A Escola de Deus no Deserto
“Deus transforma deserto em Oportunidades”
Deus fundou uma escola profissionalizante em pleno deserto! Com professores habilitados e capacitados. Com alunos dedicados e talentosos. Havia um mega projeto a ser realizado: A Construção de um Santuário portátil no deserto. Havia materiais diversos e disponíveis. Havia detalhes minuciosos a serem executados.
OS ARTÍFICES DA OBRA DO TABERNÁCULO (Êx 31; 35 30-36.1 Leia também o Livro de Neemias)
Deus agora chama por nome os obreiros humanos que deviam levar adiante seus planos pelo poder do Espírito. Em Bezaleel, Judá vem à frente na obra do santuário, de acordo com o sentido do seu nome “na sombra de Deus”, e com a profecia de Jacó (Gn49.9,10). Dã fornece seu ajudante na pessoa de Aoliabe. Mas, além disso, Deus pôs nos corações de todos os homens hábeis (6) e os empregou na construção da sua morada.
1. Bezaleel e Aoliabe:
(1) Aqui se vê que toda a habilidade, a inteligência, o conhecimento e o artifício, ou seja, a perícia técnica estão nas mãos de Deus, para distribuir aos homens segundo lhe apraz.
(2) Deus não somente capacitou os dois para fazerem o serviço, mas também para ensinarem outros a fazê-lo também. E aí aprendemos que:
1- Deus chama homens para a sua obra. Cada membro do povo de Deus tem sua vocação individual e o Bom Pastor os conhece um por um (Jo 10.1-5)
2- Deus capacita os chamados.
3- A obra de Deus não é feita por ninguém sozinho. Deus colocou Aoliabe, ao lado de Bezaleel. Jesus enviou seus discípulos de dois em dois. Paulo tinha diversos cooperadores.
(3) A inspiração através da plenitude do espírito Santo não é apenas algo de que se fala aos domingos, mas também deve nos tornar bons servos de Deus na vida quotidiana.
(4) Há sacerdotes vocacionados e inspirados, e aqui temos operários, oficiais e técnicos igualmente inspirados para a obra da construção do tabernáculo e todas as peças descritas nos capítulos 25-27 e 30 de Êxodo.
2. A Igreja também é um Projeto de Deus. “Edificarei” Jesus disse.
3. A Igreja também é uma Construção (Ef. 2.22)
(1) A Edificação conta com os meios da graça – As ferramentas que Deus usa para edificar a sua igreja:
• Administração dos sacramentos: Batismo e Santa Ceia.
• Comunhão dos santos.
• Oração.
• O usufruto da fé. (Jd 20)
• A graça de Deus (At 20.32)
• Os dons espirituais (1 Co 14.3,4)
• O próprio crente (1 Ts 5.11)
• O Amor (1 Co 8.1)
(2) O Objetivo da Edificação: tem como objetivo fazer que com que o organismo (corpo místico de Cristo) sobreponha-se sempre à organização (igreja visível)
4. O Alicerce principal é Jesus. Sem o fundamento não pode haver nenhuma verdadeira edificação. Mas embora não sejamos salvos pelas obras, somos “criados em Cristo Jesus, para as boas obras” (Ef 2.9,10), e estas obras são contempladas aqui como construção sobre o fundamento. (1 Co 3.14)
5. Nós também somos construtores. A obra de Deus cresce quando nós trabalhamos unidos (Ne 3)
6. Deus chama trabalhadores. Ainda há vagas (Mt 20.1-16)
7. Segredos de uma Construção Espiritual de Sucesso:
(1) Descobrir a vontade de Deus (Ne 2.11-20)
(2) Considerar a sós (Ne 2.22-16)
(3) Consultar (Ne 2.17,18)
(4) Apresentar motivos (Ne 2.17,18)
(5) Resolver energicamente (Ne 2.18)
(6) Desprezar a zombaria (Ne 2.19-20)
8. O método de trabalho (Ne 3)
(1) Seguir bons líderes.
(2) Utilizar vários talentos (3.8)
(3) Prosseguir para um bom alvo.
(4) Prestar atenção aos pormenores (3.6)
(5) Não se desanimar com os rebeldes.
(6) Dar a devida honra, segundo os feitos de cada um (Rm 13.6)
9. O Material da Construção. Obras boas ou más são consideradas aqui como material bom ou inferior. Ouro, prata, pedras preciosas representam bom material, visto que resistirão ao fogo; enquanto madeira, feno, palha, que o fogo destrói, figuram má construção, doutrina errada, trabalho sem valor.
(1) Ouro. Atos valiosos e duradouros. As coisa de procedência divina, as coisas celestiais, obras feitas em Deus, ou conforme a sua Palavra (Jó 22.23-25; Ap 22.18-21; Sl 119.10,11; Jo 3.21; 1Co 4.6)
(2) Prata. Símbolo de redenção (Êx30. 11-16) Obras de Prata significam que foram feitas pela fé em Cristo, e não através da força natural do homem. Paulo disse que trabalhava pela graça de Deus (1 Co 15.10)
(3) Pedras preciosas: Simbolizam o Espírito Santo dado pelo Senhor como adorno à sua Noiva (Jo 17.22), pois antigamente os noivos adornavam as noivas com jóias (Gn 24.22,53; Ct 1.10,11; 4.9). As obras figuradas por pedras preciosas significam que são feitas pelo poder do Espírito Santo (Rm 15.19; Fp3.3; Cl 1.29)
(4) Madeira. Aquilo que em última análise, é efêmero e sem valor. Simbolizam as coisas humanas, pois cresce de “si mesma”.
(5) Feno. Simboliza tudo que carece de renovação. É triste viver e trabalhar sem receber renovação.
(6) Palha. Significa a instabilidade, pois é muito fraca (Ef 4.14) “Que tem a palha com o trigo?” (Jr 23.28) Palha fala também de escravidão (Êx 5.7). Devemos, portanto, servir a Deus na liberdade do Espírito, e não em uma escravidão imposta por nós mesmos ou por outros.
10. O Teste de Fogo: O fogo provará qual seja a obra de cada um. O fogo pode simbolizar a perscrutação do Senhor, cujos olhos são como chamas de fogo, perante o Tribunal de Cristo, onde todos os crentes comparecerão (Rm 14.10; 2 Co 5.10)
• A natureza deste fogo: Este fogo dura apenas um dia, é futuro, não presente; Não purificador; Destrói doutrinas, não pessoas; Causa perda e não lucro.
11. O Resultado da Construção.
(1) Esta prova de doutrina e obra pelo fogo não afetam a salvação do crente; ainda que suas obras sejam destruídas, ele será salvo como pelo fogo.
(2) Galardões: A salvação é um dom gratuito. A qualidade de nosso serviço é o critério. Os galardões são freqüentemente chamados de coroas (1 Co 9.25; 1 Ts 2.19; 2 Tm 4.8; Tg 1.12; 1Pd 5.4; Ap 2.10; 3.11; 4.4,10)
12. Prestação de Contas: O Senhor nos julgará quanto à mordomia ou à administração:
• Da nossa vida – espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23)
• Da nossa vontade, pois nos deu livre-arbítrio (1 Co 6.12)
• Do nosso tempo! (Ef 5.16)
• Do nossos talentos (1 Pe 4.10)
• Dos nossos bens (Lc 12.16-20)
• Do trabalho que Ele nos entregou.
13. Ensinamentos práticos – aprendemos que:
(1) A cidade de Deus, e Seu Templo, têm a participação de todos os fiéis, tanto no desfrutar dos privilégios, como no seguir ao longo da caminhada dos deveres (1 Co 3.6-0; 14.26; 1 Pe 2.9)
(2) Os líderes religiosos devem ser sempre os heróis e os inspiradores em qualquer obra valiosa e construtiva.
(3) Que os fiéis levam a obra avante mesmo onde eles próprios não esperam desfrutar vantagens. (No livro de Neemias, foram os oradores de cidades distantes que estavam fortificando Jerusalém)
(4) Os ricos e os poderosos devem ser os primeiros a empregar seus talentos e a sua influência na obra de Deus (Ne 3.9,12, 15)
(5) Cada um deve ser fiel em melhorar a própria situação onde reside: cada um “defronte de sua casa” (Ne 3.10,23, 28 e 29)
(6) Não podemos edificar de qualquer maneira. A Bíblia diz: “Veja como edifica” (1 Co 3.10).
(7) Precisamos trabalhar com ferramentas adequadas! Tem muita gente trabalhando só com o cabo do machado!(2 Rs 6.1-7)
(8) Quando nós abandonamos a obra de Deus, priorizamos os nossos interesses pessoais. Deixamos de prosperar: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado” (Ag 1.6)
(9) O nosso trabalho tem uma recompensa (1 Co 15.58)