TABERNÁCULO
INTRODUÇÃO.
1. O Tabernáculo e todos os seus pertences agora se fabricam, exatamente conforme as especificações dadas nos capítulos 25 a 31 de Êxodo.
2. Uma Visão Panorâmica do Tabernáculo:
(1) Medidas: 15 metros de comprimento por 5 de largura e 5 de altura.
(2) As Tábuas: Era feito de tábuas perpendiculares e coberto de cortinas.
(3) Posição: Tinha a frente para o Ocidente.
(4) As tábuas, de 20 de cada lado norte e sul, 6 na extremidade ocidental, mediam de comprimento 5 m e quase 1 m de largura. Eram madeira dura de acácia, de fibra compacta, e cobertas de ouro. Tinham cada uma 2 espigas para se ajustarem entre si,levantadas sobre 2 bases de prata; e presas com 5 barras que passavam por argolas de ouro nas tábuas.
(5) Cortinas: As cortinas,eram número de 10, cada uma 14 metros de comprimento por 2 de largura, eram feitas de linho finíssimo, azul,púrpura e escarlate, com querubins primorosamente trabalhados nelas; eram ajuntadas aos pares com colchetes de ouro em laçadas de azul para formarem um só cortinado. Estes cortinado, assim constituído de 10 cortinas, media 20 m ao leste e ao oeste, 14 m ao norte e ao sul, caindo os 5m excedentes sobra a parte posterior do Tabernáculo. Este cortinado estendia-se sobre o espaço delimitado pelas tábuas de ouro, formando o Tabernáculo propriamente dito.
(6) A Tenda: A tenda cobria o Tabernáculo. Era feita de tecido de pêlos de cabras: 11 cortinas, cada uma de 15 m de comprimento por 2 de largura:ajustadas com grampos de bronze, todo o conjunto medindo 22m ao leste e ao oeste, 15 m, ao norte e ao sul. Sobre isto havia uma coberta de peles vermelhas de carneiros. E por cima, uma terceira coberta de peles de animais marinhos (focas? Ou toninhas?). A tenda tríplice, de tecidos de pêlos de cabras, peles vermelhas e peles de animais marinhos era provavelmente sustentado por um pau de cumieira, com os lados em declive.
(7) O Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos: Eram os 5 m ocidentais, um cubo perfeito, este representava o lugar da habitação de Deus. Continha apenas a arca. Nele só entrava o Sumo sacerdote uma vez por ano. Era a “figura do céu” (Hb 9.24)
3. Estatísticas sobre O Tabernáculo: 50 capítulos na Bíblia contêm instruções ou informações sobre o Tabernáculo: 13 em Êxodo, 18 em Levíticos, 13 em Números, 2 em Deuteronômio e 4 em Hebreus. O Tabernáculo era o local onde Deus se encontrava com seu povo (cf. 25.8; 29.45), e prefigurava a perfeita aproximação de Deus pelo sangue de Jesus Cristo, que “tabernaculou” entre os homens (Jo 1.14; Hb 10.19-20).
4. Outras Informações:
I. LUGARES DE ADORAÇÃO RELIGIOSA.
1. O Altar. Era uma estrutura elevada sobre a qual o adorador oferecia sacrifícios ou queimava incenso. Esta era a forma mais simples e mais antiga de expressar a fé em Deus, o desejo de adorá-lo, e a necessidade de um sacrifício pelo pecado
(1) Imediatamente após deixar a arca, Noé erigiu um altar e ofereceu sacrifícios ao Senhor. Deus aceitou este ato e, como resultado, abençoou o mundo com uma bênção que perdura para todos os tempos. Desde os tempos de Noé, pessoas piedosas continuaram edificando altares de adoração.
(2) Abraão erigia altares nos diferentes lugares onde permanecia (Gn 12.7-8.13,18)
(3) Jacó foi um edificador de altares (Gn 33.20; 35.7)
(4) Moisés, Josué, Samuel, Davi e outros crentes da antiguidade edificaram altares de sacrifícios em comemoração a grandes eventos.
2. O Tabernáculo. Era uma tenda sagrada com diversos utensílios, tudo feito de acordo com o plano divino dado a Moisés (Hb 8.5).
• O altar aprovado pela revelação divina deveria satisfazer as necessidades da nação para o sacrifício e a adoração.
• O Tabernáculo propriamente dito estava dividido em duas partes: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
• O Lugar Santo media vinte côvados (9,15m) de comprimento por dez (4,57m) de largura. Continha a mesa para o pão da proposição, o candelabro de ouro, e o altar do incenso.
• O Lugar Santíssimo era quadrado, de dez côvados (4,57m) de cada lado, e nele estava a arca da aliança, um cofre sagrado que simbolizava a presença divina.
• Uma cortina, ou véu, de um material de tecido fino dividia as duas seções.
• Somente o sumo sacerdote, e apenas uma vez no ano, no dia da Expiação pelos pecados, entrava no Santo dos Santos a fim de fazer expiação pelos pecados do povo.
3. O Templo.
(8) Definição. O Santo Templo construído por Salomão não pode ser visto como um assombro arquitetônico; é a concretização de um ideal que, tendo início com os patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o folho de Davi ergueu em Jerusalém. O Santo Templo é o Santuário por Excelência do povo Israelita, onde não somente este como também os gentios, deveriam adorar e buscar ao Deus Único e Verdadeiro (Mc 11.17)
(9) Conceito Teológico: Edificado em Jerusalém, possuía o Santo Templo uma função teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus de Abraão (2 Cr 6.32,33; Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os judeus, viessem a construir-se num só povo em Cristo Jesus. Infelizmente, o Santo Templo foi transformado, por reis infiéis e apóstatas, num centro ecumênico, onde cada povo tinha ali um altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13); Dessa forma, Israel perdeu a sua maior oportunidade de expandir Reino de Deus até aos confins da terra.
(10) O Templo de Salomão. A construção do Santo Templo teve início por volta do ano 940 a.C. O autor sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º Livro de Reis. Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do glorioso reinado de Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países vizinhos (2 Cr 5.13,14). Salomão, que tão bem começara o seu reinado, desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas muitas mulheres gentias (1 Rs 11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em conseqüência, o Senhor decide destruir Jerusalém e, com esta o Santo Templo (Jr 7.1-16). Antes, porém, que viessem os exércitos babilônicos, retira Ele a sua glória do lugar santíssimo (Ez11. 23). Como haviam predito os profetas, a Casa de Deus é posta em desolação por 70 anos (Dn 9.25)
(11) O Templo de Esdras. Terminados os 70 anos de exílio suscita, o Senhor o espírito de Esdras, a fim de que reconstrua o Santo templo (Ed 6.13-22).
(12) O Templo de Herodes. Passados quase cinco séculos,eis que Herodes põe-se a reformá-lo, objetivando transformá-lo numa das mais notáveis edificações do Império Romano. Neste empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e seis anos de seu governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa, servindo de introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1). No ano 70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito, destroem completamente o Santo Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt 24.2). Desde então, os judeus, privados de seu santuário, não mais puderam oferecer a Deus os sacrifícios prescritos no Antigo Testamento. Mas com muito anelo aguardam a reconstrução do santo Templo em Jerusalém.
(13) O Templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem referência à reconstrução do templo da 70ª Semana (Dn 9.27; t 24.15; 2 Ts 2.3-9)
(14) O Templo do Milênio: Este templo, por suas características descritas por Ezequiel, difere do templo da 70 ª Semana, pois será edificada sobre um monte localizado na parte central do território sagrado dos sacerdotes (Ez 40.2) Os seus átrios serão murados para se evitar a sua profanação (Ez 48.8-22). Neste templo, a glória do Senhor haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo. E sobre ambos os povos estará governado o Cristo de Deus e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Apesar da importância profética do Santo templo, nós que recebemos a Cristo Jesus como o nosso Salvador e Redentor, devemos ter sempre em mente as apalavras de Cristo àquela samaritana que se achava mui preocupada com o verdadeiro lugar de adoração: “Ma a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24)
4. A Sinagoga. É um lugar judaico de adoração. Esta instituição parece haver surgido durante o exílio, ou pouco depois. Os judeus dispersos entre as nações sentiram a necessidade de lugares de adoração religiosa, e edificaram sinagoga onde quer que havia uma colônia judaica. Estas se diferenciavam do templo de Jerusalém pelo fato de serem geralmente simples retangulares, sem móveis adornados ou altares para sacrifícios. Os cultos do dia de repouso realizados nelas eram relativamente simples, consistindo em grande parte da leitura das Escrituras, oração, alguma classe de instrução religiosa, e às vezes um discurso expositivo. As sinagogas foram, em certo sentido, precursoras da Igreja. Jesus Cristo assistiu aos seus cultos, e Paulo falava com freqüência nas reuniões que nela eram levadas a efeito.
5. A Igreja. Podemos ver o progresso no desejo de adoração espiritual através dos passos sucessivos da construção de altares, do tabernáculo, do templo e das sinagogas. Esta adoração alcança a sua etapa mais elevada de desenvolvimento na instituição da igreja fundada por Cristo.