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O CRISTÃO NO LUGAR SANTÍSSIMO

O Cristão no Lugar Santíssimo.
Ao transpor o terceiro véu, que simboliza o amor como a maior de todas as virtudes, o crente entra no Lugar Santíssimo. Esta terceira divisão do Tabernáculo corresponde a terceira e maior dimensão do nosso desenvolvimento espiritual. O mesmo véu que separa ao Lugar Santo do Lugar Santíssimo representa o corpo de Jesus rasgado no madeiro da cruz (Hb 10.19-22)
(1) Idade: O Cristão é Adulto (1 Jo 2.13,14). É maior o seu conhecimento de Jesus. Ele o conhece agora como o Supremo Pastor das ovelhas (1 Pd 5.4). Paulo reprova alguns crentes dizendo: “alguns ainda não têm conhecimento de Deus. Isto digo para vergonha vossa” (1 Co 15.34)
O Cristão como pai:
• O pai gera filhos. João Hyde levou a Cristo 100 mil almas, direta e indiretamente. Ele como Paulo, podia dizer de seus milhares de filhos na fé: “Eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (1 Co 4.15)
• O pai possui autoridade. O livro de Atos mostra a autoridade de Pedro (At 3.6; 5.1-11) e Paulo (At 13.6-12). Anel na Bíblia significa autoridade (Gn 41.42; Lc 15.22)
• O pai toma posse do Evangelho. “o nosso evangelho” (1 Ts 1.5), “o meu evangelho” (2 Tm 2.8)
• O pai sustenta. “Dai-lhe vós de comer” (Mt 14.16); “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1) ler 1Pedro 4.10.
(2) O Véu:
1- O Véu Inexpugnável: De acordo com autoridades em assuntos judaicos, nem um par de bois poderia rasgar o véu do Templo de Herodes, que era de material resistente e possuía cerca de 1º centímetros de espessura. Ao homem era impossível rasgá-lo; muito menos de cima para baixo. Só Deus poderia fazê-lo!

2- O Véu Tipifica o Corpo do Senhor Jesus. O véu interior é tipo do corpo humano de Cristo (Mt 26.26; 27.50; Hb 10.20). Este véu, vedando a entrada ao Santíssimo, era um símbolo expressivo da verdade que “pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada” (Hb 9.8; Rm 3.20).
3- O Véu Rasgado: Rasgado por mão invisível quando Cristo morreu (Mt 27.51), dando assim acesso imediato a Deus para os que chegassem pela fé, significa o fim de todo o legalismo: o caminho para Deus ficou aberto.
4- O Véu Remendado: É significativo que os sacerdotes devem ter remendado o véu que Deus rasgara, pois os serviços do templo continuaram por quase mais de 40anos. Esse véu remendado é o legalismo reprovado na Carta aos Gálatas, é a tentativa de colocar o crente sob o regime da Lei (Gl 1.6-9). Tudo que anuncia outra coisa a não ser “a graça de Deus” é “outro evangelho” e esta sob anátema.
A Lei e a Graça.
1) Propósito da Lei:
Revelar o caráter excessivamente maligno do pecado (Rm 3.20; 7.7)
Revelar a santidade de Deus e sua lei (Lv 20.26; Rm 7.12)
Mostrar a impossibilidade do homem por si mesmo cumprir a Lei, e assim revelar a necessidade de um Salvador e Redentor – isto é, conduzir-nos a Cristo (Gl 3.24)
2) Cristo, pois, é o fim da Lei (Rm 10.4). O mal dos judeus (e dos legalistas modernos), é que tiveram a lei como meio de salvação. A lei que os conduzia, chegou ao fim da sua viagem, mas eles permaneceram a bordo!
3) Os fiéis de Deus do Antigo Testamento - Também foram salvos pela graça de Deus. (At 15.10,11)
4) A Lei é baseada em Obras (Rm 10.5; Gl 3.10b). A Graça é baseada na fé (Ef 2.8; Gl 2.16). Em suma a Lei diz: “Fazei e Vivei” (Lv 18.5); a Graça diz: “Crede e vivei” (Jo 6.47)
5) Jesus veio cumprir a Lei (Mt 5.17). No sentido de cumprir seus tipos, profecias, promessas, e completá-la (Mt 5.22,28, 32,39. 44). Como cidadão judeu exemplar, Jesus observou os ritos da Lei, é claro.
6) A parte moral da Lei é eterna e universal. A parte pactual (entre Deus e Israel) era transitória, pois além de ter sido quebrada por eles (Jr 31.32), foi abolida por Cristo no Calvário (Ef 2.15; Cl 2.14-17)
7) A Lei e a Graça: Não se confundem na Bíblia (Mt 9.16,17). Jesus é o caminho para Deus, não u’a mera continuação da Lei. É um novo e vivo caminho (Hb 10.20; Rm 6.14)
A lei condena o melhor homem; a Graça salva o pior (Lc 23.43; 1 Tm 1.13-15)
A Lei expressa a vontade de Deus; a Graça, a bondade de Deus.
A lei não pôde aperfeiçoar cousa alguma; Jesus por sua graça, sim (Cl 2.10; Hb 10.20; Rm 6.14)
Lei: Deus proibindo e exigindo (Êx 20.1-17) – Graça: Deus rogando e concedendo (2 Co 5.18-21)
Ministério de condenação (Rm 3.19) – Graça: Ministério de perdão (Ef 1.7)
A Lei condena (Gl 3.10) – A Graça redime da condenação (Gl 3.13; Dt 21.22,23)
A Lei mata (Rm 7.9,11) – A Graça vivifica (Jo 10.10)
A Lei fecha todas as bocas perante Deus (Gl 3.19) – A Graça abre as bocas para louvá-lO. (Rm 10.9, 10; Sl 107.2)
A Lei põe uma grande distância de culpa entre o homem e Deus (Êx 20.18,19) – A Graça aproxima de Deus o homem culpado (Ef 2.13)
A Lei diz “Olho por olho, dente por dente” (Êx 21.24) – A Graça diz: ”Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5.39)
A Lei diz: “Faze, e viverás” (Lc 10.28) – A Graça diz: “Crê, e viverás” (Jo 5.24)
A Lei Condena totalmente o melhor dos homens (Fp 3.4-9) – A Graça justifica gratuitamente ao pior (Lc 23.34; Rm 5.6; 1 Tm 1.15; 1 Co 6.9-11).
A Lei é um sistema de provação (Gl 3.23-25) – A Graça é um sistema de favor (Ef 2.4,5)
A Lei apedreja uma adúltera (Dt 22.21) – A Graça diz: “Nem eu tampouco te condeno” (Jo 8.1,11)
Na Lei a ovelha morre pelo pastor (1 Sm 7.9; Lv 4.32) – Na Graça o Pastor morre pela ovelha
Na promulgação da Lei quase 3mil almas morreram – Na manifestação da Graça no dia de Pentecoste quase 3 mil almas foram salvas.

(3) Virtude: Amor.
(4) Frutificação: 100% (Jo15. 5; Mc 4.8)
(5) Iluminação Espiritual – a Glória de Deus. No Santo dos Santos o crente é iluminado não apenas pela Palavra e pelo Espírito, mas também pela glória de Deus (Êx 40.34; 2 Co 3.18). No Santo dos Santos somos fortalecidos “com todo o poder, segundo a força da sua glória” (Cl 1.11)
• A glória em Jesus (Mt 17.2)
• A glória sobre Estevão (At 6.15; 7.2.55.56)
(6) Jesus – Salvador, Cristo e Senhor. No Santíssimo Lugar o crente recebe Jesus como Senhor de toda a sua vida. (Fp 2.11). Nos estágios anteriores ele conheceu Jesus como o seu Salvador, depois como o seu Cristo, mas agora se submete ao seu pleno senhorio. Na época do Novo Testamento as pessoas ao chamar o Cezar de Senhor, estavam reconhecendo-o com um deus. A Palavra Senhor aplicada a Jesus, significa a sua Divindade.
(7) Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida: À medida que o crente avança em direção ao Santo dos Santos, ele tem um conhecimento cada vez maior dos atributos da Jesus.
(8) Possui o Espírito, Jesus e o Pai. (Jo 14.23) Paulo, depois de falar da plenitude de Deus no crente em Efésios 3.19, escreve que o Pai está “em todos” (Ef 4.6)
(9) É servo, amigo e irmão do Senhor. (Jo 15.15; 20.17)
• Servo: Apenas recebe ordens, por obrigação.
• Amigo: Serve por amor e sabe dos planos e razões do seu Senhor (Êx 33.11; Jo3. 29)
• Irmão: Goza de privilégios ainda maiores (Gn 18.17.18; Sl 25.14; At 20.23)
Quais as características de “irmãos na Bíblia?”
1- Devem amar (Jo 13.34; 15.12)
2- Viver em concórdia (Gn 13.8; Sl 133)
3- Perdoar (Gn 50.17; Mt 18.21)
4- Visitar (At 15.36)
5- Ser abnegado (2 Co 8)
6- Restaurar os desgarrados (Gl 6.1)
7- Admoestar (2 Ts 3.15)
(10) Conhece Deus – Pai.
(11) Festividade: No Santo dos Santos o crente celebra a terceira grande festa: a dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13). Esta maior festa dos judeus era realizada de 15 a 21 de Tisri, o sétimo mês do calendário religioso de Israel.
(12) O Cristão no Lugar Santíssimo
• Possui o poder do Espírito Santo (Lc 4.14; At 4.33; 10.38)
• Conhece o Filho como Supremo Pastor (Jo 10.11)
• O pai está nEle (Ef 4.6)
• Celebra a Festa dos Tabernáculo (Jo 14.23)
• Possui a luz da glória (2 Co 3.18)
• É glorificado (Rm 8.30)
• Dá muito fruto (Jo 15.5)
• Sua frutificação é 100 por um (Mc 4.8)
• É irmão do Senhor (Jo 20.17)
• É adulto (1 Co 13.11)
• É pai (1 Jo 2.13,14)
• Possui a virtude da fé, da esperança e do amor (1 Co 13.13)
• É vivificado, ressuscitado e elevado em Cristo (Ef 2.6)
• É crucificado com Cristo (Gl 2.20)
• Gloria-se na própria pessoa de Deus (Rm 5.11)
• Sandálias do evangelho (Lc 15.22; Ef 6.15)
• Seu viver é piedoso (Tt 2.12)
• Sua consagração alcança o corpo (1 Ts 5.23)
• A vontade de Deus é perfeita (Rm 12.2)
• Seu sacrifício espiritual é agradável a Deus (Rm 12.1)
• Possui as realizações do Pai (1 Co 12.6)
• Batizado no Jordão (Js 4.22,23; Sl 66.6)
• Bate (Mt 7.7,8)
• Adoração (Jo 4.23)