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ISAÍAS – O PROFETA DA SALVAÇÃO

ISAÍAS – O PROFETA DA SALVAÇÃO

 

O Profeta Messiânico

 

É chamado Profetas porque viveu completamente imbuído da idéia de que seu povo seria uma nação messiânica para o mundo, Istoé, nação mediante a qual, um dia, grande e prodigiosa bênção desceria de Deus para todas as nações. E continuamente sonhava com o tempo em que aquela ingente e maravilhosa obra seria realizada entre as nações. O Novo Testamento diz que Isaías “viu a glória de Cristo e d'Ele falou” (Jo 12.41)

 

  1. O Profeta. Nascido de família influente da classe alta. Isaías teve contato com a realeza e foi um conselheiro de assuntos internacionais do reino de Judá. Seu nome significa “Salvação de Jeová”. Foi estadista e também profeta, porque o encontramos falando e tratando dos assuntos públicos da nação. Embora comumente fosse alvo de zombaria, advertiu vigorosamente seu país contra as alianças com nações vizinhas, exortando Judá e confiar no Senhor (7.4; 30.1-17) Ele também atacou os males sociais de sua época, não por ser um reformador social, mas por ver tais abusos como sintomas de apostasia espiritual (1.3-9; 58.6-10). Depois de viver a maior parte de sua vida em Jerusalém, Isaías foi martirizado (segunda a tradição judaica) durante o reinado de Manassés (696-642 a.C). Ele foi preso, emprensado entre duas pranchas de madeira e “serrado ao meio” ,sofrendo assim morte penosíssima e horrível (cf. Hb 11.37)
    • (1) Filho de Amóz. Reza uma tradição rabínica que Amós, pai de Isaias (não Amós, o profeta), foi irmão do rei Amazias. Neste caso, Isaias foi primo em 1º grau do rei Uzias e neto do rei Joás, sendo, pois de sangue real, e membro da corte.

 

  • (2) Sua Época. Durante a segunda metade do século oitavo a.C, Judá parecia estar seguindo o exemplo de apostasia deixado pelas dez tribos do reino de Israel (que viriam a ser capturadas pela Assíria em 722 a.C). O rei Acaz estupidamente buscou proteção com a Assíria contra o reino do Norte, muito embora Isaías lhe tivesse afirmado que Israel em breve cairia nas mãos dos assírios (8.3,4). Ezequias, filho de Acaz e homem temente a Deus, instituiu reformas espirituais, mas buscou a ajuda do Egito em questões de segurança nacional. O Egito caiu diante dos exércitos de Senaqueribe, rei da Assíria, e foi somente por intervenção divina que Judá escapou de igual destino (37.36,37). Durante o reinado de Manassés (696-642 a.C), as práticas idólatras foram reinstituídas, e Isaías advertiu para a inevitabilidade do cativeiro babilônico. Ele também garantiu profeticamente a preservação do povo e a restauração nacional.

 

  • (3) Sua Chamada e Unção (Is 6.1-8)
  • (4) Sua Família (7.3; 8.3,4)
  • (5) Visto Geralmente como o Maior dos Profetas de Antigo Testamento.
  • Por ser preeminentemente o profeta da redenção.
  • Muitas das passagens de seu livro estão entre as mais formosas da literatura.

 

  1. Tema: De todas as escrituras proféticas o livro de Isaías é a mais formosa e sublime. Em nenhum dos outros livros obtemos uma visão tão gloriosa do Messias e de seu reino. Por causa da ênfase dada à graça de Deus e à sua obra redentora com relação a Israel e às nações, o livro de Isaías tem sido chamado “O Quinto Evangelho”, e seu autor “o Evangelista do Antigo Testamento”. As duas divisões principais do livro ajudar-nos-ão a encontrar o seu tema. A chave da primeira divisão (caps. 1-39) é “Denúncia”. Ao ler esta seção sentimos os estrondos da ira divina contra o apóstata Israel e contra as nações idólatras que o rodeiam. Nestes capítulos são profetizados o cativeiro de Babilônia, as tribulações e os julgamentos dos últimos dias. A chave da segunda seção (caps. 40-66) é “Consolação”. Esta seção contém profecias do regresso de Israel do cativeiro babilônico, de sua restauração e reunião na Palestina, nos últimos dias. Baseando-nos nessas duas divisões, podemos resumir o tema de Isaías da seguinte maneira: a ira de Deus resultando na condenação e tribulação de Israel; a graça de Deus resultando na sua salvação e exaltação.

 

  1. Esfera de Ação: Os acontecimentos históricos registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 62 anos. De 760 a 698 a.C

 

  1. Fundo Assírio Sobre que se Projeta o Ministério de Isaías: Por 150 anos antes de Isaias o império Assírio estivera se expandindo e absorvendo nações vizinhas. Já em 840 a.C. Israel, sob Jeú, começara a pagar tributo à Assíria. Isaías era ainda moço, 732 a.C., quando esse país levou cativo todo o Israel do Norte. 13 anos mais tarde, 722, Samaria caiu, e o resto de Israel foi levado cativo. Poucos anos ainda e os assírios vieram sobre Judá, destruíram 46 cidades muradas, e levaram 200.00 cativos. Finalmente, em 701 a.C., sendo Isaias já idoso, os assírios pararam diante dos muros de Jerusalém, quando seu exército foi desbaratado por um anjo de Deus. Assim, Isaias passou a sua vida toda sob a sombra das ameaças do poderio assírio, e ele próprio testemunhou a ruína de sua nação toda às mãos daqueles inimigos, exceto Jerusalém. A libertação de Jerusalém dos assírios. Por sua oração, por seu conselho ao rei Ezequias e pela intervenção direta e miraculosa de Deus, o temível exército assírio foi destroçado diante dos muros de Jerusalém. Foi Isaías quem salvou sua cidade, quando a condenação dela parecia certa (36 e 37).

 

  1. Composição. Muito debate tem surgido quanto à autoria dos capítulos 40 a 66. Alguns atribuem toda esta divisão do livro a um “Deutero-Isaías”, que teria vivido por volta de 540 a.C (após o cativeiro babilônico). Outros sugerem que um “Trito-Isaías” escreveu os capítulos 56-66. Ainda outros vêem inserções e editoração tão recentes quanto o primeiro século a.C., uma posição difícil de sustentar-se à luz da descoberta do relo de Isaías (contém todo o livro) nas cavernas de Qumran, pois este foi datado no segundo século a.C. Estas sugestões procuram eliminar o elemento sobrenatural necessário à profecia preditiva. Assim, o cativeiro babilônico e o retorno promovido por um monarca persa (especificamente denominado Ciro) não são visto como fatos preditivos com 150 anos de antecedência, mas como fatos históricos registrados depois de acontecidos. Ainda que tal conclusão fosse admitida, não invalidaria a profecia preditiva. O nome do rei Josias foi predito com três séculos de antecedência, por um profeta anônimo (1 Rs 13.2), e Belém foi citada como o lugar de nascimento do Messias sete séculos antes do evento (Mq 5.2). Além disso, há profecia preditiva nos capítulos 1 a 39 de Isaías (veja 7.16; 8.4; 7; 37.33-35; 38.8 com respeito a profecias rapidamente cumpridas, e 9.1,2; 13.17-20 com respeito a profecias de cumprimento mais demorado). Se o chamado “Deutero-Isaías” viveu em Babilônia, como se alega, demonstra pouco conhecimento da geografia mesopotâmica, mas grande familiaridade com a Palestina (41.19; 43.14; 44.14). Além disso, afirma-seque as diferenças de estilo e linguagem só podem ser explicadas se postularmos autores diferentes, uma teoria que, aplicadas a Milton, Goethe, ou Shakespeare, exigiria a conclusão de que muitas de suas obras seriam espúrias. Muito pelo contrário, podem-se apontar 40 ou 50 frases e sentenças que aparecem em ambas as divisões do livro e, portanto, favorecem a autoria única (cf. 1.20 com 40.5 e 58.14; 11.6-9 com 65.25; 35.6 com 41.18, etc). Propor dois ou mais autores para este livro é também contraditar a evidência do Novo Testamento. Citações dos capítulos 40-66 se acham em Mateus 3.3; 12.17-21; Lc 3.4-6; At 8.28; Rm 10.16,20 e são todas atribuídas a Isaías. Além disso, em João 12.38-41, citações de Isaías 6.9-10 e 53.1 aparecem juntas e são ambas atribuídas ao Isaías que viu o Senhor na visão do templo do capítulo 6. Devemos, portanto, concluir que o mesmo autor foi responsável por todo o livro, e que nenhuma parte dele foi escrita durante ou depois do cativeiro babilônico.

 

  1. Sua obra Literária: Escreveu outros livros que não chegaram até nós. Uma biografia de Uzias (2 Cr 26.22); um livro dos reis de Israel e de Judá (2 Cr 32.32). Foi historiador e vidente. É citado no Novo Testamento, mais do que outro profeta. Que intelecto foi o seu! Em algumas de suas rapsódias atinge culminâncias jamais igualadas, mesmo por Shakespeare, Milton ou Homero.

 

    • (1) Seção I – Condenatória – (Caps.1-35). Contendo na maior parte repreensões pelos pecados de Israel.
    • (2) Seção II – Histórica – (caps. 36-39). Contendo o relato da invasão assíria, a libertação misericordiosa de Jerusalém por Deus e a cura de Ezequias (caps. 36-39). Estes capítulos formam um elo entre a primeira e a última seção. Servem de apêndice à primeira seção, porque registram a profecia do cativeiro babilônico (39.5-8), que foi a punição pelos pecados de Israel condenados nos capítulos 1-35. Por causa dessa mesma profecia, os capítulos 36-39 formam uma introdução à última seção que trata da restauração de Israel do cativeiro.
    • (3) Seção III – Consolatória – (Caps. 40-66). Contendo palavras de consolo a Israel castigado e promessa de restauração e de bênção (caps. 40-66)

 

  1. Palavra Chave: “Salvação”. O nome Isaías significa “Salvação do Senhor”.

Salvação.

  • (1) Sua fonte (12.3)
  • (2) Seu gozo (25.9)
  • (3) Seus muros (26.1)
  • (4) Eterna (45.7)
  • (5) Seu dia (49.8)
  • (6) Os pés de seus atalaias (52.7)
  • (7) Sua difusão (52.10)
  • (8) Seu braço (59.16)
  • (9) Seu elmo (59.17)
  • (10) Suas vestes (61.10)
  • (11) Sua luz (62.1)

 

 

  1. Conteúdo. Isaías é freqüentemente chamado “o profeta evangélico” por falar muito sobre a obra redentora do Messias. Em suas páginas se encontra mais sobre a pessoa obra de Cristo do que em qualquer outro livro do Antigo Testamento. Conseqüentemente, há muitas passagens importantes e queridas no livro, algumas das quais são: (1.18; 2.4; 6.3,8; 7.14; 9.6-7; 11.9; 26.3; 35.1; 40.3; 48.16; o capítulo 53; 55.1; 57.15; 59.1; 61.1-3)

 

  1. Sete Coisas Perduráveis.
  • A fortaleza (26.4)
  • Os juízos (33.14)
  • O gozo (35.10)
  • A salvação (45.17)
  • A compaixão (54.8)
  • A aliança (55.3)
  • A luz (60.19).