A MISSÃO DOS ANJOS
O ministério para com Deus. Os querubins têm um ministério para com Deus em defender a Sua santidade; os Serafins têm um ministério para com Deus de circular o Seu trono e assistirem à Sua santidade.
Executar as ordens de Deus (Hb 1.13,14). Deus governa sobre toda a criação. Os anjos são mensageiros para executar a sua vontade e as suas ordens (Sl 103.19-22).
Glorificam diretamente a Deus (Ap 4.8-11). Os anjos glorificam a Deus pelo que Ele é em si, pela sua excelência (Jó 38.7; Sl 103.20; 148.2; Is 6.2,3; Lc 2.13,14; Hb 1.6; Ap 4.8).
O ministério para com Cristo: Os anjos têm um ministério significativo para com Cristo desde antes de Seu nascimento até a Sua segunda vinda. O fato de que os anjos tenham este ministério para com Cristo também enfatiza Sua deidade; assim como os seres angélicos circulam o trono do Pai, da mesma forma fazem com Deus, O Filho.
Os anjos predisseram Seu nascimento (Lc 1.26-38). Gabriel veio a Maria e lhe explicou que seu filho deveria ser chamado “Filho do Altíssimo”, que governaria sobre o trono de Davi, Seu pai, tendo um reino eterno.
Os anjos O protegeram na infância (Mt 2.13). Um anjo avisou José sobre a intenção de Herodes e disse que José deveria fugir para o Egito até a morte de Herodes. Um anjo também instruiu José sobre quando seria seguro retornar à terra de Israel (Mt 2.20).
Os anjos ministraram a Ele após a tentação (Mt 4.11). O ministrar provavelmente incluiu encorajamento em seguida à exaustão dos quarenta dias de tentação bem como supri-Lo com alimento como um anjo fez com Elias (1 Rs 19.5-7).
Os anjos fortaleceram-No no Getsêmani (Lc 22.43). Assim com Cristo teve uma batalha espiritual com Satanás em sua tentação, assim Cristo teve uma batalha espiritual no Getsêmani concernente à Cruz. Os anjos fortaleceram-No enquanto Ele lutava em oração antecipando Sua crucificação.
Os anjos anunciaram a Sua ressurreição (Mt 28.5-7; Mc 16.6-7; Lc 24.4-7; Jo 20.12,13). Os anjos convidaram as mulheres a entrarem no túmulo vazio para verem os lençóis vazios a fim de que tivessem certeza da ressurreição e a proclamassem ao mundo. Os anjos relembraram as mulheres da promessa anterior de Jesus de que Ele ressuscitaria no terceiro dia.
Os anjos prestaram assistência em Sua ascensão (At 1.10). Como os anjos rodeavam o trono do Pai, os anjos prestaram assistência à ascensão triunfal do Filho à gloria e lembraram aos que estavam olhando sobre o retorno futuro triunfal de Jesus.
Os anjos irão prestar assistência em Sua segunda vinda (Mt 25.31). Os anjos prepararão o mundo para o retorno do Filho, reunindo Israel para a terra, e os preparando para o retorno e governo de Seu Messias (Mt 24.31). Quando Deus o Filho retornar à terra Ele irá auxiliado por uma hoste de anjos, adicionados ao esplendor e glória de Seu retorno triunfante (Mt 25.31).
O ministério aos crentes: Os anjos são designados como “espíritos ministradores” em Hebreus 1.14. O termo grego para ministrar é (leitourgika) não comunica a ideia de escravidão e sim de um serviço oficial. Eles têm sido devidamente comissionados e enviados com a responsabilidade de auxiliar os crentes. As seguintes responsabilidades são assinaladas para o ministério dos anjos aos crentes:
Proteção física: Tiram-nos de sérias dificuldades (Gn 19.16; Sl 34.7; Dn 3.28; 10.11-13; At 12.7-11). Davi experimentou proteção física por parte de um anjo quando ele foi forçado a fugir para os filisteus (Sl 34.7). Os anjos podem frustrar os planos dos inimigos do povo de Deus (Sl 35.4,5). Os anjos protegem de danos físicos aqueles que se refugiam no Senhor (Sl 91.11-13). Eles libertaram os apóstolos da prisão (At 5.19) e Pedro em outra ocasião (At 12.7-11). Eles protegerão os 144 mil na Tribulação (Ap 7.1-14)
Provisão física: Um anjo trouxe alimento para Elias quando ele estava enfraquecido após uma longa viagem (1 Rs 19.5-7).
Encorajamento: Nos momentos mais difíceis da nossa vida, em épocas de dor, de sofrimento, de provação e de perigo, os anjos estão ao nosso lado, provendo-nos consolo e estímulo de diferentes maneiras. Durante a tempestade marítima um anjo encorajou Paulo, lembrando-lhe que ele chegaria seguramente em Roma para levar o testemunho de Cristo. (At 27.23,24).
Direção: Um anjo direcionou Filipe para testemunhar ao eunuco etíope (At 8.26); um anjo arranjou o encontro de Cornélio e Pedro, que trouxe os gentios a serem aceitos na comunidade de crentes (At 10.3,22).
Prestar assistência em resposta de oração. Parece haver um relacionamento entre a oração pela soltura de Pedro da prisão e o seu libertar por parte de um anjo. Similarmente, a oração de Daniel foi explicada por um anjo (Dn 9.20-27; cf. 10.10 – 12.13).
Dão exemplos para nós: Ele nos dão grandes exemplos quanto à sua obediência e adoração (Mt 6.10; Is 6.3; Ap 5.11,12).
Proteger Israel: Em Daniel 12.2, lemos que, nos últimos dias, levantar-se-á Miguel, o grande príncipe, para proteger a nação hebreia. Não fosse a intervenção divina, certamente Israel não mais existiria, pois muitos são os seus inimigos. Israel, porém, é ainda povo de Deus, alvo de seus cuidados; aguarda-os um futuro promissor.
Comunicar e interpretar mensagem divina. Em Daniel, apresenta-se um anjo ao profeta que lhe elucida a mensagem das Setentas Semanas (Dn 9.20-27). E ao anúncios feitos pelos anjos quanto aos nascimentos de João Batista e Jesus (Lc 1.10-13; 26,27).
Ministrar em favor dos que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14): No livro de Atos, são os anjos enviados em diversas ocasiões para socorrer os discípulos (At 5.19; 12.17; 27.23).
Acompanham os salvos ao partirem deste mundo (Lc 16.22). Esta pode ser a forma pela qual Deus possibilite que todos os santos que morrem possam “... deixar este corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Que boa companhia!
O ministério com os descrentes: Os anjos têm estado e estarão envolvidos no julgamento dos não crentes. Os anjos anunciaram a chegada da destruição de Sodoma por causa do pecado daquele povo (Gn 19.12,13); antecedendo os juízos climáticos das taças os anjos anunciarão a destruição dos poderes mundiais juntamente com aqueles que tiverem adorado a Besta (Ap 14.4,7,8-9, 15,17-18). Anjos são vistos julgando o povo de Jerusalém por sua idolatria (Ez 9.1-11); um anjo feriu Herodes Agripa I por sua blasfêmia e assim ele morreu (At 12.23). Os anjos também serão instrumentais no julgamento no fim desta era quando eles lançarão os descrentes na fornalha de fogo (Mt 13.39-42); Anjos soarão as trombetas dos juízos durante a tribulação (Ap 8.2-12; 9.1,13; 11.15); Anjos derramarão as taças dos julgamentos sobre a terra (Ap 16.2-17).
O CULTO AOS ANJOS
Embora poderosos em obras, não podem os anjos ser adorados: são criaturas de Deus, nossos conservos e comprometidos com a glória de Deus (Cl 2.18).
Os anjos são criaturas de Deus. Somente o Criador é digno de toda a honra e de todo o louvor; sendo os anjos criaturas (Sl 33.6), têm como missão louvar a Deus.
Os anjos são nossos conservos. Sendo eles criados por Deus, consideram-se nossos conservos (Ap 19.
Os anjos são comprometidos com a glória de Deus. Em todas as instâncias, principalmente quando estão prestes a serem adorados pelos homens, esta é a recomendação dos anjos: “Adora a Deus” (Ap 22.9).