AGEU – O PROFETA DO SEGUNDO TEMPLO

PROFETAS PÓS-EXÍLICOS.

 

 

AGEU – O PROFETA DO SEGUNDO TEMPLO

 

Chamado Para a Conclusão da Construção do Templo

 

A Reedificação do Templo

 

Previsão de um Tempo Mais Glorioso Ainda Por Vir.

 

Ageu é o primeiro dos profetas conhecidos como profetas pós-exílicos; quer dizer que profetizou depois do cativeiro. Zacarias e Malaquias são os outros dois. Leia Esdras 1-7, para conhecer o fundo histórico desta profecia. A obra de Ageu foi intensamente prática e importante. Jeová o empregou para despertar a consciência e estimular o entusiasmo de seus compatriotas na reconstrução do templo. Nenhum profeta apareceu num momento mais crítico da história do povo e ninguém, pode-se acrescentar, teve mais êxito. Após voltarem do cativeiro, a primeira providência tomada pelos judeus, na restauração da vida nacional, em sua pátria, foi reedificarem o Templo.

 

  1. O profeta Ageu, cujo nome significa “festivo” ou “minha festa” foi a primeira voz profética a se ouvir depois do exílio babilônico. Ele foi contemporâneo de Zacarias (e de Confúcio) e seu ministério foi o de conclamar o povo à reconstrução do templo, cujo término vinha sendo adiado por 15 anos. Estas profecias forma pronunciadas entre agosto e dezembro de 520 a.C., e o templo foi completado 4 anos depois. Ageu provavelmente retornara a Jerusalém vindo de Babilônia com Zorobabel.
    • (1) Ageu, Zacarias e Malaquias. Estes três pertencem ao Período de após o regresso do cativeiro: período do qual se fala nos livros de Esdras, Neemias e Ester. Ageu e Zacarias ajudaram na construção do Templo, 520-516 a.C. Pensa-se que Malaquias se associou a Neemias perto de 100 anos mais tarde na reconstrução dos muros de Jerusalém.
    • (2) Ageu e Seu Livro: Era provável que Ageu fosse um homem idoso, que tivesse visto o primeiro templo (2.3?). Seu livro encerra quatro discursos muito breves.

 

  1. 520 a.C

 

 

  1. Tema. Sob o decreto favorável de Ciro, o restante dos judeus voltou à sua terra sob a direção de Zorobabel, o governador, e Josué, o sumo sacerdote. Depois de estabelecer-se na terra, o povo erigiu um altar de holocausto no local do templo. Dois anos mais tarde, em meio a grandes regozijos, foram lançados os alicerces do templo. Seu regozijo logo se tornou em tristeza, porque, por meio dos esforços dos hostis samaritanos foi ordenado, por um decreto imperial, que fosse interrompida a obra. Durante 16 anos o templo permaneceu inacabado, até o reinado de Dario, quando esse rei publicou uma ordem permitindo a conclusão da obra. Mas, nesse tempo o povo se tinha tornado indiferente e egoísta, e, em vez de construir o templo, estava ocupado adornando as suas próprias casas. Como resultado desta negligência, foram castigados com seca e esterilidade. A sua pergunta concernente ao motivo destas calamidades deu a Ageu ocasião para a sua mensagem, na qual declarou que a indiferença egoísta do povo no tocante às necessidades do templo era a causa dos seus infortúnios. O tema: “O resultado do relaxamento no término do templo – desagrado divino e castigo; o resultado do término do templo – bênção divina e promessa de glória futura.

 

  1. Destinatários. O livro é dirigido a todo o povo (1.13; 2.2), visando encorajá-lo a reconstruir o templo. É também dirigido a Zorobabel, o governador, e a Josué, o sumo sacerdote (1.1; 2.2, 21)

 

  1. Síntese. O livro contém quatro mensagens, cada uma introduzida pela expressão “veio a palavra do SENHOR”

 

  • (1) Primeira Mensagem: O Descuido do Término do Segundo Templo (1.1-15)
  • (2) Segunda Mensagem: A Glória do Segundo Templo (2.1-9)
  • (3) Terceira Mensagem: Os Sacrifícios sem Obediência (para reconstruir o templo) não santificarão (2.10-19).
  • (4) Quarta Mensagem: A Segurança e a Perpetuação de Israel (2.20-23)

 

  1. Pano de Fundo Histórico: O decreto de Ciro (538 a.C) permitiu que os judeus voltassem para casa e reconstruíssem seu templo em Jerusalém (Ed 1.1-4). Os monumentos são provas inequívocas desse nobre espírito de Ciro. Os restantes lançaram as fundações (Ed 3.1-3, 8-10), mas de c.535 a 520 a.C não conseguiram completar o edifício. Pelos ministérios conjuntos de Ageu e Zacarias (520 a.C), o templo foi concluído (520-515 a.C). As circunstâncias da construção do templo suscitaram predições messiânicas dos dois profetas, principalmente Zacarias.

 

  1. Mensagem:

 

  • (1) É uma repreensão cortante. Mostrando que Deus havia retido suas bênçãos materiais, porque seu templo havia sido deixado em ruínas (1.3-11)
  • (2) Palavras de ânimo, quando da retomada da obra de reconstrução do templo (1.12-15)
  • (3) Promessas inspiradoras às pessoas idosas que se entristeciam por causa da inferioridade da estrutura que edificavam comparada à do templo de Salomão, que elas haviam visto (2.3). A estas pessoas o profeta apontou a manifestação vindoura do poder divino e a aparição do Messias, quando a glória do Senhor encheria a casa (2.7-9)
  • (4) Uma recordação de sua indignidade para erigir uma casa do Senhor dos Exércitos (2.10-14)
  • (5) Predições da condenação das nações pagãs e palavras de louvor a Zorobabel, como instrumento escolhido de Deus (2.20-23)

 

 

  1. Porções Seletas (2.4-9)

 

  • A presença divina, fortalecedora (4)
  • O poder divino, estremecedor (6)
  • A glória divina, consoladora (7)
  • A paz divina, vindoura (9)

 

  1. Análise. Judá fora conquistado, Jerusalém queimada, o Templo demolido e o povo levado para Babilônia (605-587 a.C), como se diz em 2 Rs caps. 24 e 25. Depois do cativeiro de 70 anos, uns 50.000 judeus retornaram à pátria, conforme o edito do rei Ciro (Ed caps. 1,2) 538 a.C., e sob a direção do governador Zorobabel e do sacerdote Jesua, começaram a reedificar Jerusalém, principiando pelo Templo. Mas, antes que removessem o entulho e lançassem as fundações desse templo (Ed 3.10), a obra foi suspensa pelos seus vizinhos inimigos (Ed 4). Nada mais se fez durante 15 anos. Nesse ínterim, novo rei Dario, subiu ao trono da Pérsia. Tinha boa vontade para com os judeus. O templo era auspicioso. E sob a pregação e o encorajamento imediato de Ageu e Zacarias, a obra foi reencenada e o Templo acabado em quatro anos 520-516 a.C.