Definição Da Matéria:
Bibliologia: “Divisão da teologia sistemática que versa sobre a origem, formação, inspiração, autoridade e confiabilidade das Sagradas Escrituras, como a infalível Palavra de Deus.
O Âmbito Geral Da Bibliologia: A Bibliologia estuda a Bíblia sob os seguintes pontos de vista:
Observações gerais sobre sua leitura e estudo.
Sua estrutura, considerando sua divisão, classificação dos livros, capítulos, versículos, particularidades e tema central.
A Bíblia considerada como o Livro Divino, isto é como a Palavra escrita de Deus.
O Cânon Sagrado: sua formação e transmissão até nós.
A preservação e tradução do texto da Bíblia. Isto aborda as línguas originais e os manuscritos bíblicos.
Inclui elementos de história geral da Bíblia. Inclusive o Período Interbíblico ou Intertestamentário, e de auxílios externos no estudo da Bíblia: geografia bíblica, usos e costumes antigos orientais, sistemas de medidas, pesos e medidas; cronologia bíblica geral, história das nações antigas contemporâneas, estudos das personagens e dos livros da Bíblia e das dificuldades bíblicas.
Neste estudo abordaremos, alguns destes tópicos.
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
Conceitos De Autoridade.
O direito a ordenar uma crença ou ação.
Autoridade da Bíblia: Tanto o Antigo, quanto o Novo Testamento, atesta ser Deus, a fonte de toda a autoridade. Profetas e apóstolos mostra-nos como a autoridade última. Nos livros proféticos, o Senhor é apresentado como aquele que humilha e exalta os potentados. Somente Ele tem o poder de constituir e destituir reis e governadores (Dn 4.37; Rm 13.1,2). Segue-se que sendo a Bíblia, a Palavra de Deus, ele possui sua autoridade. A autoridade da Bíblia, portanto, é o reconhecimento da Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. Nenhuma outra autoridade pode sobrepor-se à Palavra de Deus; nenhum outro princípio há de modificar este artigo de fé.
Tipos De Autoridade
Autoridade Imperial: O direito de promulgar decreto em função do posto ocupado por uma pessoa.
Autoridade Judicial: A capacidade de decidir sobre o significado ou a verdade de algo.
Autoridade Legislativa. O direito de determinar o conteúdo de nossas crenças.
Autoridade Legítima: O direito de prescrever crença e/ou ação em virtude da posse de conhecimento especial.
Autoridade Normativa: Autoridade imposta em termos do que devemos crer e fazer.
Autoridade Familiar.
A esposa deve obedecer ao marido.
Os filhos devem obedecer aos pais.
Autoridade Eclesiástica.
A igreja deve obedecer ao pastor.
O Autoritarismo: É o abuso da autoridade. Insistência forçada ou dogmática a que haja adesão cega a uma visão ou prática.
Rivais Da Autoridade Bíblica. Quando a religião aceita a revelação de Deus em Cristo, a questão da autoridade assume posição de destaque. Quais as bases sólidas da fé e prática? Como a revelação divina é aplicada ao indivíduo? Estas perguntas dirigem-nos a atenção ao problema da autoridade.
A Razão Como Autoridade.
Definição – Razão: O poder de pensar, compreender e inferir.
O Racionalismo:
Qualquer ênfase no papel da razão.
O racionalismo epistemológico é a teoria segundo a qual o conhecimento é obtido através do raciocínio, em vez de por meio da experiência sensorial.
O racionalismo teológico é basicamente a crença segundo a qual a razão tem a capacidade tanto de provar a veracidade das afirmações do cristianismo como de interpretar seu conteúdo.
Uma forma mais radical de racionalismo teológico sustenta que a razão pode descobrir as verdades espirituais e que apenas as verdades descobertas dessa maneira podem ser aceitas.
Os resultados da ascenção do racionalismo fizeram-se perceber em todas as áreas da atividade humana, mas especialmente na religião e na teologia.
Exposição: Com o advento do Iluminismo (a partir dos fins do século XVII), muitos vem fazendo da razão humana a fonte auto-suficiente da autoridade. O racionalismo diz que não precisa da revelação divina. Colin Brown, anota corretamente que na “linguagem popular, ‘racionalismo’ chegou a significar a tentativa de se julgar tudo à luz da razão”.
Considerações:
A razão, portanto, é de grande auxílio no conhecimento da revelação de Deus, mas não tem a primazia sobre esta. Quando a razão é aceita como a autoridade suprema, ela se coloca acima da revelação divina, e julga qual parte (ou talvez nenhuma) desta deve ser aceita. Usualmente, os racionalista, fazem da razão a autoridade suprema.
Deve ser notado, ainda, que a razão humana, ao negar a revelação divina, coloca-se sob a influência do pecado e de Satanás, desde a queda de Adão (Gn 3).
A Experiência Como Autoridade.
Definição: A experiência dos cristãos. Está em consideração mais do que uma simples experiência sensorial, incluindo a religiosa.
A contribuição de Friedrich Schleiermacher: A moderna elevação da experiência como autoridade começou com os escritos de Schleiermacher (1768-1834). Ele argumentou que o fundamento do Cristianismo era a experiência religiosa, que passou a ser o fator determinante e autorizado para as verdades teológicas. Desde então, a experiência tem sido aceita como a fonte de autoridade em alguns setores da Igreja.
Exposição: O indivíduo relaciona-se com Deus no âmbito da mente, da vontade e das emoções. Considerando a pessoa como uma unidade, os efeitos sofridos em qualquer um desses âmbitos são sentidos, ou experimentados, nos demais, quer subsequente quer simultaneamente. De fato, a revelação de Deus tem o seu efeito na totalidade da pessoa humana.
Muitas pessoas, entretanto, levam mais adiante esse conceito, argumentando que a experiência é a fonte originária e real da autoridade no tocante à fé e à prática. Dizem que somente as verdades experimentadas pelo indivíduo podem ser proclamadas como verdadeiras.
Uma modalidade deste conceito, é chamado de “encontro com Deus”. O encontro supremo entre a pessoa e o Verbo Vivo, e não com a Palavra Escrita. Os que sustentam tal opinião dizem que a Bíblia pode ser usada para ajudar a levar a efeito semelhante encontro; a Bíblia, porém, “não tem autoridade por si só mas, sim, em virtude do Deus de quem dá testemunho e fala nas suas páginas”. Os teólogos existencialistas acreditam que, mediante um encontro com Deus, “a Bíblia deve tornar-se repetidas vezes a sua Palavra para nós”.
Considerações:
Embora Schleiermacher e seus seguidores tratassem a Bíblia como um livro meramente humano, e enfatizassem demasiadamente a experiência, não devemos olvidar o valor da experiência na captação da revelação divina. Haja vista os pentecostais: enfatizam fortemente a realidade de um relacionamento com Deus que afeta todos os aspectos do ser humano.
As verdades proposicionais assumem vitalidade e força quando confirmadas e ilustradas na experiência dos discípulos devotos de Cristo.
Por outro lado, as experiências variam entre si, e nem sempre se pode discernir com clareza suas origens. Uma fonte fidedigna de autoridade deve estar além dos aspectos variáveis que marcam a experiência;
Deve até mesmo ter a competência para contradizer e corrigir a experiência se necessário for. Não é fidedigna a experiência isolada e que se arvora como fonte de autoridade para mediar a revelação de Deus.
É verdade que a autoridade do cristão é mais do que papel e tinta, mas “a revelação proposicional de Deus não pode ser distinguida da auto-revelação divina”. Nenhum encontro autoritativo com Deus supera a autoridade de sua Palavra escrita.
A Igreja Como Autoridade. O conceito da autoridade eclesiástica sustenta ser a Igreja a autoridade última em todas as questões de fé e prática.
Exposição:
Não se nega a importância da Bíblia, mas esta deve (segundo alegam) ser interpretada por aqueles que recebem formação especial para desempenhar tal tarefa. Nesse caso, a interpretação da Igreja, promulgada em fórmulas doutrinárias e credos, põe-se como a única autorizada.
Os católicos romanos sustentam essa autoridade por ter sido a Igreja divinamente estabelecida por Cristo; e por já proclamar o Evangelho antes de este haver sido registrado por escrito. Os católicos romanos alegam, também que a Igreja foi a instituição que produziu as Escrituras do Novo Testamento e que, em certo sentido, estabeleceu o cânon das Escrituras.
Considerações:
Na prática, a Igreja Católica coloca-se acima das Escrituras. Ela insistia poderem os ensinos da Bíblia ser mediados, corretamente, através da hierarquia eclesiástica. De modo sutil, a Igreja romana havia usurpado a autoridade das Escrituras, atribuindo-a aos seus próprios ensinos internos.
Embora a Igreja Católica Romana reconheça a importância da Escritura, não a considera absolutamente necessária. Em sua visão, é mais correto dizer que a Escritura precisa da Igreja mais do que a Igreja da Escritura. Para a Igreja Católica Romana, a Bíblia é obscura e tem grande necessidade de interpretação. Por isso, é necessário ter uma interpretação infalível, e esta é fornecida pela igreja.
Muitas vezes, esse modo eclesiástico de se considerar a autoridade é expressado através da liderança de uma igreja, quer se trate de uma só pessoa quer de um grupo.
Por ocuparem posições de liderança na comunidade, pressupõem que se relacionamento com Deus seja mais suficiente para comunicar sua verdade à Igreja.
Sem desmerecer as posições de liderança estabelecidas por Deus, devemos observar que essa abordagem torna-se passível de corrupção – o abuso do poder visando vantagens pessoais ou outros desejos pecaminosos.
Além disso, a interpretação das Escrituras é feita por um grupo pequeno em nome de toda Igreja. Dessa maneira, impede que a comunidade dos fieis confira por conta própria as alegadas interpretações bíblicas.
A Tradição Como Autoridade:
Para os Católicos romanos, a tradição oral é considerada a segunda forma de conhecimento transmitida pelos apóstolos, sendo a primeira as Escrituras.
A tradição oral apresenta verdades que os apóstolos pregaram mas não escreveram e foram transmitidas à Igreja Católica sem interrupção de geração a geração. Estas verdades da tradição oral estão contidas nos decretos dos concílios e nos escritos dos pais da Igreja. Portanto a tradição oral tem autoridade igual as Escrituras, uma vez que ambas são entendidas como os dois lados de uma mesma tradição.
O Papa Como Autoridade:
O papa também faz pronunciamentos investidos de autoridade sobre questões de doutrina e para o Catolicismo, esses pronunciamentos são isentos de erros.
Os concílios ecumênicos e os papas, de tempos em tempos, fazem pronunciamentos considerados infalíveis e, portanto, deixando aos membros da Igreja a obrigação de cumpri-los.
A infalibilidade papal: Doutrina Católica Romana segundo a qual o papa é infalível quando fala ex- cathedra, ou seja, quando temos declarações feitas pelo papa no exercício de sua função. Por tratar de questões de fé e moral, essas declarações são consideradas infalíveis, pois apresentam revelações diretas de Deus que não podem ser rejeitadas.
O Dogma Como Autoridade.
Termos Relacionados:
Dogma. Uma doutrina, geralmente na forma de uma declaração eclesiástica oficial normativa.
Credo. Resumo de crenças de uma pessoa, ou grupo, frequentemente de uma denominação.
Confissão. Declaração pública de fé ou lista de doutrinas.
Declaração de fé.
Exposição: o conceito teológico da autoridade confia nas confissões doutrinárias, ou credos, da comunidade religiosa global como a fonte da fé e da prática. Desde o princípio, a igreja tem declarado as suas crenças através de fórmulas e credos. No decurso da história da Igreja, muitas declarações de fé têm sido adotadas e usadas pelos fiéis para afirmar as doutrinas centrais de sua religião.
A Importância Dos Credos: Tais declarações, em forma de credo, são de valor para a Igreja:
Servem para enfocar a atenção do adorador nos elementos cruciais de sua fé.
Permitem que o mundo, que a tudo observa, escute uma voz clara e uníssona explicando a teologia da igreja cristã histórica.
Alguns Perigos Deste Conceito De Autoridade:
Tende a elevar as afirmações, em forma de credos, a uma posição superior à da própria Bíblia.
Além disso, embora demonstre notável união em certos aspectos-chaves da verdade bíblica, podem divergir consideravelmente entre si nas questões de fé e prática.
Têm valor somente à medida que concordam com a Bíblia, e servem para explicar as suas verdades.
Se virem a suplantar a posição central ocupada pela revelação bíblica, tornam-se fonte de duvidosa autoridade.
A Tradição Como Autoridade.
Exposição: A tradição oral. Lado a lado com a Palavra escrita, circulavam amplamente histórias e ensinos religiosos. A transmissão oral, todavia, independentemente de qual seja o tópico, acha-se sujeita à alteração, ao desenvolvimento, às mudanças e à distorção.
Considerações: As Escrituras forneciam um padrão, um ponto de referência, para a palavra oral. Por isso, estando a tradição oral de acordo com as Escrituras, reflete a autoridade delas; quando, porém, se desvia da Palavra escrita, a sua autoridade desaparece.
Os Carismas Como Autoridade:
Exposição:
Alguns pentecostais parecem realçar a autoridade do Espírito acima da autoridade da Palavra.
Alguns enaltecem uma “impressão direta” do Espírito Santo, ou uma manifestação do Espírito, tal como a profecia, acima da Palavra escrita.
Considerações:
O Espírito Santo é aquele que inspirou a Palavra e que lhe concede autoridade. Ele nada falará contrário àquilo que a Palavra inspirada declara, e nada além disso.
A Autoridade Da Bíblia
É Uma Autoridade Divina. Pois ela veio de Deus.
É Uma Autoridade Universal. Válida em todo mundo.
É Uma Autoridade Perene. Aplicável em todas as épocas.
É uma Autoridade Absoluta: Sola Scriptura – “Somente as Escrituras”. Este era o lema dos reformadores. A Bíblia, outorgada por Deus, fala com a autoridade de Deus, diretamente ao indivíduo – “Não precisa de Papas nem de Concílios para informar-nos o seu real sentido, como se falassem em nome de Deus; a Bíblia pode até mesmo desafiar os pronunciamentos de Papas, Concílios, condená-los como ímpios e falsos, e exigir que os fiéis se apartem deles”
É Uma Autoridade Registrada:
É necessário um padrão objetivo para testar as alegações de crença e prática religiosas. A experiência subjetiva é por demais obscura e variável para oferecer certezas a respeito da natureza e da vontade de Deus. Considerando a relevância eterna da mensagem de Deus à humanidade, não era necessário “um som incerto”, mas uma palavra mui firme (1 Co 14.8; 2 Pe 1.19). O padrão escrito de revelação fornece a certeza e a confiança no “assim diz o Senhor”.
A revelação divina escrita garante que a revelação que Deus fez de si mesmo seja completa e tenha continuidade. Sendo a revelação especial progressiva, a posterior edifica a anterior.
Uma revelação registrada por escrito preserva melhor a forma da mensagem de Deus no seu caráter integral. No decurso de longos anos, a memória e a tradição humanas tendem a uma fidedignidade cada vez mais frágil. O conteúdo crucial da revelação divina deve ser transmitido de modo exato às gerações que se sucedem. Os livros têm sido o melhor método de se preservar e transmitir a verdade na sua totalidade de geração em geração.
DEFINIÇÃO – O QUE É A BÍBLIA
O Que É A Bíblia.
Definições:
“É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é Deus mesmo. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. Certo autor anônimo corretamente declarou: ‘A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!”’
Quem primeiro aplicou este vocábulo às Sagradas Escrituras foi João Crisóstomo, que exerceu o patriarcado de Constantinopla no século IV. A Bíblia, pois, é a revelação de Deus à humanidade. Não é um mero repositório das palavras de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus.
A Origem Do Nome “Bíblia”:
Este nome consta apenas na capa da Bíblia mas não o vemos através do volume sagrado. Foi primeiramente aplicado às Escrituras por João Crisóstomo, grande reformador e patriarca de Constantinopla (347-407 d.C). Embora se tenha notícia de que o uso mais antigo de a Bíblia “os livros” pelos cristãos, com esse sentido, foi iniciado em 2 Clemente 14.2 (cerca de 150 d.C), onde se lê as seguintes frases: “os livros e os apóstolos declaram que a Igreja Primitiva tem existido desde o princípio”, referindo-se ao princípio do século I. Em Daniel 9.2 há uma referência similar sobre esse uso: “...Eu, Daniel, entendi pelos livros...” em que a referência é feita ao conjunto dos escritos proféticos do Antigo Testamento.
O vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos, formando todos um volume não muito grande como tão bem o conhecemos. De fato, a Bíblia é uma coleção de livros, porém, harmônicos entre si. É devido a isso que a palavra bíblia sendo um plural no grego, passou a ser singular nas línguas modernas.
À folha de papiro preparada para escrita, os gregos chamavam “biblos”.
Ao rolo de papiro, chamavam “biblion”.
E ao plural deste chamavam “bíblia”.
Portanto o vocábulo Bíblia deriva da língua grega.
Os vocábulos bíblia e biblion constam do Novo Testamento grego:
“Bíblia” (Jo 21.25; 2 Tm 4.13; Ap 20.12)
“Biblion” (Lc 4.17; Jo 20.30).
Citações Tópicas
Apenas Uma Parte Do Ensino Geral: Quando se queria tomar apenas uma parte do ensino geral das Escrituras, usava-se expressões tópicas para representar todo aquele ensino. Exemplo:
Está escrito (Mt 4.4)
Escrito está (Lc 4.4)
Ouvistes que foi dito aos antigos (Mt 5.21, 27, 33):
Ouviste que foi dito (Mt 5.38)
O que Deus vos declarou (Mt 22.31)
Gramma: A palavra “gramma”, originalmente com o sentido de “caráter alfabético”, é usada no Novo Testamento com o significado especial de “documento”, conforme se verifica em Lucas 16.16 e Atos 28.21, e em sentido mais estrito para indicar a lei (Rm 2,27, 29; 7.6; 2 Co 3.6), no plural significa os “escritos” de Moisés (cf. Jo 5.47), tem também o significado de erudição (cf. Jo 7.15; At 26.24). Aparece também uma vez na frase ta hiera gramata, isto é, as Santas Escrituras (cf. 2 Tm 3.15).
Graphe: Significa “um escrito” é o termo grafe, usado no Novo Testamento para indicar “as Escrituras”, em sentido técnico, na maioria dos casos, referindo-se ao Antigo Testamento.
Gegraptai: Significa “Está escrito” e tem o sentido de pronunciamento legal no grego.
Conceitos Sobre A Bíblia.
O Liberalismo: Trata-se de um movimento moderno em todo o sentido, de grande projeção no mundo protestante, não só por parte dos teólogos, mas também de muitos pastores e estudiosos da Bíblia. Entre as diversas teorias do Liberalismo, podemos citar cinco que representam outras tantas semelhantes:
Racionalismo. Reduz o cristianismo revelado ao nível de uma religião racional, ou então como Voltaire, supõe a religião de Cristo contrária à razão.
Forma Extremada: Nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
Forma Moderada: Admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.
Empirismo Ou Historicismo: Estuda o cristianismo e todos os seus fenômenos apenas à luz da observação histórica. Este é o seu principal objetivo.
O Poetismo: Herder e outros críticos veem a Bíblia apenas como um livro de poesia primitiva em que as verdades religiosas, em parte racionais, e parte emocionais, são apresentadas de uma forma poética.
O Pietismo Sentimental. Admite que a Bíblia, como todas as doutrinas do cristianismo, pode ser interpretada à luz da experiência sentimental do indivíduo e não à luz da razão, da história ou da poesia.
O Idealismo Filosófico. Representado por Hegel, admite a interpretação baseada na filosofia do “eu” pensante. Neste caso, o indivíduo é capaz de colher para si aquilo que acha lógico, racional ou necessário, e desprezar o que julgar vão, ou desnecessário na Bíblia, no cristianismo ou em qualquer outra fonte de ensinamento.
Romanismo. A Bíblia é um produto da Igreja; por isso a Bíblia não é autoridade única ou final. A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação, junto com a tradição oral e o ensino da igreja.
Três Questões Que Se Evidenciam O Erro Do Romanismo:
A Igreja católica afirma que na Sagrada Escritura devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim, esses livros têm o mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais.
Supõe que o texto da Escritura é demasiado obscuro e de difícil interpretação. Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso de dúvida.
Os católicos não consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição (no que se refere a doutrina e costumes) derivada “diretamente” dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.
Misticismo. A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia. A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo. Barth e seus admiradores se preocupam em frisar que a Bíblia é um livro humano como outro qualquer quanto à sua forma ou aparência. Aceita que a Bíblia contém a palavra de Deus, porém, aqueles que a escreveram fizeram uma obra imperfeita, desproporcionada e arbitrária.
Seitas. A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada seita possuem igual autoridade.
Ortodoxia. A Bíblia é a nossa única base de autoridade.
Símbolos Da Bíblia:
Espelho – poder revelador (Tg 1.23-25).
Semente – poder gerador, vida (Lc 8.11; Jo 15.3; Tg 1.18).
Água – poder purificador (Jo 15.3; Ef 5.26).
Lâmpada – poder iluminador (Sl 119.105; 2 Pe 1.19).
Espada – pode para a batalha (Ef 6.17; Hb 4.12; Ap 2.16; 19.15).
Martelo – poder esmiuçador e construtor (Jr 23.29).
Ouro e vestimentas – poder enriquecedor e ornamentador (Sl 19.10; Ap 3.18).
Leite, carne, pão e mel – poder alimentador e nutritivo (Jr 15.161; Mt 4.4; 1 Pe 2.2).
A ORIGEM E HISTÓRIA DA BÍBLIA
O Autor Da Bíblia. É Deus. Evidências da origem divina da Bíblia:
A Evidência Da Inspiração Divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Por isso ela é chamada a “Palavra de Deus”. Essa inspiração da Bíblia é plenária, e inclui as próprias palavras no original. Deus inspirou não só as ideias na mente do escritor, mas também as palavras. Assim, a inspiração divina na Bíblia não foi só pensada, mas também falada.
A Evidência Da Perfeita Unidade E Harmonia Da Bíblia Apesar De Sua Diversidade. Há unidade e harmonia doutrinária na mensagem da Bíblia. “Sendo humana, ela é sujeita às leis da língua e literatura e, sendo divina, pode ser compreendida somente por homens espirituais. O autor divino garante unidade de revelação e ensino, os autores humanos se referem a Bíblia em parte. O divino, refere-se à Bíblia como um só livro” – John Mein.
A Diversidade De Atividade Dos Escritores: Entre os escritores houve príncipes, legisladores, generais, reis, poetas, estadistas, sacerdotes, profetas, pescadores, teólogos, boiadeiros, funcionários públicos, etc.; daí surgindo toda uma diversidade de estilos. Entretanto os escritos desses homens completam-se, apresentando uma só mensagem poderosa e coerente!
A Diversidade De Condições Ambientais. Os escritores escreveram na cidade, no campo, no palácio, em ilhas, prisões, deserto, no exílio. Apesar disso, a mensagem da Bíblia é uniforme.
A Diversidade De Circunstâncias. As circunstâncias foram as mais desencontradas. Davi escreveu muitas vezes sob o calor das batalhas; já Salomão, fê-lo na calma da paz... Profetas houve que escreveram repassados de tristezas, enquanto Josué escreveu sob a alegria da vitória. Mesmo assim, a mensagem da Bíblia é uma só, bem como é um só o meio de salvação.
A Evidência Da Aprovação Da Bíblia Por Jesus. Essa aprovação constou do seguinte:
Jesus leu-a e tomou-a como base de sua pregação e ensino (Lc 4.16-21; 24.27).
Jesus usou-a contra o Diabo (Mt 4.3-11).
Jesus chamou-a “A Palavra de Deus” (Mc 7.13; Jo 17.17).
Jesus observou-a e cumpriu-a em sua vida (Mt 3.15; 5.17; Lc 18.311; 24.44).
Em uma de suas últimas referências à Palavra (Lc 24.44), Jesus aprovou as Escrituras do Antigo Testamento.
Quanto ao Novo Testamento, também afirmou que as Escrituras são a Verdade (Jo 17.17).
Jesus viveu e procedeu de acordo com as Escrituras (Lc 18.31).
A Evidência Do Testemunho Do Espírito Santo No Interior Do Crente. Quem aceita Jesus como Salvador, automaticamente aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus. Por que isso? Porque o mesmo Espírito de Deus que convence o pecador (Jo 16.8) e testifica no crente que este é agora filho de Deus (Rm 8.16), testifica também no crente que a Bíblia é a Palavra de Deus para ele (Jo 7.7).
A Evidência Do Cumprimento Das Profecias Da Bíblia. A Bíblia é um livro de profecias. Profecias de dois tipos: tipológicas e literais. As primeiras, expressas através de tipos: as seguintes, expressas em linguagem literal, direta. Inúmeras profecias estão se cumprindo, outras aguardam cumprimento.
A Evidência Do Efeito E Influência Da Bíblia Em Indivíduos E Nações. O mundo é hoje melhor por causa da Bíblia. Ela é conhecida pelo caráter que molda. A poderosa influência da Bíblia tem transformado multidões de pessoas em todos os tempos e em todas parte do mundo, dantes incrédulas, descrentes em todos e em tudo, sem alegria interior, indiferentes, materialistas, decaídas, escravas do pecado, do vício, da idolatria, medo, superstições, feitiçarias, mas depois que abraçaram este Livro, foram por ele influenciadas e transformadas em criaturas salvas, alegres, libertas, felizes, santificadas. Nenhum outro livro tem tal poder de transformar pessoas e influenciar nações para o bem. Até os inimigos da Bíblia reconhecem que nenhum outro livro em toda história da humanidade teve tamanha influência para o bem. Reconhecem seu efeito sadio na civilização.
A Condição Moral De Alguns Povos Sem A Bíblia:
Os Gregos: Dentre os povos antigos, os gregos foram os mais cultos e doutos nas letras. Seus filósofos e literatos foram os maiores de todos os tempos. No entanto, a grande cultura grega e seus livros sem conta, nunca detiveram a onda de licenciosidade, impureza e idolatria. Em Corinto, por exemplo, havia no templo de Vênus, mil mulheres devotas que traziam ao seu tesouro o lucro de sua impureza. Sócrates fazia da moral o assunto único de sua filosofia, e mesmo assim, recomendava a adivinhação, e ele próprio se entregava à fornicação. Platão, o grande discípulo de Sócrates, ensinava que mentir era coisa honrosa. Estes dois, Platão e Sócrates, foram homossexuais ativos, como relata o historiador romano Suetônio.
Os Romanos: Foram os mais famosos como legisladores, guerreiros, oradores e poetas. Sua legislação, em parte, era boa, porque em parte veio de Moisés (o maior Legislador). Muitas das leis brasileiras vêm das leis portuguesas, que, por sua vez, vieram das romanas, hauridas, como já dissemos do Pentateuco. No entanto, o padrão dos costumes e da moral, foi dos mais baixos em Roma. Mesmo entre as famílias abastadas, civilizadas e regularmente constituídas, as descobertas arqueológicas, gravuras e descrições revelam fatos que o recato proíbe enumerar. Cícero, o maior orador romano, um espécime de excelência dentre os romanos, defende a fornicação, e a recomenda, e, por, pratica o suicídio. Catão, o Censor, tido como o mais perfeito modelo de virtude, foi réu da prostituição e embriaguez; advogou e, mais tarde, praticou o suicídio. Júlio César tinha encontros amorosos com o rei Nicomedes da Bitínia. O imperador Calígula (37-41 d.C) viveu amasiado com sua irmã Drusila. Nero, o famigerado imperador romano, viveu com sua irmã Agripina, viveu depois amasiado com dois eunucos
Pensamentos De Homens Ilustres Exaltando A Bíblia:
“Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem. Todo o bem, da parte do Salvador do mundo, nos é transmitido mediante este livro” – Abraão Lincoln
“Dos grandes homens do mundo, meus contemporâneos, tenho conhecido noventa e cinco, e destes, oitenta e sete foram seguidores da Bíblia. A Bíblia assinala-se por uma peculiaridade de Origem. Uma distância imensurável separa-a de todos os outros livros” – W. E. Gladstone
“A Bíblia é a expressão mais verdadeira que, em letras do alfabeto, saiu da alma do homem, mediante a qual, como através de uma janela divinamente aberta, todos podem fitar a quietude da eternidade, e vislumbrar seu lar longínquo, há muito esquecido” – Thomas Carlyle
“A Bíblia por si só, vale a soma de todos os outros livros que já se imprimiram” – Patrick Henry
“Em toda as minhas perplexidades e angústias, a Bíblia nunca, jamais deixou de me fornecer luz e vigor” – Robert E. Lee
“Tão grande é a minha veneração pela Bíblia que, quanto mais cedo meus filhos começam a lê-la, tanto mais confiado espero que eles serão cidadãos úteis à pátria e membros respeitáveis da sociedade. Há muitos anos que adoto o costume de ler a Bíblia toda, uma vez por ano. E algumas vezes mais” – John Quincy Adams
“Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana” – Sir Isaac Newton
“A Bíblia não é um simples livro, senão uma Criatura Vivente, dotada de uma força que vence a quantos se lhe opõem” – Napoleão Bonaparte
“Qualquer que seja o mérito de alguma coisa escrita por mim, deve-se só ao fato de que, quando eu era menino, minha mãe lia todos os dias para mim um trecho da Bíblia, e cada dia fazia-me decorar uma parte dessa leitura” – John Ruskin
“O grandioso velho livro ainda permanece; e este mundo velho, quanto mais apoiará e ilustrará as páginas da Palavra Sagrada” – Charles A. Dana
“A existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior benefício que a raça humana já experimentou. Todo esforço por depreciá-la é um crime contra a humanidade” – Emmanuel kant
“Toda a esperança de progresso humano depende da influência sempre crescente da Bíblia” – W. H. Seward
“A leitura da Bíblia já se Sí é uma fonte de educação e cultura de alto nível” – Lord Tennyson
“Impossível é governar bem sem Deus e sem a Bíblia” – George Washington
“Qualquer império construído sem Deus e sem a Bíblia, desaparecerá de debaixo do céu” – J.S
As opiniões acima citadas confirmam o poder moral das Escrituras. Ela possui o caráter moral da imortalidade que foi autenticado pelo próprio Filho de Deus: “A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Quem ignora o poder moral das Escrituras está também negando a existência de Deus. Com efeito, porém, há uma atitude nobre a ser seguida: a adesão firme à verdade que é Cristo!
O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo.
A Bíblia É Sempre Nova E Inesgotável. O tempo não afeta a Bíblia. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem não pôde melhorá-la... Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que em dois milênios, ela de há muito estaria desatualizada.
Uma vez que o homem moderno se jacta de tanto saber, era de esperar que já tivesse produzido uma Bíblia melhor! Realmente isto é uma evidência da Bíblia como a Palavra de Deus! Tendo em vista o vasto ´progresso alcançado pelo homem, especialmente nos dois últimos séculos, só podemos dizer que, se ele não produziu um livro melhor, para substituir a Bíblia, é porque não pôde.
A Bíblia nunca se torna um livro antigo, apesar de ser cheio de antiguidades. Ela é tão hodierna como o dia de amanhã. Sua mensagem milenar tanto satisfaz a criança como o ancião encanecido. A Bíblia pode ser lida vezes sem conta sem se poder encontrar suas profundezas e sem que o leitor perca por ela o interesse – Acontece isso com os demais livros? Quem já se cansou de ler Salmo 23; João 3.16; Rm 12; 1 Coríntios 12? É que cada vez que lemos essas passagens (para não falar nas demais), descobrimos coisas que nunca tínhamos visto antes. Depois de quase 2000 anos de escrito o último livro da Bíblia, a impressão que se tem é que a tina do original está ainda secando... Até o fim dos tempos o velho e precioso livro continuará a ser a resposta às indagações da humanidade a respeito de Deus e do homem. Nos seus milhares de anos de leitura, a Bíblia nunca foi esgotada por ninguém.
A Bíblia é familiar a cada povo ou indivíduo em qualquer lugar. Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece com os demais livros traduzidos. Qual aa pessoa que ao ler o Salmo 23, acha que ele foi escrito para os judeus? Aos que vivemos no Brasil, a impressão que temos é que ele foi escrito diretamente para nós. A mesma coisa dirão os irmãos dos demais países. A mensagem da Bíblia é a mesma em todas as línguas. Nisto vemos que ela é diferente de todos os demais livros do mundo. Se fosse produto humano, não se ajustaria às línguas de todas as nações.
A Superioridade Da Bíblia Em Relação Aos Demais Livros. É muito interessante comparar nalguns pontos os ensinos da Bíblia com os de Zoroastro, Buda, Confúcio, Sócrates, Sólon, Marco Aurélio e muitos outros autores pagãos. Os ensinos da Bíblia superam os desses homens em todos os pontos imagináveis.
A Bíblia contém mais verdades que todos os demais livros juntos. Ajuntem, se possível, todos os melhores pensamentos de toda a literatura antiga e moderna; retirem o imprestável; ponha toda a verdade escolhida num volume, e verão que este jamais substituirá a Bíblia! Entretanto, a Bíblia não é um volume grande. Pode ser conduzida no bolso do paletó. Todavia, há mais verdades neste pequeno livro do que em todos os outros que o homem produziu em todos os séculos.
A Bíblia Só Contém Verdade. Se há mentiras, não são dela; apenas nelas foram registradas. Ao passo que os demais livros contêm verdade misturada com mentira ou erro. Reconhecemos que há joias preciosas nos livros dos homens, mas, é como disse certa vez Joseph Cook: “São joias retiradas da lama”. Qualquer verdade encontrada em trabalhos humanos, seja do ponto de vista moral ou espiritual, acha-se em essência no Velho Livro. Comparemos alguns dos melhores ensinos desses famosos homens, especialmente dos decantados filósofos, com os da Bíblia. De fato, seus ensinos contém joias de real valor, mas estas, quer saibam eles quer não, são joias roubadas, e do Livro que eles ridicularizam! Poderíamos incluir aqui, também a superioridade da Bíblia quanto aos demais livros, no que tange à sua preservação em meio a tantos ataques, em todos os tempos.
A Imparcialidade Da Bíblia: Se a Bíblia fosse um livro originado do homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Os homens jamais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá toda a glória a Deus e mostra a fraqueza do homem (Jó 14; 17.1; 27; Sl 50.21,22; 51.5; 1 Co 1.19-25). A Bíblia tanto diz que Davi era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22), como também revela seus pecados, como vemos nos livros de Reis, Crônicas e Salmos. É também o caso da embriaguez de Noé, da dissimulação de Absalão, de Ló, da idolatria e luxúria de Salomão. Nada disto está escrito para nossa imitação, mas para nossa admoestação e para provar a imparcialidade da Bíblia. Ela é o único livro assim.
O Testemunho Da História: A história dos outros povos ratifica os acontecimentos descritos na Bíblia. Os reis estrangeiros, os povos, as guerras e outros acontecimentos narrados na Bíblia são confirmados integralmente pelos escritos de outros povos. A própria história universal apanha emprestado da Bíblia registros e fatos para a sua complementação.
O Testemunho Da Arqueologia: A arqueologia tem dado grande contribuição aos amigos da Bíblia e tem silenciado muitos dos seus inimigos.
O Testemunho Da Ciência: As descobertas científicas também têm confirmado a veracidade da Bíblia. Muitos riam de certas narrativas da Bíblia, até que a ciência chegasse à mesma conclusão. Até hoje nada existe na ciência que se possa provar ser contrário ao que diz a Bíblia.
O Intérprete Da Bíblia. É o Espírito Santo.
Iluminação: É a obra sobrenatural do Espírito Santo sobre a mente humana, tornando-a suscetível à compreensão dos mistérios divinos. A iluminação é processada, primacialmente quando se lê e se ouve a exposição da Palavra de Deus. No Antigo Testamento, nem sempre a inspiração era acompanhada da iluminação. Daniel, por exemplo, foi inspirado a registrar arcanos, mas de alguns destes não recebeu a iluminação (Dn 12.8).
Em Relação Aos Não-Crentes:
Sua necessidade (1 Co 2.14; 2 Co 4.4)
O ministério de convencimento do Espírito (Jo 16.7-11).
Em Relação Aos Crentes:
Sua necessidade (1 Co 2.10-12; 3.2)
O ministério de ensino do Espírito (Jo 16.13-15). O próprio Espírito é o Mestre, e Sua presença na vida do crente é a garantia da eficácia desse ministério.
O conteúdo do ensino do Espírito engloba “toda a verdade” (Jo 16.13) Inclui especificamente uma compreensão correta da profecia “cousas que hão de vir”.
O propósito do ministério de iluminação do Espírito é glorificar a Cristo e não a si mesmo.
A carnalidade na vida do crente pode prejudicar até mesmo anular este ministério do Espírito (1 Co 3.1,2).
O Tema Central Da Bíblia. É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo no-lo declara em Lucas 24.27,44 e João 5.39.
Em Gênesis, Jesus é o descendente da mulher (Gn 3.15)
Em êxodo, é o Cordeiro Pascoal.
Em Levítico, é o Sacrifício Expiatório.
Em Números, é a Rocha Ferida.
Em Deuteronômio, é o Profeta.
Em Josué, é o Capitão dos Exércitos do Senhor.
Em Juízes, é o Libertador.
Em Rute, é o Parente Divino.
Em Reis e Crônicas, é o Rei Prometido.
Em Ester, é o Advogado.
Em Jó, é o nosso Redentor.
Nos Salmos, é o nosso Socorro e Alegria.
Em Provérbios, é a Sabedoria de Deus.
Em Cantares de Salomão, é o nosso Amado.
Em Eclesiastes, é o Alvo verdadeiro.
Nos Profetas, é o Messias Prometido.
Nos Evangelhos, é o Salvador do Mundo.
Nos Atos, é o Cristo Ressurgido.
Nas Epístolas, é a Cabeça da Igreja.
No Apocalipse, é o Alfa e o Ômega; é o Cristo que volta para reinar.
Considerando Cristo como tema central da Bíblia, os 66 livros podem ser resumidos em 5 palavras, todas referentes a Cristo, assim:
Preparação: Todo o Antigo Testamento trata da preparação do mundo para o advento de Cristo.
Manifestação: Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor.
Propagação: Os Atos dos Apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja.
Explanação: As Epístolas tratam da explanação de Cristo. São os detalhes da doutrina cristã.
Consumação: O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas.
A Bíblia – O Livro Revelado Por Deus:
O Que É Revelação.
“Um desvendamento; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”.
“Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta. Tendo em vista o caráter e a urgência das profecias do último livro da Bíblia, o Apocalipse é considerado a revelação por excelência.
A Revelação Geral De Deus. É a comunicação de Deus acerca de si mesmo e todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. Ela refere-se à auto-manifestação por meio da natureza e da história. Em outras palavras, é uma revelação disponível a todas as pessoas, particularmente por meio da natureza, da história e da constituição do ser humano.
Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19).
Revelação Natural: Conhecida também como revelação geral, acha-se à disposição de todos os que atentam às coisas que Deus criou. É o que Paulo enfatiza (Rm 1.20). Observando a natureza, não há como desconhecer a presença e a soberania de Deus em toda a história.
A revelação de Deus ao homem pelas suas obras, tanto pela criação como pela preservação, ou seja, Deus se faz conhecer pela criação e manutenção dessa criação (Cl 1.17). Baseado em Rm 1.20. A própria Escritura propõe que existe um conhecimento de Deus a que se chega por meio da ordem física criada. A pessoa que vê a beleza de um sol e um estudante de biologia que disseca um organismo complexo, estão expostos à indicação da grandeza de Deus.
Pela providencia (Rm 8.28; At 14.15-17).
Pela história. A preservação do povo de Israel serve como exemplo da revelação geral de Deus. Essa pequena nação vem sobrevivendo ao longo dos séculos em ambientes totalmente hostis. Isso está retratado tanto nas Escrituras como na atual Israel do século XXI.
Pela Constituição Do Ser Humano.
A Estrutura Física: O corpo humano constituído de pele, músculo, fígado, baço, rim, estomago, intestino, coração, cérebro, olhos, ouvidos, dentes etc., são provas concretas de Deus se revelando ao homem, isto é, o próprio homem prova da revelação geral de Deus.
A Parte Moral. Os homens fazem julgamentos morais sobre o que é certo ou errado.
A Parte Espiritual. Os homens creem na existência de uma realidade superior a si mesmo.
A Revelação Especial De Deus. É a revelação concedida por Deus por intermédio de pessoas, experiências ou acontecimentos históricos particulares. Deus se revela especialmente através da Palavra, a qual foi primeiramente revelada verbalmente e em seguida escrita nos livros que nós chamamos de Santas Escrituras.
Através De Manifestações Sobrenaturais:
Através De Milagres (Jo 2.11).
Sonhos: O sonho foi um meio de revelação e mesmo sendo uma experiência comum, os sonhos eram usados por Deus de maneira especial para revelar a verdade (Gn 20.3)
Visões: Um modo superior de revelação e muito comum entre os profetas. Esses recebiam essas visões enquanto estavam despertos (Dn 1.17).
Os Anjos: Deus também usa os anjos criados para entregar suas mensagens divinas às pessoas (Lc 2.10,11).
Os Profetas do Antigo Testamento trouxeram a mensagem do Senhor para a humanidade. Falavam com autoridade, porque comunicavam a Palavra do Senhor.
Por Comunicação Direta (At 22.17-21).
Através De Cristo (Jo 1.14). As teofanias ou manifestações de Deus. Alcançou seu ponto alto na encarnação de Cristo, em quem habitou corporalmente, a plenitude da divindade. Mas antes da encarnação de Cristo, as teofanias estavam associadas com a aparição do Anjo do Senhor que comunicou a mensagem divina às pessoas (Êx 3.2).
Através Da Bíblia (1 Jo 5.9-12). A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Tudo o que Deus tem para o homem e requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. Deus não tem outra revelação escrita além da Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar o Livro e apropriar-se dele pela fé.