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O ARMAGEDOM

O ARMAGEDOM

A Singularidade De Israel Nos Últimas Dias

 

Texto Bíblico: Apocalipse 16.16

INTRODUÇÃO

Possivelmente, a palavra mais conhecida em toda a profecia bíblica seja a palavra “Armagedom”. A maioria das pessoas a utiliza para referir-se ao fim do mundo. As projeções feitas por especialistas apontam para a destruição do mundo. Qual o real significado do Armagedom? Que importância tem para os dias atuais? O que esse evento representará para o futuro? Ele está prestes a acontecer? Quem estará envolvido nesse acontecimento global? Por que devemos saber os detalhes desse evento?

ISRAEL – O RELÓGIO ESCATOLOGICO DE DEUS

“Olhai para a figueira”: Prenunciando a volta do Senhor nos ares, Israel é representado na figueira que brota (Mt 24.32).

O ponto enfatizado na parábola da figueira contada por Jesus tem como objetivo ensinar-nos a identificar um “período de tempo geral”. Quando as folhas da figueira começam a brotar, sabemos que o verão se aproxima.

 

Árvores que representam Israel: A nação judaica é comparada a três árvores nas Escrituras Sagradas:

À Vinha (Is 5.1-7), este foi o conceito de Isaías e de outros profetas do Antigo Testamento.

À oliveira (Rm 11.17 e ss), este foi o conceito de Paulo por amor de seu argumento.

À Figueira (Mc 13.28), este foi o conceito de Jesus em relação a Israel. Antigamente a nação era como uma “vinha infrutífera”, depois uma “figueira estéril”, e mais tarde na Vinda do grande Rei uma “oliveira florescente”.

A figueira e Israel:

O Senhor Jesus já no entardecer de seu ministério terreno exorta-nos a observar os acontecimentos por virem na vida de Israel e depois acrescenta: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores” (Lc 21.29).

 

A figueira secou-se; Ora, a partir do ano 70 d.C. a figueira secou-se de acordo com as palavras proféticas de Jesus (Lc 13.8,9), e durante quase dois mil anos que se seguiram, a nação israelita se transformou profeticamente falando num “montão de ossos secos” (Ez 37. 1,2,11). Esses “ossos” como diz o profeta do Senhor, seriam espalhados na face de um grande vale (o mundo), e ali seriam absorvidos pelas sepulturas (as nações). (cf. 37.12).

 

Restauração: Mas apesar de tudo, a promessa de Deus é de restauração e, em 14 de maio de 1948, a figueira começa então a “brotar”, e as sepulturas (as nações) devolvem a Israel não só seus filhos, mas também sua Terra e, de lá para cá, o grande progresso na vida deste povo são os brotos, preditos por nosso Senhor quando falou sobre o futuro (Mt 24.33).

 

“Todas as árvores”. Segundo o ensino de Jesus não só a figueira (Israel) seria alvo das profecias, mas todas as árvores haviam também de “brotar” (Lc 21.29). Todas as nações que margeiam Israel vêm, de uma maneira ou de outra, sentindo um certo progresso.

 

OS EVENTOS ESCATOLÓGICOS QUE PRECEDERÃO O ARMAGEDOM

A Vinda de Jesus. A Vinda de Jesus ao mundo será um dos maiores eventos que precederão a batalha do Armagedom. Precisamos estar alertas, abastecidos com o azeite do Espírito Santo, aguardando preparados a vinda do Noivo (Mt 25.1-13).

 

A ressurreição dos justos: Dos mortos em Cristo, acompanhada simultaneamente da transformação sobrenatural dos homens e mulheres salvos e fiéis ao Senhor Jesus são os eventos que formarão o quadro profético para o Armagedom (1 Ts 4.16).

 

O Arrebatamento da Igreja: A maior esperança dos salvos de todos os tempos, ocorrerá imediatamente após a ressurreição dos justos e a transformação dos que foram comprados pelo Senhor que estiverem vivos (1 Ts 4.17).

 

O Tribunal de Cristo (2 Co 5.10) e as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7) serão acontecimentos importantíssimos para a realização do Armagedom.

 

A volta do Senhor Jesus ao mundo em sua segunda fase, após sete anos da primeira; pública, visível, em forma humana, revestido de glória, com os exércitos celestiais, com os salvos glorificados, com os poderosos anjos, então será a guerra do Armagedom (Ap 19.11-21).

 

Os PRINCIPAIS EVENTOS ESCATOLÓGICOS REFERENTES A ISRAEL

A dispersão:

A palavra latina diáspora foi adotada para referir à dispersão de Israel em meio às nações gentias. Quando profetizou sobre a destruição de Jerusalém, ocorrida no ano 70, Cristo também falou sobre a atual dispersão de Israel, que já dura 2.000 anos. Ele disse: “Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.” (Lc 21.24).

 

Como é comum na profecia bíblica, o pronunciamento do julgamento também traz uma esperança de restauração. Nessa passagem Cristo disse: “até”, o que significa que a dispersão não durará para sempre.

 

A dispersão entre as nações tem sido mencionada desde o surgimento da lei Mosaica (Lv 26.33; Dt 4.27; 28.64; 29.28). Neemias disse: “Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Se transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos” (Ne 1.8).

 

A conquista do Reino do Norte (Israel) pelos assírios no século VIII a.C não chegou a ser uma dispersão por todo o mundo, como foi profetizada. Isso somente ocorreu quando a nação inteira rejeitou a Cristo e o juízo de Deus veio no ano 70.

 

O dois reagrupamento de Israel à Terra no Fim dos Tempos: Os profetas falaram sobre dois retornos internacionais. Primeiro, é necessário um reagrupamento em incredulidade como preparação para o juízo, ou seja, o juízo da Tribulação. Depois viria um segundo reagrupamento mundial em fé como preparação para a bênção, ou seja, as bênçãos da era messiânica.

O primeiro agrupamento mundial, em incredulidade:

Em 1948 quando o Estado moderno de Israel nasceu, ele não só se tornou um importante acontecimento preparatório mas também começou um cumprimento real de profecias bíblicas específicas sobre um agrupamento internacional de judeus incrédulos antes do julgamento da Tribulação. Tal previsão é encontrada nas seguintes passagens do Antigo Testamento (Is 11.11,12; Ez 20.33-38; 36.22-24; Sf 2.1,12 e Ez 38 e 39 preveem tal preparação.

O sofrimento intenso e a perseguição de judeus em todo o mundo levam à pressão em favor de um Estado independente na Palestina.

 

Os judeus voltam para a Palestina e Israel é restabelecido como nação em 1948.

 

A nação sobrevive apesar de grandes obstáculos.

 

A Rússia emerge como importante inimiga de Israel, mas os Estados Unidos auxiliam Israel.

 

A sobrevivência heroica e a força crescente de Israel fazem dele uma nação estabelecida, reconhecida no mundo inteiro.

 

As proezas militares de Israel são eclipsadas pela capacidade dos árabes de fazerem uma guerra diplomática por controlarem grande parte das reservas de petróleo do mundo.

 

A posição árabe é fortalecida pela sua riqueza crescente e pelas alianças entre a Europa e os principais países árabes.

 

O isolamento crescente dos Estados Unidos e da Rússia em relação ao Oriente Médio torna cada vez mais difícil que Israel negocie um acordo de paz satisfatório.

 

Depois de uma longa luta, Israel é forçado a aceitar um tratado de paz do novo líder da Confederação Mediterrânea de dez nações.

 

O povo judeu celebra o que parece ser um acordo de paz duradouro e final.

 

Durante três anos e meio de paz, o judaísmo é reavivado e os sacrifícios e as cerimônias tradicionais são reinstituídas no templo reconstruído em Jerusalém.

 

O exército russo tenta invadir Israel mas é destruído misteriosamente.

 

O novo ditador mundial profana o templo em Jerusalém e começa um período de intensa perseguição aos judeus.

 

Muitos judeus reconhecem o desdobramento dos acontecimentos proféticos e declaram sua fé em Cristo como Messias de Israel.

 

No massacre de judeus e crentes que resistem ao ditador mundial, algumas testemunhas são preservadas divinamente para levar a mensagem por todo o mundo.

 

O segundo agrupamento mundial, em fé:

Muitas passagens na Bíblia falam do reagrupamento de Israel em fé, no fim da Tribulação, juntamente com a segunda Vinda de Cristo, em preparação para o começo do Milênio. Estas referências não estão sendo cumpridas pelo atual Estado de Israel (ler Dt 4.29-31; 30.1-10; Is 27.12-13; 43.5-7; Jr 16.14-15; 31.7-10; Ez 11.14-18; Am 9.14,15; Zc 10.8-12; Mt 24.31).

Cristo retorna à terra, recebido alegremente pelos judeus crentes como seu Messias e Salvador.

 

O reinado de mil anos de Cristo na terra a partir do tronco de Davi finalmente cumpre as promessas proféticas para a nação de Israel.

 

 

O QUE SERÁ O ARMAGEDOM

O relógio escatológico continua marcando fielmente sem adiantar ou atrasar o que Deus estabeleceu. A contagem regressiva proclama a cada instante a realidade do Armagedom.

 

Armagedom será a última grande guerra da história. Ela acontecerá em Israel em conjunção à Segunda Vinda de Cristo.

 

QUANDO SERÁ O ARMAGEDOM.

Essa batalha ocorrerá nos últimos dias da Tribulação (Dn 11.4-45; Jl 3.9-17; Zc 14.1-3; Ap 16.14-16).

 

ONDE SERÁ O ARMAGEDOM

 

Dados geográficos:

O Vale de Megido, na parte norte das planícies de Jezreel, aproximadamente a 90 km a noroeste de Jerusalém.

Esse vale encontra-se na parte oriental de Jerusalém.

Encontra-se em uma posição estratégica entre os rios Eufrates e Nilo.

Uma planície com 30 km de comprimento por 22 km de largura que se encontra ao pé do monte de Megido, no Oriente Médio, em Israel, será o ponto geográfico central da maior guerra de caráter universal jamais vista na história da humanidade.

 

Dados históricos:

Nome:

O vale de Megido ou Asdraelom é também interpretado como “lugar de tropas” ou “lugar de multidões”

 

Megido é também denominado na Bíblia como “Vale de Josafá” (Jl 3.2,12).

 

Em Apocalipse 14.19,20, fala que “lagar” é também um nome profético de Armagedom. Megido também significa “abater o alto”

 

Josué capturou a cidade e matou o seu rei (Js 12.21).

 

Foram derrotados ali: Sísera (Jz 5.8,30); Acazias (2 Rs 9.27); Josias (2 Rs 23.29,30).

 

Saul e seus filhos (Jônatas, Abinadabe e Melquisua) também tombaram em Armagedom, ao lado da montanha de Gilboa (1 Sm 29.1; 31.1-13).

 

Ao nome de Jezreel, a cidade, está ligada a morte violenta da rainha Jezabel.

 

No século X a.C., Salomão reconstruiu e fortificou a cidade, financiando sua edificação com impostos especiais. Megido se converteu em baluarte da defesa de seu reino.

 

Devido à sua fertilidade e posição estratégica, este vale foi cenário de inúmeras lutas e combates da antiguidade: hebreus, filisteus, cananeus, sírios, egípcios, assírios, babilônios, gregos, midianitas, romanos, árabes, cruzados, turcos e ingleses lutaram em seu solo.

 

Dados proféticos:

O Vale de Asdraelom será parte do teatro das operações da batalha (Ap 16.14-16). Além dos vales, os montes Edom e Bozra são mencionados na Bíblia como locais da batalha (Is 34.1-5; 63.1).

 

OS ESTÁGIOS DO ARMAGEDOM:

Reunião dos exércitos do Anticristo.

 

Destruição da Babilônia. O Anticristo irá destruir a Babilônia restabelecida no Oriente antes de levar suas forças para Jerusalém, com o propósito de derrotá-la e destruí-la.

 

Queda de Jerusalém.

 

Os exércitos do Anticristo em Bozra.

 

A regeneração nacional de Israel.

 

A Segunda Vinda de Cristo. Enquanto ele e seus exércitos avançarem em direção a Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo voltará para resgatar o Seu povo escolhido, Israel.

 

O fim da Batalha no Vale de Josafá. O Senhor e seus anjos destruirão os exércitos, prenderão o Anticristo e o Falso Profeta, e os lançarão no Lago de Fogo (Ap 19.11-21).

 

Ascensão de vitória ao Monte das Oliveiras.

 

ALGUNS PROPÓSITOS DO ARMAGEDOM

Reunir todos os povos, nações e tribos com seus líderes e seus exércitos. Forças demoníacas, formarão um poderosos exército de 200 milhões de protagonistas preparado para aniquilar, destruir e eliminar. Segundo o Pastor Joá Caitano “Esses solados – demônios-animais-humanos – armados e equipados com o que existir de melhor e mais mortífero, formarão a tropa de assalto e choque do Diabo.”

Para esse ajuntamento, Satanás enviará. Entre coisas, demônios, espíritos imundos que operarão sinais espantosos diante dos reis da terra. Todos obedecerão obrigatoriamente à convocação geral dirigindo-se à grande planície do Armagedom (Ap 16.16).

Haverá uma concentração do poderio bélico mais sofisticado que existir, uma engenharia de guerra com poder de destruição em massa, e armas atômicas nucleares, armas radiológicas, biológicas e químicas.

 

Destruir total, cruel e impiedosamente os judeus da linha natural de Abraão. Apagar para sempre a descendência da semente da mulher por intermédio da qual veio o Messias prometido, o Senhor Jesus, o Salvador do mundo (Dn 7.21,25; Ap 12.6).

 

Invalidar as promessas para todas as nações e povos reveladas a Israel na pessoa de Abraão (Gn 12.3)

 

Invadir brutalmente a cidade de Jerusalém, saquear as casas, violentar as mulheres, aprisionar metade da população, tirando-a da cidade e levando-a para o cativeiro. Profanar o templo, o lugar mais sagrado para os judeus, assentar-se no trono e exigir adoração exclusiva, irrestrita e total (2 Ts 2.4).

 

Eliminar toda e qualquer forma de conhecimento religioso, bíblico e teológico: Destruir, eliminar imediatamente todo e qualquer sistema religioso. Fechar os templos, as comunidades, as sinagogas, as mesquitas, todos os seminários teológicos, universidades, faculdades e centros de ensino religioso, especialmente centros cristãos; promover a ridicularizarão da fé cristã; Incentivar e patrocinar todo movimento ateísta que blasfeme de Deus. Aprovar, chancelar e fortalecer oficialmente toda iniciativa – movimentos, manifestações públicas, particulares, privadas – que promovam a erradicação da Bíblia, de livros evangélicos e da literatura de natureza religiosa.

 

Implantar, através da força bruta, cruel e sanguinária, utilizando, para esse fim, tudo que estiver disponível, um regime de intimidação, escravidão e manipulação com controle total sobre todas as coisas e sobre os seres humanos.

 

Castigar e punir publicamente toda pessoa que não adorar a besta e a sua imagem. Quem não obedecer à besta, sujeitando-se a ela, e não tiver seu sinal, sua senha, sua marca e seu número será sumariamente executado, sem direito a qualquer apelação (Ap 13.15)

 

COMO SERÁ O ARMAGEDOM

Os reis do Oriente (Ap 16.12): No fim do tempo (da era presente) nações orientais e alguns de seus satélites, seguirão em direção à Terra Santa procurando aniquilar o povo judeu! (cf. Dn 11.44; Zc 12.3,4; Ap 9.14 e ss; 16.12).

 

As hordas demoníacas – semelhante as rãs (Ap 16.13):

 

Esse elemento, envolve uma certa aparência daquilo que foi visto no Egito, em sua segunda praga: a das rãs (Êx 8.1 e ss).

A rã é um animal imundo segundo a lei cerimonial; é sinal de maldade.

Muitas vezes elas surgem repentinamente das profundezas. Uma rã tem algo de misterioso e sinistro!

Uma cavalaria infernal (Ap 9.16-20)

Os cavaleiros parecem ser de pouca monta em relação aos cavalos, que causam maior terror; eles apavoram e destroem.

João vê aqui todos os horrores daquela guerra, quando os adversários virão como cavaleiros, fortes como leões, venenosos como serpentes, a soprarem elementos que cegam e queimam com poder mortal.

Temos aqui, portanto, forças mortais, letais, poderosas, maliciosas e incansáveis, enviadas contra a humanidade, por causa de seu pecado e de seu mundanismo.

 

O CARÁTER ESPIRITUAL DO ARMAGEDOM

 

Será uma guerra com várias batalhas sendo cravadas e que envolverá todas as nações e os povos da terra. Nesse confronto terrível e desastroso, milhões de seres humanos perecerão. Não será uma guerra de natureza política ou com motivações econômicas nem será uma guerra militar, mas será uma guerra de natureza espiritual.

 

A guerra entre o bem e o mal. Essa guerra começou desde os primeiros dias da existência do homem no Éden, configurada na declaração profética anunciada pelo Senhor (Gn 3.15)

 

É o confronto entre Deus e Satanás (2 Ts 2.8).

É a guerra entre o veneno da serpente e a semente da mulher (Gn 3.15).

É o combate entre a luz e as trevas (Jo 12.35).

É a luta entre o espírito e a carne (Rm 8.5).

É a guerra renhida entre anjos e demônios.

 

 

ARMAGEDOM – A BATALHA SANGRENTA

Uma análise de Mateus 24 – uma profecia de duplo alcance:

 

Cumprimento duplo: A expressão “cumprimento duplo” é usada para referir-se a uma passagem profética específica que terá seu cumprimento em duas ou mais ocasiões.

 

O doutor Graham Scroggie diz que “dois julgamentos” são referidos por Cristo aqui, um mais próximo e outro remoto. Um (o primeiro) refere-se à destruição de Jerusalém uns quarenta anos mais tarde, em 70 d.C. e o outro durante a parte final do sombrio tempo da Grande Tribulação (cf. Ec 3.15). Estes dois julgamentos são claramente distintos e depois cada um se combina entre si em cada detalhe.

 

A abominação da desolação (24.15): Estas palavras no que diz respeito à sua fase passada foram aplicadas a Antíoco Epifânio, monarca Selêucida que erigiu um altar a Zeus, no altar do Santuário do Senhor. Mas no que diz respeito ao seu sentido escatológico, refere-se à profanação praticada pelo Anticristo durante a Grande Tribulação (2 Ts 2.4).

 

Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes (24.16): Historicamente, Josefo diz que Céstio Galo avançou com seu exército contra Jerusalém, com grande ira, e, sem qualquer razão aparente, retirou este exército. Isto possibilitou os cristãos atentos a profecia, poderem fugir para as montanhas da Pela, na Peréia.

 

Ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias (24.19). Essas expressões dão à narrativa uma nota de lamento lúgubre, pois até mesmo funções naturais da vida, que visam garantir a continuação da espécie humana, servirão de obstáculos e serão motivo de perigo. Josefo e Eusébio afirmam que, no tempo da invasão romana, tais mulheres sofreram mais do que todas as outras e no futuro, que aponta para a Grande Tribulação, esses e outros sofrimentos, serão vividos numa escala superior (Os 13.16).

 

“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” (24.20).  Uma fuga no inverno seria extremamente perigosa, porquanto as condições do tempo estariam péssimas, as estradas estariam escorregadias, e os dias “breves” e as noites “longas”. O Sábado estava cercado de restrições, que dificultariam uma fuga. A história diz que os cristãos conseguiram fugir 20 dias antes do inverno daquela fatídica invasão romana. Tudo isto é tipo do que ocorrerá na Grande Tribulação.

 

A fuga: “E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus” (Ap 12.6a).

 

Quem é a Mulher? Segundo Gênesis 37.9,11, essa mulher parece ser Israel. Ademais, Israel é muitas vezes representado por uma mulher (Is 54.1,6; Jr 3.1.14; Os 2.14,23).

 

Este “deserto” conforme designa o termo, é o “lugar preparado por Deus” durante a Grande Tribulação. Como já tivemos ocasião de ver, no ano 70 d.C. Deus preparou a cidade de Pela, uma das dez cidades de Decápolis, como “refúgio” para os crentes.  Semelhantemente, Deus usará novamente este método de proteção; só que desta vez, será Petra, no monte Seir, na terra de Moabe (Sela ou Petra, a cidade da Rocha é uma das maravilhas do mundo, localizada no sudeste do mar Morto), como um possível esconderijo. Pode acomodar 250 mil pessoas. E para lá, Deus enviará o Israel Fiel (a mulher) para que seja preservado da “vista da serpente” (Ec 3.15; Ap 12.14).

 

Nem Moabe nem Edom serão conquistados pelo Anticristo (Is 16.4; Dn 11.40,41) porque ele ouvirá um rumor longe que o atrairá para outras batalhas (Dn 11.44). Em Salmo 60.8, está escrito que “sobre Edom lançarei o meu sapato”, uma expressão que traduz posse e domínio (Rt 4.7,9). Parece-nos que Deus não deixou o Anticristo apossar-se desse lugar, porque deverá servir de refúgio aos judeus (Dn 12.6). Edom e Moabe correspondem à atual Jordânia. Jesus disse aos judeus que deveriam fugir para os montes (Mt 24.16), e em Apocalipse 12.6, lemos que a mulher fugiu para o deserto. Esse lugar, do qual a Bíblia fala em Isaías 16.4, é uma terra seca e montanhosa. Talvez ali se localizem as “câmaras” para as quais os judeus fugirão, enquanto a ira de Deus varrer a terra (Is 26.20).

 

Bozra: Bozra em hebraico quer dizer “aprisco”. Esse lugar está localizado perto do monte Seir, na região Sul do moderno Estado da Jordânia. É para lá que os remanescentes fugirão do Anticristo no meio da Tribulação. Mateus 24.15-21 e Apocalipse 12.6,14 também fala dessa fuga dos judeus que vivem em Israel, que ocorrerá durante a Tribulação. Jeremias 49.13,14 indica que no fim da Tribulação o Anticristo irá encontrar os judeus em Bozra e enviará os seus exércitos para atacá-lo. Outras passagens bíblicas (Is 33.13-16; 41.17-20; Mq 2.12), quando comparadas e harmonizadas, ensinam que a fuga de Israel em meio a Tribulação será:

 

Para as montanhas.

Para o deserto.

Um lugar preparado anteriormente.

Uma defesa.

 

 

Em Isaías 16.1,9, lemos acerca da fuga causada pelo “destruidor”, pelo “homem violento” e pelo “opressor”. Certamente essa profecia descreve a fuga de Israel por causa do Anticristo.

 

RESULTADOS POSITIVOS DO ARMAGEDOM

O Senhor, com Seu poder ilimitado transformará os alvos malignos planejados pelo Diabo e seus adoradores em benefícios, milagres e bênçãos maravilhosas.

O sinal do Filho do Homem. Aparecerá no céu brilhante, resplandecente, e será contemplados por todos os habitantes da terra (Mt 24.30). A presença majestosa, imponente e indescritível do Filho do Homem nos céus das terras de Israel produzirá transformações extraordinárias.

 

Dez aspectos bíblicos do Sinal do Filho do Homem:

Brilhante. Iluminará toda a terra envolta em densas trevas (Is 60.1,2).

Poderoso. Destruirá toda força inimiga e oposição contrárias a Deus (Mt 24.30).

Identificável. Será conhecido por todos os habitantes da terra (Ap 1.7).

Glorioso. Refletirá a Glória de Deus sobre a raça humana (Lc 21.37).

Celestial. Procedente da habitação de Deus e dos santos anjos (Ap 19.11).

Iminente. No exato momento estabelecido por Deus (Ap 3.10)

Acompanhado dos Seus santos glorificados (Jd v.14)

Vencedor no resgate de Jerusalém e do templo dos judeus (2 Ts 2.8)

Sanador. Oferecerá cura, salvação e restauração ao Seu povo (Jr 30.17).

Real. Para estabelecer a nova ordem de paz sobre a terra (Ap 19.16).

 

A restauração de Israel. Será um dos pontos mais relevantes na campanha do Armagedom. A história do povo judeu é marcada por perseguições, ódio, cativeiro, discriminação, abusos inaceitáveis e exploração de todo tipo e em todos os níveis. Termos como “dores de parto” e “angústia de Jacó” e outras expressões similares ocupam boa parte das Escrituras Sagradas.

Restauração espiritual: De acordo com as profecias bíblicas, os judeus, como nação e indivíduos, passarão por um processo duríssimo de purificação e sofrimento até alcançarem o padrão de Deus. O futuro será glorioso.

Assim todo o Israel será salvo (Rm 11.26) – Expressão grega: “KAI OUTOS PÁS ISRAEL SOTHÉSETAI”. Eis uma das mais gloriosas promessas acerca da futura restauração de Israel.  Quando se cumprirá esta tão almejada promessa? De acordo com a visão pré-milenista, cumprir-se-á ela no final da Grande Tribulação, quando Israel estiver em grande aperto (Ez 38 e 39; Zc 12 e 13). Nesta singular provação, descrita por Jeremias como a angústia de Jacó (Jr 30.7), os israelitas haverão de receber a Cristo como o seu único salvador e Messias (Zc 12.10). Neste momento, sairá o Senhor Jesus a pelejar contra as nações que se houverem levantado contra Israel, e destrui-las-ás completamente. A salvação de Israel por conseguinte, dar-se-á tanto física quanto espiritualmente.

 

Restauração política:  Quando os inimigos do Senhor e do Seu povo, especialmente dos judeus, forem derrotados, publicamente na guerra do Armagedom, a nação de Israel ocupará a sua posição política integral (Dt 28.13).

 

Restauração geográfica: A localização geográfica, o tamanho do território, os povos e as nações vizinhas e outras informações similares estão mencionadas nas Escrituras Sagradas (Gn 13.14-18; Am 9.14,15).

 

O TÉRMINO DO ARMAGEDOM

A cidade santa invadida pelo Anticristo e o Falso Profeta, um número incalculável de demônios, um exército universal de 200 milhões de soldados, as casas saqueadas, as mulheres violentadas, o templo e o altar santo profanados, o cerco total, a destruição completa, choro, angústia, morte e desespero indescritível. É o Armagedom.

 

De repente, os céus se iluminam. Essa luz não é fruto da eletricidade, nem é a luz do sol, da lua, ou das estrelas. Essa luz é divina! É o grande sinal do Filho do Homem que surge poderosamente nos céus da Palestina, trajado e equipado como guerreiro que veio para derrotar de uma vez e para sempre todos os inimigos do povo de Deus.

 

Com a destruição completa das forças satânicas e dos exércitos do Anticristo comandados por Satanás, Israel será libertado e vingado, e o Reino eterno de Deus, estabelecido (Dn 2.44,45).

 

Observe como será a destruição esmagadora no Vale do Megido, na planície do Armagedom:

Pelo esplendor da vinda de Cristo (2 Ts 2.8,9).

Pelos anjos (2 Ts 1.7-10)

Pelos santos (Ap 19.14; Jd 14; Zc 14.5)

Por grande pedras de saraiva (Ap 16.21; Ez 38.22)

Pelo fogo e enxofre (Ez 38.22).

Pela peste e pelo sangue (Ez 38.22)

Pelo exército de judeus (Zc 14.14).

Pela autodestruição (Zc 14.13).

Pela espada de Cristo (Ap 19.15, 21; Is 11.4).

 

CONCLUSÃO

A Batalha do Armagedom será o enfrentamento bélico-espiritual que se dará entre as forças de Cristo e as do mal na derradeira etapa da Septuagésima Semana de Daniel (Ap 16.14-16). A batalha do Armagedom será a mais sangrenta de todas as batalhas. Exércitos de todo mundo reunir-se-á para destruir Israel, e assim anular definitivamente as alianças que o Senhor estabeleceu com os patriarcas. Conseguisse Satanás tal vitória, seus ganhos seriam mais teológicos que materiais. A partir daí, até mesmo o Novo Testamento perderia a vitalidade. Como confiar num Deus que não pode guardar as alianças?

Mas será justamente no Armagedom que o Senhor Jesus há de se revelar a Israel como o seu Messias e Libertador. Ele destruirá as forças do Anticristo, anulará o sistema criado por Satanás e há de instaurar o Reino de Deus, que terá por capital a cidade de Jerusalém.

A batalha do Armagedom é descrita vivamente por Zacarias e João (Zc 12 – 14; Ap 16.12-16).