O QUE É A SALVAÇÃO
“Com exceção dos nomes de nosso Deus e de nosso Salvador, não existe palavra mais doce do que salvação” – William S. Plumer
Definição teológica:
O que a salvação não é:
Apenas ter uma religião com o nome de cristã.
Apenas frequentar ou tornar-se membro de uma igreja local. Uma coisa é pertencer a uma igreja, e outra é pertencer à Igreja.
Apenas ter e ler a Bíblia. O eunuco tinha e lia uma Bíblia, e ainda não estava salvo (At 8).
Apenas professar um credo religioso. Ser salvo é muito mais que adotar, seguir, abraçar dogmas.
Apenas praticar a “regra áurea” de Mateus 7.12. Boas obras não salvam ninguém (Ef 2.8,9).
Apenas aspergir um infante com “água benta”. Afinal, dependendo da idade da criança, sequer tem a capacidade de crer para salvação (Mc 16.16a; Rm 10.9)
Apenas batizar um adulto ou uma criança. Batismo não salva, mas destina-se a quem já é salvo (Mc 16.16b).
Apenas “confirmar” um adepto da sua confissão religiosa.
Apenas participar da Ceia do Senhor ou da Eucaristia.
Apenas ter um irrepreensível código de conduta, bem como testemunho, porte.
Apenas praticar sempre boas obras.
O que é a salvação:
Definição teológica: Salvamento, libertação de um perigo iminente. Livramento do poder e da maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus.
“Salvação não é apenas libertação do inferno; é libertação do pecado” – Charles H. Spurgeon
Outros significados:
A salvação é uma milagrosa transformação espiritual que se efetua na alma e na vida da pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como Salvador (Jo 1.12; 3.5; 2 Co 5.17; Ef 2.8,9; Ef 4.22-24).
A salvação é um dom gratuito de Deus, independente de obras. Boas obras seguem à salvação (At 16.31; Rm 6.23; Ef 2.8,9; 4.22-24).
A grandeza da salvação (Hb 2.1-4):
Transcende o tempo (Ap 13.8)
Transcende o espaço (Jo 3.16)
Transcende as barreiras nacionais e culturais (Tt 2.11)
Transcende o entendimento humano (Ef 3.19)
A ORIGEM DA SALVAÇÃO
A origem da salvação – a graça de Deus (Rm 3.24; Tt 2.11).
Definição – o que é a graça:
Definição Geral:
Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, a aceitar e a usufruir, imediatamente dos benefícios do Plano de Salvação. O objetivo da graça é duplo:
Salva o homem do pecado.
Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, segundo ensina o apóstolo Paulo, é operada mediante a fé.
Outros significados:
A graça de Deus é o dom da salvação em Cristo, como dádiva de Deus ao pecador, indigno e merecedor do justo juízo de Deus.
Ela é o poder sustentador de Deus, que nos mantém firmes e perseverantes na fé, depois de salvos (2 Co 12.9), como lemos em 2 Timóteo 2.1: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus”
É a dádiva das bênçãos diárias que recebemos dEle, sem merecê-las (Jo 1.16).
É a dádiva da capacitação divina no crente, para este realizar a obra de Deus (1 Co 15.10; Hb 12.28).
Graça relaciona com a salvação. É a atitude (ou provisão) graciosa do Senhor para com o indigno transgressor da sua lei (Rm 3.9-26; Tt 3.4,5).
Ela resulta da parte de Deus para com o pecador em:
Misericórdia (1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2. Tt 1.4; 2 Jo 3; Jd 21)
Benevolência (Lc 2.14b).
Paz: Resultado da misericórdia de Deus no coração do homem.
Gozo: (que é mais interior), bem como alegria, beleza e adorno espirituais – (que são mais externos).
Tudo é pela graça – Na vida do crente, ela gera:
Crescimento na fé (2 Pe 3.18)
É por meio dela que triunfamos contra o mal (Rm 6.14; Hb 13.9; At 4.33; 2 Co 12.9).
E trabalhamos para o Senhor (Hb 12.28; 1 Co 3.10; 15.10; 2 Co 6.1)
Por ela, falamos (Sl 45.2; Cl 4.6); cantamos (Cl 3.16); e tratamos (Rt 2.10).
A Lei e a Graça.
A LEI E A GRAÇA A Lei condena o melhor homem A Graça salva o pior (Lc 23.43; 1 Tm 1.13-15) A Lei expressa a vontade de Deus A Graça, a bondade de Deus A Lei não pôde aperfeiçoar cousa alguma Jesus por sua Graça, sim (Gl 2.10; Hb 7.19) Deus proibindo (Êx 20.1-17) Deus rogando e concedendo (2 Co 5.18,21) Ministério de condenação (Rm 3.19) Ministério de perdão (Ef 1.7). Condena (Gl 3.10) Redime da condenação (Gl 3.13; Dt 21.22,23) Mata (Rm 7.9,11) Vivifica (Jo 10.10) Fecha todas as bocas perante Deus (Gl 3.19) Abre todas as bocas para louvá-lO (Rm 10.9,10; Sl 107.2) Põe uma grande distância de culpa entre o homem e Deus (Êx 20.18,19) Aproxima de Deus o homem culpado (Ef 2.13) Diz: “olho por olho, dente por Deus” (Êx 21.24) Diz: “Não resistais ao perverso; mas a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5.39) Diz: “Faze, e viverás” (Lc 10.28) Diz: “Crê, e viverás” (Jo 5.24) Condena totalmente o melhor dos homens (Fp 3.4-9) Justifica gratuitamente ao pior (Lc 23.34; Rm 5.6; 1 Tm 1.15; 1 Co 6.9-11) É um sistema de provação (Gl 3.23-25) É um sistema de favor (Ef 2.4,5) |