A GRANDE CEIA
Texto Bíblico: Lc 14.16-24
SÍNTESE DA PARÁBOLA:
Os hipócritas (crentes judeus), especialmente os fariseus, inventavam desculpas para deixar ir à grande ceia de salvação proporcionada por Deus (18-20). Tudo estava “preparado” (v.17), aguardando apenas a conclusão da obra na cruz. As pessoas das “ruas e becos da cidade” e dos “caminhos e atalhos” (21-23), representam os gentios que serão convidados, deixando de fora o Israel hipócrita.
ANÁLISE DA PARÁBOLA:
- Faz-nos pensar em Mateus 22.1-4, porém ali é um rei que faz a ceia, mas aqui “um certo homem”, pai de família.
- Notemos aqui:
(1) A ceia preparada.
(2) O primeiro convite.
(3) As desculpas. Eram desculpas falsas, uma vez que ninguém compra sem ver, e o recém-casado devia levar sua esposa.
(4) O segundo convite (v.21)
(5) O terceiro (v.23)
(6) E a casa cheia. Entendemos que representa Israel convidado em primeiro lugar, e depois os gentios.
- “Comer” (Lc 14.15): No reino seria o banquete messiânico (Lc 13.29) que, segundo o pensamento judaico, viria a inaugurar o Reino de Deus.
- As Desculpas: vemos que as desculpas se referiam a coisas muito lícitas: compras, casamentos, etc. A preocupação do leitor será com coisas boas ou a coisa melhor de tudo: “O reino de Deus e sua justiça”?
- Foi Deus quem deu a festa. Ele é representado pelo “certo homem” que fez a grande ceia.
- Ele proclama uma obra realizada. Ele preparou a festa. Ele nos reconciliou a si mesmo pela cruz de Cristo.
- O convite está baseado no fato de que tudo está preparado: “Vinde, que já tudo está preparado”.
- É somente a loucura do homens que os priva de gozar a salvação e a vida. Todos começaram a desculpar-se. A inimizade do coração natural contra Deus é um fato terrível.
- Contudo alguns tomam parte na festa:
(1) Os pobres – que não podem pagá-la.
(2) Os aleijados – que não podem trabalhar por ela.
(3) Os coxos – que não podem andar para ela.
(4) E os cegos – que não podem vê-la.
- Ensinos Práticos desta Parábola: O ensino da parábola é que:
(1) Deus honra os homens com Seu convite; é uma afronta desprezá-lo.
(2) A hospitalidade divina é grande (Lc 14.16)
(3) A providência divina é abundante (Lc 14.16). O evangelho é de graça, tudo já está preparado.
(4) O convite divino é extensivo (Lc 14.16,21,23)
(5) A misericórdia divina é persistente (Lc 14.17,21,23)
(6) O propósito divino é certo (23)
(7) A oportunidade oferecida é ilimitada (24) a vinda do reino depende de encher-se a casa (Lc 14.21-23; Rm 11.25).
(8) A ira divina é terrível (21). Rejeitar o convite é uma decisão que perdura toda a eternidade.
(9) Os homens procuram eximir-se da responsabilidade de comparecer à ceia, porque:
1) Preferem ver apenas terrenos, a entrar no reino (Jo 3.3,5).
2) Preferem trabalhar, a receber de graça (Ef 2.8,9).
3) Preferem buscar um casamento no mundo, às bodas no céu.