OS EVANGELHOS
- OS EVANGELHOS
- O que é Evangelho.
- Definição.
- Etimologia: Gr. “Boas Novas” ou “Boa Mensagem”. Os Evangelhos são assim chamados porque registram as boas novas de que um caminho de salvação foi aberto a toda a humanidade pela morte e ressurreição de Jesus Cristo (Mc 1.1; 1 Co 15.3-4)
- Nomes:
- Evangelho de Cristo (Mt 4.23; Mc 1.14; Lc2.10; At 13.26; Rm1.19,16; 1 Co 2.13; 2 Co 5.19; Ef 1.5; 1 Tm6.3; Hb 4.2; 1 Pe 4.17)
- Evangelho da Graça (At 20.24)
- Evangelho do Reino (Mt 4.23)
- Evangelho da Salvação (Ef 1.13)
- Evangelho da Glória de Cristo (2 Co 4.4)
- Evangelho Eterno (Ap 14.6)
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- É Universal (Mt 24.14; Mc 16.15; Lc 24.47; At 2.39; Rm 10.18; Cl 1.23)
- É Poder de Deus (Rm 1.16; 1 Co 1.18. 21)
- É Único e Exclusivo (2 Co 11.4; Gl 1.7,8; Ap 22.18,19)
- É acessível (Mt 11.5; Lc 4.18; 6.20; Tg 2.5)
- Alcance do Evangelho. (Mt 24.14; Mc 16.15; Lc 24.47; At 2.39; Rm 10.18; Cl 1.23)
- Os Quatro Evangelhos.
- Mateus foi publicano, Lucas médico, João pescador, não se declara o que Marcos foi.
- Por Que Foi Preciso Escrever os Evangelhos? A rápida expansão do Cristianismo acelerou a necessidade de registros escritos da vida de Cristo. Além disso, à medida que as principais testemunhas e personagens da história de Cristo começaram a morrer, aumentou a necessidade de registros escritos do que eles haviam visto ouvido e experimentado. Estes Evangelhos escritos eram usados para evangelizar, catequizar novos convertidos e, provavelmente, faziam parte do culto cristão primitivo (Lc 1.1-4).
- Características Individuais dos Escritores: Embora tivessem seus leitores em mira, cada um deles, no que escreveu, refletiu sua própria personalidade. Tinham uma história a contar em comum, a simples história de um HOMEM, como viveu, o que fez e o que disse. Contavam a mesma história, porém cada qual a seu modo, aquilo que de maneira particular apela aos seus sentimentos; isto explica as diferenças dos livros entre si.
- A Formação dos Evangelhos: Mateus e João foram companheiros de Jesus, Marcos o foi de Pedro. Seu evangelho contém o que ele ouviu de Pedro contar várias vezes. Lucas foi companheiro de Paulo. Seu evangelho diz que ele ouviu Paulo pregar de um extremo ao outro do Império Romano, verificando-o ele mesmo por iniciativa própria. Todos eles contaram a mesma história. Viajaram muito. Muitas vezes se encontraram. João e Pedro foram companheiros íntimos. Marcos andou associado a Pedro e a Paulo. Pode ser que escreveram muitas cópias, parciais ou completas, destes mesmos Evangelhos, para diferentes igrejas ou pessoas. É possível que todos os apóstolos e seus auxiliares, às vezes escrevessem o que haviam contado de Jesus, para as igrejas que fundaram ou visitaram. Mas fossem quais fossem os escritos que houvesse, desapareceram, na maior parte, sem dúvida nas perseguições dos três primeiros séculos movida pelo império, salvando-se as que possuímos no Novo Testamento, pelas quais, em Sua providência, Deus zelou, preservando-as como suficientes para transmitir a Sua Palavra a todas as gerações futuras.
- Quando foi escrito. A tendência moderna é considera o Evangelho de marcos como o primeiro Evangelho que se escreveu. Entretanto, a primitiva tradição universal dizia ter sido o de Mateus o primeiro. Nos primeiros códices, os quatro Evangelhos, geralmente, figuram na ordem em que hoje se acham, fato este que corresponde à tradição primitiva quanto à seqüência em que foram escritos. Ocasionalmente, João foi posto na frente, nunca, porém Marcos.
- “Contradições” nos Evangelhos. É de surpreender a desenvoltura com que, em obras modernas de erudição, se afirma que os quatro Evangelhos estão “cheios de contradições”. E quando a gente procura saber que contradições são estas, quase que se é tentado a perder o respeito por esses chamados “eruditos”. O fato de haver pormenores diferentes e ligeiras variantes na descrição de um mesmo incidente faz que o testemunho dos vários escritores se torne tanto mais digno de fé, visto afastar a possibilidade de terem entrado em combinação prévia.
- Importância. Os quatro Evangelhos, decididamente são a parte mais importante da Bíblia; mais importante que todo resto da Bíblia reunido; mais importante que todos os livros juntos do mundo, visto que podíamos arriscar passar sem o conhecimento de tudo no universo, menos do conhecimento de Cristo. Os livros da Bíblia que os precedem são preparatórios, os que os seguem são explicativos, do herói dos quatro Evangelhos.
- Conteúdo: Mateus, Marcos, Lucas e João. Registram a existência eterna, a linhagem humana, o nascimento, certos acontecimentos da vida, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus Cristo.
- Propósito. Embora tenham existido numerosos outros evangelhos escritos quatro foram julgados dignos de serem incluídos no Novo Testamento. Os demais evangelhos foram escritos mais tarde e são de fidedignidade duvidosa. Embora tenham informações constantes nos quatro Evangelhos canônicos, também acrescentam muito material fantasioso e lendário (como a narrativa de Jesus condenando à morte um menino que o derrubara, contido num escrito gnóstico apócrifo, conhecido como o Evangelho da Infância). Além disso, buscavam disseminar doutrinas heréticas ou sectárias. A Igreja primitiva distinguia estes Evangelhos dos verdadeiros e considerava os apócrifos como literatura de muito menor importância. Uma das razões é que os quatros Evangelhos tinham sido escritos por apóstolos ou por associados íntimos de algum apóstolo. Posteriormente, concílios eclesiásticos confirmaram a autenticidade dos quatro, incluindo apenas estes como canônicos, isto é, inspirados e autorizados. Os Evangelhos foram escritos aos quatro grupos gerais de pessoas no primeiro século. Mateus escreveu para os judeus; Marcos, para os romanos; Lucas, para os demais gentios pagãos; e João, para os cristãos. São quatro Evangelhos para:
- Apresentar quatro testemunhas, independentes uma da outra, da verdade.
- Apresentar a vida do Senhor de quatro pontos de vista, perfazendo um retrato composto de uma só pessoa.
- “Contradições” nos Evangelhos. É de surpreender a desenvoltura com que, em obras modernas de erudição, se afirma que os quatro Evangelhos estão “cheios de contradições”. E quando a gente procura saber que contradições são estas, quase que se é tentado a perder o respeito por esses chamados “eruditos”. O fato de haver pormenores diferentes e ligeiras variantes na descrição de um mesmo incidente faz que o testemunho dos vários escritores se torne tanto mais digno de fé, visto afastar a possibilidade de terem entrado em combinação prévia.
- A quem foram escritos. Os quatro Evangelhos foram escritos para a instrução da humanidade, apesar de terem sido originalmente endereçados a certas Igrejas, ou indivíduos. O original de Mateus foi escrito provavelmente para a igreja em Jerusalém. Dele outras igrejas conseguiram cópias, feitas à mão. Pensa-se que Marcos destinou o seu livro à igreja em Roma. Cópias teriam sido enviadas a outras igrejas. Lucas escreveu para um particular, chamado Teófilo, alto funcionário do governo romano. João destinou o seu à Igreja em Éfeso. Embora Deus inspirasse esses homens a escrever exatamente o que Ele quis, que escrevessem, para uso de toda a humanidade e de todas as gerações, eles deviam, entretanto ter tido em mente as condições dos seus talentos imediatos, o que influiu na escolha do material de cada um.
- Singularidade dos Quatro Evangelhos. Houve muito mais de quatro fontes de onde se podia partir (Lc 1.1). Foi um período de grande atividade literária: a era de César, Cícero, Salústio, Virgílio, Horácio, Sêneca, Lívio, Tácito, Plutarco e Plínio. Foi por assim dizer a “era dourada” do Império Romano. No período de uma geração milhares sem conta de fiéis seguidores. Naturalmente surgiu grande procura de narrativas escritas de Sua vida. Deus cooperou na preparação e preservação destas quatro que continham, cremos nós, o que Ele queria que fosse conhecido a respeito de Cristo. No Antigo Testamento há algumas narrativas em duplicada, mas esta é a única parte da Bíblia onde há quatro livros acerca de uma só pessoa. Uma coisa é fato: significa isto suma importância.
- Particularidades dos Evangelhos. Em Ap 4.7 vemos a descrição dos quatro querubins, ou seres viventes:
- Leão. O rei dos animais – Aponta para o Evangelho de Mateus, O Evangelho do Rei, a cor simbólica: A Púrpura.
- Boi – Que serve ao homem com grande paciência – Indica o Evangelho de Marcos, O Evangelho do Grande Servo de Deus, a cor simbólica: O Carmesim.
- Rosto como de homem – Aponta para o Evangelho de Lucas, o Evangelho do Filho do Homem. A cor simbólica: O Branco, Linho Fino.
- Águia Voando – É uma Ilustração do Evangelho de João, o Evangelho do Filho de Deus. A cor simbólica: O Azul.
- Evangelhos Sinópticos.
- Definição. Que tem a forma de sinopse; resumido.
- Origem do Termo. O título “sinótico” foi primeiro empregado por Griesbach
- Os Sinópticos: Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, narram os eventos na vida de Cristo, apresentando grandes semelhanças na narração dos fatos.
- O “Problema dos Sinópticos”: Mateus, Marcos e Lucas são chamados Evangelhos Sinópticos, porque apresentam da vida de Cristo o mesmo ponto de vista geral, registrando, até certo ponto, os mesmos fatos, “A autoria deles, as relações de um com outros e uma possível conexão com um original comum” é o que se chama “Problema dos Sinópticos”. Pensam alguns que Marcos foi o primeiro Evangelho escrito, ampliado por Mateus, e que Lucas se utilizou de ambos. Outros opinam que Mateus escreveu primeiro e Marcos fez dele uma edição abreviada. Não é necessário pensar que Mateus, Marcos ou Lucas fizeram citações um do outro, ou de um modo qualquer se servisse um do escrito de outro. Os fatos da vida de Jesus e Suas palavras foram repetidos oralmente durante anos pelos apóstolos e outras pessoas, e circulavam entre os cristãos. Eram a substância da pregação diária dos apóstolos. É provável que desde o princípio muitos desses fatos fossem escritos, alguns talvez de modo apenas fragmentário, outros de maneira mais completa. E quando Mateus, Marcos e Lucas escreveram seus Evangelhos, escolheram o que se prestava ao seu propósito, tirando-o do acervo de fatos, cujo conhecimento oral ou escrito era posse comum dos cristãos e entre eles circulava geralmente; de muitos desses fatos Mateus fora testemunha ocular, aos quais os próprios cristãos faziam referência milhares de vezes, falando a inúmeros auditórios.
- O Evangelho de João: É a obra de um teólogo, que apresenta Jesus como “o Cristo, o Filho de Deus”