OS ANJOS CAÍDOS - SATANÁS E SEUS DEMÔNIOS

DOUTRINA DE SATANÁS

“Satanás é o imitador de Deus”. A afirmação de Stephen Charnock é bastante perspicaz e constrange-nos a perguntar: Em que sentido, exatamente, Satanás procura imitar ao Senhor? Certamente não está interessado em imitar-lhe os atributos morais. Se o adversário é homicida, por que imitaria o doador e mantenedor da vida? Se caluniador, por que andaria ele na divina verdade?

Nomes:

Satanás: Significado “acusador” (Mt 4.10)

Diabo: Significado “adversário” (Mt 4.1)

Maligno: Significado “intrinsecamente mau” (Jo 17.15).

Grande dragão vermelho: Significa: “criatura destrutiva” (Ap 12.3,7,9)

Antiga serpente: Significado “Enganador no Éden” (Ap 12.9)

Abadon: Significado “Destruição” (Ap 9.11)

Apolion: Significado “Destruidor” (Ap 9.11)

Adversário: Significado “Oponente” (1 Pe 5.8)

Belzebu: Significado “Senhor das moscas” (Baal Zebub) (Mt 12.24)

Belial: Significado “Indigno” (2 Co 6.15)

deus deste mundo: Significado “Controla a filosofia do mundo” (2 Co 4.4)

Governador deste mundo: Significado “Governa o sistema do mundo” (Jo 12.31)

Príncipe da potestade do ar: Significado “Controla os descrentes” (Ef 2.2).

Inimigo: Significado “Oponente” (Mt 13.28)

Leão: Significado “Sua fúria contra os crentes” (1 Pe 5.8).

Tentador: Significado “Solicita que as pessoas pequem” (Mt 4.3)

Assassino: Significado “Guia as pessoas à morte eterna” (Jo 8.44)

Mentiroso: Significado “Perverte a verdade” (Jo 8.44)

Acusador: Significado “Opõe-se aos crentes diante de Deus” (Ap 12.10)

Lúcifer (Is 14.12): Significado “aquele que brilha” ou “estrela da manhã”. Ele pode ter sido o mais sábio e mais belo de todos os seres criados por Deus e foi originalmente colocado em uma posição de autoridade sobre os querubins ao redor do trono de Deus.

 

Origem e natureza de Satanás:

Estado original de Satanás: Em Isaías 14.12 e Ezequiel 28.12-15 descreve Satanás antes de sua queda:

Isaías refere-se a este anjo supremo como “estrela da manhã” (Na versão king James Lúcifer).

Ele desfrutava de uma posição exaltada na presença de Deus; as pedras preciosas o cobriam (Ez 28.13)

Ele foi chamado de “ungido... querubim da guarda” que desfrutava de uma posição da mais alta honra diante de Deus (Ez 28.14,16).

Ele era cheio de sabedoria e formosura, era perfeito em seus caminhos (Ez 28.12,15).

 

Natureza de Satanás:

Ele é presunçoso (Mt 4.4,5).

Orgulhoso (1 Tm 3.6; Ez 28.17).

Poderoso (Ef 2.2)

Maligno (Jó 2.4; Lc 8.13; 1 Pe 5.8; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19).

Enganador (Ef 6.11)

Feroz e cruel (1 Pe 5.8).

Ele é a causa primária do pecado (Ap 12.7-11; 2 Co 2.11; Ef 6.11,12; 2 Co 11.14; Jo 8.44; 1 Jo 3.8; Gn 3.1-5).

 

Existência: O testemunho primário quanto à realidade e existência de Satanás não vem da experiência ou de histórias sensacionalistas e sim do testemunho das Escrituras.

 

O ensino no Antigo Testamento:

Quando Gênesis 3 apresenta a serpente, é reconhecido que a serpente era Satanás e que o juízo pronunciado (Gn 3.15) deveria ser uma referência a ele.

Satanás é mencionado especificamente em Jó 2.1 quando ele veio para acusar Jó perante Deus.

Em 1 Crônicas 21.11 Satanás levou Davi a fazer um censo dos israelitas.

Em Zacarias 3.1,2 Satanás é visto acusando a nação diante de Deus.

 

O ensino no Novo Testamento: A evidência do Novo Testamento para a existência de Satanás é extensiva. Cada escritor do Novo Testamento e dezenove livros fazem referência a ele. O próprio Cristo faz referência a Satanás vinte e cinco vezes. O fato da existência de Satanás encontre seu suporte culminante na veracidade das palavras de Cristo.

 

Personalidade de Satanás:

Satanás exibe atributos de personalidade:

Intelecto: Satanás reflete intelecto em que ele esquematiza e é astuto em sua obra (Ef 6.11). Sua obra de engano indica sua habilidade para pensar e planejar um curso de ação que será bem sucedido em enganar as pessoas (Ap 12.9)

 

Emoção: A emoção de Satanás é vista em seu desejo de exaltar a si mesmo acima do governo de Deus (Is 14.12-17). Reconhecendo que tem um tempo curto sobre a terra, Satanás ventila grande ira (grego thumon), “grande ira” (Ap 12.12). A vontade de Satanás é mais claramente refletida em seu desejo de ser como Deus (Is 14.13,14).

 

Satanás exibe ações de personalidade:

Satanás fala (Jó 1.9,10).

Tenta a Cristo (Mt 4.3)

Planeja (Ef 6.11)

Acusa os crentes (Ap 12.10).

 

 

Queda de Satanás: É descrita tanto em Isaías 14 quanto em Ezequiel 28.

Por causa de seu pecado, Satanás foi expulso da presença de Deus (Ez 28.16).

A razão para a queda de Satanás foi seu orgulho; seu coração foi exaltado por causa de sua formosura, e sua sabedoria tornou-se corrupta (28.17). A declaração indica que Satanás deve ter tido uma posição extraordinária que o levou ao orgulho.

Isaías 14.12-14 vai além e descreve o pecado que o levou a sua queda. Cinco “EU” enfatizam seu pecado (14.13,14). Ele desejou entrar na presença de Deus e estabelecer o seu trono sobre o trono de Deus e acima dos outros anjos. Ele queria ser como O Altíssimo. Por esta razão Deus o expulsou do céu.

 

Algo de suas perversas atividades:

Perturbar a obra de Deus (1 Ts 2.18).

Opor-se ao Evangelho (Mt 13.19; 2 Co 4.4).

Dominar, cegar, enganar e destruir o ser humano (Lc 22.3; 2 Co 4.4; Ap 20.7,8; 1 Tm 3.7).

Afligir e tentar os santos de Deus (1 Ts 3.5).

O mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (Jo 12.31. 2 Co 4.4; Ef 6.10-12; 1 Jo 5.19).

Ele luta para arruinar a Igreja porque sabe que se o sal da terra perder seu sabor, o homem torna-se sua vítima.

O Inimigo age também nos círculos religiosos mais elevados como “anjo de luz” (2 Co 1.14). Essa sua atividade no meio religioso está implícita, por exemplo nas expressões “doutrina de demônios” (1 Tm 4.1), “sinagoga de Satanás” (Ap 2.9) e “ministro da justiça” (2 Co 11.15).

A Bíblia fala de sua presença no ajuntamento dos anjos (Jó 1.6).

A bíblia nos adverte a não ignoramos os ardis de Satanás (2 Co 2.11), isto é, suas maquinações, os seus desígnios perversos, os seus propósitos, os seus planos funestos.

Daí a necessidade de redobrarmos a nossa vigilância com relação às suas sutilezas em relação ao mundanismo (2 Co 4.4), à mentira (Gn 3.4; 2 Ts 2.9) à vacilação (Mt 6.24; 2 Co 6.14,15); ao ceticismo (Rm 14.23) às trevas (Rm 1.21), à depressão (At 10.38) à procrastinação (At 24.25; Êx 8.8); e a transigência com o mal (Ap 2.20)

 

Responsabilidade de Satanás: Satanás é moralmente responsável, e deve prestar contas a Deus (Jó 1.7). Ele não tem liberdade em um sentido irrestrito mas é subordinado a Deus e restrito por Ele.

 

Julgamento de Satanás:

Queda de Satanás de sua exaltada posição original. Como o querubim ungido, Satanás liderou uma hoste de anjos, possivelmente um terço de todos os anjos dos céus, em sua queda (Ez 28.16,17; Ap 12.4).

 

A derrota final de Satanás foi pronunciada no Éden. Deus informou a Satanás de que ele teria uma vitória menor “e tu... lhe ferirás o calcanhar”, mas Cristo teria uma vitória maior através da cruz “Este te ferirá a cabeça” (Gn 3.15).

 

O poder de Satanás foi anulado através da cruz. Cristo participou da humanidade, a através de Sua morte substitutiva Ele venceu a Satanás, deixando-o sem poder sobre a vida do crente. Satanás tinha o poder da morte sobre as pessoas, mas este poder foi quebrado através de Cristo (Hb 2.14).

 

Satanás será expulso dos céus durante a tribulação. A expulsão dos céus (Ap 12.13) é um ato de juízo e provavelmente se refira aos céus estelares, também conhecido como segundo céu (não a presença de Deus).

 

Satanás será preso no abismo por mil anos. No retorno triunfante de Cristo, Satanás será preso por mil anos e lançado no abismo, ele não será mais hábil para enganar ninguém sobre a terra por toda a duração do milênio (Ap 20.2,3).

 

Satanás finalmente será lançado no lago de fogo. No fim do milênio Satanás será solto, quando então enganará muitos povos, guiando-os em uma rebelião contra Deus, e será derrotado e finalmente lançado no lago de fogo por toda a eternidade (Ap 20.7-10).

 

OS ANJOS MAUS

Definição: Os demônios – São uma classe de seres infernais, incorpóreos, controlados pelo Diabo, como seus agentes.

 

A origem dos demônios:

Teorias:

Espíritos de pessoas mortas más. Esta era a posição de Filo, Josefo, alguns escritores cristãos antigos e dos gregos antigos. Esta teoria é refutada pelas Escrituras porque as pessoas más vão para o Hades após a morte (Lc 16.23).

 

Espírito de uma raça pré-adâmica. Esta teoria é baseada sobre a teoria da lacuna entre uma criação original em Gênesis 1.1, rebelião e uma queda desta raça criada originalmente entre Gênesis 1.1 e 1.2 e um caos resultante. Gênesis 1.3 descreveria então uma recriação. A criação original da humanidade que caiu seriam agora os espíritos dos demônios. O problema com esta posição é que ela depende de uma criação da humanidade antes de Gênesis capítulos 1 e 2, e não há garantias bíblicas para tal posição. Além disso Romanos 5.12 deixa claro que foi através de Adão, não alguma criatura pré-adâmica que as condições do pecado e morte começaram no cosmo. Esta posição também depende de uma lacuna de tempo entre Gênesis 1 e 2, a qual não é apoiada pela gramática do hebraico.

 

Filhos dos anjos e mulheres. Esta teoria é baseada sobre a sugestão de que os “filhos de Deus” em Gênesis 6.2 eram anjos que vieram até a terra, tiveram relações com as “filhas dos homens” e produziram uma linhagem resultante, os “nefilim” (Gn 6.4), que eram os demônios.  Esta teoria tem muitos problemas:

 

A sugestão que filhos de Deus refira-se aos anjos pode ser contestada.

A expressão “tomaram mulheres para si” se refere a um relacionamento de casamento, nunca a um ato de relacionamento sexual ilícito.

Não há indicação de que os Nefilim eram demônios; ao invés disso, eles provavelmente eram “heróis” ou “bravos guerreiros”.

 

Anjos caídos mas não confinados. Esta posição, que é preferível, é defendida por grandes teólogos (Hodge, Strong, Morgan, Gaebalein, Unger e outros). Ela ensina que quando Lúcifer rebelou-se contra Deus ele caiu de seu lugar de proeminência e levou consigo uma hoste de anjos de menor escalão. Lúcifer, agora chamado Satanás, é o “governador dos demônios” (Mt 12.24). Mateus 25.41 também se refere ao “diabo e seus anjos” o que pode se referir aos demônios, similarmente, Apocalipse 12.7 menciona “o dragão e seus anjos”.

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A Bíblia: As Escrituras não discriminam a origem deles. Por certo isto faz parte do mistério que envolve a origem do mal (Dt 29.29; 1 Co 4.5; Ap 2.29). As Escrituras, entretanto, indicam que há dois grupos de anjos caídos:

Um grupo é o dos demônios que estão livres e ativos no mundo.

Outros anjos caídos estão presos no confinamento.

Alguns são mencionados como sendo aprisionados no Tartarus (traduzido “inferno” em 2 Pe 2.4). Eles estão confinados devido algum enorme pecado Judas 6 pode se referir ao mesmo confinamento. Este confinamento é permanente.

Outros grupos de anjos caídos são mantidos presos no abismo (Lc 8.31; Ap 9.2). Eles são “aparentemente depravados e perigosos demais para que se permita que circulem sobre a terra”. Este confinamento é temporário.

Apocalipse 9 indica que estes demônios serão libertos de seu confinamento durante a tribulação para afligir as pessoas que não tiverem o selo de Deus em suas frontes (Ap 9.3-11).

 

Realidade:

A Bíblia dá abundante testemunho da existência dos demônios.

Sendo reais, podem ser contados (Lc 8.2) – existem tantos, que uma legião (6.000) podem estar numa pessoa (Lc 8.30)

 

Personalidade:

 

Eles falam (Mc 5.8,9; At 19.15).

Tem pavor do Senhor Jesus Cristo (Mt 8.29; Mc 5.7)

 

Características dos demônios:

Demônios são seres espirituais. Eles são seres chamados espíritos, isto é, aqueles que sem corpos carnais (Mt 8.16; Lc 10.17,20).

 

Demônios são localizados e não onipresentes. Eles podem estar somente em um lugar de cada vez. Os demônios habitaram os dois homens Gadarenos e quando eles foram expelidos, eles habitavam os porcos. Em cada caso eles estavam localizados (Mt 8.28-34; cf. At 16.16).

 

Demônios são inteligentes mas não oniscientes. Demônios estavam conscientes da identidade de Jesus (Mc 1.24); eles também estavam a par de seu destino final (Mt 8.29). Paulo se refere às “doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1), indicando que eles propagam seu ensino falso através de seus emissários. Eles não são, no entanto, oniscientes e nem podem ser como Deus, somente Deus é Onisciente.

 

Demônios são poderosos mas não onipotentes. Por causa da habitação de demônios o homem geraseno podia quebrar cadeias e grilhões; ninguém era capaz de prendê-lo por causa de sua força incomum (Mc 5.3,4). O demônio no rapaz visava que ele cometesse suicídio lançando-o no fogo e na água (Mc 9.22). Possessão demoníaca afetava a fala da pessoa (Mt 9.2) e manteve uma moça em uma escravidão cruel (Mt 15.22), ainda que os demônios sejam ilimitados em seu poder; eles não podem fazer as obras de Deus (Jo 10.21).

 

A ação dos demônios:

Etapas da ação dos demônios:

Tentação. Esta é a tentação na forma de sugestão espiritual. Essa misteriosa influência, vinda de um mundo invisível a qual tanto o não-crente, como o crente estão continuamente expostos é referida muitas vezes na Bíblia, especialmente no Novo Testamento.

 

Obsessão. Este é o primeiro passo para a possessão demoníaca. Trata-se de domínio demoníaco que é resultado da entrega voluntária e habitual ou às tendências pecaminosas. Nesse estado, embora o indivíduo esteja sob horrendo domínio satânico, contudo é perfeitamente livre segue os ditames de sua própria vontade, e retém, sua própria personalidade.

 

Crise ou transição: É a fase caracterizada por uma luta em torno da posse, quando o indivíduo resiste à ação demoníaca, podendo algumas vezes ser bem sucedido.

 

Possessão. Com referência à pessoa, essa fase pode ser designada como sujeição e subserviência, e, com referência ao demônio, treinamento e desenvolvimento. A condição da pessoa é, a maior parte do tempo, saudável e normal, excetuando por ocasião do paroxismo, que ocorre na passagem do estado normal para o anormal. Uma das principais características dessa fase é a adição duma nova personalidade. Somente às pessoas que chegaram a essa fase é que se aplica apropriadamente, o termo “possessão”.

 

Capacidade mediúnica: Esta fase é reconhecida quando a pessoa já desenvolveu capacidade para ser usada, e se dispõe para isto. Já é escrava do demônio, treinada, acostumada, voluntária – na linguagem espírita moderna, um “médium desenvolvido”.

 

As obras gerais dos demônios:

Demônios infringem doenças. Lucas 13.11 testifica sobre uma mulher que tinha uma doença de paralisia “causada por um espírito”; Lucas 13.16 vai além e declara que “... a quem Satanás trazia presa por dezoito anos”. Às vezes há uma correlação entre doença mental, enfermidade e atividade demoníaca; contudo nem sempre é possível identificar a distinção e todos aqueles que tentarem dar tal diagnose deve ser cauteloso. A aflição através de Satanás ou demônios só pode acontecer quando Deus permite (Jó 1.12; 2,6; 2 Co 12.7-10).

 

Demônios influenciam a mente. Satanás enganou inicialmente a Eva, induzindo-a ao pecado, pervertendo a verdade e mudando o pensamento dela sobre Deus (Gn 3.1-5). Satanás e seus demônios continuam a influenciar o pensamento das pessoas, cegando-lhes a mente (2 Co 4.4). Esta passagem indica que Satanás exibe a habilidade de pensar ou raciocinar. Mesmo que esta passagem se refira aos não-crentes, Satanás também pode influenciar os pensamentos dos crentes (2 Co 11.3); ele pode afastar os crentes da “simplicidade e pureza de devoção a Cristo”. Satanás pode assim levar o crente a desviar-se de uma devoção focalizada em Cristo. Tiago 3.15 indica que a sabedoria terrena é demoníaca e resulta em inveja e sentimento faccioso. A solução para a influência demoníaca da mente é trazer o pensamento a um processo de sujeição a Cristo (2 Co 10.5). Uma exortação similar é dada em Filipenses 4.6-8. A mente está guardada quando o crente confiar cada questão a Deus em oração e meditar sobre as coisas que são verdadeiras, honrosas, justas e puras.

 

Demônios enganam as pessoas. Paulo estava temeroso que a nova igreja Tessalônica, pudesse ter sido seduzida por Satanás a pecar em meio ao seu sofrimento e perseguição (1 Ts 3.5). Embora os tessalonicenses tivessem recebido o evangelho com alegria, a esperança deles poderia ter sido colocada de lado através do ataque violento de Satanás.

 

Demônios enganam as nações. Demônios eventualmente irão reunir as nações do mundo em uma coligação em rebeldia contra Cristo. Os demônios enganam as nações através da performance de sinais a fim de induzi-las à batalha contra o Messias quando este retornar (Ap 16.14).

 

Destruir Israel: levantou-se o Diabo em diversas ocasiões para destruir o povo de Israel. E isto ele tentará ainda nos últimos dias (Ap 12.17). O Todo-Poderoso, entretanto, sairá em defesa dos israelitas, colocando-os em total segurança.

 

Destruir a Igreja: Buscando destruí-la física e espiritualmente, vem o Diabo erguendo-se de maneira insidiosa contra ela. A Igreja, no entanto, tem demonstrado ser o cumprimento de um grande e eterno projeto de Deus.

 

Inventar e promover heresias: A.W. Tozer fez uma asserção que nos leva a uma reflexão séria e grave: “O Diabo é melhor teólogo do que qualquer um de nós, mas continua sendo Diabo”

 

 

A possessão demoníaca:

Esse fato horroroso ocorre quando um ou mais demônios ocupam e habitam o corpo de uma pessoa, exercendo controle e influência diretos sobre ela, com prejuízo para suas funções mentais, emocionais, nervosas e físicas.

Segundo o psicólogo e teólogo Samuel Costa, há no endemoninhado uma perda temporária tanto do senso de identidade pessoal quanto da consciência plena do ambiente em que ela se encontra, em alguns casos, a pessoa age como se fosse outra personalidade, espírito, divindade ou força. “Na clínica observa-se a possessão é acompanhada do sentimento de desdobramento da personalidade e se manifesta em sua forma típica no delírio de possessão demoníaca. Nesses casos, o enfermo não só escuta a voz do demônio e sofre as suas injúrias, como o traz consigo; ele se tornou a sua morada, é seu escravo e deve obedecer a sua voz, executa os atos que ele determina; não tem domínio nem mesmo sobre os pensamentos. Somente o demônio fala, age, pensa, sem que o possuído possa se opor à sua poderosa influência.” – Séglas

Jesus mostra em Lucas 13.10-16, que certas enfermidades são efeito direto da ação ou opressão de demônios.

As pessoas que se envolvem com espiritismo, magia, feitiçaria, estão lidando com espíritos malignos, ficando abertas à possessão demoníaca (At 13.6-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).

O fato de uma pessoa ter sido liberta pelo poder de Deus, de espírito maligno, não a torna sempre imune aos ataques de Satanás. O espírito imundo tendo sido expulso, fará tudo para retornar à mesma pessoa que antes ele possuía (Lc 11.24b,25), mas ele não poderá retornar, se essa pessoa estiver integralmente ocupada pelo Espírito Santo (1 Co 6.19; 12 Co 6.16).

 

O crente e o demônio:

Nenhum crente verdadeiro, em que habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado. O Espírito Santo e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (Jo 14.23; 1 Co 6.19; 2 Co 6.15,16; Tg 3.11,12).

 

O crente vivendo em comunhão com Cristo recebe dEle poder e autoridade sobre os espíritos malignos, mesmo os de maior poder do mal (Lc 10.19).

Jesus investiu seus discípulos de autoridade divina para a expulsão de todo tipo de demônio (Lc 9.1).

Mas os discípulos precisavam de fé em Deus para terem êxito nesta missão (Mt 17.18-21; Mc 9.25-29).

Oração e jejum dos discípulos podem ser também um requisito para a expulsão de demônios.

Há casos em que há necessidade da fé de outras pessoas para que ocorra a libertação de alguém (Mc 9.23,24; Mc 6.6,7).

 

Julgamento dos demônios:

 Através da cruz o poder dos demônios foi conquistado. Cristo triunfou sobre Satanás e seus demônios na cruz e fez uma mostra pública deles – como um conquistador exibindo os despojos de uma guerra (Cl 2.15).

 

No retorno de Cristo os demônios serão lançados no lago de fogo. Demônios estão associados com o julgamento contra Satanás (Mt 25.41; Ap 12.9), e portanto serão lançados no lago de fogo juntamente com ele (Ap 19.19-21). “Não há redenção para eles. Nenhuma promessa de graça a eles se aplica. Nenhum evangelho é pregado a eles. Jamais retornarão à comunhão com Deus, pois ‘fogo eterno’ foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41)”.

 

 

BIBLIOGRAFIA

Manual Da Escola Dominical – Antonio Gilberto CPAD

Manual De Teologia Moody – Paul Evans EBR

Teologia Sistemática Pentecostal – Editor Antonio Gilberto CPAD

As Verdades Centrais Da Fé Cristã – Claudionor De Andrade CPAD