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O BOM SAMARITANO

O BOM SAMARITANO 

Texto Bíblico: Lucas 10.25-37

SÍNTESE DA PARÁBOLA:

É um dos trechos clássicos, dos mais majestosos, que existem na literatura sobre essa questão de benevolência. Lucas acabara de dizer que Jesus fora rejeitado pelos samaritanos (Lc 9.52). Jesus aqui reage: exalta um samaritano, fazendo-o objeto do amor de todos os séculos futuros.

ANÁLISE DA PARÁBOLA:

  1. Essa sublime parábola, exclusiva do evangelho de Lucas, reflete sobre a nossa responsabilidade de cuidar dos outros, sejam amigos ou estranhos. 2. Em um sentido espiritual, espelha também o ministério redentor de Cristo, o retrato perfeito do bom samaritano.
  2. “Intérprete” (v.25): Gr. Nomikos, “advogado”. Era um teólogo judeu, autoridade na Lei (Torá).
  3. “Por Jesus à prova” (v.25): Geralmente, tem a conotação de má intenção (Mt 4.7; Tg 1.3).
  4. “justificar-se” (29): A autojustificação procurada pelo mais rigoroso fariseu (18.9-14; Fp 3.6) é negada na parábola ou história do Bom Samaritano. A justiça do sacerdote, que representa à suprema autoridade religiosa, e a do levita (associados no serviço de Deus), ainda que zelosos no cumprimento da lei, omite o “amor de Deus” e passa “de largo” ao próximo mortalmente ferido (vvs 31.32)
  5. O viajante era judeu, como também o eram o sacerdote e o levita, que deviam tê-lo socorrido (Lv 19.18). O fato é que não eles, mas um estrangeiro, um odiado samaritano, socorreu o homem aflito. A ideia bíblica de um vizinho ultrapassa todos os limites de consanguinidade, espaço, religião e caráter. Conhecemos o nosso próximo pela sua necessidade, e assim o “próximo” é extensivo a toda raça humana.
  6. O pobre viajante, presa de ladrões, representa a humanidade, machada pelo pecado. O fato de o sacerdote e o levita terem se recusado a ajudá-lo ilustra que a lei e as ordenanças não merecem salvar o homem de sua triste condição.
  7. O Samaritano:

(1) A ironia transparece em que o benfeitor é um herege, excluído por definição do direito de ser “próximo do judeu”; Errado tanto

  1. Com extremo amor e soberba graça e bondade, o homem perfeito desceu até a morada do homem inferior e “encheu-se de compaixão”, pondo-lhe curativos nas feridas e nelas vertendo óleo (tipificando o Espírito Santo) e vinho (sangue purificador).
  2. A hospedaria (34) simboliza a igreja.
  3. Os dois denários: As recompensas para aqueles que ministrarem pela salvação dos homens.
  4. A vinda novamente prometida, com maior recompensa (35), aponta para a segunda vinda.
  5. Lições Práticas desta Parábola – O Bom Samaritano ensina que:

(1) Religiosidade não significa, automaticamente, bondade.

(2) Nosso “Próximo” pode ser alguém fora do nosso grupo, raça ou religião.

(3) O amor real requer sacrifício como Cristo demonstrou (Rm 5.8).