SOFONIAS – O PROFETA DO DIA DO SENHOR
SOFONIAS – O PROFETA DO DIA DO SENHOR
O Grande Dia do Senhor
O Advento de Uma Linguagem Pura
Sofonias profetizou nos dias de Josias (1.1). Foi trineto de Ezequias, sendo pois de sangue real e parente de Josias. Este 640-609 a.C precedendo do longo e mau reinado de Manassés, empreende grande reforma, (2 Cr 34), da qual Sofonias foi ótimo protetor. Esta profecia, pois foi proferida apenas poucos anos antes que soasse a hora da condenação.
- Sofonias. Ele nasceu em berço nobre (1.1), foi evidentemente um descendente direto do rei Ezequias. Aparentemente ajudou a preparar Judá para o reavivamento que ocorreu sob a liderança do bom rei Josias em 621 a.C (2 Cr 34.3). Por mais de meio século, sob os reis Manassés e Amom, a situação de Judá tinha sido muito ruim, e Sofonias convocou seu povo ao arrependimento. A reforma aconteceu, mas, depois da morte de Josias, os líderes e grande parte do povo voltaram à antiga vida de pecado.
- Data e Ocasião. 625 a.C Profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá (1.1). Crê-se que pronunciou sua profecia por volta do início do reinado de Josias, antes do avivamento religioso que se estendeu sobre o reino nesse período (2 Rs 22-23)
- O julgamento é o tema central da mensagem de Sofonias. O cumprimento imediato aconteceu quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, capturou Judá. O cumprimento definitivo ocorrerá no Dia do Senhor, durante os anos da Tribulação. Sofonias também predisse o juízo das nações pagãs, tanto imediatamente (como no caso de Nínive, que caiu em 612 a.C, veja 2.13) quando no futuro (3.8). O livro termina com uma gloriosa descrição do Milênio futuro (outro aspecto do Dia do Senhor)
- Texto Chave:12.
- Síntese. O livro é extremamente sombrio em sua linguagem, e está cheio de ameaças e denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens no último capítulo, e o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus se converterão em um louvor entre todas as nações da terra.
- Análise. A repetição da frase “o dia do Senhor” sugere imediatamente que Sofonias tinha uma mensagem de julgamento. Mas, como acontecia com quase todos os demais profetas, tem também uma mensagem de restauração. “Já se disse que a profecia de Sofonias é peculiarmente estéril – sem vida, sem flor, sem fruto, sem nenhuma das belezas naturais; nada senão um mundo queimado por um forte vento abrasador. Se é assim, qual é o motivo? Vejam as condições descritas. Os homens vivendo no luxo, negando a intervenção divina, a cidade que não obedeceu à sua voz, não aceitou a correção, não confiou no Senhor, e não se aproximou de Deus. Os homens e a cidade materializados, egoístas, luxuosos; os regentes, príncipes, juízes, profetas e sacerdotes, todos corrompidos. A situação toda pode ser expressa numa palavra – caos. Qual é, então, a história do ‘dia do Senhor’? Uma de caos consumado, desordem, condições más, destruição, até que a cidade apareça ante os olhos do profeta assombrado, como uma paisagem sombria sem nenhuma vegetação, e varrida por um vento abrasador. Um comentarista moderno disse que é perfeitamente evidente que o último capítulo (cap.3) não foi escrito por Sofonias, porque o contraste é muito grande entre o quadro do juízo terrível, devastador, irrevogável e o da restauração. Ninguém pode imaginar, declara ele, quer o mesmo homem tivesse escrito ambos. Tudo isso é o resultado da cegueira do expositor. O último quadro é o de Jeová entronizado, o quadro de uma nova ordem: cânticos em vez de tristeza, serviço em vez de egoísmo, e solidariedade em vez de dispersão. Esta é a intenção do juízo... o próprio contraste mostra a unidade da autoria do livro” – Campbell Morgan.
- Conteúdo:
- (1) Um Aviso de Juízo (cap. 1)
- (2) Um Chamado ao Arrependimento (caps. 2.1 – 3.7)
- (3) Uma Promessa da Restauração (caps. 3.8-20)