A GRANDE TRIBULAÇÃO
O Mais Tenebroso Período da
História da Humanidade.
“... nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais” – Jesus (Mt 24.21 ARA)
INTRODUÇÃO
Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando às mansões celestiais, a fim de participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado na Terra o mais difícil período da História: a Grande Tribulação, através da qual a ira do Senhor, o Justo Juiz, se manifestará contra os ímpios e adoradores da Besta. Sofonias, em termos proporcionais, foi o autor sagrado que mais tratou deste importante tema.
- O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO:
“Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a tua voz” (Dt 4.30)
- O Uso do termo na Bíblia. A palavra tribulação é muito comum em toda a Bíblia.
- Pode se referir as aflições que o povo de Deus vem sofrendo em todos os tempos e em todos os lugares (Rm 8.18; Jo 16.33; At 14.22)
- Mas escatologicamente, o termo se refere a um período bem conhecido nas profecias bíblicas nos Últimos Dias.
- Definição.
- A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo.
- A Grande tribulação será um período de sofrimento, de proporções ainda desconhecidas, que há de abater sobre o mundo! (Ap 7.14)
- Termos Originais que se Referem à Tribulação.
- Thilipsis: aflição, angústia.
- Tribulum: Instrumento de destorroar o restolho, mediante o qual o lavrador separava o “trigo” de sua palha.
- Thimos: Ira divina, um irrompimento de ira.
- Orge: Um estado firme de ira.
- Títulos:
- Dia do SENHOR (Sf 1.14)
- Dia da Angústia de Jacó (Jr 30.7)
- Grande Tribulação (Mt 24.21)
- Tentação que há de vir sobre todo o mundo (Ap 3.10)
- Tempo de angústia (Dn 12.1)
- Dia da Vingança do nosso Deus (Is 61.2).
- Ira Futura (1 Ts 1.10)
- Ira do Cordeiro (Ap 6.15-17)
- Dia da Consternação (Ez 7.7)
- Dia da ira do Senhor (Ez 7.19)
- “Dia do sacrifício do Senhor” (Sf 1.8)
- Dia de nuvens tenebrosas – a hora dos pagãos (EZ 30.29)
- Dia da aflição (Ob 12,14)
- O ano da represália (Jr 46.10)
- Septuagésima Semana.
- Profecias do Antigo Testamento alusivas à Grande Tribulação: (Dt 31.4; Is 13.9-13; 34.8; Jr 30.7,8; Ez 20.33-37; Dn 12.1; Jl 1.15)
- O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
A Grande tribulação será deflagrada, visando a aplicação dos juízos divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o seu verdadeiro Messias. Ela também possui como objetivos:
- Levar Os Homens A Se Arrependerem De Seus Pecados (Ap 16.11)
- Destruir O Império Do Anticristo (Ap 16.10)
- Desestabilizar O Atual Sistema Mundial (Dn 2.33,34)
- Implantar O Reino De Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 2.44)
- QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO.
- Os judeus que não tiveram aceitado a Cristo (Jr 30.7)
- Os gentios (Ap 7.9,13, 14)
- AS CONDIÇÕES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
- O Reinado cruel da Besta que “subiu do mar” (Ap 13.1)
- A atividade de satanás, tendo grande ira, e agindo numa escala suprema de destruição (Ap 12.12 e ss.)
- A grande atividade de demônios emergidos do “poço do abismo” (Ap 9.1 e ss). A introdução desta angústia sobre a terra será de repente, inesperada, sobre todos os moradores da terra (1 Ts 5.3b).
- Será um tempo de ira (Ap 6.15-17b).
- Será caracterizada por um tempo de grande aflição sobre a humanidade. Incluindo:
- Catástrofes e calamidades.
- Terremotos, trovões, sinais no Sol, na Lua e nas Estrelas.
- Carestia, pobreza e fome (Ap 6.5,6)
- Haverá perseguição religiosa como nunca antes. Haverá um caos e um fracasso total da doutrina (2 Ts 2.3)
- Será obrigatório o sinal da Besta (Ap 13.16)
- Será uma ditadura universal e cruel do Anticristo.
- As nações se defrontarão em combate em um banho de sangue como nunca houve antes.
- A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO.
“O justo é levado antes do mal” (Is 57.1)
- A Simbologia Bíblica Ilustra o Livramento da Igreja da Grande Tribulação.
- Enoque, um tipo da Igreja, foi arrebatado, antes do Dilúvio. Noé e sua família, preservados através da arca, simbolizam os judeus que serão preservados por Deus durante este terrível período de sofrimentos.
- A saída de Ló de Sodoma e Gomorra.
- As águas do mar Vermelho só caíram sobre os egípcios depois que Israel passou.
- Elias subiu num redemoinho ao céu, antes do cativeiro.
- As Evidências Bíblicas Asseguram que a Igreja não passará Pela Grande Tribulação.
- Devemos “esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10)
- “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (1 Ts 5.3,4)
- “Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação” (1 Ts 5.9)
- O Senhor Jesus disse: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36 ARA). Note: “escapar de todas estas coisas” e não “participar delas”.
- Jesus faz uma promessa às igrejas: “te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). O contexto faz alusão a uma tentação que abrangerá toda a terra, logo a promessa de livramento é dado a toda a igreja.
- A Igreja aparece em Apocalipse nos capítulos 2 e 3. A partir do capítulo 4 até o 18, que se referem a Grande Tribulação, a igreja não é citada. Ela só volta a aparecer no capítulo 19, quando vier com Jesus em sua Manifestação em Glória.
- O Anticristo só surgirá no cenário mundial, quando a igreja não estiver mais por aqui (2 Ts 2.6-8)
- QUANDO SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO
- A Contagem dos tempos na Bíblia.
Nos tempos bíblicos, os meses eram de 30 dias. Não havia meses de 31 ou 28, tampouco se considerava o ano bissexto. Os anos tinham sempre 360 dias (30x12=360).
- Nos Tempos Bíblicos usava-se a expressão “semanas de anos”. Aonde cada dia, equivalia a um ano.
- O Período da Grande Tribulação:
- 260 dias (Ap 11.3) = As duas testemunhas profetizarão por três anos e meio.
- 42 meses (Ap 13.5) = três anos e meio.
- Esses três anos e meio são apenas a “primeira metade” da Grande Tribulação.
- O Período Total da Grande tribulação será de sete anos: (Dn 9.24). Esta passagem menciona o concerto que o Anticristo firmará com muitos por uma semana de anos. Na metade desta (depois de três anos e meio), ele romperá o pacto, inaugurando a “segunda metade”.
- As 70 Semanas de Daniel. Dividem-se em três grupos distintos: (7+62+1= 70 semanas)
- Sete Semanas (ou 7x7= 49 anos). Desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até à conclusão desse trabalho passaram-se exatamente 49 anos. (Dn 9.25; Ne 6.15)
- Sessenta e Duas Semanas (ou 7x62= 434 anos). Tempo que abrange a restauração de Jerusalém até ao Messias, o Príncipe (Dn 9.25). Desde a data do decreto até a entrada triunfal de Jesus, passaram-se exatamente 483 anos (69x7)
- Uma Semana. É a Septuagésima Semana (Dn 9.27) é o tempo da Grande Tribulação. Uma Semana de Sete Anos. (Mt 24.15,21)
- A Dispensação da Igreja. Entre a 69ª semana e 70ª Semana, há um intervalo, que já passa dos 2000 anos, e Era da Igreja. Quando a Igreja for arrebatada, o “relógio de Deus” será acionado de novo em relação à Israel. Tem-se início a contagem da última semana.
- Após o Arrebatamento da Igreja. A Igreja de Cristo não terá de experimentar a Grande Tribulação (Ap 3.10). Neste período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do reino de Deus. A promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento sem igual (1 Ts 1.10; 5.9; Lc 21. 35,36)
- Na Metade da 70ª Semana de Daniel: A 70ª Semana de Daniel pode ser dividida em duas metades distintas:
- A primeira parte será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito tanto pelos judeus, quanto pelos gentios. Aqueles tê-lo-ão como o seu Messias; estes, como o seu salvador (Dn 9.27; Ap 11.2,3; 12.6,14; 13.5)
- A Segunda metade será ocupada pela Grande tribulação propriamente dita (1 Ts 5.3)
- ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO – APOCALIPSE 12
- A Mulher Vestida do Sol. É Israel. O “resto da sua semente” (12.17) é uma referência clara ao remanescente israelita (Rm 9.27)
- Vestida do Sol. O Sol representa a glória do Senhor (Sl 84.11; 104.1,2; Ml 4.2)
- Tem a Lua debaixo dos pés. É uma alusão à supremacia de Israel como nação escolhida. (Dt 7.6)
- Tem uma coroa de doze estrelas. Uma referência aos patriarcas que deram origem às doze tribos de Israel (Gn 37.9)
- Grávida, já com dores de parto. Uma indicação dos sofrimentos de Israel (Is 26.17)
- O deserto. Um lugar seguro, onde Israel estará protegido por Deus (Sl 27.5; 91.1,4). Acossados pelas forças que estarão sob o comando do Anticristo, parte de Israel buscará e encontrará refúgio nos montes e abrigos naturais nos territórios de Edom, Moabe e Amom. Em razão disto, estas três províncias serão poupadas do juízo divino durante a investida arrasadora do Anticristo contra Israel. No Salmo 60.8 está escrito “sobre Edom lançarei o meu sapato”, uma expressão que traduz posse e domínio (Rt 4.7,9). Parece-nos que Deus não deixou o anticristo apossar-se desse lugar, por que servirá de refúgio aos judeus. (Dn 11.44; Is 26.20)
- As asas da Mulher. Representam o livramento de Deus (Êx 19.4)
- A Terra. Povos e nações favoráveis a Israel (Mt 25.34-40)
- O Menino. É o Senhor Jesus (Sl 2.9; Ap 2.27)
- O Grande Dragão (Ap 20.2). É o diabo. Ele também é representado como leão (1 Pe 5.8; Sl 91.13) serpente (Gn 3.15). Vejamos as suas características:
- Isso prova que o inimigo como “deus deste século” (2 Co 4.4), possui grande força (Lc 10.19)
- O que representa a sua ação sanguinária no mundo (Ap 6.4; Jo 10.10). Essa cor também está associada ao pecado (Is 1.18)
- Dez Chifres. São os dez reinos que formarão a base do império do Anticristo (Ap 17.12; Dn 7.24)
- Sete cabeças e sete diademas. Símbolo da plena autoridade que o diabo exercerá sobre os reinos da Terra.
- Possui uma grande calda. Trata de uma referência à sua astúcia e ao seu baixo caráter (Is 9.15) ao levar (arrastar) consigo à terça parte dos anjos que não guardaram o seu principado (Jd 6)
- A Fúria do Dragão.
- Contra a Mulher. Desde o princípio, o inimigo lutou contra Israel, pois sabia que por meio dessa nação o Senhor realizaria a redenção da humanidade. Satanás não conseguiu frustrar os planos divinos! Ao longo da História, foram muitas as tentativas do Dragão de destruir a mulher vestida do sol e o Menino:
- Caim matou Abel; mas Sete deu continuidade à linhagem santa e piedosa da qual surgiram os primeiros israelitas (Gn 4-5; 10.1 - 12.3)
- Nos dias de Moisés, Faraó mandou matar os meninos israelitas, porém Deus preservou a muitos deles com vida, inclusive o próprio Moisés, que se tornou o libertador dos israelitas. (Êx 1)
- Saul, endemoninhado, tentou matar a Davi, pois o diabo sabia que o Messias descenderia do trono davídico. Deus mais uma vez frustrou o plano do maligno, guardando a vida de seu servo (1 Sm 18.10,11)
- O inimigo usou a rainha Atália para matar a todos os herdeiros do trono de Davi. Mas o futuro rei Joás foi escondido por sua tia, e, aos sete anos, assumiu o reinado de Judá (2 Rs11)
- Nos dias da rainha Ester, o inimigo usou o mau Hamã, o qual urdiu um plano com data e hora, para exterminar os judeus (Et 3.8,9).
- Nos tempos Neotestamentários, Herodes intentou matar o menino Jesus; no entanto, Deus avisou os magos e, posteriormente, José, que levou o menino para o Egito (Mt 2)
- O inimigo tentou ao Senhor, mas ouvi d'Ele, por três vezes, a poderosa declaração: “Está escrito”, e foi vencido pela Palavra de Deus (Mt 4.1-11).
- Numa tentativa de impedir que Jesus chegasse à cruz, o diabo procurou matá-lo antes, Nazaré, Milagrosamente, o Senhor escapou (Lc 4.17-30)
- Satanás conseguiu exercer influência psicológica sobre Pedro, que tentou fazer Jesus desistir de sua obra redentora (Mt 16.22,23)
- No Gólgota – como o diabo não conseguiu matar Jesus antes da cruz – tentou convencê-lo a abandonar o madeiro (Mt 27.40-42; Lc 23.39), pois temia o poder do sangue (1 Pe 1.18.19; Cl 2.14,15). Porém o Senhor ali deu o brado da vitória: “Está consumado” (Jo 19.30).
- Lançará uma corrente de água: (Ap 12.15). Na simbologia profética, águas representam reinos (Is 8.7; Ap 17.5). Porém o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira (Is 59.19)
- Contra o Filho.
- HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO?
- Uma Nova Oportunidade. Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não forem arrebatados.
- O Texto de Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante este período, os quais lavarão suas vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro.
- A misericórdia do Senhor será patente nesse período, pois todos os acontecimentos catastróficos visarão, sobretudo, ao despertamento das pessoas para o arrependimento antes do último grande juízo (At 17.30,31)
- Tempos Difíceis: Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal estarão multiplicados a atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9-11; 7.9-17; 12.12,17; 14.1-5; 20.4). Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos terão oportunidade de salvação, desde que invoquem o nome do Senhor (Jl 2.32).
- Serão dias angustiosos e inquietantes.
- Derramar-se-ão juízos de Deus sobre os adoradores da Besta (Ap 6-9) – que mesmo assim não se arrependerão (Ap 9.20,21; 16.9)
- A Bíblia será Pregada. Apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se os que afirmam que, após o Arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Afiança o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra do nosso Deus subsistirá eternamente” (Is 40.8)