O TESOURO ESCONDIDO E 

A PÉROLA DE GRANDE VALOR 

Texto Bíblico: Mt 13.44-46.

OCASIÃO: Aos discípulos a sós.

SÍNTESE DA PARÁBOLA:

1. Ilustração dupla da mesma verdade: o valor inapreciável de Cristo para a alma humana. Vale a pena abrir mão de tudo, até da própria vida, para aceitar o que Cristo oferece.

PENSAMENTO CENTRAL: Adquirir um objeto de valor supremo justifica pagamento de preço supremo. 

PONTO-CHAVE: A descoberta de um tesouro; a alegria por descobri-lo o prazer em vender tudo para obtê-lo.

ANÁLISE DA PARÁBOLA:

1. O Tesouro Escondido:

(1) O Reino de Deus apresenta-se aqui, como um valor.

Enterrar tesouros era comum, antes de existir rede bancária. No Oriente antigo, a insegurança da situação levava aos ricos, adotarem um expediente:  dividiam seus bens em três partes:

1) Uma era empregada no comércio;

2) Outra, convertida em joias que podiam ser facilmente transportadas ou vendidas.

3) A terceira, enterrada.

O segredo do esconderijo não era revelado a ninguém: o tesouro estaria perdido se o dono não voltasse. Talvez o dono do campo, mencionado nesta parábola, tivesse escondido o tesouro diante do avanço de algum exército invasor e, aprisionado por ele, morrido no cativeiro sem revelar o seu segredo. Muitas vezes acontecia de camponês afortunado achar um desses tesouros enquanto cavava os campos (Jó 28.15-19; Pv 3,13,15; 8.11)

(2) Nos dias de Jesus algumas pessoas deixavam suas ocupações para sair à busca de tesouros. Até hoje, os arqueólogos que examinam ruínas escavadas de civilizações antigas sofrem a hostilidade dos aldeões, quando estes suspeitam haver algum tesouro escondido no local da escavação. Ainda se organizam expedições para procurar tesouros. A busca jamais perdeu o seu fascínio!

(3) A parábola do tesouro representa as pessoas que se deparam subitamente com o tesouro do Evangelho: A parábola descreve a alegria do homem que, passando pela rotina da vida, descobre “as riquezas de Deus em Cristo Jesus” 

(4) Porque possuir a Cristo é a maior riqueza da alma?

1) Cristo é o único tesouro que vem de encontro à nossa profunda pobreza. A libertação da penalidade e poder do pecado é uma bênção que ouro e a prata não podem comprar.

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2) Somente Cristo pode satisfazer aos desejos da nossa natureza. As coisas terrenas podem satisfazer algum cantinho da natureza humana, mas deixam o resto com fome. Sendo, porém, Cristo, o centro da vida humana, todo o ser receber inspiração e refrigério, contribuindo isto para a paz da mente e saúde do corpo.

3) Nossa vida em Cristo é um tesouro permanente. Somente podemos considerar realmente nosso aquilo que não pode ser tomado de nós. O que de nós pode ser subtraído pelas circunstâncias não é digno de ser chamado nosso tesouro. O verdadeiro tesouro faz parte do nosso ser e há de nos acompanhar à eternidade.

(5) Ensinamento Prático: O Reino dos Céus, com as bênçãos que lhe são inerentes, é tão preciso que se justifica qualquer sacrifício por obtê-lo.  Assim como Cristo deixou tudo para redimir-nos e dar-nos o Reino, devem também os seus discípulos abandonar tudo para obtê-lo (Lc 14.25-27; Fp 2.5-8). A verdadeira riqueza obtém-se pela amorosa submissão à lei suprema de Deus, a quem amamos por saber que nos amou primeiro. O homem que considera Cristo “preciso” (1 Pe 2.7) naturalmente considera tudo como perda comparado à excelência de tê-lo (Fp 3.7,8)

2. A Pérola de Grande Valor:

(1) Em tempos antigos, as pérolas eram tidas em alta estima (Jó 28.15-19; Pv 3.13,15). Grandes somas eram pagas por pérolas únicas quando eram exemplares perfeitos do seu tipo. Defeitos como a cor escurecida, imperfeições na forma ou aspereza, diminuíam o seu valor. Os negociantes procuravam as boas pérolas, procura esta que simboliza a eterna busca da humanidade pelo valor supremo da vida.

(2) A pérola simboliza a Igreja, que o negociante (Cristo) comprou (Ef 5.25- 33). Ele sacrificou tudo por amor a Igreja. Ele comprou o mundo para possuir a Igreja: o preço foi seu sangue.

(3) O valor multiplica-se com o tamanho. Uma pérola do tamanho de um ovo deveria valor centenas de pérolas de tamanho regular, o que seria o estoque inteiro de um negociante de pérolas, o qual exercia o papel típico de um banqueiro da época. Aqui, o Reino é de valor incomparável.

(4) Ensinamento Prático: Os filósofos de todos os tempos já debateram a questão: “o que é o bem supremo?” É uma boa pergunta. Há muitos valores na vida, mas a felicidade está no encontrar o bem supremo. Nas escolas rabínicas, a grande pergunta era: “Qual é o maior mandamento da Lei?”. Qual é o grande valor – a pérola – da vida? O dinheiro? A Fama?  O Prazer? O Poder? O conhecimento? Cristo é a pérola de grande valor!  Ele é o sumo bem: “Para mim o viver é Cristo”