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AS FESTAS JUDAICAS

AS FESTAS DOS JUDEUS
1. A Páscoa.
(1) Análise de Êxodo 12.
1- (12.2). O verdadeiro aniversário do povo de Deus. Pode-se ver neste capítulo as instruções para a saído do Egito, junto com as instruções de celebrar a Páscoa dali em diante. É como o ato de Cristo, ao fazer os discípulos participarem com Ele da última ceia, e, ao mesmo tempo, deixar-lhes uma cerimônia sagrada, que seria a Nova Páscoa até a Sua vinda (1 Co 11.23-32; Lc 22.14-20)
(2) Páscoa. – A Primeira Celebração (Êx 23.14). Aponta para o Cordeiro de Deus na Cruz, corresponde ao Novo Nascimento. Em Cristo somos novas criaturas, compradas por seu preciso sangue.
(3) Ervas Amargas (12.8) Certos congêneres da alface. Talvez por falta de meios de cozinhar e temperar, ou talvez pela necessidade de recolher ervas do campo, em vez de comprarem verduras.
(4) Hissopo (12.22). Uma planta usada para aspergir (Sl 51.7)
(5) Que culto é este? (12.26). Cada culto, cada rito, cada sacramento tem a finalidade de ensinar a palavra de Deus, instruir os participantes nas coisas que Deus tem feito, ordenado e prometido. Hoje infelizmente a pergunta tem sido diferente: “Que novela é esta?” “Que filme é este?” “Que jogo é este?”
(6) Cristo, Nossa Páscoa. A Bíblia afirma: “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Cada cordeiro morto apontava para Jesus, o verdadeiro “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Na cruz cumpriu-se esta profecia messiânica: “Atai a vítima da festa com cordas, e levai-a até os ângulos do altar” (Sl 118.27) Ler também Sal 50.14,23. O Pai foi glorificado pelo Filho, quando este triunfou no Calvário (Jo 12.27,28)
1- O cordeiro tinha de ser sem defeito (12.5) – Cristo cumpriu esta exigência (1 Pe 1.18-19)
2- Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes da festa (12.14) – Assim como Jesus entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício.
3- Precisava ser imolado pela congregação inteira, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis, religiosos de Israel e de Roma e pela vontade da turba popular, em pro, do mundo inteiro (12.6)
4- Nenhum osso do cordeiro podia ser quebrado (12.46) – Os ossos de Jesus não foram quebrados (Jo 19.33 e 36)
5- O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do Cordeiro de Deus e fazia estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (12.13) – Assim também, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de satanás e da punição eterna.
2. Dia da Expiação (Lv 16
(1) Expiação. (Heb. Kipper: “encobrir”). Um sacrifício expiatório cobre a transgressão, para nunca ser considerada e, portanto punida. Este foi feito por Cristo de maneira eficaz, quando sacrificou em prol dos pecadores a Sua própria vida, imaculada, de perfeita obediência a Deus, pagando assim uma penalidade que encobre os pecados dos que crêem. O justo sofreu vicariamente pelos injustos (2 Co 5.5.21; 1 Pe 2.24). O mesmo pensamento jaz na palavra “reconciliação” no Novo Testamento; traduz a palavra grega Katallage e significa a reparação legal e moral pelos danos causados pelos pecadores (Rm 5.11).
(2) No dia da Expiação, os homens tomavam parte numa cerimônia que prenunciava a morte de Cristo; o sangue dos animais não removia o pecado (Hb 10.4), mas sim, a obra de Cristo, da qual era símbolo, é o que removia. Cada sacrifício era uma “nota promissória” do pagamento completo que Cristo havia de fazer para liquidar as dívidas eternas dos pecadores.
(3) Este dias se repetia anualmente, quando o sumo sacerdote tinha que levar sangue para fazer expiação por si mesmo e por todo o seu povo (Hb 9.7)
(4) Cristo fez uma expiação eterna, uma vez para sempre, com Seu próprio sangue, e, sem ter pecados próprios, cumprindo a plenitude do significado daquelas ofertas, tornou-as obsoletas (Hb 9.12-28)
(5) O Bode Emissário, em certo sentido é um tipo de Cristo. Cristo tendo levado nossos pecados para longe, não haverá mais memória deles (Hb 10.17; Jr 31.34)
(6) O ato de o sumo sacerdote entrar no Santo dos Santos era uma prefiguração da entrada de Cristo nos céus, depois da Sua morte e ressurreição (Hb 9.11-12). O propiciatório (Hb kapporeth), lit. “cobertura”. A tradução grega o chama de hilaterion, “propiciação”, a mesma palavra usada para descrever o Senhor Jesus Cristo em Rm 3.25. Era a tampa da arca, e o lugar da expiação.
(7) A antiga Expiação era anual; a verdadeira Expiação, eterna, feita por Jesus Cristo, é um ato que é suficiente para sempre (Hb 9.25-26)
3. A Festa dos Tabernáculos: É semelhante à Ceia do Senhor para a Igreja, tanto memorial, como profética – memorial da redenção do Egito- profética do descanso milenial de Israel depois da sua restauração, quando a festa virá a ser outra vez um memorial, não somente para Israel, mas para todas as nações (Zc 14.16-21) Nesta festa eram sacrificados:
• 70 novilhos (7x10) significando plenitude de trabalho e frutificação.
• 98 cordeiros (2x7x7) = Entrega total e voluntária.
• 14 carneiros (2x7): Uma plena visão da hora de Cristo e de nossos hediondos pecados.
• 7 Bodes: Indicando morte plena, pelo poder de Deus do velho Adão, pois o bode tipifica o pecador (Mt 25.33; Gl 2.20)
4. O Jubileu: Este sistema de sabatismo está cheio de instrução. Significa que todo o tempo pertence a Deus. E a lei do ano sabático ensina também que a terra lhe pertence. Durante esse ano, a terra na era lavrada. Aprendemos de Deuteronômio (31.10-13) que este ano era empregado para dar instrução religiosa. Durante os 490 da monarquia esta festa não foi observada, como devia ter sido 70 vezes. Por isso forma dados 70 anos de cativeiro (Lv 26.34,35). O ano do Jubileu era um período importante em Israel. Sete vezes sete anos consumavam todas as estações apontadas, e traziam alívio e libertação ao povo. Era o ano “aceitável do Senhor” e era uma figura da dispensação do Evangelho. Então, era liberdade da escravatura; a gora, liberdade do pecado. Então, perdão de dívidas; agora perdão de pecados. Seguia-se imediatamente o Dia da Expiação, porque o jubileu da alma agora e na eternidade é o resultado da Cruz. Todas as estações e cerimônias de Israel têm seu paralelo agora em Cristo, que é a consumação de todas elas (Cl 2.16,17)
5. Sacrifícios:
(1) A Oferta Queimada. O holocausto simboliza Cristo oferecendo-se sem mácula a Deus (Hb 9.14), no seu desejo de fazer a vontade do Pai, mesmo até a morte. Tem valor expiatório, porque o crente nem sempre tem tido esse prazer de fazer a vontade de Deus; tem valor se substituição, porque Cristo morreu em vez do pecador.
1- Os animais aceitáveis para sacrifícios são quatro:
1) O Novilho ou boi. Simboliza o Servo paciente (1 Co 9.9.10; Hb 12.2,23), obediente até a morte (IS 52.13-15; Fp2. 5-8). A oferta neste caráter é como substituto, visto que o ofertante não tem sido obediente assim.
2) A ovelha. Simboliza Cristo submisso, mesmo nessa fase da morte sobre a cruz (Is 53.7; At 8.32-35)
3) A cabra. Simboliza o pecador (Mt 25.33), e quando empregada em sacrifício, simboliza, Cristo “contado com os transgressores” (Is 53.12; Lc 23.33) e “feito pecado” e “maldição” (2 Co 5.21; Gl3. 13)
4) Pombinhos. Símbolos de tristeza e inocência (Is 38.14; 59.11; Mt 23.37; Hb 7.26), associados com a pobreza em Levítico 5.7; falam de quem por amor de nós se fez pobre (Lc 9.58) e cujo caminho de pobreza começou com o lagar “a forma de Deus” e terminou com o sacrifício pelo qual fomos enriquecidos (2 Co 8.9; Fp 2.6-8)

(2) Oferta de Cheiro Suave e Manjares.
As ofertas de suave cheiro são assim chamadas porque tipificam Cristo na sua própria perfeição e na sua dedicação à vontade do Pai. As ofertas sem cheiro tipificam Cristo levando toda a culpa do pecador. Ambas têm o caráter de substituição. Por amor de nós, Cristo no holocausto supre a falta da nossa devoção, e nas ofertas pelo pecado e pela transgressão, sofre por nossas desobediências.
(3) Sacrifícios de paz ou Pacíficos. A oferta pacífica fala de paz com Deus consumada, do homem reconciliado, e da salvação realizada. Por isso, a oferta, em vez de subir a Deus como o holocausto, ou ser dada ao sacerdote como a oferta de manjares, fornece, em figura, uma refeição em que Deus, o sacerdote e o ofertante se encontram. É a oferta de louvores.
(4) Sacrifícios Por Transgressão e Culpa (Lv 5.1-7; 7.1-7). Eles mostram a necessidade de confissão.
1- O Novo Testamento ordena a confissão de pecados (Tg 5.16)
2- A confissão de pecados ao Pai garante o nosso perdão (1 Jo 1.9)
3- A verdadeira confissão exige tristeza pelo pecado (Sl 38.18)
4- A confissão exige humilhação (Jr 3.25)
5- A confissão exige pedido de perdão (Sl 51.1)
6- A confissão exige restituição (Nm 5.7)
7- A confissão exige aceitação da correção divina (Ed 9.13)
8- A confissão exige o abandono do pecado (Pv 28.13)