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ESTER- O ROMANCE DA PROVIDÊNCIA

ESTER- O ROMANCE DA PROVIDÊNCIA

 

Os Judeus São Libertos do Extermínio

 

  • Os judeus voltaram de Babilônia para Jerusalém, 538 a.C
  • O Templo foi reedificado, 537-516 a.C
  • Ester, judia, tornou-se rainha da Pérsia, 478 a.C
  • Ester livrou os judeus de serem massacrados 473 a.C
  • Neemias reconstruiu o Muro de Jerusalém 445 a.C

 

Assim Ester entrou em cena uns 40 anos depois da reedificação do Templo, e uns 30 anos antes da reedificação do muro de Jerusalém.

 

“É a ausência do nome de Deus que constitui a beleza principal do livro e não deve ser considerada como uma mancha sobre ele. Matthew Henry disse: “Se o nome de Deus não está aqui, está o seu dedo”. Este livro é, como o chama o Dr. Pierson “O Romance da Providência”.

 

  1. Nenhuma evidência certa se pode ter a respeito do autor do livro de Ester. Tem sido obra atribuída a diversos indivíduos (Esdras, Jeoaquim, Mardoqueu, membros da Grande Sinagoga). O autor deste livro era evidentemente um judeu (o nacionalismo judeu permeia o livro), pessoalmente familiarizado com o reino de Assuero e com o palácio em Susã. Nada existe de intrinsecamente improvável em atribuir-se o livro a Mardoqueu, a personagem principal e guardiã de todos os fatos relevantes envolvidos.

 

  1. Caráter Canônico. O direito do livro ocupar um lugar no cânon das Escrituras tem sido grandemente contestado. O nome de Deus não aparece nele, enquanto que um rei pagão é mencionado mais de 150 vezes. Não há alusão à oração, nem a nenhum tipo de serviço espiritual, com a possível exceção do jejum.

 

  1. Cronologicamente, embora este livro venha depois de Neemias, seus eventos anteciparam-se a ele por uns 30 anos. Ao que parece, Ester possibilitou o trabalho de Neemias. Seu casamento com o rei deve ter prestigiado muito os judeus. É impossível adivinhar o que teria acontecido à nação hebraica se Ester não existisse. Sem ela, Jerusalém jamais podia ter sido reedificado, e outra poderia ser a história e contar, em todos os séculos que se seguiram. O livro deve ter sido escrito pouco depois do final do reino de Assuero, já que a administração é nele mencionada como algo passado (10.2-3)

 

  1. Esfera de Ação: entre os capítulos 6 e 7 de Esdras, antes de este possuir Jerusalém.

 

  1. Sem dúvida, ocupa um lugar na Palavra de Deus por seu ensino velado da providência protetora em conjunção com o povo de Deus e a certeza da retribuição que alcança seus inimigos. No livro de Ester, Deus age atrás dos bastidores. Este livro de Ester giram em torno de um fato histórico muito importante, não simplesmente uma história com finalidades morais. O livramento da nação hebraica, de ser aniquilada depois do cativeiro babilônico. Se a nação hebraica tivesse deixado de existir 500 anos antes de trazer Cristo ao mundo, isso alteraria o destino da humanidade: sem a nação hebraica não haveria Messias: sem Messias o mundo de perderia. Essa formosa judia de tempos ido, ainda que não o soubesse, contribuiu com sua parte na preparação do caminho para a vinda do Salvador do mundo.

 

  1. Embora o nome de Deus não seja mencionado, Sua soberania e providência são evidentes em toda a narrativa. A rejeição de Vasti, a posição de rainha obtida por Ester, a dívida de gratidão de Xerxes para com Mardoqueu descoberta durante uma noite de insônia, e a maravilhosa libertação dos judeus, todos estes fatos demonstram o controle de Deus e Seu cuidado para com o Seu povo (Sl 121.4). O livro também explica a origem da Festa de Purim (2 Macabeus 15.36), celebrada nos dias 13 e 14 de Adar, quando os judeus celebram sua libertação do plano destruidor de Hamã.

 

  1. Texto Chave:14.

 

 

  1. Ester e a Ausência de “Deus”
  • O livro de Ester tem uma peculiaridade que o distingue de qualquer outro livro da Bíblia: não contém uma única menção ao nome de Deus, nem tampouco há referências à lei ou à religião judaica. Apesar de não se mencionar o nome de Deus, há abundantes sinais de que ele estivesse operando e cuidando de seu povo. O livro registra o livramento por Deus do seu povo, de uma ameaça de destruição.
  • Assim como Deus salvou o seu povo do poder de Faraó, ele livrou Israel da mão de Hamã. No primeiro caso o livramento foi efetuado por uma manifestação de seu poder e uma revelação de si mesmo; mas no último caso, Deus permaneceu invisível ao seu povo e a seus inimigos. Efetuando a salvação por intermédio de instrumentos humanos.
  • Talvez nenhum outro livro da Bíblia tenha sido atacado com tanta amargura e veemência como o livro de Ester. Por causa de seu espírito de nacionalismo e de vindita, os críticos têm-no declarado indigno de figurar no cânon sagrado. Se, entretanto, nos aproximarmos com reverência da história, dependendo humildemente do Espírito de Deus para dele receber ensino, encontraremos verdades que satisfarão a mente e edificarão a alma. Quanto mais se estuda essa inigualável história, tanto mais se conclui que suas profundas verdades devem ser desencavadas como pepita de ouro.
  • Providência... em todos os assuntos e acontecimentos da vida humana, indivíduos e nacionais, Deus tem uma parte e uma porção. Mas essa influência é secreta e oculta. Assim, nesta admirável história, que ensina a realidade da divina providência, o nome de Deus não aparece e só o olho da fé vê o fator divino na história humana. Para observador atento toda a história é uma sarça ardente, acesa pela presença divina.
  • A tradição judaica cita Deuteronômio 31.18 como outra razão porque não se menciona o nome de Deus. Por causa do seu pecado, Deus tinha escondido seu rosto a Israel. No entanto, embora tenha escondido o rosto, não se esqueceu de seu povo nem deixou de interessar-se por ele apesar de que o fazia sob um véu.

 

  1. Exatidão Histórica. As modernas escavações efetuadas em Susã (isto é, Susa) têm confirmado substancialmente a exatidão histórica do autor do livro, que deve ter possuído conhecimento pessoal do povo e dos acontecimentos do relato. As objeções levantadas quanto à historicidade do Livro de Ester incluem as seguintes:
  • A história secular não mencionam nem Vasti nem Ester como rainhas durante o reinado de Xerxes. Contudo Heródoto que freqüentemente omite personagens importantes (como Belsazar, Dn 5), relata que Xerxes buscou consolo em seu harém depois de sua derrota perante os gregos em Salamina, o que ocorreu no mesmo ano em que Ester foi feita rainha (Ester 2.16; Heródoto 7.7).
  • Alega-se, com base em Ester 2.5-6 que o livro indica ter sido Xerxes sucessor imediato de Nabucodonosor, já que a referida passagem parece dizer que Mardoqueu fora deportado por Nabucodonosor em 597 a.C e ainda vivia no reinado de Xerxes. Entretanto, o antecedente do pronome relativo que no versículo 6 não é Mardoqueu, mas Quis, seu bisavô.
  • A matança de75.000 inimigos dos judeus em um só dia, sem intervenção aparente dos persas (Et 9.16-17), tem recebido objeções. Todavia, embora incomum, tal feito não seria jamais impossível, devido à conhecida indiferença persa para com a vida humana e à preparação e ao armamento dos judeus (8.13).

 

 

  1. Conteúdo. O livro de Ester pinta graficamente as vigorosas lutas dos judeus dispersos durante o tempo do rei persa, Assuero, contra as tramas nefandas de certo primeiro-ministro chamado Hamã. Embora o nome de Deus não seja mencionado uma vez sequer neste livro, Sua mão se manifesta continuamente em todas as circunstâncias detalhadas do relato. Ester, por sua beleza suplanta Vasti como rainha; Mardoqueu, por sua habilidade suplanta Hamã, como primeiro-ministro. Todas as personagens desde o reio até oi escravo servil desempenham seus papéis no momento. Hamã é a encarnação da maldade, Mardoqueu a essência da bondade; Assuero, embora fraco e manuseável, também tinha pontos fortes em seu caráter. Ester, prima e tutela de Mardoqueu, tornou-se a heroína da história, devido à sua disposição em arriscar sua vida e posição, a pedido de Mardoqueu em prol de seu próprio povo e em seu período de urgente necessidade. Diferentemente de obras de ficção e romance, o livro de Ester está inteiramente entrincheirado na história e é documentado por informes específicos. Esse livro, semelhantemente à profecia de Ageu (1.1,15; 2.1.10,20), é datado de conformidade com o reinado de Assuero, o qual é comumente identificado com Xerxes I (485-465 a.C) dos tempos antigos. Indubitavelmente 4.14 é o versículo mais conhecido do livro,enfatizando o tema do controle divino sobre todos os acontecimentos.
    • A Festa de Assuero (caps. 1,2)
    • A Festa de Ester (caps. 3 -7)
    • A Festa de Purim (caps. 8-10)