Criar uma Loja Virtual Grátis
ELIAS E OS PROFETAS DE ASERÁ E DE BAAL

Elias E Os Profetas De Aserá E De Baal

Texto Bíblico: 1 Rs 18.17-46; 19. 1-21

INTRODUÇÃO

ELIAS E ACABE (18.17-19)

O Desafio: Elias desafia Acabe e seus 850 profetas pagãos a se encontrar com ele.

“És tu o perturbador de Israel?” (v.17):  A conduta de Acabe foi mais infantil que perversa, quando petulantemente acusou o homem de Deus de perturbar a terra de Israel. Elias enfrentou as insinuações de Acabe francamente, devolvendo a acusação diretamente (v.18).

 

O pecador nunca reconhece que é ele mesmo que perturba o seu próprio íntimo, sua própria saúde, e seu próprio ambiente social. Sempre culpa a quem lhe desperta a consciência. É por isso que a psicologia pagã, vendo as pessoas perturbadas por um sendo se culpa, admite abolir toda a moralidade, julgando que com a ausência da lei moral, o pecado jamais preocuparia, uma vez que o ilícito passa a ser lícito. Mas Deus sendo justo e homem pecador, tal inversão seria uma aberração moral. O próprio Deus nos deu o senso divino da realidade do pecado e o escape eterno para dele nos libertar – a vida e a morte do Seu próprio Filho Jesus Cristo, nosso Salvador (1 Jo 1.7).

 

Baal (18.18):

 

A palavra hebraica Ba’al que dizer “Dono”, “Senhor” e “Marido”.

No paganismo de Canaã, era nome coletivo para expressar várias ideias que o povo fazia, das divindades da natureza, que seriam os protetores de certas regiões, especialmente de bosques e montanhas.

Alguns consideram-no deus das chuvas, outros um deus do fogo.

Gradualmente, o nome se tornou um nome próprio, o Baal, o “grande” deus da fertilidade, e produção agrícola, adorado pelos canaanitas e pelos seus sucessores, os fenícios.

Esta adoração incluía os piores abusos sexuais e o sacrifício de vidas infantis (Jr 19.5).

 

O Local do desafio: No monte Carmelo.

 

Dados culturais:

É provável que o monte Carmelo, tivesse servido por muito tempo como uma fronteira natural entre Israel e a Fenícia e era, como muitas montanhas, considerado um local sagrado.

 

É provável que a disputa tenha ocorrida no pé do monte e não no cume. O lugar de adoração em montanhas sagradas geralmente ficava na base e não no cume, que era considerado terreno santo, inacessível às pessoas comuns.

 

Os profetas comiam à mesa de Jezabel (18.19): É interessante notar que é a mesa de Jezabel, e não a de Acabe, que serve aos profetas de Baal e de Aserá. Esse dado sugere que ela tinha os próprios recursos e salões de refeições e que era ela a protetora e benfeitora desses profetas.

 

ELIAS E O POVO (18.20-24)

O castigo (18.20-21): Elias repreende o povo de Israel por ficar indeciso entre adorar ao Senhor ou a Baal.

Até quando titubeareis entre as duas ramificações da estrada? A questão estava diante deles! Uma decisão definida tinha de ser tomada.

 

“Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6.24).

 

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente” (Ap 3.15).

 

A competição (18.22-24): Elias propõe uma competição entre ele e os profetas de Baal.

 

A preparação: Cada lado deve preparar um novilho como sacrifício e colocá-lo no altar.

 

A prova: Elias diz aos profetas que clamem pelo seu deus para enviar fogo que consuma o sacrifício, e Elias clamará a Deus que faça o mesmo.

 

Porque a disputa estava centrada na habilidade da divindade em mandar fogo para o sacrifício?

 

O fogo é um indício da presença de Deus.  O fogo é visto como um elemento presente nas teofanias (aparição de Deus). Desse modo, na disputa, cada divindade seria obrigada a se revelar.

 

O fogo está relacionado aos relâmpagos do deus da tempestade. Como deus da tempestade, Baal é retratado em figuras e em textos, com raios em suas mãos, lançando relâmpagos ou fogo. Em um desses textos, o fogo é usado por Baal até mesmo um instrumento para construir sua casa. Portanto ele era considerado por seus adoradores como o senhor do fogo.

 

O fogo representa a aceitação do sacrifício.

 

ELIAS E OS PROFETAS (18.25-29)

A gritaria (18.25-26): Durante toda a manhã, os falsos profetas clamam a Baal, sem obter resposta.

A NVI fala dos profetas “dançando em volta do altar”

 

“Manquejando”. (18.26): Aqui se descreve uma parte do ritual pagão em voga naquela época. Os falsos profetas caminhavam ao redor do altar, ajoelhando-se a cada passo, fazendo uso alternado dos joelhos.

 

Eles se entregaram a um êxtase de loucura. Tal condição não é desconhecida hoje em dia entre certos dançarinos dervixes, adeptos do sufismo, uma crença mística dentro do Islã.

 

O sacarmos (18.27): À tarde, Elias faz zombaria, sugerindo que o deus deles esteja viajando ou dormindo. A mitologia do mundo antigo entendia que os deuses se envolviam em uma série de atividades parecidas com aquelas praticadas pelos seres humanos.

 

O sacrifício (18.28): Desesperados, os profetas cortam-se com facas e espadas.

Ferindo-se com espadas e lanças:  a auto laceração neste versículo faz parte de um ritual de luto. Na literatura ugarítica, os deuses são retratados fazendo o mesmo quando ficam sabendo da morte de Baal.

 

O silêncio (18.29): A despeito de suas tentativas frenéticas de invocar Baal, a única resposta é o silêncio.

 

ELIAS E O SENHOR (18.30-46)

O fogo dos céus (18.30-46)

A oração de Elias (18.30-39): Após a oração de Elias, fogo desce dos céus consumindo o sacrifício. O povo clama: “O Senhor é Deus!”

 

A purificação (18.40): Elias ordena ao povo que mate todos os profetas de Baal, e eles assim o fazem.

 

A inundação dos céus (18.41-46). Elias anuncia o fim da seca de três anos e meio, e uma grande tempestade cai sobre a terra. Para que o povo soubesse que a seca não era simplesmente uma coincidência infeliz da natureza, mas que tinha vindo particularmente como media disciplinar, terminou agora tal como começou – ao comando do homem de Deus (Tg 5.18).

O fogo como resposta veio prontamente, a chuva teve que aguardar um pouco. Assim é na oração, algumas vezes alcançamos respostas imediatas, em outras ocasiões, precisamos perseverar (18.43).

O sinal, veio como “uma nuvem pequena como a palma da mão do homem” (v.44). “Não desprezem os começos humildes, pois o Senhor se alegra ao ver a obra começar...” (Zc 4.10 Versão Transformadora)

 

ELIAS E SEUS TEMORES (Cap.19)

Elias e Jezabel (1-8)

O motivo do ódio de Jezabel. Elias tinha destruído os falsos sacerdotes, e isso preocupava mais a mulher iníqua do que a bênção da chuva fornecida milagrosamente (18.45). Sua reputação como sacerdotisa do culto a Baal estava em jogo.

 

A ameaça da rainha – de matar o profeta na primeira ocasião possível (v.2). Parece que ela, e não Acabe, realmente governava o país.

 

A fuga de Elias, o seu desânimo – “Eu não sou melhor do que meus pais”. Parece que ele estava um tanto preocupado consigo mesmo, e não com o poder de Deus e sua obra.

 

Elias precisava viajar 320 quilômetros, uma distância que levaria quarenta dias para ser percorrida. Uma caravana geralmente conseguia percorrer cerca de 30 quilômetros por dia, mas Elias não estava acostumado a esse tipo de viagem e estava sozinho, e considerando o clima da região, 8 quilômetros por dia não era incomum.

 

Elias e o desânimo: totalmente desanimado, não percebendo que Deus operava seus desígnios providenciais Elias pediu a morte. Não é medo que se apoderou de Elias, mas desânimo, cansaço da vida. Precisava, como Paulo (Gl 1.17), estar sozinho com Deus para meditação e reavivamento.

 

Basta (19.4): Não parece ser o mesmo homem descrito no capítulo anterior (18.18, 36-38). Mas Deus, longe de o rejeitar, envia Seus anjos, para ministrar conforto ao seu servo esgotado. Elias era um herói da fé, mas também era um “vaso de barro” (2 Co 4.7; Tg 5.17).

 

As consolações de Deus, e forças renovadas (compare-se 2 Cr 1.4): comida, bebida, conforto, proteção, encorajamento (v.6-8). É no silêncio que a voz orientadora de Yahweh pode ser ouvida.

O cuidado amoroso de Deus para com o profeta esgotado está evidente aqui. As experiências emocionais pelas quais o profeta tinha acabado de passar deixaram nele as suas marcas.

 

Elias no monte Horebe. (9-21). Elias tinha viajado para o Sul, e chegara a Horebe, distrito montanhoso no centro do qual estava o monte Sinai, onde Israel recebera a Lei. A experiência no Carmelo estava longe desta outra entre os duros penhascos do Horebe. Aquele cuja oração fizera Deus mover os elementos estava agora escondido por causa da raiva de uma mulher.

 

Aqui continua a sua queixa. Gloria-se ele no seu zelo por Deus; fala contra Israel em vez de interceder pela nação, e alega ser ele de resto o único homem piedoso. Tudo isso é inverdade.

 

Elias na caverna,

Onde dorme, e em sonhos sente-se na presença de Deus. (Nós, entrando em nosso quarto e fechando a porta, podemos também estar a sós com Deus).

 

Algumas coisas próprias à caverna ou ao quarto: descanso; isolamento; reflexão; contato com o mundo invisível em visões de terremotos, ventos e da voz do Senhor.

 

Elias na entrada da caverna,

Obediente à palavra divina.

Agora ele ouve repetida a mesma voz que ouvira (provavelmente) em sonhos, e responde de maneira idêntica. Notemos:

Que Elias se preocupa com o serviço feito; Se Deus lhe concedesse, naquela hora, alguma doce consolação, Elias alimentaria ainda mais o hábito egoístico e destrutivo de ter pena de si mesmo.

 

Que pensa ser só ele fiel ao Senhor; “eu fiquei só” (19.14): Elias aprendera a ter uma pura consciência do dever, vivendo a sós com suas meditações, mas agora sentia a falta de amigos, e de apoio humano.

 

Que Deus ocupa com novos serviços futuros; Elias erra ao pensar que ele era indispensável, a última e única esperança de Deus. Ao anunciar três sucessores, o Senhor está deixando claro que ele nunca fica sem recursos.

 

O rei arameu, Hazazel, seria um instrumento de Deus para punir Israel (2 Rs 10.31)

Jeú se tornaria rei dessa nação e no processo traria castigo do Senhor à casa de Acabe (2 Rs 10)

Eliseu daria continuidade ao obra profética de Elias.

 

Esses três indivíduos, embora diferindo em vocação e caráter estariam, contudo ligados para humilhação e vergonha da casa de Acabe.

 

A melhor inspiração nas horas de depressão é receber mais responsabilidades das mãos de Deus, para ter sua vocação renovada.

 

Que Deus pode tratar de mais 7.000 fiéis.

No Obelisco Negro de Salmanaser III, o rei de Israel Jeú é retratado beijando o chão diante do rei assírio.

Em Enuma Elish, o tribunal dos deuses beija os pés de Marduque após ele ter sufocado a rebelião e se estabelecido como líder do panteão.

Esse era um ato comum de submissão oferecido a reis e deuses.

Elias não teria de passar o resto de seus dias como um fugitivo de Jezabel e Acabe. Baal fora derrotado; Jeová estava no trono; e Deus ainda tinha alguma coisa para Elias fazer.

 

Elias volta ao serviço profético, depois de ter aprendido a:

Não se prender ao passado;

Não pensar que só ele é fiel.

Buscar aquele que deve continuar o serviço profético (v.16).

 

O MINISTÉRIO PROFÉTICO

O que é profeta: O que fala por Deus ou em lugar de Deus. É o porta-voz da divindade, cuja missão é preservar o conhecimento do único e verdadeiro Deus em momentos de crise.

 

O fato histórico: Que deu ocasião à obra dos profetas foi a apostasia das dez tribos no fim do reinado de Salomão (1 Rs 12). Como medida política, para conservar separados os dois reinos, o reino do Norte adotou como religião oficial o culto do Bezerro, um aspecto da religião do Egito. Logo depois adicionaram o culto de Baal, que também teve grande influência do reino do Sul. Nessa crise, quando o povo de Deus O estava abandonando e se entregando à idolatria das nações vizinhas, e quando o nome de Deus estava desaparecendo do espírito do povo e os planos divinos, que visavam à redenção final do mundo, reduziam-se a zero, nesse tempo surgiram os profetas.

 

O elemento profético: Eruditos modernos inclinam-se a reduzir ao mínimo o elemento profético na Bíblia. Mas esse elemento aí está. A ideia mais persistente de todo o Antigo Testamento é esta: o SENHOR, o Deus da nação hebraica eventualmente vai tornar-se o Deus de todas as nações. As gerações sucessivas de escritores do Antigo Testamento, passam do geral ao particular na descrição dos pormenores desse fato e da maneira como se vai realizar. E nos profetas, embora eles mesmos possam não ter compreendido todo o alcance de algumas de suas palavras, e ainda que alguma de suas predições estejam obscurecidas por fatos históricos dos seus dias, mesmo assim toda a história de Cristo e da propagação do cristianismo na terra está descrita antecipadamente, em linhas gerais e em detalhes numa linguagem que não se pode referir a nenhum outro evento da História.

 

Profetas e sacerdotes:

 

Os sacerdotes eram os mestres religiosos do povo, regularmente designados. Constituíam uma classe hereditária e muitas vezes foram os homens mais ímpios da nação. Ainda assim eram mestres religioso. Ao invés de bradar contra os pecados do povo, caíam com ele nas mesmas faltas e tornavam-se líderes na iniquidade – os profetas não eram uma classe hereditária. Cada um recebia diretamente de Deus o seu chamado. Procediam de diferentes profissões: Jeremias e Ezequiel foram sacerdotes; e talvez também Zacarias. Isaías, Daniel e Sofonias pertenceram à realeza. Amós foi pastor. Quanto aos demais, não se sabe o que foram.

 

A missão e a mensagem dos profetas foram:

Procurar salvar a nação de sua idolatria e impiedade.

Falhando nisso, anunciar que a nação seria destruída.

Não porém, completamente destruída. Um remanescente seria salvo.

Do meio desse remanescente sairia uma influência que se espalharia pela terra e traria a Deus todas as nações.

Essa influência seria um grande Homem, que um dia se levantaria na família de Davi. Os profetas chamaram-no de “Rebento”.

 

Mensagem de cada profeta, expressa em poucas palavras:

 

Joel: Visão da dispensação do evangelho, colheita das nações pelo SENHOR.

 

Jonas: Vislumbre do interesse do Deus de Israel nos inimigos de seu povo.

 

Amós: A Casa de Davi, ora repudiada por Israel, ainda regerá o mundo.

 

Oséias: O SENHOR repudiado por Israel, será um dia Deus de todas as nações.

 

Isaías: Deus tem um remanescente, para o qual existe um futuro glorioso.

 

Miquéias: O Príncipe vindouro de Belém, e seu reinado universal.

 

Naum: Juízo pendente sobre Nínive.

 

Sofonias: A vinda de nova revelação, chamada por um novo nome.

 

Jeremias: O pecado, a condenação e a futura glória de Jerusalém.

 

Ezequiel: A queda de Jerusalém, sua restauração e futuro glorioso.

 

Obadias: Edom perecerá de todo, por causa de sua inimizade ao povo do SENHOR.

 

Daniel: Os quatro reinos, e o reino universal e eterno de Deus.

 

Habacuque: Certeza de triunfo final para o povo Do SENHOR

 

Ageu: O segundo templo, e o templo maior que há de vir.

 

Zacarias: O Rei vindouro, sua casa e seu reino ilustre.

 

Malaquias: Mensagem final à nação messiânica.

 

 

Como identificar um Falsos profetas – algumas questões relevantes:

Ele profetizou alguma coisa que não se cumpriu? 100% de suas profecias se tornaram verdadeiras? (1Sm 3.19)

Pratica a mediunidade? (Dt 18.11)

Faz uso de adivinhação? (Dt 18.11)

Ele se envolve com médiuns ou feiticeiros? (Dt 18.10)

Ele segue falsos ídolos ou deuses? (Êx 20.3,4; Dt 13.1-3)

Ele nega a deidade absoluta de Jesus Cristo (Cl 2.8,9)

Ele nega a humanidade de Jesus? (1 Jo 4.1,2)

Ele defende a abstinência de certos alimentos ou comidas, alegando razões espirituais? (1 Tm 4.3,4)

Ele proíbe o casamento ou o sexo entre pessoas legalmente casadas, ou exige anticoncepção? (1 Tm 4.3; Hb 13.4).

Ele promove a imoralidade, ou sexo sagrado? (Jd 7)

Ele incentiva o legalismo, que inclui a guarda do sábado como modo de salvação? (Cl 2.141-23)

 

CONCLUSÃO

  1. Nós não somos profetas, mas devemos ter algum préstimo espiritual. Qual seria?
  2. Que sabe o aluno do desanimo, isolamento, visão do invisível?
  3. Em que seria Elias semelhante ao Senhor Jesus? E em que era diferente?