O Cristão no Lugar Santo.
Em sua caminhada em direção ao Santo dos Santos, o crente deixa para trás o altar do holocausto e a pia de bronze transpõe o segundo véu e penetra no Santuário, entrando assim na segunda dimensão espiritual
(1) Idade: O Cristão é Jovem (1 Jo 2.13,14). A Palavra de Deus nele permanece, suas orações são mais eficazes (Jo 15.7)
(2) Virtude: A esperança (Sl 40.1). Este segundo véu corresponde a segunda maior virtude do cristianismo – a Esperança (1 Co 13.13; 1Tm 4.11) A esperança produz corações fortes (Sl 27.14) Agostinho afirmou que, “tirando-se a esperança ao peregrino, ele perderá as forças para a marcha” Thomas Müller, quando diz que as grandes esperanças fazem os grandes homens, concorda com a célebre frase de William Carey: “Espera grandes coisas de Deus e empreende grandes coisas para Deus” A esperança do crente é bem diferente daquela referida por Coelho Neto, quando diz que as esperanças são como as estrelas; brilham, mas não trazem luz, lindas, mas ninguém as alcança.” A esperança do crente é a consumação futura da obra de Deus iniciada pela conversão, e que inclui a ressurreição do corpo, a herança dos santos, a vida eterna, a glória e a visão de Deus.”
(3) A Páscoa e o Pentecoste: No Lugar Santo, ou Santuário, o crente celebra a segunda das três grandes festas, a do Pentecoste (Lv 23.15-21)
• Os sete cordeiros significam uma entrega perfeita, total e voluntária; o novilho é o símbolo da mansidão e do serviço, e os dois carneiros significam uma convicção maior do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz.
• A partir do Novo testamento, o Pentecoste passou a significar unção, poder, capacitação. Em Jerusalém, no dia de Pentecoste, atendendo à pregação de Pedro, houve a primeira colheita de almas para Cristo, quando três mil pessoas se converteram
(4) Frutificação. 60%. No Santuário, o crente dá mais fruto (Jo 15.2) Se no Pátio damos 30 por um, no Santuário, passamos para 60 por um (Mc 4.8).
(5) Alimentação. No Santuário o crente alimenta-se de pães asmos. (Lv 24.7). Aqueles doze pães, cada um preparado sem fermento e com cerca de oito litros de flor de farinha, eram colocados sobre a mesa apropriada, em cada sábado. Em seguida o sacerdote derramava sobre eles o incenso puro, tornando-os santos. Permaneciam na mesa de um sábado a outro. A cada sábado os sacerdotes se reuniam no lugar santo e os comiam. Era o alimento deles como um tipo de Cristo, o Pão da Vida. Os pães também representam a plenitude do povo de Deus diante de seu Redentor – Somos um só pão. A comunhão fraterna entre irmãos cheios do Espírito Santo fala Ada restauração da mesa e da feliz reunião dos sacerdotes no Lugar Santo para se alimentar dos pães da proposição.
(6) Iluminação Artificial – o Candelabro. Há um progresso notável aqui. Enquanto no pátio o cristão sofre uma tremenda influência da luz natural, tão abundante, aqui sua visão está voltada para a luz espiritual do candelabro. A finalidade do candelabro está descrita em Êxodo 25.37, os seis braços laterais apontam para a comunhão dos salvos com Jesus, formando com Ele sete hastes. Jesus é o tronco, a videira, e nós as varas. O Candelabro era feito de ouro batido, o que nos ensina que a glória é mediante o sofrimento e a provação (Jo 15.20). No santuário o crente não apenas apara e limpa os pavios para que a luz do candelabro brilhe cada vez mais intensamente, mas ele mesmo continua sendo purificado, num processo contínuo. O sacerdote tinha de usar o espevitador e o apagador, para fazer com que todas as lâmpadas brilhassem normalmente, sem problemas. Para isso ele tinha de puxar o pavio e escová-lo, ou cortá-lo, a fim de remover o carvão. Os meios usados por Deus para fazer nossa luz brilhar são dolorosos, porém necessários (Mt 5.16)
(7) Conhecimento ampliado:
1- Cristo, o Capacitador: No Lugar Santo, o crente conhece a Jesus como Salvador e como o Cristo (Fp 2.11). Os Dons ministeriais são distribuídos por Jesus Cristo, enquanto os dons espirituais o são pelo Espírito Santo (Ef 4.11,12). Esses ministérios são a mão de Deus operando na Igreja. O apóstolo corresponde ao polegar, por seu íntimo e fácil relacionamento com todos os demais. O profeta corresponde ao dedo indicador. O evangelista pode ser representado pelo dedo médio – o maior da mão, pois ele se sobressai entres os outros. O pastor é o anular, o dedo da aliança, pois ele está casado com a igreja local. Finalmente, o mestre corresponde ao mínimo, o menor dedo da mão, o preferido para remover pequenas dificuldades, principalmente do ouvido. O fato de esses cinco dons ministeriais terem sido dados à Igreja para a sua edificação espiritual é bastante significativo no estudo da tipologia do Tabernáculo. A tenda da congregação estava de pé graças às cinco travessas que mantinham suas 48 tábuas unidas nas três paredes (ao sul, ao norte e ao oeste) e às cinco colunas ao leste, que suportavam o segundo véu.
2- Cristo, o Grande Pastor. No Lugar Santo o crente conhece a Jesus (Hb 13.20).
3- Conhece melhor o Pai: (Ef 4.6)
(8) Adoração. Representada pelo Altar de Ouro (Hb 9.3,4; I Rs 6.22; Êx 37.25-27). Deus está à procura dos verdadeiros adoradores. (Jo 4.23,25). O Altar de Ouro possuía um chifre em cada um dos seus quatro cantos, significando que há grande poder no louvor (2 Cr 20.22).
1- O Culto ideal na igreja deve ser uma combinação de adoração inspirada por parte do povo e pregação inspirada por parte do pastor.
2- A adoração não é ocasional, devemos adorar a Deus em todo o tempo.
3- A adoração não depende de lugares especiais. A mulher samaritana quis saber qual o local de adoração, se no monte de Gerezim ou em Jerusalém. A resposta de Jesus foi contundente: “Nem neste monte nem em Jerusalém”
4- Razão da Nossa Adoração.
• Deus é Criador. É muito justo que a criatura reverencie o Criador. (Sl 115.1)
• Deus é o nosso Pastor. Deus não somente nos criou, como também nos preserva, sustenta e fortalece. “Somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio”
• Deus é bom. Deus é o valor supremo do Universo inteiro.
• Deus é misericordioso.
• Deus é fiel. “De geração em geração a sua fidelidade”
5- Meios de Adoração.
• Através da Meditação. Quando você medita, pensa nos assuntos de Deus, não somente para estudá-los e aprendê-los, mas também para apreciá-los e permitir que eles influenciem a sua vida. Você pode adorar a Deus não somente com a sua voz, como também com o silêncio do seu coração e da sua mente.
• Por meio da oração. A oração significa que você faz a sua vida inteira inclinar-se em direção a Deus, ansioso por sentir a comunhão com Ele. É a conversa entre a sua alma e o eterno Espírito.
• Pelo cântico. Quando o coração está comovido com emoções de adoração, você não pode achar melhor maneira de expressar sua devoção do que mediante a música e canção espirituais. Não admire que o avanço espiritual da igreja tenha sido acompanhado pela música de louvor espiritual. Os hinos vigorosos de Lutero tinham tanto conteúdo vital, espiritual e teológico quanto os seus escritos que tanta coisa fizeram para implantar a Reforma. O reavivamento wesleyano ainda sobrevive em nosso meio através dos hinos de Charles Wesley.
• Pela leitura das Escrituras. Infelizmente em muitas igrejas você pode ouvir apenas alguns poucos textos avulsos. Porções apropriadas das Escrituras, lidas com a expressão piedosa da unção da fé, podem ser uma bênção para a congregação.
• Participação da Santa Ceia do Senhor. Como dramatização ou demonstração visível da obra de Cristo que morreu na cruz para expiar os nosso pecados e nos dar a vida Eterna mediante o sacrifício dEle, a Ceia do Senhor tem o poder de despertar em você a mais profunda adoração.
• As Contribuições e ofertas. A contribuição dada por você é um ato de culto porque é assim que você revela reconhecer Deus como dono de todas as coisas (Sl 24.1) “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (1 Cr 29.14)
6- Os Serafins - Uma Lição de Adoração.
• As asas que cobriam o rosto sugerem a profunda reverência.
• As asas que cobriam os pés sugerem a humildade.
• As asas com as quais os anjos voavam sugerem a idéia de serviço. É claro que você pode voar alto a grandes velocidades como os querubins, mas pode e deve “correr com perseverança a carreira que lhe está proposta” (Hb 12.1)
Cada religião tem os seus lugares sagrados de adoração.
• Os judeus têm a sinagoga e Jerusalém.
• Os muçulmanos têm a mesquita e Meca.
• Os hindus têm os seus templos e um rio sagrado
• Os católicos têm o Vaticano, Juazeiro e Aparecida do Norte no Brasil, Fátima em Portugal, Loudes na França, Montesserat na Espanha, etc., além de incontáveis templos.
(9) Anda na Luz de Deus (Jo 1.12)
(10) Possui o Espírito Santo e o Filho. (Jo 14.20; Gl 4.19)
1- O Espírito Santo.
• Possui a paixão do Espírito Santo (Gl 5.17)
• Possui o Espírito Santo como representante de Cristo (Ef 3.17)
• Possui o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22)
2- Jesus:
• Conhece o Filho como Jesus e Cristo (Rm 1.4; Fp 2.11)
• Conhece o Filho como a Verdade (Jo 14.6)
• Conhece o Filho como o Grande Pastor (Hb 13.20)
(11) O Crente no Lugar Santo:
• Celebra a festa do Pentecoste (At 1.8)
• Possui a luz do Espírito Santo (Mt 5.16)
• É Santificado (Hb 10.10,14)
• Dá mais fruto (Jo 15.2)
• Sua frutificação é 60 por um (Mc 4.8)
• É amigo do Senhor (Jo 15.15)
• É jovem (1 Jo 2.13,14)
• É filho (1 Jo 2.13)
• Possui a virtude da fé e da esperança (1 Co 13.13)
• É vivificado e ressuscitado em Cristo (Ef 2.6)
• Leva a sua própria cruz (Mc 8.34)
• Gloria-se nas tribulações (Rm 5.3)
• Anel da restauração (Lc 15.22; Gn 41.42)
• Sua consagração continua na alma (1 Ts 5.23)
• A Vontade de Deus é Agradável (Rm 12.2)
• Seu sacrifício espiritual é santo (Rm 12.1)
• Possui os ministérios dado pelo Filho (1 Co 12.5)
• Batizado no mar (Êx 14.21; 1Co 10.1,2)
• Busca (Mt 7.7,8)
• Ação de Graça (Fp 4.6; Cl 4.2)
• No deserto (Êx 15.22)