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A CONVERSÃO DE ZAQUEU

A CONVERSÃO DE ZAQUEU
O Perdido que Foi Achado
Amando Os Que Não São Amáveis
Texto Bíblico: Lucas 19.1-10
INTRODUÇÃO
1. Casos Perdidos: a Bíblia apresenta a conversão de vários “casos perdidos”; por exemplo, Maria Madalena, o endemoninhado Gadareno, a mulher Samaritana. Razão provável para essas apresentações – encorajar-nos quanto à salvação de “casos perdidos”.
2. Zaqueu – outro “caso perdido”: Lucas é o único dos quatro evangelistas que registrou a excitante conversão de Zaqueu. Um fato que nos admira é que o relato não tenha sido incluído no evangelho de Mateus, o evangelho de um ex-publicano, endereçado aos judeus. T. W. Manson chama o incidente de “um apêndice adequado à parábola do fariseu e publicano”. Na parábola ela expõe ao ridículo a atitude do fariseu para com esses marginalizados; no caso de Zaqueu, ele mostra pelo seu próprio exemplo um caminho muito melhor. Há um mundo de diferença entre ele e o fariseu da parábola que apresentou todo o seu catálago de boas ações baseadas em puras autocongratulações. Com Zaqueu não foi assim; as esmolas e a restituição de que ele fala começam agora como sinal da mudança operada nele por seu encontro com Jesus; não deve ser considerado, como na parábola, uma autojustificação, mas sim, uma declaração do que ele intenta fazer a partir desse momento.
3. Quem era Zaqueu:
(1) Nome: Lit. “o Justo”.
(2) Profissão: Maioral (gr. Architetones) dos publicanos (cobradores de impostos). Ele era uma espécie de comissário distrital dos cobradores de impostos. O título não ocorre em nenhum outro lugar na literatura grega remanescente, de modo que o seu significado preciso é obscuro. Ele pode ter sido um contratante que comprou os direitos de taxação tributária local do governo romano. Todo o grupo cobrava ricas comissões, enriquecendo-se assim às custas de ricos e pobres igualmente.
(3) Residência: Jericó – Jericó na fronteira com a Transjordânia (Peréia) facilitava a arrecadação de impostos. Jericó era cidade conhecida por seus bosques “de palmeiras e de bálsamos” (Josefo, Anti. 15.4,2). Era por Jericó que passava a carga principal do tráfico entre Jope, Jerusalém e a região ao leste do rio Jordão. Quem ali operasse, devido ao intenso movimento comercial, facilmente era capaz de enriquecer-se, amealhando fortuna especialmente se se mostrasse desonesto. Jericó era uma cidade de sacerdotes. Jesus preferiu um publicano a um sacerdote, para com ele se hospedar.
(4) Classe Social – Rico: Zaqueu é um tipo de pessoa tida por “impossível aos homens” (Lc 18.24-27). Zaqueu era excêntrico – ou não teria trepado na árvore.
(5) As Homilias de Clementinas (3.63): Afirmam que, posteriormente, Zaqueu tornou-se companheiro de Pedro e bispo de Cesaréia. Mas, ao que parece essa afirmativa é alicerçada sobre meras conjecturas, sem base em fatos históricos.
4. Zaqueu e o Jovem de Qualidades (Mt 19.16-26).
(1) O Jovem era considerado de boa moral – Zaqueu, um pecador.
(2) O Jovem era um oficial na sinagoga – Zaqueu, um representante dos pagãos invasores.
(3) O Jovem era popular – Zaqueu, odiado.
(4) O Jovem não tinha multidão para impedi-lo – Zaqueu, teve que enfrentar obstáculos para ver Jesus.
(5) O Jovem chegou com formalidade religiosa – Zaqueu, fez papel ridículo ao subir em uma árvore.
(6) O Jovem foi embora triste – Zaqueu foi embora feliz.
I. A SALVAÇÃO DESEJADA (19.3)
1. Procurava ver quem era Jesus – Qual era a sua motivação?
(1) Do Ponto de Vista Negativo:
1) Não como o curioso Herodes (9.9).
2) Nem como as multidões incrédulas (Lc 11.16,24)
3) Nem com a aparência de Piedade do Mancebo de qualidades.
(2) Do Ponto de Vista Positivo:
1) Mas com a insistência do cego (Lc 18.41).
2) A vinda de Jesus criou um desejo consumidor da parte de Zaqueu, de ver a Jesus. “Procurava” lit. “continuava tentando” – mas não conseguia.
3) Lucas demonstra o interesse de Cristo pelos publicanos (Lc 15.1,2; 18.9-14), Ele até mesmo tinha um apóstolo que havia sido publicano – Mateus. Zaqueu provavelmente ouviu outros publicanos falarem da atitude amável de Jesus para com homens como ele.
2. Para alcançar seu objetivo, enfrentou dificuldades:
II. A SALVAÇÃO IMPEDIDA (19.1-3)
1. Seu Emprego.
(1) Chefe de publicanos: Os publicanos eram recebedores de impostos na Palestina empregados pelo governo romano, dado à extorsão, corrupção, rico provavelmente, como resultado de avareza e fraude, uma espécie de “Lava Jato”, nos tempos bíblicos.
(2) Como rico cobrador de impostos, Zaqueu era desprezado pelos compatriotas judeus (1,2). Era mau visto pelas pessoas suspeitas de boa fama.
(3) Luciano. Escritor grego descreveu os coletores de impostos como “adúlteros, alcoviteiros e parasitas”. Os rabinos classificavam os publicanos como salteadores, adúlteros, assassinos e pagãos e apregoavam legítimo o não pagamento de tais dívidas. Além disso, os publicanos eram considerados excluídos da vida da nação, mortos para os deveres religiosos e respectivos privilégios. Tinham-nos por cheios de mundanismo e desejo de lucro; sem consciência, temor a Deus e aspirações devocionais.
2. Seu Dinheiro. “Ele era rico”, obstáculo um tanto difícil para quem deseja entrar no Reino.
3. Seu Tamanho.
(1) De pequena estatura, tão odiado (v.7) que provavelmente ninguém lhe desse a oportunidade de ver a Jesus, daí ele subir numa árvore:
(2) As ruas de Jericó nos tempos do Novo Testamento eram ladeadas de sicômoros, e os arqueólogos, de fato, identificaram no sítio pedaços de madeira de sicômoros.
(3) Certamente Zaqueu deve ter ficado surpreso, até um tanto embaraçado, diante da multidão inteira que olhava para cima, admirada de que o chefe dos coletores de impostos de Jericó se tivesse encarapitado em uma árvore.
(4) Seu tamanho era empecilho à sua esperança. Zaqueu foi um “maioral”, mas era pequeno em estatura. Cada pessoa é pequena nalgum aspecto: na paciência, na simpatia, no bom senso, na caridade. “Pois todos pecaram e carecem...” (Rm 3.23 ARA).
(5) Como Zaqueu, talvez encontremos uma árvore que nos permita erguer-nos acima das nossas deficiências: a