ESMIRNA – A IGREJA PERSEGUIDA
Texto Bíblico: Apocalipse 2.8-11
INTRODUÇÃO
Esmirna, leva-nos ao período do martírio, concluindo com a última perseguição sob Dioclesiano. A mensagem do Cristo ressurreto foi dirigida à Igreja dos mártires a fim de consolá-los em suas tribulações, e a fim de dar-lhes sólida esperança relativo ao futuro. A terra não tem tristeza que os céus não possam curar.
O DESTINATÁRIO:
A Cidade De Esmirna:
Significado Do Nome: Esmirna significa “amargura”. O termo correspondente à substância mirra, que se tornou símbolo da morte (Mt 2.11; Mc 15.23; Jo 19.39). A mirra também era um dos ingredientes do óleo da santa unção (Êx 30.23-25) e também se usava no embalsamento dos mortos. “O nome descreve bem a igreja perseguida até a morte, embalsamada nos perfumes prévios de seu sofrimento, tal como o foi a igreja de Esmirna. Foi a igreja da mirra ou amargura; entretanto, foi agradável e preciosa para o Senhor” – Seiss. Assim como a mirra deve ser amassada para liberar sua fragrância, da mesma forma o testemunho desta igreja amassada pela perseguição produziu uma fragrância suave e agradável a Deus.
Aspectos Da Cidade:
Era uma cidade opulenta, próspera e dissoluta. De construção atraente, nos dias de João era chamada “a bela”. Concorria com Éfeso pela honra de ser chamada “a principal cidade da Ásia” e a “metrópole”.
Esmirna também é famosa por ser o torrão natal de Homero (o poeta grego). Seu rio Meles, era famoso desde o tempo de Homero, o qual ali mesmo nasceu e escreveu os seus trabalhos imortais: Ilíada e Odisséia, poemas que retratam a vida dos gregos naquela época.
Foi, como Tróia, um centro cultural e comercial. Três historiadores relatam os grandes episódios desse povo: Heródoto, Estrabão e Pausânias.
Era o lar de Policarpo (bispo de Esmirna). Aqui Policarpo foi martirizado aos 90 anos de idade, em 168 d.C.
A “Coroa de Esmirna”: Despertava grandes comentários. Era aquele conjunto de grandes prédios e templo no topo do monte Pago. Ali, onde se construíra a nova cidade. Tal era a sua beleza que sempre se referiam a ela como “coroa” de flores, como à que se ofereciam aos atletas vencedores nos jogos olímpicos.
A Rua De Ouro: Para completar ainda mais a glória da cidade de Esmirna, haviam construído uma “Rua de Ouro”, com calçamento em pedra branca. Partia do templo de Zeus, o pai dos deuses, e terminava no templo da deusa Cibele – a deusa da natureza.
É a única das sete cidades que permanecem até hoje, com a grandeza que tinha no tempo de João.
Esmirna era o centro do ministério e o lugar do martírio de Policarpo, que fora separado para o episcopado pelo apóstolo João.
A Religião De Esmirna:
Eram idólatras: Adoravam Cibele, mãe do céu, deusa da terra, dos animais e da natureza em geral. Era a esposa de Saturno e mãe de Júpiter, de Netuno (ou seja, Posídon) e Plutão. Personificava as coisas naturais. Netuno era o deus do amor. Sendo Esmirna porto do mar, claro teria muitos adeptos.
Adoravam a deusa Cere – a deusa da fertilidade, dos cereais. Daí o vocábulo “cereal”.
Adoravam Ártemis, ou seja, Diana, como o faziam os efésios, no seu grande templo.
E também não se esqueciam do jovial “Eros” – o deus do amor e das aventuras. Ficou conhecido entre os romanos, como Cupido.
Esmirna foi a terra da fábula de Dionísio, um deus que supostamente fora assassinado, mas que ressuscitara.
A Igreja de Esmirna:
Esmirna é a igreja perseguida. Representa o período de 100 a 312. Em 312 o imperador Constantino aboliu as perseguições aos cristãos.
O trecho de Atos 19.10 mostra que, em resultado do ministério de Paulo na Ásia Menor, muitas cidades foram evangelizadas naquela área, sem que haja qualquer menção específica no livro de Atos dos Apóstolos. Esmirna, provavelmente, se contava entre elas, possivelmente tenham sido os primeiros crentes evangelistas a levar o Evangelho a Esmirna.
O CONSELHEIRO
Como Ele se apresenta à igreja atribulada em Esmirna, nas véspera de tempo de martírio:
Como “o primeiro e o último” (v.8): Quem fala é aquele que é “de eternidade a eternidade” (Sl 90.2), Aquele que “é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8)
O Primeiro:
Cristo é o “primeiro” quanto ao tempo e à importância.
Ele é a “fonte” originária de toda e qualquer vida, seu princípio mesmo.
Cristo é o “arquétipo” de toda criação, o “plano mestre” cuja estatura e glória aumentam e são promovidas na criação que dele se originou. Ele é também a “primeira causa”, de onde tudo o mais procede.
O Último: Na qualidade de “Último”, pode-se dizer o seguinte sobre Cristo:
Ele é a razão mesma da existência.
Ele é o princípio da vida após a morte.
Ele é o alvo de toda existência, o Ômega.
“Aquele que foi morto e reviveu” (v.8): A referência claramente é à crucificação e ressurreição de Cristo. Essas palavras tinham uma relevância peculiar na carta à igreja de Esmirna. Porque essa cidade havia morrido e tornou a viver. Strabo diz que os lídios destruíram o lugar e por cerca de quatrocentos anos não houve cidade ali, apenas algumas vilas espalhadas. Ramsay observa: “Todos os leitores de Esmirna certamente seriam sensibilizados impressionante analogia com a história primitiva de sua própria cidade”. No meio dos seus sofrimentos, Esmirna ouve que há um Salvador (que foi morto, mas vive) sobre todos, sabendo, prevendo tudo, controlando tudo, animando todos.
Como Aquele que havia experimentado a perseguição, até mesmo a morte e havia vencido (2.8; 1.17,18) Há somente um que pode confortar e firmar o crente perseguido até a morte por causa da fé no verdadeiro Deus; é Aquele que, depois de ser fiel até a morte, reviveu (1.18). Cristo, ressuscitado da morte, transforma a dor mais agonizante, os sinistros mais tremendos, as catástrofes mais trágicas, em gozo indizível e cheia de glória.
O ELOGIO. Deus não especifica as obras, mas a tribulação e a pobreza. Era rica para com Deus. Em Esmirna Deus nada reprovou. A perseguição, de alguma forma conserva os santos perto do coração de Deus.
A Perseguição Contra A Igreja De Esmirna – Podia ser de três fontes:
Do antigo paganismo, com seu sistema de sacerdotes, templos, santuários, rituais, estátuas de deuses, etc.
Do governo, pois os imperadores romanos já estavam presos à mitologia e exigiam que os povos os adorassem como se fossem deuses. Queimavam incenso em sua honra em praça pública.
Dos judeus: que rejeitavam a Cristo como Salvador do mundo.
Tribulação (v.9): Não somente sabe de toda a tribulação que sofremos mas é Ele que nos concede padecer por Ele (Fp 1.29) Aparentemente, a tribulação gerou a pobreza. Hebreus 10.34: “Sofreram com os que foram presos e aceitaram com alegria quando lhes foi tirado tudo que possuíam. Sabiam que lhes esperavam coisas melhores, que durarão para sempre” (Versão Transformadora)
A palavra grega para tribulação “thlipsis” é forte, significando “pressionado”, “pressão, “opressão” ou “espremido”. Sugere a figura de um lagar, no qual o suco das uvas é espremido.
Tribulação vem do latim tribulum, que significa uma debulhadora, usada para debulhar os grãos. Transmite a figura do grão sendo batido com uma vara, para tirar os grãos da casca.
Assim, temos duas figuras, que sugerem a natureza da tribulação: é uma questão de pressão e golpes.
Pobreza (mas tu és rico): Perseguidores sem coração haviam reduzido os santos à mendicância. Aquele que não tinha onde reclinar a cabeça, enquanto na terra, sabe quando nos falta o pão. A pobreza da igreja em Esmirna era ainda mais acentuada no meio duma cidade rica e florescente. Esmirna era pobre, porém rica – Laodicéia era rica porém pobre. A igreja em Laodicéia ajuntara tesouros para si e a de Esmirna era “rica para com Deus” (Lc 12.21, 33, 34; Tg 2.5). A piedade não é garantia de da riqueza material. É inegável que a igreja primitiva se compunha, principalmente de pessoas pobres. Mas a alusão, neste ponto, é a pobreza forçada e “crítica”, produzida pela perseguição, não se tratando da pobreza normal e crônica das classes inferiores, de onde provinham quase todos os convertidos cristãos.
A Blasfêmia (v.9): Os que se dizem judeus, e não o são (v.9). Eram judeus por nascimento, mas espiritualmente eram uma “sinagoga de Satanás”. É judeu somente o que o é no interior (Rm 2.28,29; Jo 8.44). O Judaísmo é mais atraente à carne do que a fé no Senhor invisível; uma religião terrestre é mais atrativa aos frios espirituais do que uma vida celestial na terra. Os judeus, depois de crucificarem a Cristo, continuaram a perseguir os crentes até à morte.
Que os judeus perseguiam os cristãos é amplamente evidenciado no livro de Atos dos Apóstolos, bem como nos escritos do segundo século de Justino Mártir e Tertuliano:
Justino Mártir acusou os judeus, nas suas sinagogas, de amaldiçoarem em público a todos quantos confiassem em Cristo.
Tertuliano mostra-nos como os judeus instigaram ativamente a perseguição contra os cristãos.
Eusébio, em sua História Eclesiástica demonstra a mesma coisa.
O Ódio Dos Judeus Contra Policarpo: A história do martírio de Policarpo em Esmirna é especialmente relevante. Os judeus chegaram a superar os pagãos em seu ódio e zelo. Eles acusaram Policarpo de hostilizar a religião do estado. Esses inimigos, “com uma ira incontrolável gritavam em alta voz: ‘Esse é o mestre da Ásia, o pai dos cristãos, o demolidor dos nossos deuses, que ensina a muitos que não se deve sacrificar nem adorar’”. Embora fosse num sábado, eles juntaram madeira para queimar Policarpo vivo.
A expressão “os que se dizem judeus e não são” lembra-nos duma seita moderna que pretende colocar os crentes sob a lei de Moisés, com o sábado judaico e de denominações evangélicas que estão introduzindo em seus cultos liturgias e elementos da cultura judaicas. Esses ensinos errados tem encontrado apoio, na falta de um claro testemunho, no meio evangélico, ao ensino que “Não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.15). “Na epístola aos Colossenses achamos o apóstolo Paulo enfrentando as mesmas tendências quando lhes diz que a cédula ou obrigação das ordenanças que nos era contrárias, Cristo a tinha tirado e anulado, cravando-a na Cruz (Cl 2.14). Por isso não deviam ser julgados com respeito ao sábado ou aos manjares do judaísmo. A epístola a Timóteo fala ainda mais positivamente quando trata dos que queriam ser mestres da Lei, mas não entendiam o que diziam – nem percebiam as consequências terríveis que haviam de resultar do seu legalismo. Assim o conflito com o judaísmo não era coisa meramente exterior, pois dentro da própria Igreja tinha a sua mais ampla significação. Tornou-se, de fato, a causa em que o ataque do inimigo à graça do Evangelho era mais evidente, e assim a própria Igreja foi transformada, não somente na sua forma exterior, mas em todo seu espírito, numa mera continuação, daquilo que os homens ainda chamam “Igreja Judaica... Aos homens que introduziram tal mudança, dizendo-se judeus sem o serem, o Senhor chama de “a sinagoga de Satanás”
“e não são”:
Não que aquela gente não pertencesse à raça judaica.
Mas a verdade é que o “verdadeiro judeu” o é também por “fé religiosa”, e o fato de rejeitarem seu próprio Messias, e que agora perseguiam aos discípulos deste, os “desqualifica” como judeus. O termo judeu possui um sentido espiritual (Rm 2.28,29; 9.6)
Sinagoga de Satanás (v.9): Por causa da oposição dos judeus, os cristãos evitaram o uso da palavra “sinagogue” e preferiram “ecclesia” (gr. assembleia) para suas congregações. O único texto do Novo Testamento em que sinagogue é usado para identificar uma assembleia cristã se encontra em Tiago 2.2. Isso pode ter sido escrito antes que a perseguição judaica aos cristãos se tornasse generalizada. É uma coincidência interessante que a expressão “sinagoga de Satanás” ocorra somente aqui e na carta à igreja de Filadélfia. Essas são as duas únicas cartas sem uma palavra de censura.
A RECOMEDAÇÃO
Não temas! Em meio às trevas que se avolumam vem a expressão “não temas”. Esmirna podia enfrentar, a mais horrenda perseguição sem temer. O mesmo se vê no martírio de Estevão e Tiago e no encarceramento de Pedro, o qual dormia sossegadamente na véspera do dia em que estava para ser justiçado (At 7 e 12). Jesus não nos promete isenção de sofrimentos, mas ao contrário diz: “No mundo tereis aflições”. A isso, porém acrescenta: “Mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Ler 1 Co 10.13). Precisavam ser corajosos, pois a tribulação teria seus limites, e o amarrador seria finalmente amarrado (Ap 20.1-3).
“coisas que hás de padecer” (v.10): Coisas piores aguardavam essa congregação: Nem sempre é prometida ao crente a liberdade da perseguição e das tragédias as mais diversas, a despeito de quanto ora em favor disso. Algumas vezes o sofrimento é inevitável.
“eis que o Diabo lançará alguns...” (v.10): Isto lembra as palavras de Jesus em outra ocasião: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo” (Lc 22.31)
“prisão”: “outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões... (homens dos quais o mundo não era digno)...” (Hb 11.36, 38a)
“para que sejais tentados” (v.10): O verbo grego era usado para testar metais no fogo, para certificar-se de que não apresentavam impurezas. Da mesma forma, as almas dos crentes seriam testadas na fornalha da aflição.
“A graça conferida ao crente equivale ao sofrimento exigido”
Prediz Uma Tribulação De Dez Dias: o que ela significa?
Dez é o número perfeito, completo, na numerologia bíblica, talvez indicando o ciclo completo de perseguições naquela época. A palavra “dia” em grande número de passagens da Bíblia representa um período de tempo de extensão variável, como dia de Jesus (Jo 8.56); dia de Cristo (1 Co 1.8); dia do SENHOR (At 2.20); dia de Deus (2 Pe 3.12); dia da eternidade (2 Pe 3.18). Pode se referir às dez perseguições oficiais movidas pelos imperadores romanos, de 64-305, dessa época, ou ainda...
Aos últimos dez anos do citado período
O CONSELHO
Fiel: Cícero descreveu Esmirna como “a cidade de nosso aliado mais fiel” e é interessante notar que a única carta dentre as sete nas quais Cristo usa o termo fiel é para uma igreja situada num local elogiado por sua fidelidade patriótica. Assim como Esmirna era leal a seu monarca, também a igreja aí era leal ao seu Senhor, a despeito do intenso sofrimento.
“Sê fiel até a morte” O sentido não é até morrer de velho, mas até enfrentar a morte se for necessário. Que quer dizer o martírio.
O motivo de sermos fiéis, o grande alvo da vida na terra, não é o da morte mas a vinda do amado Salvador e Rei.
Martírio:
Esmirna foi chamada de “o portão dos mártires”, porque muitos deles passavam pelos portos aí localizados a caminho de Roma – e do martírio. A morte dos mártires de Esmirna, pois, é uma fragrância que tomou conta da casa inteira de Deus,
Os crentes do passado buscavam o martírio. As matanças religiosas se tornaram tão comuns que, na história da igreja cristã, naqueles primeiros séculos, havia homens que se reuniam em busca do martírio. Alguns eram corajosos e encontravam o que desejavam. Outros, no momento crítico, perdiam a coragem. Incidentes como esses forçaram a igreja antiga a pronunciar-se contrária ao martírio “voluntário” ou “procurado”. Aos crentes foi exortado que permitissem que as coisas tomassem o seu curso natural.
Policarpo, bispo de Esmirna, foi martirizado aí em 155 d.C., com a idade de 86 anos.
O DESAFIO
“dar-te-ei a coroa da vida” (v.10): Refere-se a coroa da vida, “a qual o Senhor tem prometido aos que O amam” (Tg 1.12). Não é na morte, mas ao aparecer o Sumo Pastor que alcançaremos a incorruptível coroa de glória (1 Pe 5.4). O dia de ser coroado não é o da morte, mas sim o da vinda de Cristo (2 Tm 4.8).
A palavra grega para coroa não é diadema, significando coroa real, mas stephanos, a coroa do vitorioso. Apropriadamente, Estevão (gr. Stephanos), o primeiro mártir, tinha esse nome.
A coroa da vida é para os fiéis, mas fidelidade importa sacrifícios. E às vezes, sofrimento.
Aqueles que se mostram a perder à vida no mundo, no serviço de Cristo, ganharão a coroa da vida (Mt 16.25; Ap 12.11). Há outra vida além desta, que é mais propriamente vida e há outra morte além daquela que conhecemos aqui na terra, que é infinitamente mais trágica (Lc 12.4,5; Ap 20.6,14).
“Quem tem ouvidos, ouça” (v.11): Nem todos os crentes que iam sofrer tribulação em Esmirna teriam ouvidos para ouvir a voz do Amado Salvador. Como Israel, “eles não ouviram a Moisés por causa da ânsia do espírito e da dura servidão”.
“Não receberá” (v.11) É negativo duplo no grego: “de modo nenhum”
O Dano Da Segunda Morte (V.11):
O julgamento divino, uma realidade soleníssima, um dos temas mais preeminentes do Novo Testamento, é um estímulo missionário.
Os santos têm de submeter-se aos que executam a sentença da primeira morte, aos que “matam o corpo”; mas “sobre estes não tem poder a segunda morte” (20.6)
“O sangue dos mártires é a semente da igreja”
Muito bem, o apóstolo Paulo sintetizou essa verdade exclamando: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Co 15.54,55)
CONCLUSÃO
As perseguições produziram uma igreja fortalecida. O sofrimento tem os seus propósitos específicos.
Que o leitor considere o motivo básico de sua vida: Pode ela comparar-se com aqueles crentes fiéis de Esmirna? O que é mais importante do que Cristo, em sua vida?