OS DEZ MANDAMENTOS
Texto Bíblico: Êxodo 20.
Tese: Deus prova Seu interesse no Seu povo, dando-lhes as Suas Leis.
INTRODUÇÃO
1. O Propósito da Lei: Deus manda nas Suas criaturas porque Se interessa por elas, deseja guiá-las no nos caminhos, e porque sabe melhor do que elas o que será para seu maior bem.
2. Em que Deus manda: Ele deu a Sua Lei a um povo redimido, já em relações com Ele. Nós também precisamos nos relacionar com Deus (por Cristo) antes de podermos dirigir nossa vida de acordo com a revelada vontade dEle.
3. O Tratamento de Deus em Relação à Sua Lei: Deus evidentemente aprova a obediência, como também um pai manda em seu filho e espera ser obedecido. Mas o Evangelho revela alguma coisa que não aparece na Lei: perdão (porque Cristo morreu) para quem tem sido desobediente, porém agora, arrependido, crê em Cristo como seu Salvador.
4. O Crente e a Lei: O crente não está debaixo da Lei, mas debaixo da Graça (Rm 6.14). Contudo pode aproveitar os ensinos morais da Lei para seu governo.
5. Jesus e a Síntese da Lei: Convém notar o resumo da Lei em Lucas 10.27, que o Senhor Jesus aprovou.
I. INTRODUÇÃO AOS DEZ MANDAMENTOS.
1. Prefácio: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”.
(1) Revela que Deus se ocupa com seu povo;
(2) Que seu interesse é particular e individual (te tirei);
(3) Que compreende a natureza das nossas provações;
(4) Que tem recursos suficientes para nos valer;
(5) E tudo isto apesar de nos reconhecer indignos de tamanhos favores.
2. A Base dos Dez Mandamentos.
(1) Os Dez Mandamentos eram a base da Lei Hebraica.
(2) Quatro dizem respeito à nossa atitude para com Deus; seis, às nossas relações com o próximo. Jesus condensou-os em dois: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, alma, força e entendimento; e o teu próximo como a ti mesmo”.
(3) Reverência para com Deus é a base dos Dez Mandamentos. Jesus deu a entender que considerava essa reverência a qualidade elementar de nossa aproximação de Deus, e fê-la a primeira petição da Oração Dominical, “Santificado seja o Teu Nome”. Surpreende-nos como tanta gente, em conversas ordinárias, blasfemas continuadamente do nome de Deus, e usa-o de maneira tão leviana e trivial. Proíbe-se em absoluto a idolatria.
3. Fatos Gerais Sobre os Des Mandamentos.
(1) Estes Mandamentos foram depois gravados em ambos os lados das duas tábuas de pedra “escritas pelo dedo de Deus”. “As tábuas foram obra de Deus, e a escrita foi escrita de Deus” (31.18; 32.15,16).
(2) Durante séculos estiveram guardadas na arca.
(3) Julga-se que foram destruídas no cativeiro. Que tal, se um dia vierem a ser descobertas?
II. PRECEITOS NEGATIVOS
1. Não Ter Outro Deus.
(1) Proíbe pecado contra Deus. O primeiro mandamento mostra que o conhecimento de Deus e o desejo de servi-lo expulsam do nosso coração as ambições e as aspirações inferiores (Dt 6.5)
(2) É perfeitamente compreensível que Deus disposto a ser o único e suficiente recurso sobrenatural do seu povo, proíba um apelo a quaisquer outros poderes sobrenaturais. Por isso entendemos que o espiritismo é proibido a quem crê no Deus vivo.
(3) A pessoa de Deus. Estabelecendo a verdade do monoteísmo (um Deus) em contraste com o politeísmo (muitos deuses) ou panteísmo (que tudo é deus). Israel era distinguido das outras nações pela sua crença em um só Deus.
2. Não Fazer Imagem Alguma do Objeto de Nossa Adoração.
(1) Proíbe a materialização na religião. Não basta que Jeová somente seja servido: precisa ser servido de maneira própria, conforme for indicada. Aqui se frisa a espiritualidade de Deus. Ele não há de ser imaterializado por meio de imagens.
(2) É impossível a criatura humana fazer uma representação superior à sua própria ideia, por isso é-lhe impossível representar dignamente a divindade, pois Deus há de ser infinitamente superior ao nosso mais sublime pensamento. Os homens que têm feito imagens de seres indignos, e as têm adorado, têm-se tornado por isso, depravados.
(3) Este mandamento reconhece todas as ajudas visíveis ao culto como um tropeço para a verdadeira
3. Não Proferir o Nome de Deus em Levianamente.
(1) Refere-se a todos os pecados de irreverência. Visto que o nome de Deus representa a sua natureza, qualquer uso irreverente dele é uma blasfêmia.
(2) A frequência com que este pecado se comete pelos descrentes mostra a necessidade da proibição.
(3) Vários pensamentos relacionam-se com esta proibição:
1) A necessidade de reverência;
2) A conveniência do asseio.
3) A significação do silêncio (Ec 5.2).
4) O decoro no canto dos hinos.
5) A modéstia e humildade que convém na Casa de Oração.
4. Não Matar (13).
(1) Proíbe toda a ofensa contra a pessoa do próximo.
(2) O assassínio é geralmente a consumação do ódio, e devemos cuidar de nunca permitir o começo desse mal, com receio de não poder evitar a triste consumação (1 Jo 3.15). Este crime é impossível onde há amor ao próximo.
5. Não Adulterar.
(1) Reprova toda classe de impureza. Ensina-nos o sagrado deve de o povo de Deus controlar as suas paixões. Aqui também o mal começa no pensamento, e toda a criatura humana pode, com a graça de Deus, controlar seus pensamentos. Podemos e devemos reprovar todo pensamento impuro, receando a consumação em atos impuros.
6. Não Roubar.
(1) Proíbe ofensas contra os interesses materiais dos outros.
(2) Razões:
1) Porque cada um pode ganhar seu sustento pelo próprio trabalho, sem dar prejuízo ao seu próximo.
2) Porque o amor nos ensina a dar ao nosso próximo e não a tirar dele.
3) Porque o roubo, o furto, o jogo destroem, em quem os pratica, todos os mais nobres sentimentos do coração: altruísmo, brio, contentamento, trabalho, fé, paciência.
7. Não Dizer Falso Testemunho.
(1) Reprova qualquer falta de verdade.
(2) Proíbe todas as ofensas contra a verdade. O mentiroso é uma pessoa em quem ninguém confia. Os pais podem ensinar a verdade pelo preceito, pelo exemplo, pela aprovação e pelas Escrituras.
8. Não Cobiçar.
(1) Definição.
1) A cobiça quer para si o que pertence ao próximo. Não é cobiça o menino querer chupar bala quando vê outro menino chupando bala, mas se quer exigir a bala do outro, então é cobiça. A cobiça revela características reprováveis, como descontentamento, inveja, egoísmo, desconfiança do amor de Deus. descrença da bondade divina, falta de amor ao próximo.
(2) Proíbe o jogo, ou qualquer outro desejo de obter o que pertence ao próximo sem dar-lhe o suficiente valor em dinheiro ou serviço.
III. PRECEITOS POSITIVOS
1. Santificar o Sábado.
(1) O Sábado e os Dez Mandamentos:
1) A Guarda do Sábado: O reconhecimento da parte de Israel do “concerto perpétuo” de Deus com Ele.
(2) O Sábado – Qual é a aplicação que nós cristão podemos fazer?
1) Que trabalhar seis dias em sete é o suficiente.
2) Que um descanso semanal é proveitoso física, mental e espiritualmente.
3) Que uma preocupação constante com o trabalho material pode resultar em prejuízo espiritual.
4) Que Deus compreende melhor do que nós qual o nosso maior proveito.
5) Que o povo de Deus, nos seus dias disponíveis, tende a ocupar-se com serviço espiritual.
6) Que o home precisa trabalhar seis dias para merecer o descanso no sétimo.
2. Honrar os Pais.
(1) Proíbe qualquer falta de respeito para com aqueles que o merecem. O desprezo dos pais é um golpe nos alicerces da sociedade.
(2) Aprendemos que os seres mais próximo que devemos amar são os pais, que merecem nosso primeiro respeito. Para i filho respeitar o pai, este precisa ser respeitável. Se o pai grita com seus filhos, estes não podem respeitar a sua serenidade; se ele é preguiçoso, o filho não há de respeitar o seu trabalho; se ele dá prejuízo aos vizinhos, o filho não respeitará a sua bondade.
(3) A honra devida ao pai inclui:
1) Obediência.
2) Respeito.
3) Atenção.
4) Submissão.
5) E mais tarde, socorro (Mc 7.10-13).
CONCLUSÃO
O progresso da civilização não dispensa tais mandamentos.
BIBLIOGRAFIA
Guia do Pregador – S.E.Mcnair
Bíblia Explicada – S.E.Mcnair
Manual Bíblico – H.H.Halley