente, foram cuidadosamente distinguidos na lei e no ritual mosaico. Moisés legislou sobre essa distinção. Baseava-se, em parte, na salubridade deles como alimentos, e em parte,em considerações de ordem religiosa destinada a servir como um dos sinais de separação entre Israel e as outras nações.
2. Levíticos. 11.2: As restrições que se impuseram na dieta dos membros da teocracia hebraica, tinham razão determinada, ou pela higiene, ou pela religião cumprida em Cristo; assim como acontece com todos os tipos, promessas e profecias do At (At 10.14,15; 15.28.29; Cl 2.4; 1 Tm 4.3,4)
(1) Examinando bem a lista dos animais imundos, percebe-se que em cada caso, uma ou mais das três considerações entre em pauta:
1- Havia carne de animais ou pássaros imundos que se podia considerar doentia e imprópria, por razões sanitárias, pelo fato de se alimentarem de cadáveres em decomposição;
2- Havia animais que eram intimamente ligados com os depravados cultos pagãos, como por exemplo, o porco, que era oferecido aos deuses do mundo inferior.
3- Havia no comportamento de alguns destes animais, algo desagradável, com associações nefandas, como no caso de todos os “animais que rastejam” (que é a expressão hebraica que nossa versão interpreta por “répteis”) que se assemelham à serpente nos seus movimentos, e no caso dos morcegos, cuja moradia são as cavernas escuras e úmidas, e ainda odeiam a luz.
(2) A legislação sobre quadrúpedes (animais com cascos bipartidos e que ruminam) é definida no versículo 3, e depois ilustrada com quatro animais que não satisfazem as condições.
(3) Animais ruminantes com unhas fendidas eram animais limpos e poderiam ser ingeridos.
(4) O casco divide em dois: Significa casco fendido de alto a baixo (Dt 14.6)
(5) Esta lista deve ser considerada como um guia simples e prático para o povo distinguir os alimentos puros dos impuros; definições científicas quase não entram em pauta.
• O arganaz: (heb shalan, latim hyrax syríacus). Um tipo de texugo, um roedor, vivia nas covas e nas fendas das rochas (Sl 104.18), sendo tímido e indefeso (Pv 30.26). Os árabes os comem, mas não oferecem aos hóspedes. O fato de suas mandíbulas estarem em constante movimento dá a impressão de ser um ruminante.
• A lebre (Hb: arnebheth) era um animal pouco conhecido por ser silvestre, diferente do coelho que era domesticado. A lebre e o arganaz, só aparentemente é que podem ser considerados ruminantes, pois na realidade não o são. Mas a aparência é que interessava (Lv 11.5,6)
• O quebrantoso (13) é um abutre que deixa cair os ossos das suas vítimas contra os rochedos, para lhes extrair o tutano.
• O corvo (15) inclui, dentre a sua espécie, a gralha (18), mas o corvo marinho é o cormorão, que pertence à espécie de pelicano.
• A gaivota (16) é um pássaro marítimo, que às vezes vem em bandos para o interior.
• O mocho (17) é um tipo de coruja.
• O avestruz (16) já não se acha em Israel
• A poupa (19) tem um penacho de plumas vermelhas.
• A locusta até hoje se vende nos mercados árabes. Somente insetos que saltam poderiam ser comidos.
• O milhano era uma ave de porte médio.
• (27) se refere a animais sem casco, como o gato, o cachorro, etc. eram imundos.
(6) Somente peixes com nadadeiras e escamas podem ser comidos (Lv 11.9-12; Dt 14.9-11).Isto eliminava enguias, peixes de couro, moluscos e crustáceos.
Vê-se que não há, nestes versículos uma tentativa de oferecer uma lista cientificamente classificada.
3. Deuteronômios (14.3-21)
(1) O versículo 5 mencionam animais que pertencem a família das gazelas; dos pássaros.
(2) Íbis (16): um tipo de coruja que voa só depois do crepúsculo.
(3) A cegonha (heb. Hasidâh, a forma feminina da palavra “hesedh” – “misericórdia”, que se refere à dedicação da cegonha em alimentar os filhotes.
(4) Garça (Hb. Anãphâh: ferocidade – uma referência à pose e ao aspecto do referido pássaro)
4. Marcos. 7.19 “E, assim, considerou ele puro todos os alimentos”. Parece ser um comentário da parte de Marcos, que revela o que Pedro aprendeu (At 10.15) sobre a desobrigação de os cristãos guardarem as leis sobre comidas puras e impuras.
5. Atos 10.12-15. Esclarece que a distinção não existe mais e que os gentios não são mais “imundos” para os judeus. É evidente que Deus manda que Pedro ponha de lado seus escrúpulos relativos à comunhão de mesa com os gentios. (Gl 2.12-21). Através desta ilustração viva, Deus explicou a Pedro que havia revogado as leis a respeito da impureza ritual (Tt 1.15)
6. Romanos 14.2,3,14: Isto se refere a comidas não permitidas pela lei de Moisés (11).Embora tais restrições não mais se aplicassem (Rm 14.20) alguns crentes imaturos ainda as aplicavam às suas vidas. O irmão maduro é exortado a abster-se de tais comidas, e também do vinho para não vir a ser um obstáculo para seu irmão menos amadurecido (21). A abstenção, mesmo se alguém julgá-la desnecessário, é melhor que colocar uma tentação no caminho de um irmão.
7. Colossenses 2.16-23: Os falsos mestres estavam evidentemente insistindo na abstinência de certos alimentos e na observância de certos dias. Tais coisas, diz Paulo, eram sombras que foram dispersas pela vinda de Cristo.
8. 1 Timóteo 4.3-5.Refere-se tanto aos alimentos como ao casamento, bênçãos de Deus que são intrinsecamente boas.
Bibliografia.
Bíblia Shedd
Bíblia Anotada.