OS LIVROS PROFÉTICOS

OS LIVROS PROFÉTICOS

 

  1. Síntese do Antigo Testamento.
  • Os Livros da Lei: Gênesis a Deuteronômio. Tratam da origem do universo, a criação do homem e sua queda, a primitiva civilização, o dilúvio e a formação da nação de Israel.
  • Os Livros Históricos. Josué a Ester: Contém a história da elevação e queda da nação hebraica.
  • Os Livros Poéticos. Jó a Cantares de Salomão, aproximadamente, pertencem à Idade de Ouro da nação hebraica.
  • Os Livros proféticos. São os 17 livros dos profetas para somente 16 profetas, visto que Jeremias escreveu dois: o livro que traz o seu nome e Lamentações.

 

  1. Profetas Maiores e Profetas Menores.
  • Profetas Maiores. Isaías, Jeremias, (incluindo Lamentações de Jeremias), Ezequiel e Daniel.
  • Profetas Menores. Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (sendo que estes três últimos, também são conhecidos como “Profetas-Pós cativeiro”).
  1. O Período dos Profetas.
  • A Destruição da Nação Hebraica:
  • A Queda do Reino do Norte (732-722 a.C). Antes desse período e durante ele houve: Joel, Jonas, Amós, Oséias, Isaías, Miquéias.
  • A Queda do Reino do Sul (605-587 a.C): Neste período houve: Jeremias, Ezequiel, Daniel, Obadias, Naum, Habacuque, Sofonias.
    • A Restauração da Nação Hebraica (538-445 a.C): relacionados com ela houve os seguintes profetas: Ageu, Zacarias e Malaquias.

 

  1. O Fato Histórico que Deu Ocasião à Obra dos Profetas. Foi a apostasia das dez tribos no fim do reinado de Salomão (1 Rs 12). Como medida política, para conservar separados os dois reinos, o reino do Norte adotou como religião oficial o culto do Bezerro, um aspecto da religião do Egito. Logo depois adicionaram o culto de Baal, que também teve grande influência no reino do Sul. Nessa crise, quando o povo de Deus O estava abandonando e se entregando à idolatria das nações vizinhas, e quando o nome de Deus estava desaparecendo do espírito do povo e os planos divinos, que visavam à redenção final do mundo, reduziam-se a zero, nesse tempo surgiram os profetas.

 

  1. Profetas e Sacerdotes. Os sacerdotes eram os mestres religiosos do povo, regularmente designados. Constituíam uma classe hereditária e muitas vezes foram os homens mais ímpios da nação. Ainda assim eram mestres religiosos. Ao invés de bradar contra os pecados do povo, caíam com ele nas mesmas faltas e tornavam-se líderes na iniqüidade. Os profetas não eram uma classe hereditária. Cada um recebia diretamente de Deus o seu chamado. Procederam de diferentes profissões: Jeremias e Ezequiel foram sacerdotes; e talvez também Zacarias. Isaías, Daniel e Sofonias pertenceram à realeza. Amós foi pastor. Quanto aos demais, não se sabe o que foram.

 

  1. O Elemento Profético. Eruditos modernos inclinam-se a reduzir ao mínimo o elemento profético da Bíblia. Mas esse elemento aí está. A idéia mais persistente de todo o Antigo Testamento é esta: o SENHOR, o Deus da nação hebraica eventualmente vai tornar-se o Deus de todas as nações. As gerações sucessivas de escritores do Antigo Testamento passam do geral ao particular na descrição dos pormenores desse fato e da maneira como se vai realizar. E nos profetas, embora eles mesmos possam não ter compreendido todo o alcance de algumas de suas palavras, e ainda que algumas de suas predições estejam obscurecidas por fatos históricos dos seus dias, mesmo assim toda a história de Cristo e da propagação do cristianismo na terra descrita antecipadamente, em linhas gerais e em detalhes, numa linguagem que não se pode referir a nenhum outro evento da história.

 

  1. Deveres Gerais dos Profetas

 

  • Profetizar, isto é, receber as mensagens de Deus e entregá-las aos homens, o que exige uma completa submissão à vontade de Deus (2 Pe 1.21)
  • Denunciar o mal, o que exige uma extraordinária coragem (Ef 6.20)
  • Proclamar o perdão do Senhor (Jo 20.23), o que exige integridade de alma e fidelidade à Palavra de Deus.
  • Orientar o povo, o que exige conhecimento de pessoas, de situações e de doutrinas.
  • Assumir responsabilidades (1 Rs 1.34,45) o que exige autoridade.
  • Cuidar da corte (músicas nos cultos 2 Cr 29.25), o que exige talento.
  • Registrar os eventos da história (2 Cr 9.29), o que exige capacidade literária e crítica.

 

 

 

  1. A Missão e a Mensagem dos Profetas.

 

  • Procurar salvar a nação de sua idolatria e impiedade.
  • Falhando nisso, anunciar que a nação seria destruída.
  • Não porém completamente destruída. Um remanescente seria salvo.
  • Do meio desse remanescente sairia uma influência que se espalharia pela terra e traria a Deus todas as nações.
  • Essa influência seria um grande Homem, que um dia se levantaria na família de Davi. Os profetas chamaram-no de “REBENTO”. A árvore da família de Davi, que fora a mais poderosa do mundo, foi cortada nos dias dos profetas, para governar um reinozinho desprezado que tendia a desaparecer; uma família de reis sem reino: esta família faria uma volta espetacular. Reaparecia. Do seu tronco brotaria um renovo, um rebento tão grande que se chamaria O Rebento – Jesus.

 

  1. O Período Inteiro dos Profetas. Cobriu mais ou menos 400 anos, 800-400 a.C. O fato central desse período foi a destruição de Jerusalém, cronologicamente no meio aproximado do período. Com esse fato, de um outro modo, sete dos profetas estiveram relacionados efetiva ou cronologicamente: Jeremias, Ezequiel, Daniel, Obadias, Naum, Habacuque, Sofonias. A queda de Jerusalém foi o tempo da maior atividade profética, que procurava evitá-la ou explicá-la. Ainda que Deus mesmo causasse a destruição de Jerusalém, humanamente falando, Ele fez o que pode para evitá-la. Parece que Deus preferia ter uma instituição que se batesse pela idéia d'Ele no mundo, mesmo que essa instituição sendo eivada de impiedade e corrupção, a não ter nenhuma. De qualquer modo, Deus enviou uma falange brilhante de profetas, num esforço por salvar Jerusalém. Não conseguindo salvar a Cidade Santa, os profetas refulgem literalmente com explicações e garantias de que o colapso do povo de Deus não significa o aniquilamento dos planos divinos; que, depois de um período de castigo, haverá uma restauração e, para o povo de Deus, um futuro glorioso.

 

  1. A Mensagem Social dos Profetas. Obras modernas sobre os profetas dão grande ênfase à mensagem social deles, à denúncia que fazem da corrupção, da opressão e podridão moral da nação. No entanto, o que mais incomodava os profetas era a IDOLATRIA do povo; a nação tinha idéias erradas a respeito de Deus. Admira como escritores modernos passem tão despercebidos sobre esse fato, especialmente em vista da verdade universalmente reconhecida de que a vida social de um povo é reflexo direto da religião que segue.      

 

 

  1. A Mensagem de Cada Profeta.

 

  • Joel: visão da dispensação do evangelho, colheita das nações pelo SENHOR.
  • Jonas: Vislumbre do interesse do Deus de Israel nos inimigos de seu povo.
  • Amós: A Casa de Davi, ora repudiada por Israel, ainda regerá o mundo.
  • Oséias: O SENHOR repudiado por Israel, será um Deus de todas as nações.
  • Isaías: Deus tem um remanescente, para o qual existe um futuro glorioso.
  • Miquéias: O Príncipe vindouro de Belém, e seu reino universal.
  • Naum: Juízo pendente sobre Nínive.
  • Sofonias: A vinda de nova revelação, chamada por um nome glorioso.
  • Jeremias: O pecado, a condenação e a futura glória de Jerusalém.
  • Ezequiel: A queda de Jerusalém, sua restauração e futuro glorioso.
  • Obadias: Edom perecerá de todo, por causa de sua inimizade ao povo do SENHOR.
  • Daniel: Os Quatro Reinos, e o Reino Universal e Eterno de Deus.
  • Habacuque: Certeza de triunfo final para o povo do SENHOR.
  • Ageu: O Segundo Templo, e o Templo Maior que há de vir.
  • Zacarias: O rei vindouro, sua casa e seu reino milenar.
  • Malaquias: Mensagem Final à nação messiânica.