O EVANGELHO CHEGA EM ANTIOQUIA DA SÍRIA

O Evangelho Chega Em Antioquia Da Síria

 

Texto Bíblico: Atos 11.19-30; 13.1-3

INTRODUÇÃO:

Fundada pouco depois do apedrejamento de Estêvão, pelos cristãos que foram disperso pela perseguição que se seguia, começou sendo exclusivamente de cristãos de raça judaica (v.19). Alguns anos mais tarde, certos cristãos de Chipre e de Cirene, tendo ouvido que Cornélio fora recebido na Igreja, chegaram a Antioquia e pregaram que os gentios não precisariam se tornar prosélitos judeus a fim de serem cristãos. Nisto Deus mostrou Sua aprovação (v.21).

A evangelização do mundo estava a todo vapor, e isso sem a contribuição de Paulo. Não há pessoas indispensáveis na obra. Somos apenas cooperadores, e não os agentes da obra.

A igreja de Antioquia foi o primeiro centro do cristianismo gentílico, de onde Paulo empreendeu a evangelização do império romano. Um dos mestres dessa igreja era irmão colaço de Herodes, do que presumimos ter sido ela, de muito prestígio. Tornou-se o centro da obra missionária de Paulo. De lá saía nas viagens, e para lá voltava para dar seu relatório.

 

O PRINCÍPIO DO EVANGELHO EM ANTIOQUIA DA SÍRIA

Os cristãos se reúnem em Antioquia (11.19-21) – Uma igreja começa a florescer na cidade de Antioquia.

A perseguição que culminou na morte de Estêvão, causou a dispersão dos crentes, que chegam em Antioquia e a evangelizavam (v.19).

 

Um grande número creu no Senhor (v.21). A notícia do novel e próspero trabalho chegou ao conhecimento da igreja em Jerusalém. As autoridades da igreja, convencidas pelas provas que Pedro levara para mostrar que a conversão de Cornélio era obra de Deus, aprovaram esta obra também, e enviaram Barnabé com as bênçãos da Igreja-Mãe, e entraram muitos gentios (v.24).

 

Os cristãos unem-se em Antioquia (11.22-30)

Barnabé (11.22-24) – Ele é enviado pela igreja de Jerusalém para auxiliar a nova igreja.

Quem vai inspecionar a obra foi Barnabé (At 11.22), que fez um trabalho digno de alguém chamado “filho da exortação” (At 4.36; 11.23).

 

Ele era um obreiro cristão completo:

Era um homem bom.

Cheio do Espírito Santo.

Cheio de fé.

 

Saulo (11.25-26) – Barnabé traz Saulo de Tarso a Antioquia para auxiliá-lo. Barnabé foi para Tarso, uns 160 Km ao nordeste de Antioquia.

O trabalho cresceu tanto, que Barnabé, já não dava conta do recado.

Ele se lembrou de Saulo.

O texto indica que ele teve que se empenhar por achar Saulo em Tarso “tendo-o encontrado” (At 11.26). Assim mais uma vez, Barnabé desempenha um ministério de bênção na vida de Saulo.

Saulo já se havia convertido e vinha-se preparando talvez por catorze anos. Não há dúvida, que seja qual for o lugar onde passara este período, seu tempo tinha sido ocupado em narrar incessantemente a história de Jesus. Afinal, Saulo havia chegado ao ponto para o qual fora preparado pelo Senhor, desde a sua educação doméstica até aos anos de comunhão com o Senhor, na Arábia – tudo isso agora lhe garantiu um ministério consistente. Tudo isso valeu-lhe o honroso título de “O Intérprete de Cristo”. Doravante, ele podia sair pelo mundo pregando a Cristo, estabelecendo igrejas, escrevendo epístolas, ganhando almas, edificando os remidos do Senhor, sacrificando a vida como oferenda agradável a Deus. Agora vem para ser um líder ativo neste novo centro de cristianismo entre os gentios.

 

O CRESCIMENTO DO EVANGELHO EM ANTIOQUIA DA SÍRIA

Muita gente se uniu ao Senhor (v.24).

Muita gente recebeu profundo ensinamento (v.26).

Que teriam ensinado Barnabé e Saulo durante todo aquele ano? Sem dúvida, tudo sobre Cristo, pois naquela cidade, pela primeira vez na história,

 

Os discípulos foram chamados de “cristãos” (v.26). O nome cristão surgiu do esforço dos gentios em distinguir esta nova entidade religiosa, que não era uma seita do judaísmo, posto que a igreja de Antioquia era gentia... O nome “cristão” proveio dos gentios e talvez fosse dado como apelido, por divertimento ou por desprezo.

 

O apoio da igreja em Jerusalém:

Primeiro a igreja envia Barnabé (v.22).

Agora envia mais profetas (v.27).

 

ANTIOQUIA – UMA IGREJA MODELO

A Igreja E O Ensino Teológico.

A igreja nasceu como fruto de um trabalho consolidado de ensino teológico (v.26).

Havia um ministério de ensino na igreja (At 13.1). Antioquia da Síria, havia sido sacudida pela Palavra de Deus! Nesta lista de obreiros Barnabé aparece primeiro, nesta época Barnabé era o obreiro principal. O último da lista é Saulo (At 13.1).

Antioquia era uma igreja multicultural e multirracial.

 

A Igreja E A Assistência Social

Enviaram socorro para a igreja da Judéia (v.28,29)

Durante algum tempo, houve na Judéia seca e pobreza, quase chegando à miséria. Ali a situação era grave, ao mesmo tempo em que a Igreja em Antioquia experimentava grande avivamento espiritual.

 

Barnabé e Saulo, foram os escolhidos para levarem as ofertas para a igreja da Judéia (v.30).

Ora, Barnabé conhecia de perto o problema econômico da comunidade cristã de Jerusalém.

Espírito generoso e liberal como era, ele deve ter encabeçado o movimento em favor dos crentes pobres da Judéia.

Atos 15.25,26 mostra que havia um clima de compreensão e fraternidade entre os crentes de Antioquia e os de Jerusalém.

Tinha chegado a “fome” predita pelo profeta Ágabo. E uma generosa oferta foi enviada a Jerusalém por meio de Barnabé e Saulo.

 

A Igreja E A Obra Missionária – O Chamado Missionário:

Característica de uma igreja missionária.

Serviço – “Servindo eles ao Senhor” (v.1)

Consagração – “Jejuando e orando” (v.3).

Obediência ao Espírito Santo   – “Então” (v.3)

Comprometimento – “pondo sobre eles as mãos, os despediram” (v.3). Eles são comissionados pela igreja de Deus (13.3). Os profetas e mestres, numa assembleia, impõem suas mãos sobre os dois e os enviam. “Imposição de mãos” implica tanto em reconhecimento, por parte da igreja, da chamada dos dois, quanto em um compromisso financeiro.

 

Aspectos do chamado missionário: Barnabé e Saulo são escolhidos pelo Espírito Santo (13.1-3) O Espírito Santo diz aos líderes de Antioquia que separem esses dois homens para uma obra especial.

 

É um chamado do Espírito Santo (v.2): “Disse o Espírito Santo”.

É um chamado imperativo (v.2): “Apartai-me”.

É um chamado seletivo (v.2): Os missionários são apartados para o Espírito Santo.

É um chamado inconfundível. Os missionários foram designados por seus nomes (v.2). O Espírito Santo separou Barnabé e Paulo, e não Paulo e Barnabé. O líder não era Paulo. Ele precisava aprender ser liderado antes de liderar. Paulo já tinha sido um cristão desde uns 12 ou 14 anos passados, e se tornara um líder da Igreja em Antioquia. Já chegara a hora da sua saída missionária, para levar o nome de Cristo para as partes mais longínquas do mundo gentio (22.21).

É um chamado objetivo: “para a obra a que os tenho chamado” (v.2).

 

 

A IMPORTÂNCIA DA IGREJA EM ANTIOQUIA – FATOS HISTÓRICOS

Fatos Históricos e Geográficos.

Terceira cidade do império romano (somente Roma e Alexandria a sobrepujavam).

População de 500.00.

Uns 500 km ao norte de Jerusalém.

Porta de acesso do Mediterrâneo às grandes estradas orientais.

Centro oriental de operações de César, Augusto e Tibério.

Chamava-se “Antioquia, a Bela”, “rainha do Oriente”, embelezada com tudo quanto a “riqueza romana, a estética grega e o luxo oriental podiam produzir”.

Todavia, era uma das “mais sórdidas e depravadas cidades do mundo”. O culto de Astarote pelas mulheres de Antioquia era tão indecente que Constantino mais adiante o aboliu pela força.

Todavia, multidões de seu povo, aceitaram Cristo; foi lá que surgiu o nome de “CRISTÃOS”, tornando-se a cidade o centro de um esforço organizado para a cristianização do mundo.

 

 

CONCLUSÃO:

Escrevendo sua segunda carta aos Coríntios, Paulo fala das cinco marcas de uma vida vitoriosa: otimismo indestrutível, sucesso constante, impacto inesquecível, integridade irrefutável e realidade inegável (2 Co 2.14-171; 3.1-3). Contudo, a grande questão é: “Quem, porém, é suficiente para estas cousas” (2 Co 2.16). Ele não dá a resposta imediatamente. Só vai fazê-lo no capítulo seguinte, quando escreve: “a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3.5). Só depois de aprender esse princípio, Paulo está pronto para ser o grande líder, o grande missionário, o homem poderosamente usado nas mãos de Deus para levar o Evangelho aos mais distantes rincões do mundo.