1 REIS

O Livro De 1º Reis

O Reinado de Salomão.

O Templo

O Esplendor da Corte de Salomão

A Idade Áurea da História dos Hebreus

A Apostasia das Dez Tribos

Elias

 

Os livros, 1 e 2 Reis, no Antigo Testamento Hebraico, eram um livro só. Foram divididos pelos tradutores da Septuaginta. Narram mais ou menos o seguinte:

  1. O reinado de Salomão.
  2. A Divisão do reino e a história paralela dos dois reinos.
  3. A história subsequente de Judá até ao Cativeiro.

1 Reis começa com a nação judaica no seu apogeu. 2 Reis termina com a nação arruinada. Juntos os dois cobrem um período de uns 400 anos, aproximadamente, 1000-600 a.C.

AUTOR. O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha compilado os registros escritos por Natã, Gade (1 Crônicas 29.29) e outros. Quem quer que fosse, faz frequentes referências a anais oficiais e a outros registros históricos existentes na época como, por exemplo o “Livro da História de Salomão”, “Livro da História dos Reis de Israel”, “Livros da História dos Reis de Judá”, (1 Rs 11.41; 14,19,29; 15.7,23,31; 16.5, 14,27, etc). Assim, ao que parece, havia abundância de narrativa escrita, às quais o escritor sagrado recorreu, guiado, naturalmente, pelo Espírito de Deus.

DATA. 550 a.C

 

ESFERA DE AÇÃO. Vai desde a morte de Davi até o reinado de Jorão sobre Israel, cobrindo um período de 118 anos, de 1015 a 897 antes de Cristo.

O REI SALOMÃO

“Abraão era ‘o amigo de Deus’ e Davi “o homem segundo o coração de Deus’, mas Salomão não andou nos caminhos deles. Sua história tem algumas boas notas; sua primeira humildade, sua sensata escolha de sabedoria, a construção do templo e sua notável oração à dedicação. Mas, salvo isso, que mais há para seu crédito? Era homem de muita habilidade; botânico, zoólogo, arquiteto, poeta e filósofo moral; contudo, era um homem que carecia de energia e caráter.

Moisés tinha avisado de que os futuros reis de Israel não deveriam multiplicar para si riquezas, cavalos nem mulheres (Dt 17.14-20), mas Salomão fez tudo isto, e “as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado” (Ne 13.26) de sensualidade e idolatria. Ele tomou para si 700 mulheres, e algumas delas dentre as próprias nações contra quem Israel tinha sido advertido.

Disto resultou a introdução de falsos cultos, pelo que o juízo de Deus foi pronunciado contra ele.

Se qualquer homem pudesse ter ficado satisfeito por haver adquirido tudo quanto queria, esse homem teria sido Salomão; contudo, ele escreveu (no Eclesiastes) que tudo debaixo do sol é vaidade e vexame de espírito. Em Salomão vemos o egoísmo no seu pleno desenvolvimento, com resultado de fastio e aborrecimento” - Scroggie

A RELIGIOSIDADE NO REINO DIVIDIDO

  1. A Religião no Reino do Norte. Jeroboão, fundador do reino do Norte, adotou para manter separados, os dois reinos, o culto do bezerro, a religião do Egito, como religião oficial do reino recém-formado. O culto de Deus identificara-se em Judá, com a família de Davi, o bezerro veio a constar como símbolo da independência de Israel. Jeroboão incutiu tão profundamente o culto do bezerro no reino do Norte que não pode ser arrancado daí senão com a queda desse reino. O culto de Baal, introduzido por Jezabel, prevaleceu por uns 30 anos, mais foi exterminado por Elias, Eliseu, e Jeú, nunca mais reaparecendo, embora persistisse, com intermitências, em Judá, até ao cativeiro desde. Todos os 19 reis do Norte seguiram o culto do bezerro de ouro. Alguns deles serviram também a Baal, porém nenhum tentou alguma vez fazer o povo voltar para Deus.

 

  1. A Religião no Reino do Sul. Foi o culto de Deus, posto que a maioria dos reis servisse aos ídolos e andasse nos maus caminhos dos reis de Israel, contudo alguns dos reis de Judá serviram a Deus e por vezes houve notáveis reformas no meio desse povo. Entretanto, apesar dos rebeldes e enérgicos avisos dos profetas, Judá acabou por abismar-se nas práticas horríveis do culto de Baal e de outras religiões dos cananeus, até que não houve mais remédio.

PERSONAGENS PRINCIPAIS

  • Rei de Israel; designou seu filho Salomão como o próximo rei a governar.
  • Salomão. Filho de Bate-Seba e Davi; terceiro rei a governar Israel e construtor do templo; Deus o tornou o homem mais sábio já nascido.
  • Roboão. Filho de Salomão, sucedeu-o como rei de Israel; seus atos perversos levaram à divisão de Israel em dois reinos; mais tarde, tornou-se rei do reino do Sul (Judá).
  • Jeroboão. Rei perverso das dez tribos de Israel (reino do Norte); construiu altares idólatras e designou sacerdotes não levitas.
  • Profeta de Israel; realizou atos extraordinário de fé contra os profetas de Baal.
  • Oitavo rei e o mais perverso de Israel; praticou a iniquidade mais do que qualquer outro rei israelita.
  • Casou-se com Acabe e se tornou rainha de Israel; promoveu a adoração a Baal.

 

PORÇÕES SELETAS

  • A sábia eleição de Salomão (3.5-14)
  • A grande sabedoria de Salomão (caps. 3 a 4)
  • A oração de Salomão na dedicação do templo (8.22-53)
  • A visita da rainha de Sabá (cap.10)
  • O ministério de Elias (17-19; 21)
  • O chamado de Eliseu (19.19-21)

TEMA. Em 1 e 2 Samuel relata-se que a nação judaica exigiu um rei a fim de torna-se como as demais nações. Embora contrária à sua perfeita vontade, Deus lhe concedeu essa petição. Neste livro aprendemos a história de Israel sob os reis. Apesar de governarem muitos reis de caráter reto, a história da maior parte deles é a de governos maus e iníquos. De acordo com a sua promessa em 1 Samuel 12.18-24, o Senhor não deixou de abençoar o seu povo quando o buscava, mas, por outra parte, nunca deixou de castiga-lo quando se separava dele.

 

PROPÓSITO

O propósito do livro não é apenas registrar a história dos reis, mas demonstrar que o sucesso de qualquer rei (e da nação como um todo) dependia da medida de sua fidelidade à lei de Deus. O fracasso resultou em declínio e cativeiro.

O PERÍODO DO CATIVEIRO BABILÔNICO

Embora tenha sido de apenas setenta anos (d e607 a.C a 538 a.C), aproximadamente, esse período foi determinante para a história e o caráter de Israel. Por volta do ano 605 a.C., Nabucodonosor, rei do império babilônico, ataca Jerusalém e leva cativos alguns habitantes de Judá para a Babilônia. Entre eles, Daniel e seus amigos.

Em 586 a.C., Nabucodonosor torna atacar Judá, sitiando Jerusalém, destruindo o templo e levando embora os vasos sagrados, juntamente com a população da terra. Nesse período de exílio, surgem profetas como Daniel e Ezequiel. Enquanto isso, em Jerusalém, Jeremias também continua exercendo seu ministério profético.

O cativeiro está baseado na lei do descanso da terra conforme predisse o profeta Jeremias (Jr 25.11) Pela lei, os judeus deveriam deixar a terra em descanso a cada sete anos. Todavia, passaram-se 490 anos e eles não obedeceram. Como consequência, os setenta anos foram uma maneira de impor esse descanso.

Em 539 a.C., Daniel compreendeu, pela leitura do livro do profeta Jeremias, que o tempo do cativeiro estava chegando ao fim. Então, ele passou a buscar Deus em oração, que lhe revelou os eventos futuros que estavam por vir.

Assim, Daniel escreve suas revelações em um livro, onde falou sobre a queda de Babilônia e dos impérios que ainda iriam surgir. E tudo isso, conforme havia predito o servo de Deus, se cumpre literalmente.