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A IGREJA E O IMPÉRIO DO MAL

A IGREJA E O IMPÉRIO DO MAL

Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito Da Babilônia

 

 

Lição 1

A IGREJA DIANTE DO

 ESPÍRITO DE BABILÔNIA

 

Texto Bíblico: Ap 17. 1-6

INTRODUÇÃO

O capítulo 17 de Apocalipse trata do movimento religioso mundial que haverá naqueles últimos dias. Será uma falsa religião mundial apoiada inicialmente pela besta.

João recebe uma visão da ruína da Babilônia (cf. 14.8-10; 16.19), que causa lamentação na terra (18.9-19) e júbilo no céu (18.20; 19.1-10).

 

A BABILÔNIA

Fatos Gerais:

Nome: O nome Babilônia derivado de “Bab-el” que significa “portão de Deus”, tornou-se “Babel”, significando “confusão”. Desta forma o portão de Deus tornou-se o local de ajuntamento para pecadores sem lei. A fim de limitar a apostasia que se espalhava Deus interveio com a confusão de línguas.

O nome “Babilônia” provém de “Babel”, que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13).

Do sumeriano “Kadingir”, do grego “Babylõn” e do hebraico “Bãbel”.

 

Literalmente falando, a cidade de Babilônia é citada cerca de 260 vezes na Bíblia, 27 vezes em uma só profecia (Jr 50 e 51).

 

Sentido Metafórico: Em nossos dias, Babilônia tem o sentido de confusão, de desordem, e de tudo quanto esteja embaraçado. Isso se explica pelo fato de haver terminado em confusão o projeto em construir a torre de Babel, cujo topo deveria tocar o céu.

 

Dados Geográficos.

Situava-se na planície de Sinar. Era a capital da antiga Caldéia, banhada pelas águas do rio Eufrates que atravessava a cidade.

 

Aspectos físicos:

Babilônia tinha a forma quadrangular. Em cada um dos quatros lados havia vinte e cinco portais de bronze, dos quais saíam largas avenidas que iam até os portais do lado oposto.

 

Segundo alguns historiadores, era cercada por muros com 70 quilômetros de circunferência. A altura deles parece exagerada, pois alguns historiadores afirmam possuir várias dezenas de metros.

 

Quanto à largura, calcula-se que tinha aproximadamente 25 metros, o suficiente para neles circularem carros de qualquer parte. Sua muralha é confirmada por Jeremias que lá esteve exilado; ele faz referências aos muros, na profecia contra a cidade (Jr 51.44).

 

A defesa da cidade era completada por um fosso que rodeava os muros, impedindo que os inimigos se aproximassem.

 

O palácio real tinha 9 quilômetros de circunferência, cercado de muralhas nas quais foram construídos os jardins suspensos, conhecidos como uma das sete maravilhas do mundo antigo. Além dos famosos jardins, com flores e plantas trazidas das montanhas.

 

Nabucodonosor levou para a cidade os sábios, os astrólogos e os astrônomos de toda a Caldéia, concedendo ao reinado um grau de esplendor jamais igualado por outro monarca babilônico.

 

“Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, para glória da minha magnificência?” (Dn 4.30).

 

Dados Históricos.

Ninrode Foi Seu Fundador (Gn 10.10,11).

A cidade de Babilônia nasceu quando Ninrode (cujo nome significa “nós nos revoltaremos” ou “rebelde”) edificou a cidade na Planície de Sinear, com o objetivo de construir seu império (Gn 10.8-10).

Sua primeira rainha (e símbolo de um sistema ímpio e de uma cidade) foi Semíramis I.

 

A antiga Babilônia, Mesopotâmia, era o centro político, comercial e religioso de um império mundial. Era notável pelo luxo e pela decadência moral.

 

Como reinado, Babilônia foi inferior quando, sob a Síria, ajudou-a contra Israel e Judá (2 Rs 17.24-31; 2 Cr 33.11).

 

Depois da destruição de Nínive, a grande metrópole do mundo foi Babilônia, que segundo o historiador Heródoto, possui cem portões de bronze maciço, com parede de 10,5 metros de altura tão largas que seis carruagens podiam passar lado a lado sobre elas.

 

A Babilônia onde Alexandre o Grande bebeu até morrer, foi o terceiro reino mundial a oprimir Israel nos tempos da supremacia gentílica.

Alexandre, o Grande, tentou restaurar Babilônia, mas Deus havia declarado: “E varrê-la-ei com a vassoura da destruição” (Is 14.23), e tem permanecido ruínas desde então.

A Babilônia foi instrumento divino de juízo sobre Egito, Judá, Edom, Moabe, Amom, Tiro, Sidom, Síria, Azor e Nínive. Isaías, Jeremias e Ezequiel são notavelmente definidos em suas afirmações sobre a Babilônia e seu relacionamento com a Judéia.

Por não termos registro de uma igreja cristã entre as ruínas da antiga Babilônia, a Babilônia de onde Pedro enviou sua primeira epístola deve ter sido Roma (1 Pe 5.13), onde seu filho espiritual, Marcos, estava com Paulo (Fm 24).

 

As Principais Profecias Sobre A Babilônia:

É profetizada como sendo capturadora de Judá (2 Rs 20; Jr 25.9-14).

Foi escolhida por Deus a fim de castigar Judá (1 Cr 9; Jr 25.9).

Devia ser severamente punida por seus pecados (Jr 25.9-14; Dn 5).

Foi o opressor de Israel, simbolizando em Daniel capítulo 2 e 7 sob “cabeça de ouro” e “um leão”.

Os profetas predisseram a destruição da Babilônia (Is 13.1-22; Jr 50.9-46).

Será preeminente outra vez como símbolo sob o anticristo (Ap 17.5, 18).

 

A Babilônia – Escatológica:

Sendo a primeira de todas as cidades idólatras, Babilônia é o emblema mais adequado para declarar a culpa enorme e a influências extensivas e destruidoras da cristandade apóstata.

A Babilônia do Apocalipse ocupa a mesma relação com a Babilônia dos profetas do Antigo Testamento que a Nova Jerusalém ocupa com a Jerusalém dos profetas. No Apocalipse ambas as cidades devem ser tomadas em seu sentido místico; nos profetas as cidades devem ser tomadas em seu sentido literal.

 

O Babilonismo:

O Babilonismo representa um vasto sistema que escraviza os cristãos professos. Caracteriza-se por orgulho mundano, idolatria e adultério espiritual.

A antiga Babilônia com todo o seu misticismo e paganismo será destruída repentinamente com a sétima taça (Ap 14.8; 18.1-24; Is 21.9).

Zacarias é outro profeta do Antigo Testamento que prediz o retorno do babilonismo. A significação figurada da linguagem usada em Zacarias 5.5-11 pode ser expressa desta maneira:

A “Efa”, medida que equivalia a, mais ou menos, quarenta litros, fala do comércio que deve espalhar-se por toda a terra.

O “peso de chumbo” de cerca de 71,5 kg, simboliza a intensidade do tráfico e a riqueza do comércio.

A “mulher” é interpretada como a impiedade na medida. A palavra hebraica RASHA indica a natureza inquieta e caído do homem manifesta em toda a falta de lei e restrição (Jó 3.17; Is 57.21).

As “asas como as de cegonha” (ave imunda) e o “vento” nas asas representam a realização rápida da Babilônia material com o grande centro de comércio do mundo.

 

 

 

A BABILÔNIA – RELIGIOSA (1-7).

Descrição (1-7).

Anjos (1): Os agentes do julgamento de Deus no cap.16; 21.9.

Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande prostituta (1): Introduz o tema do cap.17 e contrasta com 21.9 “venha, eu lhe mostrarei a noiva”.

DEIXÕ gr. “eu mostrarei”: Ocorre em Apocalipse (1.1; 4.1; cf. 21.9,101; 22.1,6,8), e esse verbo sempre indica a revelação divina de verdades por meio de visões, geralmente por anjos mediadores (exceto em 1.1).

“A Grande Prostituta” (1): Na Bíblia, religiões falsas são chamadas prostituições, porque são uma forma de infidelidade a Deus (Is 23.17; Na 3.4).

TO KRIMA TÊS PORNÊS TÊS MEGALÊS gr. “a condenação da grande prostituta”.

Roma é a responsável por conduzir o mundo à imoralidade e à apostasia religiosa/idolatria.

A imagem da prostituição para retratar tanto a imoralidade quanto à idolatria é comum no Antigo Testamento.

Fala-se de Israel tendo o espírito de prostituição (Os 2.5; 4.10,12, 18; 5.3,4; 6.10; 9.1); e perambulando como uma prostituta pelas ruas (Jr 3.1-3; cf. 2.20; 13.27; Ez 16.15-17 e a parábola das Duas Prostitutas em Ez 23).

Jerusalém tornou-se uma prostituta (Is 1.21), como aconteceu com muitas cidades pagãs, entre elas Nínive (Na 3.4) e Tiro (Is 23.151-17).

A imagem é sempre a de alguém que não somente comete fornicação, mas leva outros a fazê-lo, ou seja, age como uma prostituta. Essa é a ideia aqui, em Apocalipse 17, pois Babilônia/Roma tornou-se uma prostituta, levando outras nações à imoralidade e à idolatria.

 

Reis Da Terra Se Prostituíram (2): Repetido em 18.3,9. Significa a influência corruptora da Babilônia ao seduzir as nações à idolatria e imoralidade, provavelmente com o uso de promessas vazias de poder político e, especialmente, de ganho econômico (cf. 18.2-19).

Isso indica que esse falso movimento religioso se estenderá por todo o mundo.

“Os Que Habitam Na Terra”: Não apenas os reis, os grandes, mas os demais habitantes da terra.

 EK TOU OINOU. “se embebedaram com o vinho” (3): Uma imagem que implica perda de controle e de autodomínio por causa de uma influência externa. Aqui, essa influência é TÊS PORNEIAS “sua prostituição”. Em Jeremias 51.7, a Babilônia é condenada porque “embriagava toda a terra [...] e por isso estão fora de si”.

 

Vi Uma Mulher (3): Sendo a mulher, na visão uma meretriz isso indica um falso sistema religioso.

TÊS KATHÊMENÊS EPI HYDATÕN POLLÕN gr. “está assentada sobre muitas águas”.

Assentada Sobre Muitas Águas (1): As muitas águas são as nações (17.15), tipificam as vastas multidões da raça humana sobre as quais a mulher exerce fascínio. A antiga Babilônia conseguiu sua riqueza por meio do rio Eufrates e seus numerosos canais de irrigação. A igreja apóstata engorda-se das nações que governa. “Assentada sobre as águas” (Jr 51.13) indica que a grande prostituta reina e domina as nações religiosamente, assim como a besta sobre a qual cavalga o faz politicamente.  A grande prostituta e a besta são companheiras na maldade e na apostasia. Combinadas, representam poder eclesiástico e governamental.

“Sentar-se” sobre uma nação implica conquistá-la e controlá-la.

 

Assentada Sobre Uma Besta (3): Um falso sistema político. Trata-se da confederação de nações sob o governo do Anticristo. Nesse sistema, a igreja falsa conduz à besta, mas depois esta virará contra aquela e a destruirá, como veremos no versículo 16. Isto a besta fará para que possa implantar uma nova religião – sua própria adoração, na segunda metade da Grande Tribulação. O Falso Profeta cuidará disso, tornando obrigatório esse culto.

 

 

Deserto (3):

EIS ERÊMON (3): “para o deserto”.

Nas Escrituras, o “deserto” é um símbolo que pode ser usado positivamente, como lugar de conforto e revelação (Êx 19; 1 Rs 19.4-6; Is 40.3; Ez 34.25; Mc 1.353,353; 6.31-353), ou negativamente, como lugar de provocação e devastação (os quarenta anos no deserto; Sl 95.7-11; Is 1.7; 37.25; Jr 51.36; Mt 4.1).

Em Apocalipse, o “deserto” tem conotação positiva em 12.6,14, em que a mulher encontra um local no deserto para se refugiar do dragão.

E negativa, na passagem em questão, em que o deserto é o lugar onde se encontra a grande Babilônia, que se tornará “morada de demônios” (18.2; para imagens do deserto como morada de demônios, ver Is 13.21; Mt 12.43). Por exemplo, Isaías 21.1-10, numa “mensagem [oráculo] acerca do deserto que está junto ao mar” traz uma profecia contra a Babilônia.

Alguns estudiosos também apontam para o deserto como um lugar para experiências visionárias (Êx 3.1-3; 1 Rs 19.4-9).

Aqui, o deserto é um lugar solitário de escassez e dificuldade onde João recebe a revelação a respeito da ruína futura da próspera Babilônia (cf. 18.2; Is 21.9). O que quis dizer João com deserto? Uma explicação é que o esplendor da mulher da besta cativa o coração e intoxica os sentidos de todas as pessoas exceto do remanescente fiel, para quem este espetáculo pomposo é como um deserto, pois Deus não se encontra nele. A mulher e a Besta são significativamente especialmente em suas vestes e em seu poder, mas habitam no deserto. Isso indica claramente suas naturezas demoníacas (Lc 11.24). Ela é realmente vista onde deve estar: num lugar desolado, faminto, sedento, habitação apropriada para uma meretriz horrenda. Ainda neste versículo um fato curioso que chamou a atenção de João: a Besta estava coberta de nomes de blasfêmia. Isso indica que o sistema predominante da Besta é totalmente corrupto.

 

GYNAIKA KATHÊMENÊN EPI THÊRION KOKKINON gr. “uma mulher montada sobre uma besta vermelha” (3): O fato de ela estar “tomada” sobre a besta poderia sugerir algum tipo de controle, ressaltando a influência do império, a grande Babilônia, sobre a besta.

 

Vermelha (3): Representa riqueza e lembra a cor vermelha do Dragão. A cor “vermelha” aponta para o luxo inacreditável do império, percebido no vestido “de púrpura e de vermelho” da mulher em 17.4, e no “linho fino, púrpura” das mercadorias luxuosas de Roma em 181.12,16.

“E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada”... (4):

KECHRYSÕMENÊ gr. (4): Adornada, literalmente, dourada.

Em muitos textos do Apocalipse emprega-se termos como “adultério”, “prostituição”, “meretriz” para simbolizar o afastamento dos povos da comunhão espiritual.

Sabemos pela história que Ninrode “o poderoso caçador de almas em oposição à face do Senhor” foi o primeiro imperador. Fundou o primeiro governo e além de ser caçador, “começou a ser poderoso na terra”. A esposa deste monarca era Semíramis, figura bastante conhecida na história secular, uma prostituta. “Quando Ninrode foi assassinado, ela assumiu a posição de imperatriz do governo. Para manter-se no poder... ela criou um mito ao redor da figura de seu falecido marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de Zoroastrita, que quer dizer ‘a Semente da Mulher’”. A partir deste princípio, tudo que está ligado direto ou indiretamente com a cidade de Babilônia, é sempre representado por uma figura feminina.

Quando a palavra “mulher” é usada simbolicamente nas Escrituras, dependendo do contexto, significa religião. Uma mulher pura, como uma “noiva” ou a “Esposa”, designa uma “religião pura e imaculada”, como a verdadeira Igreja de Cristo (19.7; 21.9).

Portanto, quando o apóstolo João emprega o termo “meretriz” na descrição de suas visões, sem dúvida está se referindo a um sistema religioso que havia prostituído sua própria existência com algo que é totalmente contrário aos propósitos da Igreja do Senhor.

Púrpura E Vermelho [...] Ouro, pedras preciosas e pérolas. Roupas e joias luxuosas que simbolizam grande poder e riqueza, o que tipifica o próspero comércio de Roma (18.12,16).

 

POTÊRION CHRYSOUN gr. “cálice de ouro” (4).

O conteúdo do cálice: BDELYGMATÕN KAI TA AKATHARTA TÊS PORNEIAS AUTÊS gr. “de abominações, isto é, as imundícias da sua prostituição”.

Toda a sua riqueza é uma abominação para Deus, pois ela está associada à sua imoralidade.

O termo BDELYGMATÕN, é usado no contexto religioso, descrevendo o que é detestável aos olhos de Deus, “o que não deve ser trazido diante de Deus, pois provoca a sua ira”.

Isso mostra quão odioso é o estilo de vida pagão para Deus, especialmente seus ídolos, chamados frequentemente de “abominações” no Antigo Testamento (Jr 13.27; 32.35; 44.22; Ez 5.9; 6.9).

O termo AKATHARTA, é usado no contexto do culto, descrevendo quão “impuras” são essas coisas (imoralidade e blasfêmia religiosa) para Deus. em 16.13, o termo descreveu os “espíritos impuros, semelhantes a rãs”, que nada mais eram do que a falsa trindade enganando as nações e, em 18.2, a palavra descreve os espíritos impuros e os pássaros que habitarão a Babilônia desolada, depois que o juízo divino cair sobre ela.

 

João retrata a mulher como estando assentada sobre uma besta cor escarlate e tendo um cálice de ouro na mão, cheio das abominações e da imundície da sua prostituição (17.4): O mesmo aconteceu com a Babilônia de antigamente. Enquanto ainda estava em toda a sua glória foi-lhe proclamada, por Jeremias, sua condenação: “Na mão do Senhor a Babilônia era um copo de ouro, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso as nações estão de fora de si” (Jr 51.7). O “cálice de ouro” em sua mão demonstra o seu desejo de implantar no mundo uma falsa “comunhão”, e sua doutrina afermentada (ela embriaga). Mas um dia ela ouvirá a voz poderosa de Deus a lhe dizer: “Peso do deserto do mar... caída é Babilônia, caída é!” (Is 21.1,9).

 

Babilônia – A Grande (5).

Embora a famosa cidade de Babilônia ficasse às margens do rio Eufrates, o nome aqui parece ser uma referência a Roma (v.9; 1 Pe 5.13).

O título “a grande Babilônia” é tirado de Daniel 4.30.

 

 

Quem É A “Grande Babilônia”: Alguns estudiosos identificam a Babilônia de maneiras variadas:

 

Uns com Roma. Os leitores de Apocalipse de João, provavelmente entenderam a Babilônia como uma representação de Roma.

O versículo 18 interpreta a prostituta como “a grande cidade”, que provavelmente sugere Roma.

Tertuliano, Irineu e Jerônimo usam a palavra Babilônia como representando o Império Romano.

Na Idade Média, Roma foi frequentemente intitulada de a Babilônia Ocidental.

A seita dos Fraticelli, organização eremita dos franciscanos do século XIV, que levou o voto de pobreza ao extremo e ensinava que eram possuídos pelo Espírito Santo e isentos de pecado, primeiro familiarizou a mente

comum com a noção de que Roma era a Babilônia, a grande prostituta do Apocalipse.

Outros com a Igreja Católica Romana.

Outros ainda com o sistema econômico-religioso patrocinado pelo estado ao longo dos séculos ou na última geração antes do juízo.

 

A Mulher Escarlata, uma das profundas maravilhas da Escritura, é obra-prima da falsidade de Satanás. Que caricatura burlesca a mãe das prostituições é da verdadeira igreja!

A igreja verdadeira é uma virgem casta – a igreja apóstata é uma prostituta.

A igreja é esposa de um só marido – a igreja apóstata tem relações promíscuas com os reis da terra;

A igreja verdadeira é sujeita a Cristo – a igreja apóstata é sujeita a Satanás.

A igreja verdadeira é do Céu – a Igreja apóstata é da terra.

A igreja verdadeira é adornada por Deus – a igreja apóstata é adornada por Satanás.

A igreja verdadeira é um mistério da piedade – a igreja apóstata é “mistério, Babilônia”.

A igreja verdadeira é “coluna e base da verdade” – a igreja apóstata é chamada Babilônia, “confusão”.

A igreja verdadeira oferece a taça da salvação – a igreja apóstata tem nas mãos a taça dourada cheia de abominações.

A igreja verdadeira é comprada pelo sangue de Cristo – a igreja apóstata embriaga-se com o sangue dos mártires.

A igreja verdadeira é preservada por Cristo – a igreja apóstata é destruída pela besta.

A igreja verdadeira, glória eterna no futuro – a igreja apóstata, ruína eterna.

A igreja verdadeira tem chamado celeste – a igreja apóstata cobiça posses terrenas.

A igreja verdadeira é a obra prima de Cristo – a igreja apóstata é a obra-prima de Satanás.

A igreja verdadeira é habitada pelo Espírito Santo – a igreja apóstata é possuída pelo espírito maligno.

A igreja verdadeira é mistério oculto dos séculos – a igreja apóstata é mistério da iniquidade.

A igreja verdadeira será elevada no ar – a igreja apóstata será lançada na perdição.

A igreja verdadeira exerce poder espiritual – a igreja apóstata busca poder secular.

A igreja verdadeira exibe a glória de Cristo – a igreja apóstata gloria-se nas coisas sensuais.

 

Na Sua Testa Estava Escrito O Nome: Mistério (5): A palavra mistério, associada à mulher, identifica-a com ritos religiosos, mistérios das falsas religiões, como magia, ocultismo, iniciações etc. Indica também que se trata aqui de algo místico, não literal, equivalente a sinal.

O que é mistério: O que é conhecido somente do iniciado. Todos os espiritualmente iniciados podem compreender muitos mistérios das Escrituras (1 Co 13.9-12).

A palavra mistério no Apocalipse - João emprega a palavra 4 vezes:

O mistério das sete estrelas (1.20).

O mistério de Deus (10.7).

O mistério da grande Babilônia (17.5).

O mistério da Mulher (17.7).

 

No capítulo 17, Babilônia representa o falso sistema religioso que se centralizará em Roma durante a Tribulação. No capítulo 18 representa mais o aspecto político e comercial do Império Romano redivivo e encabeçado pelo anticristo. Assim, o termo representa ao mesmo tempo um sistema (religioso e comercial) e a cidade a que o sistema se relaciona.

 

“A Grande Babilônia, A Mãe Das Prostituições E Abominações Da Terra” (5): O nome Babilônia associado à mulher indica que a religião predominante durante a Grande Tribulação será o espiritismo sob as mais variadas formas. Hoje já se é indícios disso por toda parte. Diz Jr. 51.7: Esse título também representa o desejo das sociedades ímpias pelo prazer sensual e a sua rejeição de todos os limites. “A Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram”. Aqui se vê que Babilônia tem sido a mãe dos falsos sistemas religiosos. A história nos conta que as religiões falsas (que sempre incluem a idolatria) tiveram sua origem com Ninrode e sua mulher Semíramis, no primitivo reino de Babel (donde vem Babilônia), em Gn 10.9-10. Ele foi o primeiro imperialista da história (Gn 10.10-11). Ele também liderou o povo no primeiro ato religioso (falso), que foi a construção da torre de Babel, cujo único objetivo (como os demais semelhantes) era o culto idólatra. Hoje essas falsas religiões estão no auge, a caminho do reinado do Anticristo, ocupando-se de práticas ocultas, como magia negra, sessões espíritas, contatos com demônios, milagres, feitiçaria, astrologia etc.

 

Ela é descrita como HÊ MÊTÊR TÕN PORNÕN KAI TÕN BDELYGMATÕN TÊS GÊS gr. “A mãe das prostituições e das abominações da terra” (5). A Babilônia como a “mãe das prostituições” às vezes, sido comparado com Cibele, a “Mãe Suprema” dos deuses, cuja adoração envolvia um culto orgástico no mundo antigo, ou com a própria Roma, descrita como uma divindade, com o nome latino (“Roma”) soletrado na ordem inversa para indicar seu “nome secreto”, “Amor”. Ambas as opções são interessantes, mas nenhuma delas pode ser provada. Um paralelo mais próximo estaria naquelas passagens do Antigo Testamento em que Israel é retratado como uma mãe que se prostitui (Os 2.2-7; cf. Is 50.1).

 

O profeta Naum chamou-a de “graciosa meretriz” (Na 3.4). De modo bem similar, e por razões idênticas, um outro profeta aplica o mesmo epíteto vergonhoso a cidade de Tito, predizendo sua ruína (Is 23.15).

 

Sangue dos santos (17.6): A Babilônia persegue aqueles que se opõem à sua idolatria, imoralidade e luxúria. Sua embriaguez com o sangue dos santos (e a besta sobre a qual se assenta) revela que, nas culturas que são hostis a Deus, uma conspiração insidiosa une a busca incessante por riqueza e prazer com a execução implacável do poder político e coercivo.

A metáfora da embriaguez com sangue ocorre frequentemente no Antigo Testamento (Is 34.5,7 LXX; 49.26; Jr 46.10; Ez 39.18,19). Ela retrata a grande alegria com que exércitos depravados exterminavam famílias inteiras, bem como os soldados inimigos.  Em 14.8 e 17.2 a Babilônia embriagou as nações com sua imoralidade, porém aqui, eles estão bêbados com o sangue dos santos.

 

Assim, há quatro aspectos que a Babilônia focaliza aqui: idolatria, imoralidade, luxo e perseguição. Tácito, por exemplo, descreveu a carnificina ordenada por Nero dizendo que os cristãos foram “cobertos com peles de animais [...] rasgados por cães [...] crucificados [...] condenados às chamas e queimados para servir de iluminação noturna”.

 

A reação de João (6): ETHAUMASA [...] THAUMA MEGA gr. “espantado com grande espanto”. Compare com a reação de Daniel “grandemente perplexo” (Dn 4.19) e “agitado em [...] espírito” (Dn 7.15).

 

 

 

Interpretação (8-18).

Está Para Emergir Do Abismo (17.8).

E Caminha Para Destruição (17.8).

“Aqui se requer uma mente sábia” (9 – NVI):

HÓ NOUS gr.

Nous: é o órgão da percepção e apreensão mentais – de vida consciente, a mente, compreendendo as faculdades da percepção e da compreensão, do julgamento, da determinação.

A faculdade intelectiva ou entendimento (Lc 24.45). Como aqui, de acordo com alguns.

A razão, considerada como a faculdade de percepção das coisas divinas; de reconhecimento da bondade e que odeia a perversidade (Rm 1.28; 7.23; Ef 4.17).

O poder de julgamento calmo e imparcial

É um modo particular de pensar e julgar; consciência moral como um hábito da mente ou opinião. Daí pensamentos, sentimentos, propósitos (Rm 14.5, opinião bem definida; 1 Co 1.10. em um mesmo sentido). Alguns traduzem aqui por sentido, significado.

 

As Sete Cabeças (9): Isto é também mencionado nos versículos 3 e 7. Figuram sete montes e também sete reis ou reinos, segundo está explicado aqui, pelo anjo que conduziu João para mostrar a visão. Muitos comentadores da Bíblia acham que os sete montes são uma referência a Roma, que originalmente foi edificada sobre sete montes, e também pelo fato de ter absorvido em grande parte o culto idólatra babilônico, ainda hoje visto disfarçadamente na liturgia da Igreja Romana. A criação do Mercado Comum Europeu, em Roma em 1857, é também sintomático. Pode ser. Não sabemos afirmar categoricamente.

 

Sete Colinas: É talvez significativo que Roma tenha começado como uma rede de sete povoados, cada um numa colina, na ribanceira esquerda do rio Tibre. Referir-se a ela como “cidade das sete colinas” é muito comum entre os escritos romanos (ex.: Virgílio, Marcial. Cícero).

A cidade de Roma é das mais antiga península Itálica, está edificada “sobre sete colinas”, que o Apóstolo João chamada de “sete montes”. Nos dias do império estas montanhas eram denominadas de: Aventino, Palatino, Célio, Esquilino, Vidimal, Quirinal e Capitólio.

A cidade ficava à margem esquerda do rio Tibre, a 24 quilômetros da sua desembocadura no mar Tirreno, na costa ocidental da península.

O seu fundador foi um habitante do Lácio (donde vem a palavra latino) chamado Rômulo que junto com Rêmo seu irmão, fundou a cidade e o império em 754 a.C. Mais tarde, Rômulo se desentendeu com Rêmo, e o matou em combate.

 

EPESAN gr.: “Caíram” (10): Palavra usada constantemente na LXX para queda violenta ou para expulsão de reis ou reinos (Ez 29.5; 30.6; Is 21,9; Jr 1.15; 51.8).

 

Dez Reis (v.17.10-12).

A confederação de dez nações que se formará no Ocidente e será liderada pelo anticristo (Dn 7.23-24; 13.1).

Os dez reis ou reinos são os dez chifres da besta.  “Cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo”. Desses sete reinos, seis são hoje passados: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. O sétimo é ainda futuro. Será uma forma do antigo Império Romano, constituído de dez reinos confederados, equivalentes aos dez dedos das duas pernas desse antigo Império Romano (Dn 2.42-44).

Daniel 7.24 diz: “daquele mesmo reino se levantarão dez reis”. É, pois, uma forma daquele antigo Império. É claro que não poderá ser o mesmo, porque aquele era regido por um único soberano, e o futuro sê-lo-á por dez reis com suas dez capitais. Eles formarão uma confederação de nações durante a Grande Tribulação. Dizemos confederação porque num pé os dedos são ligados (Dn 2.42). Com a formação desse dez Estados estará pronto o palco para a formação do reino do Anticristo – o oitavo rei (11). A área geográfica desse dez reinos é a mesma do antigo Império Romano: parte da Europa, da Ásia e da África.

 

O anticristo (11): A besta, o oitavo rei. A besta (o Anticristo) é o oitavo rei ou reino mundial. Esse reino emergia do anterior, diz este versículo, em outras palavras: “Quando o Anticristo assumir o controle dos dez países, isso será o oitavo reino”. Revelação idêntica Deus deu a Daniel em 7.24 do seu livro.

O Anticristo assumirá o controle dos dez países existentes, por meio de:

Guerra contra esses países (Dn 7.242b).

Consentimento dessas nações: “Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à Besta” (17.13). Talvez inicialmente faça pacto de não agressão com esses países. Os “muitos” da aliança citada por Daniel 9.27 podem referir-se a isso, além de Israel. Talvez a diferença entre o sétimo e oitavo reinos, seja a seguinte: o sétimo é constituído de países independentes, mas confederados (assim como o Mercado Comum Europeu); e o oitavo é composto dos mesmos países, porém sob o governo do Anticristo.

 

Durante uma hora (v.12): Isto é, com um propósito (como em Lc 22.53).

 

Rei dos reis. Um título às vezes usado para soberanos terrenos (Ed 7.12; Dn 22.37); aplicado de modo definitivo para Deus e Jesus (cf. 19.16; Dn 2.47; 4.37; 1 Tm 6.15).

 

 

GNÕMEN gr. Intento (13): O sentido principal é a faculdade de conhecer, mente, razão; então, aquilo que é pensado ou conhecido, opinião, propósito (At 20.3; 1 Co 7.25; Fm 14).

 

Ecumenismo (17.15). A Igreja apóstata será ecumênica, isto é mundial.

 

Águas [...] povos (15): A Babilônia exerce autoridade sobre à humanidade não redimida (cf.18). A prostituta assentando-se em muitas águas indica que haverá um só sistema religioso, ecumênico, universal e apóstata, na primeira parte da tribulação. Essa falsa religião será substituída pela religião do anticristo ao assumir seu grande poder político (Mt 24.15; 2 Ts 2.3,4).

 

Esses Odiarão A Meretriz (17.16).

A ,mulher, como já mostramos, é a falsa igreja mundial, com sua religião liberal, atraente e sincretista, que guindará o Anticristo ao poder sobre os dez países, nos primeiros três anos e meio. Quando os dez países passarem para o domínio do Anticristo, formando seu reino, no início dos últimos três anos e meio, eles juntamente com a besta destruirão a igreja falsa para que uma nova forma de culto tenha lugar – o culto da Besta. É o que vemos no versículo 16.

O Ecumenismo, hoje tão defendido e desejado por aqueles que gostam do caminho largo, porque permite tudo, é um certeiro sinal da futura religião da besta.

O poder político liderado pelo anticristo destruirá a falsa organização religiosa que fora sua aliada. Isto provavelmente acontecerá na metade da Tribulação.

O mal se voltará contra o próprio mal, pois a besta e seus “dez chifres” destruirá “a prostituta” Babilônia, o sistema econômico idólatra que os sustenta e cuja ruína irão lamentar em 18.9

“comerão a sua carne”: Um toque de extrema hostilidade. (Veja Sl 27.2; Mq 3.3). Xenofonte, falando do ódio entre os espartanos puros e os ilhotas, diz que nenhum dos espartanos puros escondia sua disposição para comer o ilota cru.

KATAKAUSOUSIN gr. Queimarão (16): A linguagem, provavelmente, é tirada da punição para fornicação por parte da filha de um sacerdote (Lv 21.9; 20.14).

 

Mulher [...] Grande Cidade (17.18): A prostituta Babilônia (1) se refere ao sistema idólatra, imoral, econômico e cultural do mundo, que Roma representa para os leitores de Apocalipse de João. Aqui está indicado:

Um sistema religioso (17.1-6).

Uma cidade-sede para o falso sistema religioso (18).

 

A BABILÔNIA COMERCIAL

Este capítulo de uma cidade que será a capital do Anticristo antes de ele ocupar Jerusalém. Trata-se de uma cidade literal, pois em 16.19 ela é citada em conjunto com outras cidades literais. Talvez seja reconstruída no sítio da antiga cidade de Babilônia, às margens do Eufrates, não sei, tudo indica que será uma cidade importantíssima, um notável centro político, comercial e religioso nos últimos dias. É o que revela este capítulo. Há uma grande diferença entre a Babilônia do capítulo 18 e a do capítulo 17. Esta é destruída por homens: “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo” (17). Já a Babilônia do capítulo 18 é destruída por Deus, mediante terremoto e fogo (Ap 16.18-19; 18.8).

 

 

A Proclamação (18.1-3).

Covil... E esconderijo (.2): Estas duas palavras são traduções de uma só palavra grega, que significa “prisão”, morada de demônios. Babilônia é demoníaca (Mt 13.24-30; Ef 2.2; 1 Jo 4.6). A cidade é um centro de demonismo. “Ave imunda” é, sem dúvida, mais uma referência a demônios (Mt 131.4,19). Assim, a cidade será um macrocentro demoníaco, espírita.

“os mercadores da terra se enriqueceram com abundância de suas delícias” (v.3):

“STRENOS gr. “delícia”, significa luxúria”, “devassidão” – “e os homens de negócios se enriquecerão à custa da sua corrupção”. (BLH), esta palavra traz a ideia de auto-indulgência e devassidão, usando do poder (como uma máquina controladora) de maneira arrogante e mal intencionada).

Povo meu (4): O povo de Deus deve separar-se do sistema babilônico do fim dos tempos (cf. 2 Co 6.14-17; 1 Jo 2.15-17). Enfatiza-se a certeza e a severidade do julgamento de Deus sobre o sistema político e econômico do mundo por sua imoralidade e arrogância.

Saiam dela, vocês povo meu (18.4): Deus não chama os crentes a se retirarem da sociedade pagã, mas os chama a evitar qualquer comprometimento moral como seu povo santo “Não peço que os tire do mundo; e sim, que os guardes do mal” (Jo 17.15 ARA). – “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros: refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis de sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, com esse tal nem ainda comais” (1 Co 5.10,11 ARA).

Não sou viúva (7). Alegação de que os homens da Babilônia não tinham morrido nos campos de batalha.

 

 

O Apelo (18.4-8).

Retribuam-lhe na mesma moeda (18.6): O castigo da Babilônia é proporcional ao seu crime.

Paguem-lhe em dobro: Uma punição justa que destaca a gravidade do pecado da Babilônia.

Rainha; não viúva (18.7): Recorda a presunção da Babilônia em Is 47.7,8, bem como a orgulhosa autossuficiência de Laodicéia (3.17).

Em um só dia (18.8): O juízo divino será consumado num só dia, como já aconteceu uma vez a Babilônia, quando foi tomada pelos exércitos de Dario (Dn 5.1, 3-5, 30,31).

Pois poderoso é o Senhor Deus (8): O poder soberano de Deus é a base decisiva para a ruína da Babilônia.

 

A Angústia (18.9-19). Os reis da terra (9,10), os negociantes (11-17a) e os pilotos de embarcação do mar (17-19) lamentam amargamente o julgamento da Babilônia, que sinaliza a própria ruína deles mesmos. Em contraste com isso, o povo de Deus se alegra por sua defesa (20; cf. 19.1-5)

 

 

 

Os “Ais duplos”:

Os “ais” duplos dos reis terminam com “num só hora veio o teu julgamento” (18.10). Aqui temos a rapidez da ação divina. O golpe de vingança da mão de Deus é repentino e inesperado.

Os duplos “ais” dos mercadores dão sua perspectiva da ruína da Babilônia – “porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas” (18.17), indicando a destruição completa da prosperidade orgulhosa e material.

Os duplos “ais” dos marinheiros apresentam-nos outra fase da angústia experimentada pela queda – “porque numa só hora foi assolada” (18.19). Num momento carregada de riquezas, no outro, destituída de toda a sua opulência.

 

A cidade de Babilônia será reconstruída como um colossal centro comercial e financeiro. Atualmente as coisas, até certo ponto, se encaminham para isso. Os povos árabes do Oriente Médio, do dia para a noite tornaram-se os principais banqueiros do mundo. Esses bancos têm no momento a maior reserva de ouro da terra. E vão adiante com seus projetos. Essa religião possui mais petróleo do que qualquer outra área do globo.

 

 

 

Ninguém Mais Compra A Sua Mercadoria (11): A motivação econômica egoísta para o lamento dos negociantes; sua riqueza veio do sistema econômico corrupto da Babilônia (cf. 3,15).

Madeira Odorífera (18.12): Uma madeira escura, dura e aromática, muito apreciada pelos gregos e romanos para a fabricação de móveis e armários.

Púrpura (12): Tinta caríssima, pois tinha de ser extraída, uma gosta por vez dos caramujos múrex.

Corpos E Almas (13): O comércio de escravos.

Em Apenas Uma Hora (19): Julgamento rápido lembra o reino breve dos céus. Aqui vemos que essa cidade, com todo o seu empório, sucumbirá de vez, repentinamente,

Lançarão Pó Sobre A Cabeça (18.19): Expressão de lamento (cf. Js 7.6; Lm 2.10; Ez 27.30). Assim como os reis e os negociantes, os marinheiros são o ponto culminante da “tristeza mundana” que “traz morte”, em lugar da “tristeza segundo Deus” que “traz arrependimento” (2 Co 7.10).

 

A Aclamação (18.20-24).

Deus Contra Ela Julgou A Vossa Causa (18.20): Isto é, Deus a julgou por causa do seu tratamento contra os santos na Tribulação. Os céus e os mártires podem agora se regozijar.

 A Grande Pedra (21): Esta ação parabólica lembra Jr. 51.63,64 e significa o julgamento irreversível e decisivo da Babilônia (cf. Ez 26.12,21). Grande pedra de moinho. Semelhante à grande pedra de moinho de Mc 9.42, na verdade uma “pedra de moinho para jumento” (tão grande que era necessário um jumento para girá-lo).

 

Mais uma vez, a Escritura menciona a feitiçaria de Babilônia. Mais uma vez fica bem claro que a capital do Anticristo será permeada de espiritismo. Por toda a parte, a escalada preparatória de demonismo está ocorrendo perante os nossos olhos (23).

 

Nem música, nem trabalhadores, nem atividades industriais nem luzes, nem alegria se acharão mais em Babilônia (18.22,23).

 

A Destruição Definitiva Da Babilônia (21-24): A prosperidade suntuosa da Babilônia e a violenta perseguição que faz ao povo de Deus irá terminar num julgamento divino apropriado, o que desencadeia a adoração celeste (20; 19.1-3).

 

A Queda Da Babilônia (Ap 14.8). A intensidade da frase repetida: “Caiu, caiu” não é mero hebraísmo, mas fala de um julgamento duplo. Tanto do sistema assim como cidade, Babilônia deve ser destruída. Do ponto de vista celestial a Babilônia já caiu. Embora seu castigo real ainda não tenha ocorrido.

 

A razão da queda da Babilônia está nas palavras “a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Temos aqui a realização última de Isaías 21.9: “E eis que agora vem uma tropa de homens, cavaleiros de dois a dois. Então ele respondeu e disse: Caiu, caiu Babilônia; e todas as imagens esculpidas de seus deuses despedaçadas até o chão”. Comparando Escritura com Escritura, podemos resumir as várias causas da total ruína da Babilônia:

O orgulho de coração e posição (Is 13.19; 14.4; Jr 50.29-34; Ap 18.7,8).

Opressão e supressão de Israel (Is 14.2-22; Jr 51.24,25).

Paixões e luxúrias mundanas (Is 47.8-11; Ap 14.8; 18.3-9).

Feitiçarias e demonismo (Is 47.12,13; Ap 18.2,23).

Idolatria (Jr 50.2; 51.47; Ap 18.6-24).

Perseguição dos santos (Ap 18.6-24).

 

Três Elementos Na Ruína Da Babilônia:

O Vinho Da Babilônia. “Na mão do Senhor a Babilônia era um copo de ouro, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso as nações estão fora de si” (Jr 51.7).

A Ira Da Babilônia. “Pois assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho de furor, e faze que dele bebam todas as nações, às quais eu te enviar” (Jr 25.15).

A Prostituição Da Babilônia. “Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os moradores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias” (Ap 18.3).

A destruição de Babilônia é simbolizada no lançamento violento da grande  pedra de moinho ao mar (18.21-24): Finalmente, mais três razões para o terrível juízo são apresentadas: a arrogância dos comerciantes, o engano da feitiçaria e a matança do povo de Deus e de outras pessoas. Todos os que leem ou escutam essa passagem hoje devem fazer a pergunta mais importante de todas: “De que lado eu estou?” Não haverá neutralidade nem possibilidade de “ficar em cima do muro”. O chamado é claro: “Escolham hoje  a quem vocês irão servir”.

 

O ESPÍRTO DA BABILÔNIA E A FILOSOFIA DA DESCONSTRUÇÃO.

A Babilônia É A Grande Prostituta.

No Sistema Religioso:

Característica Deste Sistema Religioso:

A prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos, o poder da piedade (2 Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24).

Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de “Babilônia”, isto é, o estilo de vida do mundo com sua imoralidade (2; 3.16).; Os poderes políticos e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações (18).

Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo (6). Ela será uma miscelânea de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tornará “morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo” (18.2; cf. Is 47.12,13).

A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de “Babilônia” para que não sejam condenados com ela.

Deus fará com que o anticristo a destrua.

 

Liberdade Ou Libertinagem.

A Ameaça Do Ecumenismo.

O Perigo Do Relativismo Moral.

Definição:

Negação de quaisquer padrões objetivos ou absolutos, especialmente em relação à ÉTICA. Os relativistas éticos podem ser relativistas individualistas, que afirmam que o moralmente correto depende das crenças ou emoções individuais, ou relativistas culturais, que sustentam que o moralmente correto varia em sociedades diferentes. De forma análoga, o relativismo sustenta na EPISTEMOLOGIA que a verdade é dependente do indivíduo ou da cultura.

A Ética do teólogo Dietrich Bonhoeffer, pode ser sintetizada em sua frase: “dizer a verdade muda de significado de acordo com a situação em que nos encontramos... mentir não é faltar com a verdade, pois se pode mentir dizendo toda a verdade”.

 

Os Males Do Humanismo.

Concepção que confere valor e lugar especial aos seres humanos, a suas atividades e conquistas. Originariamente, o termo era usado para destacar o movimento associado com o desenvolvimento e florescimento das ciências humanas e suas realizações, como a literatura, a filosofia e as artes. No século XIX, entretanto, o termo foi cooptado por Auguste Comte para designar sua “religião da humanidade”, desenvolvida por ele como substituto secular da fé religiosa tradicional. O termo continua a ser usado nesse sentido, como manifesto humanista.

As Consequências Do Sincretismo Religioso.

Eclético:

Definição: Adjetivo que descreve ideias e práticas que são tomadas de diferentes tradições e arbitrariamente reunidas em um sistema unificado. O termo é usado em estudos religiosos e filosóficos para descrever pessoas e sistemas que simplesmente tomam conceitos emprestados sem nenhuma estrutura unificada.

Sincretismo.

Fusão de ensinamentos, práticas e doutrinas de diferentes tradições religiosas, aparentemente contraditórias, para criar uma nova interpretação de uma tradição existente ou de um NMR (NOVO MOVIMENTO RELIGIOSO).

 

No Sistema Político E Cultural: Alguns Temas Defendidos:

Apologia Ao Aborto;

Ideologia De Gênero;

Legalização Das Drogas E Das Prostituições;

 

No Sistema Econômico:

Exploração Da Luxúria;

Enriquecimento Ilícito;

Avareza;

Capitalismo Selvagem;

Consumismo Desenfreado.

 

A Filosofia Da Desconstrução:

Jaques Derrida (1930-204):

Filósofo francês considerado o criador do desconstrucionismo, importante corrente do Pós-modernismo ou pós-culturalismo. Derrida critica a modernidade por seu comprometimento com a “metafísica da presença” e com Martin Heiddeger denominou “ontoteologia”. O desconstrucionismo estimula uma forma de pensamento que procura contradições entre os ideais do modernismo e suas realidades. Ele também promove uma forma de leitura que pesquisa contradições entre as intenções do escritor e o que o texto afirma de fato,

 

Definição.

Método de análise e interpretação de textos que caracteriza também uma postura filosófica, tendo como ponto de partida o pensamento de Jacques Derrida, sobretudo sua Gramatologia (1967). Segundo Derrida, “a desconstrução não consiste em passar de um conceito a outro, mas sim em inverter e deslocar uma ordem conceitual à qual se articula”. Procura assim explorar os vários significados ocultos e implícitos que se constituem o modo de operação do texto, sua “disseminação”, revelando suas contradições internas e estabelecendo um sentido que pode ir além e mesmo contra o pretendido pelo autor. A chamada “escola de Yale” nos Estados Unidos, com Paul de Man, Harold Bloom e outros, notabilizou-se nas décadas de 70 e 80 pela prática da desconstrução principalmente na crítica literária.

A “desconstrução” visa “dissolver” a linguagem para que esta dê lugar ao que Derrida chama de “escritura”. Sua Gramatologia seria assim o “saber da escritura”, não se tratando de uma ciência, mas de um fazer aparecer o horizonte histórico em que a “escritura” tem lugar. Procura tratar o que considera temas “marginais”, à margem da tradição, o que está “fora dos livros”, de uma forma deliberadamente fragmentada, procurando situar-se “no limite do discurso”. A repetição, a polissemia, a diferença e a disseminação são os instrumentos da “desconstrução”, método que tem tido grande influência sobretudo na crítica literária contemporânea.

 

WILSON DE JESUS ALVES