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TESOURO NO CÉU

TESOURO NOS CÉUS (6.19-21)
INTRODUÇÃO: Avisos contra O Materialismo.
Os que acumulam riquezas neste mundo nunca se sentem saciados. Os tesouros nos céus são infinitos.
I. SINTESE
1. “Tesouro” (6.19): Gr. Thêsouros, “tesouraria”. Trata-se de armazenar para si mesmo valores materiais além do necessário (1 Tm 6.6-10). Estes por sua vez, vêm a dominar seu próprio dono, e a deixar desamparado os necessitados.

2. “Traça” (19): Parte dos tesouros orientais consistia em valiosos tecidos e vestidos.

3. “Escavam” (19): Passando pela parede de tijolos de barro e de terra.

4. “Tesouros nos céu” (20): Ajuntam-se somente convertendo pecadores que viverão eternamente.

5. “Onde está o teu tesouro aí estará o teu coração” (v.21): Os que se interessam somente em coisas terrestres, estão acumulando somente na terra. Os que acham maior prazer em conversar sobre as coisas lá do alto (Cl 3.1-3) estão entesourando nos céus.

II. ANÁLISE

1. Contra a Acumulação de Bens Materiais (19-21) – Com desprezo de valores espirituais.

2. Contra a Falta de Sinceridade (6.22,23).

(1) “Olho” (22): A luz na qual vivemos é captada pelos olhos, nosso vínculo com o mundo visível; sem eles, o mundo nos seria escuridão. Nossa visão espiritual é nosso vínculo com a eternidade.

• Singeleza de propósito é luz; duplicidade é trevas.
• Sinceridade é saúde; insinceridade é doença.

(2) São os olhos a lâmpada do corpo (v.22): Das duas entradas mais importantes para a nossa alma, a porta-ouvido e a porta-olho, está é de maior importância.

3. Contra Um Coração Dividido (6.24).
(1) “Riquezas” (24): Gr. Mamom, transliteração da palavra aramaica que significa “riqueza”, mas que Jesus está dando como nome pessoal, como se fosse um ídolo pagão ( o que, na prática, tende a ser, pois sua busca exige uma dedicação igual àquela que uma religião exige).
(2)

4. Contra a Ansiedade (25-34). Com respeito a duas coisas comuns, alimento e vestuário.
(1) As duas, a avareza e a ansiedade, não parecem parentes, mas são uma para com a outra, como a lagarta para com a borboleta. A lagarta transforma-se em borboleta; aqueles que andam aflitos por falta de dinheiro, mostram-se avarentos depois de adquirí-los.
(2) O amor do dinheiro produz ansiedade nos que não têm recursos; o amor do dinheiro produz avareza nos que o têm. “Fazei, pois, morrer... a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus” (Cl 3.5,6)

5. Prioridades (25-34): Os versículos 25 a 34 ensinam confiança na proteção do Pai, e contemplam o homem cuja primeira ocupação é “o reino de Deus e a sua justiça”. Aos tais Jesus declara que suas necessidades materiais serão supridas. A maneira Ele não explica.

(1) “Observai as aves do céu”... (26): Isso quer dizer que, como os passarinhos e as flores não trabalham, também os homens não precisam esforçar-se para ter com que vestir e comer? Não, mas se os homens cumprirem a sua vocação, Deus lhes dará o necessário para vestir e para comer, tão certamente como dá para as aves e os lírios, os quais cumprem o cargo que Deus lhes deu (6.33; At 17.26,27; Fp 4.6,7)

(2) “Côvado” (6.27): Medida de comprimento de 46 cm. Aqui é humoristicamente considerada como mais um pedacinho de vida, pois a palavra, helikia, deve ser compreendida mais como tempo do que como “estatura”.

(3) “Os lírios do campo” (28): As anêmonas vermelhas que cresciam nas encostas dos montes da Palestina, que Jesus via enquanto pregava.

(4) “Nem Salomão ... se vestiu como qualquer deles” (29): As fazendas mais bonitas e melhor fabricadas mostram-se imperfeitas e muito grosseiras quando vistas pelo microscópio, enquanto o microscópio revela nas flores ainda mais beleza e a mais maravilhosa perfeição de seus tecidos.

(5) “Porque os gentios é que se preocupam” (v.32): Os gentios não tinham esperança (Ef 2.21), eram pobres órfãos. Mas os discípulos tinham Pai.

(6) “Buscai primeiro” (33): Jesus mostra a verdadeira escala de valores: o corpo vale mais do que seu vestuário, a vida vale mais do que a comida que a sustenta (25-32), e acima destas coisas terrestres está a comunhão espiritual com Deus. Quem dá a Deus a posição central em sua vida gozará do Seu cuidado onipotente e eterno (Rm 8.32)

Podemos ter toda a certeza de não buscarmos primeiramente o reino de Deus e a Sua justiça, quando:
1) Pedimos em oração primeiramente para nós mesmos, e depois para Deus e Seu reino (6.9-13).
2) Quando enganamos ao próximo em negociar (Rm 2.24)
3) Quando gastamos o dinheiro que temos como se fosse nosso e não de Deus (1 Co 6.20).
4) Quando passamos o domingo negociando em vez de dedicá-lo a Deus (Hb 10.25)
5) Quando queremos aquilo que é lucro para nós e não o é para Deus (Fp 3.7-11)

(7) “Mal” (34): Gr. Kakos, “mal” (do ponto de vista humano), “dificuldades”.