MALAQUIAS- A DERRADEIRA MENSAGEM
MALAQUIAS- A DERRADEIRA MENSAGEM
A Última Mensagem do Antigo Testamento a Uma Nação Desobediente.
A última profecia do Antigo Testamento, a revelação de um povo rebelde falso, de um remanescente fiel e do Messias vindouro que julgará e purificar a nação.
- Título do Livro.
- Malaquias significa “meu mensageiro” e poderia ser simplesmente a designação de um escritor anônimo. É mais provável, todavia que seja um nome próprio. O profeta não é mencionado em qualquer lugar do Antigo Testamento. Talvez tenha sido contemporâneo de Neemias; as condições descritas na profecia correspondem àquela época.
- Tema e Propósito. Em Neemias lemos a última página da história do Antigo Testamento; no livro do profeta Malaquias, contemporâneo de Neemias, lemos a última página dos profetas, testifica como fazem os que vieram antes dele, o triste fato do fracasso de Israel. Ele apresenta o quadro de um povo religioso externamente, mas interiormente indiferente e falso, um povo para o qual o culto a Jeová se transformou em formalismo vazio, desempenhado por um sacerdote corrupto que não o respeitava. Malaquias repreende o povo por sua negligência quanto ao verdadeiro culto ao Senhor, e chamou-os ao arrependimento. É uma descrição gráfica do período final da história do Antigo Testamento, que mostra a necessidade de grandes reformas que preparem o caminho para a vinda do Messias. Sob o ministério de Ageu e Zacarias, o povo estava disposto a reconhecer suas faltas e corrigi-las, mas agora,endureceram-se tanto que negam insolentemente as acusações de Jeová (1.1,2; 2.17; 3.7). Pior ainda, muitos professam ceticismo quanto à existência de um Deus de juízo e outros perguntam se valerá a pena servir ao Senhor (2.17; 3.14,15). Note a repetição da expressão “em que” (1.6,7), que exprime a atitude provocante do povo concernente às acusações de Jeová. Qual raio de luz nesta cena escura, brilha a promessa da vinda do Messias, que chegará para libertar o resto dos fiéis e julgar a nação. O livro termina com uma profecia da vinda de Elias, o precursor do Messias, e então cerra-se a cortina sobre a revelação do Antigo Testamento, para não mais se levantar até quatrocentos anos mais tarde, quando o anjo do Senhor anunciou a vinda daquele que irá adiante dele e que virá com o espírito e a virtude de Elias (Lc 1.17)
- 450 – 400 a.C. A época exata de Malaquias não é conhecida. Geralmente se admite que ele viveu perto de 100 anos depois de Ageu e Zacarias, e que esteve associado a Esdras e Neemias nas reformas que empreenderam.
- Época. Cerca de 100 anos haviam-se passado desde o retorno dos judeus à Palestina. A cidade de Jerusalém e o segundo templo haviam sido construídos, mas o entusiasmo inicial desaparecerá. Depois de um período de reavivamento, liderado por Neemias (Ne 10.28-39), o povo e os sacerdotes haviam-se desviado e transformado sua obediência à lei em algo mecânico e rotineiro. Embora relapsos em sua adoração (1.7) e negligentes quanto ao seu dízimo (3.8), não conseguiam entender que Deus estava insatisfeito com eles.
- Estilo: Enérgico e fora do comum. O Senhor é representado como se tivesse dialogando com seu povo. “Mas vós dizeis” contrasta com “Diz o Senhor dos Exércitos”.
- Síntese. Um restante voltara do cativeiro, 538 a.C. Sob a direção de Ageu e Zacarias reedificaram o templo (520-516 a.C). Sessenta depois,458 a.C Esdras viera de Babilônia a Jerusalém, para ajudar a reorganizar e a estabelecer a nação. 13 anos mais tarde, em 444a.C., veio Neemias e reconstruiu os muros. De sorte que, no tempo de Malaquias, os judeus já tinham voltado de Babilônia fazia uns 100anos, curados, pelo cativeiro, de sua idolatria, mas inclinados a negligenciar a Casa de Deus. Os sacerdotes tinham-se tornado relaxados e degenerados. Os sacrifícios eram de qualidade inferior.negligenciavam os dízimos. O povo voltara ao seu velho costume de misturar-se pelo casamento com os vizinhos idólatras (Ed. 9). Assim é que os judeus favorecidos do SENHOR acima de todas as nações, desanimados pela sua fraqueza, apegados aos seus pecados, estavam tranqüilos, desanimados pela sua fraqueza, apegados aos seus pecados, estavam tranqüilos, num estado de letargia mental, aguardando a vinda do Messias prometido. Malaquias assegurou-lhes que o Messias viria no tempo marcado, mas isto significaria juízo para pessoas da espécie deles.
- Particularidades:
- (1) Malaquias usou um método de perguntas e respostas; ocorrem no livro nada menos que 23 perguntas.
- (2) Quatro vezes, Malaquias olha à frente para o “dia do Senhor” (1.11; 3.1-6, 16-18; 4.1-6). Chama-lhe “o dia” (3.2,17; 4.1,3,5. Parece significar toda a Era Cristã, com especial aplicação ao tempo do fim.
- Porções Seletas.
- O Mensageiro purificador da aliança (3.1-4)
- As bênçãos superabundantes (10)
- As jóias de Deus (16-17)
- Análise. O livro de Malaquias adapta-se a situação em que Neemias agiu, como o anel ao dedo. O profeta denunciou os mesmos males que existiam no tempo de Neemias (compare Nee 13.10-12 com Ml 3.8-10; Nee 13.29 com Ml 2.4-8; Nee 13.23-27 com Ml 2.10-16). Escreveu tanto acerca de Cristo que alguém disse: “A profecia do Antigo Testamento expirou com o Evangelho já em sua língua”.
- (1) A Admoestação Final do Antigo Testamento: Lembrai-vos da lei de Moisés (4.4)
- (2) Seu Último Vaticínio: Elias introduzirá “o dia do Senhor” (4.5) Ele o fez, 400 anos mais tarde, na pessoa de João Batista (Mt 3.1-12; 11.14), que deu ênfase às suas fases de juízo.
- (3) A Última Virtude Mencionada: Amor de pais e filhos. (4.6), inclusive, como vem citado em Lc 1.17,a consideração pelos ideais dos antepassados.
- (4) Sua Derradeira Palavra: “Maldição”,significando que a condição do gênero humano seria desesperadora se o SENHOR não vier.
- Teologia e Propósito.
- (1) E assim termina o Antigo Testamento. Passaram-se 400anos. Então veio o Messias, para cuja origem a nação judaica viera à luz. Como durante séculos, rejeitaram os profetas de Deus, assim, quando o Messias chegou, rejeitaram-no também.
- (2) Desde então os judeus têm estado sem lar, vagueando pela face da terra, tragédia e milagre dos séculos.
Elaborado por Wilson de Jesus Alves
Bacharel em Teologia