O Reinado De Joás

Texto Bíblico: 2 Reis 11 1-21

O LIVRAMENTO DE JOÁS 

Atalia – a rainha perversa:

Atalia – filha de Acabe e Jezabel. Ela igualava a sua mãe em perversidade.

As maldades de Atalia:

Aqueles que ela matou (11.1): Atalia manda matar toda a família real para assegurar seu reinado sobre Judá.

A retaliação de Atália era decorrente de tudo o que Jeú havia feito ao erradicar a família de Acabe e o culto a Baal em Israel.

Sem dúvida, Satanás fez tudo o que pôde para impedir que o Messias prometido nascesse na família de Davi em Belém!

A vingança é algo conhecido no meio do povo de Deus.

Ao escrever a Lei, Moisés advertiu o povo para que não praticasse a vingança (Lv 19.18).

E Salomão deu o mesmo conselho (Pv 20.22; 24.29).

Jesus falou contra a vingança pessoal (Mt 5.38-48).

Como também o fizeram os apóstolos Paulo (Rm 12.17-21) e Pedro (1 Pe 3.8).

Planejar e executar a vingança causa mais danos ao vingador do que à vítima.

Aquele que escapou (11.2,3): Joás, neto ainda criança de Atalia, é escondido no Templo e lá é criado.

Neste mundo que parece controlado pela dissimulação e pelas ambições egoístas, ainda há pessoas, como Joiada e Jeoseba, que creem na Palavra de Deus e que fazem sua vontade com toda coragem.

Primeiro Joás foi escondido num cômodo onde eram guardadas roupas de cama velhas, e, depois num dos cômodos do templo.

O julgamento de Atalia:

Depois de seis anos, Joiada, o sacerdote, prepara-se para tirar Atalia do trono.

Joiada e Jeoseba e a ama do menino foram pacientes e esperaram pelo tempo de Deus, pois a paciência e a fé andam juntas (Hb 6.12).

Atalia morta (2 Cr 23.16): Ela, que era uma grande traidora, clamava “Traição”, mas ninguém a apoiava.

Depois de reinar sete anos, ela provou a verdade da palavra que “todos os que tomam a espada morrerão à espada” (Mt 26.52).

Joiada – bom sacerdote:

O caráter de Joaiada (2 Cr 23 1-7)

Um homem de grande paciência. Ele esperou seis anos, com o menino real guardado e escondido, até chegar o momento oportuno.

Um homem de grande influência. Os capitães, levitas e principais homens de Jerusalém, responderam à sua chamada.

Um homem de grande fé. Ele tinha confiança que o herdeiro havia de reinar, por ser esse o propósito divino.

Um homem de grande religiosidade. Fez questão de ligar a proclamação do menino-rei com o templo. Porém deu ordem para que nenhum do povo entrasse no templo, mas somente os sacerdotes e os levitas (2 Cr 23.6,7).

Um homem de grandes resoluções. Havendo empreendido o negócio, levou-o ao fim. Arriscou a sua cabeça, mas numa boa causa.

O plano de Joiada:

Em relação a Joás (11.5-12): Joiada o apresenta ao povo e o proclama rei de Judá.

Em relação a Atalia (11.13-16): trazida para fora do Templo, ela é morta.

A aliança com Deus (11.17,18): Após a morte da rainha, Joiada faz alianças com o Senhor, o rei e o povo, e destrói os ídolos de Baal.

JOÁS REINA, A REPARAÇÃO DO TEMPLO (11.19 – 12.21)

A ascensão de Joás (11.19-21): Um garoto de sete anos, Joás é levado ao trono e toma seu lugar como novo rei de Judá.

Um começo espantoso:

Sua deferência ao sacerdote de Jeová. O sumo sacerdote Joiada foi seu tutor e mentor. Ao que parece Joás era um aluno dedicado.

Seu zelo pela Casa de Deus.

Ele passou seus anos mais impressionantes no Templo, sob a influência de Joiada.

Teve zelo religioso, e mandou consertar as partes dilapidadas do templo.

Quando começou a reinar teve o apoio de um povo unido e entusiasmado.

As atividades de Joás (12.1-18):

Joás e o dinheiro do Templo (12.1-16)

A ordem (12.1-5): Joás instrui os sacerdotes a começar os reparos necessários do templo.

A preocupação (12.6-8): Anos mais tarde, o rei se entristece ao saber que os sacerdotes ainda não repararam o Templo.

A caixa (12.9-16): Para financiar os reparos do Templo, Joiada abre um buraco na tampa de uma grande caixa e a coloca ao lado da entrada do templo para receber dinheiro para os reparos.

Joás e os impostos (12.17,18): Quando o rei Hazazel da Síria ataca Jerusalém, o rei Joás o paga com dinheiro e com utensílios valiosos tomados do Templo e do palácio.

A CONSPIRAÇÃO CONTRA JOÁS (12.19-21)

Os pecados de Joás:

A apostasia rápida. A bondade de Joás era derivada principalmente de outro mais forte do que ele. Ele brilhou com uma luz emprestada. Quando carecia da influência de Joiada, ele capitulou aos príncipes perversos (2 Cr 24.17,18). Algumas pessoas andam bem enquanto sob a influência de uma personalidade piedosa, que parece quase como seu anjo da guarda. Joás possuía uma fé superficial e obedecia a Deus somente para agradar a Joiada.

Seu caráter fraco: Ele era um homem fraco, carecendo de juízo, firmeza de vontade e lealdade às suas obrigações. Neste sentido ele podia dizer as mesmas palavras de Davi: “No presente, sou fraco, embora ungido rei” (2 Sm 3.39).

Seu coração não era reto para com Deus.

Quem antes era reformador vem a ser renegado. Joás era um excelente seguidor, mas não um bom líder. Joiada foi uma “escora religiosa” na qual o rei se apoiou. Quando a escora foi removida, o rei caiu.

Quem parecia ser apóstolo, mostrou-se apóstata.

Rejeição aos profetas de Deus (2 Cr 24.19-22). Muito do trabalho dos profetas antigos era o protesto. Eram protestantes não somente em nome mas em verdade, o sofreram por isso (2 Cr 24. 20,21)

Ingratidão. Que ingratidão abominável da parte de Joás (2 Cr 24.22)

Joás – um fim trágico: Um bom começo não é garantia alguma de um final feliz.

Sua derrota. Com um grande exército, é castigado por poucos sírios.

Sua morte: é assassinado por seus próprios oficiais. Onde não há piedade não pode haver prosperidade.

CONCLUSÃO

Em toda parte do mundo onde há conflitos, o mais comum é encontrar esse espírito de vingança e de retaliação.

Em momentos de crise e insegurança, sempre há pessoas corajosas, dispostas a enfrentar perigos, e assegurar que o propósito divino prevaleça.

 Não podemos viver uma fé superficial. Viver na sombra de um grande líder espiritual. É necessário viver à luz dos princípios aprendidos na Palavra de Deus.

A obra de Deus deve ser feita com diligência e transparência.

A ingratidão, tem sido uma tragédia causada contra quem menos o merece, praticada por quem, menos esperaríamos.