A INERRÂNCIA DA BÍBLIA
Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação quanto aos sentidos do texto, etc. Portanto quando encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, não pensemos logo que é erro! Saibamos refletir como Agostinho, que disse: “Num caso desse, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original, ou então sou eu mesmo que não consigo entender”.
Definição.
Por inerrância das Escrituras entende-se que os termos nos manuscritos originais não afirmam nada contrário aos fatos. Portanto, a Bíblia sempre diz a verdade a respeito de todas as coisas de que trata.
A inerrância é o ponto de vista de que, quando todos os fatos forem conhecidos, demonstrarão que a Bíblia, nos seus autógrafos originais e corretamente interpretada, é inteiramente verdadeira, e nunca falsa, em tudo quanto afirma, quer no tocante à doutrina e à ética, quer no tocante às ciências sociais, físicas ou biológicas.
Doutrina, segundo a qual a Bíblia Sagrada não contém quaisquer erros. Ela é, de fato, a infalível Palavra de Deus. Ela é infalível nas informações que nos transmite; e, nos propósitos que esboça. O testemunho da arqueologia e das ciências afins tem confirmado a inerrância da Bíblia. Sua inerrância é plena e absoluta.
Infalibilidade:
Doutrina que ensina ser a Bíblia infalível em seus propósitos.
Eis porque a Palavra de Deus pode ser assim considerada:
Suas promessas são rigorosamente observadas.
Suas profecias cumprem-se de forma detalhada e clara (haja vista as Setenta Semanas de Daniel).
E, o plano de Salvação é executado apesar das oposições satânicas.
Motivos A Favor Da Inerrância Da Bíblia:
Porque as Escrituras como a Palavra de Deus é uma comunicação verbal de Deus (Gn 1.3,24).
Porque as Escrituras como a Palavra de Deus é comunicada por lábios humanos (Jr 1.7,9): A Bíblia é a Palavra de Deus porque os profetas, como porta-vozes de Deus, falavam somente o que Deus punha em suas bocas. Como a Bíblia é a Palavra de Deus e Deus não poder errar, concluímos que a Bíblia também não pode conter erros.
Porque as Escrituras como a Palavra de Deus se manifesta em forma escrita (Êx 31.18; Jr 30.2): A Bíblia é a Palavra de Deus escrita por seres humanos, em linguagem humana, escrita sem erros, sem apresentar nenhum indício de redução de sua veracidade.
Porque as Escrituras como a Palavra de Deus não pode errar, pois Deus não pode mentir (Tt 1.2; Hb 6.18). Se Deus não pode mentir, suas palavras são verdadeiras.
Porque as Escrituras como a Palavra de Deus é a definição final do que é e do que não é verdade. A Bíblia é o ponto de referência ao qual deve-se medir qualquer grande veracidade, sendo com isso o padrão definitivo da verdade.
Porque as Escrituras como a Palavra apresentam a sua integridade em várias áreas de estudo.
Integridade topográfica e geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as Escrituras o localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas na Bíblia.
A Integridade Etnológica ou Racial. Todas as afirmações bíblicas concernentes às raças a que se referem têm sido demonstradas como harmônicas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.
Integridade Cronológica: a identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua ocorrência é confirmado pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia.
Integridade Histórica: O registro bíblico dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme estes têm sido trazidos à luz pelas descobertas arqueológicas.
Teorias Sobre A Inerrância:
Inerrância De Propósito. A Bíblia é isenta de erros no sentido de concretizar o seu propósito principal de levar as pessoas a uma verdadeira comunhão pessoal com Cristo. Portanto, a Escritura é inerrante somente à medida que realiza seu propósito fundamental, e não por ser precisa naquilo que assevera
Inerrância Limitada: Posição que considera a Bíblia isenta de erros somente em seus ensinos doutrinários salvíficos, pois a Bíblia não foi concedida para ensinar ciência ou história, nem Deus revelou questões de história ou ciência aos escritores. Portanto, as menções no campo da ciência e da história expressam o entendimento da época dos autores e não têm exatidão, e por isto não são verdadeiras.
Avaliação:
Se a Bíblia não é confiável naquilo que pode ser verificado, no campo da ciência, da história, da arqueologia, da geografia, da antropologia, como podemos saber que ela é digna de confiança nas questões metafísicas? Naquilo que não pode ser verificado empiricamente? Como saber que aquilo que a Bíblia ensina sobre Deus, sobre o Espírito Santo, sobre os anjos, sobre o destino eterno é verdadeiro?
Se a Bíblia é inerrante em alguns trechos e falível em outros, a quem compete a autoridade para decidir quais textos são ou não confiáveis? Uma vez que os textos doutrinários da Bíblia estão mesclados com os textos históricos. A doutrina da salvação está fundamentada nos atos de Deus na história. Negar a veracidade desses fatos históricos significa diluir o fundamento histórico da redenção divina, pois, a verdade da redenção por meio de Cristo está intrinsecamente relacionada com os eventos históricos da encarnação, morte e ressurreição de Cristo.
Dizem que a Bíblia está cheia de erros, porque ela foi produzida por humanos, e sendo os homens falíveis, logo a Bíblia também é falível. Os que advogam esta afirmativa, não levam em conta que a Bíblia é o livro inspirado por Deus, e que a inspiração divina preservou seus escritores de cometerem erros. Jesus como a Palavra Viva de Deus era cem por cento humano, mas isento de qualquer pecado ou erro.
A Bíblia não é confiável apenas nas questões de fé e prática, embora ela não seja um compêndio de ciência ou história – não era esse o propósito divino – ela é confiável e verdadeira em tudo quanto afirma sobre qualquer campo do saber humano.
Inerrância Plena E Absoluta:
Posição que considera a Bíblia totalmente verdadeira e nunca falsa em tudo quanto ensina e afirma.
Reconhece que a Bíblia não foi escrita com a terminologia científica, nem era esse o propósito.
A Relevância Da Bíblia: A Bíblia, escrita há centenas de anos, é pertinente a nós até hoje.
O texto da Bíblia tem sido transmitido com exatidão. De fato, há mais evidência a favor da confiabilidade do texto do Novo Testamento, como uma reflexão apurada do que foi inicialmente escrito, do que há em dez livros da literatura clássica reunidos. Se os documentos do Novo Testamento forem julgados com os mesmos padrões ou testes aplicados a qualquer um dos clássicos gregos, uma esmagadora evidência favorece ao Novo Testamento.
A condição textual da Bíblia é melhor do que trinta e sete peças de Shakespeare escritas no Século XVII, após a invenção da imprensa. Em cada uma das peças de Shakespeare existem lacunas no texto impresso, onde não temos ideia do que foi dito originalmente. Isso leva os estudiosos dos textos a propor emendas hipotéticas para preencher essas lacunas. Com a abundancia dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento (mais de 25.000) sabemos que nada foi perdido durante a transmissão do texto.
A história registrada nas Escrituras também prova ser precisa. Até onde somos capazes de verificar, os nomes, os locais, e os eventos mencionados na Bíblia foram precisamente registrados. Por exemplo, o livro de Atos, que já foi considerado espúrio, tem sido justificado através de descobertas modernas. “Em relação a Atos, a confirmação de historicidade é esmagadora. Qualquer tentativa de rejeitar a historicidade, mesmo com referência aos detalhes, parece absurda. Historiadores romanistas há muito afirmam isso” – A. N. Sherwin-White, Historiador romano.
Aqueles que sustentam que a Bíblia não é historicamente confiável não são historiadores profissionais. O testemunho da evidência histórica é que a Bíblia pode ser considerada um documento confiável.
Onde a Bíblia fala de questões relacionadas à ciência, ela fala usando termos corretos, isentos de erros. Enquanto algumas hipóteses são apresentadas de forma quase ridícula, com as Sagradas Escrituras isso não ocorre de forma alguma. O que não seria de se esperar de um livro escrito por homens durante o período pré-científico. A clareza e o comedimento que a Bíblia demonstra em relação à ciência é exatamente o que devemos esperar de um livro inspirados por Deus.
DIFICULDADES BÍBLICAS
Considerações preliminares:
As dificuldades da Bíblia situam-se no campo da Hermenêutica.
Hermenêutica é o estudo das leis e princípios de interpretação das Sagradas Escrituras, para se chegar ao sentido do texto bíblico.
O termo “hermenêutica” significa literalmente “interpretar” e deriva do vocábulo grego “Hermes”, um dos chamados deuses da antiga mitologia grega, porta-voz dos deuses e protetor dos viajantes. Era o deus do comércio e dos comerciantes.
O termo “Hermes”, corresponde ao latino “mercúrio”, palavra esta derivada de “merx”, mercado, comércio, e aparece em Atos 14.12.
No paganismo romano, Mercúrio era filho de Júpiter (At 14.12) Júpiter era chefe dos deuses no Panteão Romano (Júpiter, corresponde ao falso deus Zeus).
Passagens históricas da Bíblia precisam ser encaradas no contexto histórico da sua época. A Bíblia foi tecida no tear da História, e não pode ser realmente compreendida se o leitor ignorar os acontecimentos e as circunstâncias que a cercam, como por exemplo, a igreja primitiva e seu lugar no mundo greco-romano.
Noções Básicas De Hermenêutica:
Leitura simples, mas continua da Bíblia toda. A leitura seguida e completa de toda a Bíblia é a única maneira de conhecermos toda a verdade sobre um assunto que se quer conhecer. Por que é preciso ler toda a Bíblia. Nesse caso? – Porque a revelação divina através da Bíblia é progressiva. Isto é, nada é dito de uma vez, nem uma vez por todas. Um assunto inicia em Gênesis e termina no Apocalipse, por exemplo.
O Contexto Bíblico: Deve-se considerar sempre o contexto do que se estiver lendo. Destacar textos bíblicos, isolar ideias, enquadrar num tema geral ensinos de uma só parte da Bíblia, é cair em grave erro.
O contexto geral da Bíblia: Isto é, a analogia geral da Bíblia é um fato. Noutras palavras: nela não há contradições.
O contexto imediato da Bíblia. Este pode ser anterior ou posterior ao texto que se lê ou estuda.
O contexto remoto da Bíblia. É o que fica a longa distância do texto em consideração, mas que com ele faz liame.
Comparar Escritura Com Escritura (2 Pe 1.20). Aqui o estudante precisa ter um prévio conhecimento geral da Bíblia e dispor, pelo menos, de uma concordância bíblica completa. Isto é, deixar a Bíblia falar por si mesma!
Qualificações Intelectuais Do Estudante.
Qualificações Espirituais Do Estudante. Especialmente humildade e piedade.
Os Sentidos Da Escritura: O estudante da Palavra de Deus deve ter sempre em mente durante o estudo, os dois grandes sentidos do texto bíblico:
O sentido literal do texto.
O sentido figurado do texto.
Requisitos Para O Progresso No Conhecimento Das Sagradas Escrituras. O plano de Deus para o cristão é que uma vez salvo prossiga até o pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2.4 ARA). A tragédia é que milhões de cristãos estacionam após o primeiro passo na vida cristã, o que infalivelmente resulta no seu nanismo espiritual. Alguns requisitos ou fatores de progresso no conhecimento da Palavra de Deus são os que passaremos a considerar:
A espiritualidade do cristão (1 Co 2.15). É o cultivo da vida espiritual profunda. Essa espiritualidade fundamenta-se num profundo amor à Palavra de Deus (Dt 6.6b).
A operação do Espírito Santo no cristão (Jo 14.26; 16.13).
A oração constante do cristão (Tg 1.5);
O ministério de ensino de mestres cristãos (Ef 4.11). Deus tem na sua Igreja pessoa com o dom e o ministério de ensinara a sua Palavra.
Livros apropriados (2 Tm 4.13). Livros de cultura bíblica e secular.
Domínio da língua materna. Como poderá o leitor entender o sentido bíblico do texto, se não entender antes, o que diz o texto na sua língua materna?
Conhecimento das línguas originais da Bíblia.
Conhecimento de Hermenêutica Sagrada.
O Perigo Do Intelectualismo.
O nosso século é caracterizado pela busca incessante do saber por parte de todos, e também pela oferta do saber, considerada a multiplicação e a modernização dos meios de comunicação de massa e instituições de ensino. Essa busca e oferta podem ser do saber legítimo ou do falso (1 Tm 6.20).
Na área da Bíblia há uma tendência atual do estudante de depender primeiramente do seu intelecto, de cursos, de saber acumulado, de livros de consulta, sem depender primeiramente dos meios divinos, caindo, assim, infalivelmente, no modernismo teológico, no racionalismo e no humanismo, no liberalismo teológico.
Os livros, escolas e cursos podem ser bons, mas jamais serão substitutos da Bíblia mesma.
Dificuldades Da Bíblia (Dt 29.29; Sl 145.3; Ez 14.23; Rm 11.33,34; 1 Co 13.12; 2 Pe 3.16). Há é certo, dificuldades na Bíblia, mas não contradições. Não há nelas contradições históricas, nem científicas, nem doutrinárias. As dificuldades da Bíblia são todas do lado humano, como: tradução, mal feita, estudo superficial, má compreensão, incapacidade humana, ideias preconcebidas, falsa aplicação do texto, falhas de editoração, interpretação forçada.
Dificuldades linguísticas:
Línguas Originais Antigas. Línguas essas que evoluíram tremendamente. As duas principais línguas originais são o hebraico e o grego.
Linguagem figurada em abundância. Exemplos:
Diferentes Gêneros Literários. Isto por serem muitos os escritores, como por exemplo:
Epístolas.
Biografia.
Poesia.
História.
Drama.
Tragédia.
Má Tradução Das Línguas Originais. Isto constitui séria dificuldade.
Língua materna do falante.
Dificuldades Geográficas.
A Bíblia foi escrita em lugares de três continentes (Europa, Ásia e África), contendo portanto expressões, imagens mentais e pensamentos bem diferentes entre si.
A Bíblia cita lugares com mais de um nome cada um.
Mar da Galiléia.
Mar de Genesaré.
Mar de Tiberíades.
A Bíblia dá um mesmo nome a diversos lugares.
Cesaréia: Cesaréia de Filipos, no Norte da Galiléia, cidade interiorana – Cesaréia, porto marítimo, capital política da Palestina, nos dias de Jesus, na província da Judéia.
Antioquia: Há várias cidades com o nome de Antioquia, o Novo Testamento cita duas: Antioquia da Síria (At 13.1) e Antioquia da Psídia (At 13.14).
A Bíblia trata de lugares que há trocaram de nome: (países, cidades, rios, montanhas, mares).
Pérsia (Irã)
Babilônia (Iraque).
Ilírico (Iugoslávia).
Sevene (Ez 29.10) corresponde à moderna Assuam, no Egito.
Dificuldades Antropológicas.
Toda dificuldade bíblica é basicamente antropológica.
Incapacidade de compreensão da revelação divina.
Incompetência do leitor.
Ignorância de fatos que esclarecem o assunto.
Nanismo espiritual.
Exame superficial do texto bíblico.
Culturas orientais dos tempos bíblicos, totalmente diferentes das nossas ocidentais atuais. São usos e costumes que já não existem, nem mesmo lá no Oriente, quanto mais aqui.
Desqualificação do estudante, por incompetência de cultura geral, cultura bíblica, e crítica textual, científica (Hermenêutica).
Diferentes personagens com o mesmo nome.
Nomes diferentes dados a uma mesma pessoa.
Jetro, o sogro de Moisés aparece na Bíblia com quatro antropônimos:
Jetro (Êx 3.1)
Reuel (Êx 2.18).
Hobabe (Jz 4.11) – Não confundir com Hobabe, filho do próprio Jetro (Nm 10.29).
O rei Jeoiaquim, de Judá, aparece com três nomes:
Jeoiaquim (2 Rs 23.36 ARC) – Jeoaquim (ARA)>
Jeconias (1 Cr 3.16,17).
Conias (Jr 22.24 ARC).
Exemplário De Dificuldades Antropológicas:
Herodes. Há sete deles na Bíblia.
César, o imperador. Há três mencionados no Novo Testamento.
Dificuldades Cronológicas:
Dificuldades No Texto Bíblico: Há especialmente no período dos juízes de Israel, no período do reino dividido, e nos dos profetas, muitos períodos coincidentes em parte, reinados associados, intervalos de anarquia política, frações de anos tomadas por anos inteiros, parte tomada pelo todo, e arredondamento de números.
O Erro Do Nosso Calendário: O nosso próprio calendário (chamado Gregoriano) está atrasado em quase 5 anos devido a um erro de cálculo de Dionísio, o monge que o organizou. É ainda digno de nota que, em 1582 d.C., o Papa Gregório XII alterou o calendário cristão, aumentando lhe 10 dias, para corrigir uma diferença de minutos que se vinha acumulando desde o ano 46 a.C., quando César reformou o calendário de então.
O Dia Civil: Entre os judeus era contado de um pôr-do-sol a outro. Entre os romanos ia de uma meia-noite a outra. O evangelista João emprega o calendário romano, de modo que parece haver choque de horário nos eventos da paixão de Cristo, entre ele e os demais evangelistas, mas não há.
O Ano. O ano judeu era lunar, causando desencontro entre ele e as estações agrícolas. Para corrigir isto, os judeus tinham, cada três anos, um ano com 13 meses. Isto forçou os israelitas a adotarem o ano do ciclo solar mais tarde.
A Bíblia foi escrita num extenso período de 16 séculos. Isto implica em uma evidente dificuldade cronológica da Bíblia.
Dificuldades Imaginárias E Preconceituosas. Essas dificuldades advêm do nosso modo humano, de pensar, de julgar, e de ver as coisas, e, nessa situação, queremos interpretar a revelação divina.
Outras Dificuldades:
Existem é claro dificuldades reais no texto bíblico.
Casos de “aparentes contradições”.
Dificuldades, por conta de quem procurar encontrar na Bíblia uma manual de ciência, e não leva em consideração, que ela é na verdade um manual de Salvação, quando ela aborda fatos científicos, fá-lo não na linguagem técnica, especializada da ciência, mas na linguagem do povo comum.
Declarações e ensinos sobre Deus, expressos em linguagem humana (1 Sm 15.11, 29).
Declarações e ensinos da Bíblia sobre o céu e a vida futura, expressos em linguagem humana.
Declarações e ensinos calcados no mundo físico, porém em referência ao mundo espiritual.
Fatos abordados e tratados pela Bíblia, que só serão conhecidos no futuro.
Hoje, já temos disponíveis excelentes obras que tratam destas aparentes contradições e reais dificuldades da Bíblia.
Manuscritos Da Bíblia.
Manuscritos Originais Da Bíblia. Isto é, saídos das mãos dos escritores, não existe nenhum conhecido no momento. Deus na sua sabedoria e providência permitiu isso. Por que não temos manuscritos originais da Bíblia?
Se existisse algum, os homens o adorariam mais do que ao seu divino Autor. A serpente de metal posta entre os israelitas como meio de auxílio à fé em deus (Nm 21.8,9; Is 45.22), foi depois idolatrada por eles (2 Rs 18.4). A cruz de Cristo e também a sua mãe, tem sido objeto de idolatria por muitos também.
Era costume dos judeus enterrar os manuscritos estragados pelo uso ou qualquer outra causa, para evitar sua mutilação, profanação e interpolação espúria.
Os reis idólatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos ou contribuído para isso, como é o caso descrito em Jeremias 36.20-26.
O tirano Antíoco Epifânio, rei da Síria (175-164 a.C.), durante seu reinado dominou sobre toda a Palestina. Foi homem extremamente cruel. Tinha prazer em aplicar torturas. Decidiu exterminar a religião judaica. Assolou Jerusalém em 168 a.C., profanando o templo e destruindo todas as cópias que achou das Escrituras.
Nos dias do feroz imperador romano Diocleciano (284-305 d.C.), os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das Escrituras. Durante 10 anos Diocleciano mandou vasculhar o império visando destruir todos os escritos sagrados. Chegou a crer que tivesse destruído tudo, pois mandou cunhar uma moeda comemorando tal vitória.