ZACARIAS A REEDIFICAÇÃO DO TEMPLO
ZACARIAS
A Reedificação do Templo
A Previsão do Templo Maior do Futuro
Visões do Messias Vindouro
Seu Reino Universal
Zacarias foi coevo de Ageu. Enquanto parece que Ageu era já muito idoso, Zacarias aparentava ser muito jovem, visto era neto de Ido, o qual voltara para Jerusalém 16 anos antes (Nee12.4,16) Já fazia 2meses que Ageu pregava e a obra do Templo tinha começado, quando Zacarias entrou em cena. Todo o ministério de Ageu, de que se tem notícia, durou poucos meses; o de Zacarias, cerca de 2 anos. Mas, sem dúvida, eles cooperaram por todos os 4 anos, exortando, animando, ajudando,trabalhando.
- O pai de Zacarias, Baraquias morreu provavelmente quando o profeta ainda era muito jovem, fazendo de Zacarias o sucessor imediato de seu avô Ido. (Ne 12.4). Este era um sacerdote que voltara de Babilônia com Zorobabel e Josué e fora, segunda a tradição judaica, um membro da Grande Sinagoga (o grupo governante dos judeus antes da criação do Sinédrio). O nome Zacarias (usado no Antigo Testamento para outras 27 pessoas) significa “Jeová se lembra”. Este Zacarias foi contemporâneo (mais jovem) do profeta Ageu (Ed 5.1; 6.14)
- (1) Provavelmente nasceu na Babilônia.
- (2) Entrou no ministério quando ainda jovem (2.4)
- (3) Começou a profetizar pouco depois de Ageu, sendo seu companheiro
- (4) A sua missão era animar o zelo debilitado do povo e encorajá-lo, desviando o seu olhar do tenebroso presente e dirigindo-o para um futuro refulgente.
- 520-518 a.C. Dois meses depois da profecia de Ageu. (compare Ag 1.1 com Zc 1.1)
- O fundo histórico da profecia de Zacarias é o mesmo de Ageu, sendo que ambos os profetas ministraram no mesmo período e tiveram uma missão semelhante. A missão de Zacarias era animar, pó meio da promessa do êxito atual e da glória futura, o resto do povo judeu que estava desanimado pelas aflições atuais e que hesitava em reconstruir o seu templo. O povo tinha bons motivos para estar desanimado. Antes eles foram uma nação livre, com um rei e uma constituição. Mas agora, tinham regressado a esse país sob um governo estrangeiro, um país sem rei e despojado de poder. A sua atual condição apresentava um quadro triste, mas Zacarias transformou essa situação calamitosa em uma cena gloriosa, enquanto ele, por meio de uma série de visões e profecias, descreve uma Jerusalém restaurada, protegida e habitada pelo Messias, sendo ela a capital de uma nação elevada acima de todas as demais nações. Além da promessa de glória futura, o profeta fez promessa ao remanescente que o seu templo seria reconstruído, apesar da oposição. Mas Zacarias não podia oferecer um encorajamento permanente, a não ser pela promessa da vinda do Messias. A experiência atual de Israel não passa de precursora de sua idolatria por meio do castigo do cativeiro babilônico, assim, por meio do fogo da grande tribulação, será purificada do seu maior pecado – a rejeição do seu Messias e Rei (13.8,9; 12.10; 13.1). Tema: “Um estímulo à nação para servir fielmente ao seu Deus por meio da aflição atual, com a visão das glórias futuras do tempo do Messias”
- Altamente figurativo. O livro de Zacarias é consideravelmente maior que o de Ageu. Apresenta abundantes traços, rápidos e brilhantes, do Messias, mencionado literalmente muitos pormenores da vida e obra de Cristo.
- O Profeta da Visão Ampla. Como Ageu, ele viu a condição pecadora e a indiferença espiritual de seu povo, contra as quais dirigiu comovedoras exortações que ajudaram na reconstrução do templo. Mas sua profecia teve um alcance maior – ele olhou através dos tempos e viu a Vinda do Messias soberano e o amanhecer de um dia mais brilhante para Sião.
- Texto Chave:3; 4.6
- Esperança Futura: “Quando a tarde chegar haverá luz” (14.7)
- Elemento Messiânico. O Messias Soberano.
- (1) Primeira vinda em humildade (9.9)
- (2) O Príncipe da paz (9.10)
- (3) Crucificado (12.10)
- (4) Um pastor esquecido por suas ovelhas (13.7)
- Contexto Histórico e Propósito. Durante o reinado de Ciro, mais de 50 mil judeus retornaram à Palestina, vindos de Babilônia em 538 a.C. Assentaram os alicerces do templo em 536 a.C., mas a oposição das nações vizinhas impediu a continuação do trabalho por 15anos(Ed 1.1-4; 4.1-5). Dario Histaspes (1.1), que subiu ao trono em 522 a.C, confirmou o decreto de Ciro e Zacarias, tal como Ageu, estimulou o povo a completar o templo (o que fizeram em 516 a.C)
- Cristologia do Livro: Zacarias fez mais predições sobre o Messias do que todos os outros profetas, exceto Isaías. Profecias referentes à Sua primeira vinda incluem: (3.8,9, 16; 11.11-13; 12.10; 13.1) e profecias a serem cumpridas em Sua Segunda Vinda incluem (6.12; 14.1-21)
- Síntese. Este é um livro de consolação e esperança, começa com uma chamada ao arrependimento e termina com profecias referentes ao retorno e reinado de Cristo.
- (1) Sua Morte expiatória para remoção do pecado (3.8,9; 13.1)
- (2) Edificador do Templo do SENHOR (6.12)
- (3) Seu reinado Universal, como Sacerdote e Rei (6.13; 9.10)
- (4) A entrada triunfal em Jerusalém (9.9); citado em Mt 21.5; Jo 12.15
- (5) Traição por 30 moedas de prata (11.12), citado em Mt 27.9,10.
- (6) Sua Deidade (12.8)
- (7) Suas mãos transpassadas (12.10; 13.6) citado em Jo 19.37.
- (8) O Pastor Ferido (13.7) citado em Mt 26.31; Mc 14.27
- Porções Seletas:
- O segredo do êxito em empreendimentos espirituais (4.6-10)
- A vinda do Príncipe da paz (9.9-10)
- A fonte de purificação (13.1)
- Análise.
- (1) Exortação inicial (1.1-6)
- (2) Seção I – Simbólica: Uma Série de Oito Visões.
- O homem entre as murteiras e os cavalos (1.7-17)
- Os Quatro Chifres e os Quatro carpinteiros (1.18-21)
- O homem com o cordel de medir (cap.2)
- A purificação do sumo sacerdote (cap.3)
- O candeeiro de ouro e as duas oliveiras (cap.4)
- O rolo volante (5.1-4)
- A mulher no efa (5.5-11)
- Os quatro carros (6.1-8) e a coroação do sumo sacerdote (6.10-15)
- (3) Seção II – Prática: A resposta à delegação de Betel acerca dos jejuns. Ao final, os jejuns se converterão em festas (caps. 7 e 8)
- (4) Seção III – Profética: Predições acerca de um período da história dos judeus e uma visão final do reino de Deus. (caps. 9-14)