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I EPÍSTOLA DE JOÃO

I EPÍSTOLA DE JOÃO

(Estudo Completo)

A TEOLOGIA DA COMUNHÃO CRISTÃ

OS PONTOS ESSENCIAIS DO EVANGELHO

“Um Guia Prático do Discernimento Espiritual.”

“Uma Dissertação Sobre as Doutrinas do Cristianismo
e os Deveres dos Cristãos.”

Jesus é o Filho de Deus

Os que o Seguem Devem Proceder Retamente

Se Somos dEle, Amar-nos-emos uns aos Outros

“O Evangelho de João nos conduz para dentro da Casa do Pai; sua primeira Epístola faz com que nos sintamos à vontade ali.”

Esta é uma carta familiar de um pai aos seus filhinhos que estão no mundo. É um Dops mais íntimos livros inspirados. O mundo é considerado uma coisa exterior. O pecado do crente é comparado à ofensa de uma criança contra seu pai, e é tratado como assunto de família (1.9; 2.1). O governo moral do universo não é discutido. O pecado desse filho como ofensa à Lei foi resolvido pela Cruz. E “Jesus Cristo o Justo” é agora o seu Advogado para com o Pai.

INTRODUÇÃO
1. Autoria. O apóstolo João. Esta Epístola como a de Hebreus, não menciona seu autor nem as pessoas a quem é dirigida, apesar de ser intensamente pessoa, como o indica o uso freqüente dos pronomes Eu e Vós. Desde o princípio, tem sido reconhecida como carta circular do Apóstolo João às igrejas das cercanias de Éfeso, tendo como objetivo dar ênfase aos pontos essenciais do Evangelho, e avisar contra heresias incipientes que, mais tarde, produziram uma forma corrupta e paganizada de cristianismo. O escritor não julgou necessário indicar o seu nome como autor, mas a notável semelhança, tanto na matéria como nas expressões, que se observa entre esta epístola e os outros escritos de João, confirma o testemunho dos cristãos da igreja primitiva, sendo isso uma prova satisfatória de que o mesmo apóstolo a escreveu. Ela foi certamente escrita por uma pessoa que viu Jesus e observou as suas obras (1.1-4; 4.14).

2. João:
(1) Seu Cento de Operações: De acordo com antiga tradição, João fez de Jerusalém seu centro de operações, cuidando da mãe de Jesus enquanto ela viveu.
(2) De Jerusalém à Éfeso: Depois da destruição de Jerusalém, fixou residência em Éfeso, que no fim da geração apostólica, tornara-se o centro da população cristã, tanto em número como pela posição geográfica. Aí viveu e chegou à idade avançada. Seu cuidado especial era pelas igrejas da Ásia Menor.
(3) Discípulos Proeminentes de João: Entre seus discípulos, contavam-se Policarpo, Papias e Inácio, que vieram a ser, respectivamente, bispos de Esmirna, Hierápolis e Antioquia.
(4) A Obra Literária de João: Escreveu o Evangelho, três Epístolas e o Apocalipse, perto do fim do século.

3. Data e Ocasião. No final do primeiro século. O Cristianismo já estava no mundo havia sessenta ou setenta anos, e, em muitas partes do Império Romano, tornara-se uma religião importante e de poderosa influência. Naturalmente, houve toda espécie de tentativas para amalgamar o Evangelho com as filosofias e sistemas de idéias dominantes. Talvez tenha sido escrita entre os anos 90 e 100 d.C.
(1) O Gnosticismo: Certa forma de gnosticismo, que despedaçava as igrejas no tempo de João, exagerava o valor do intelectualismo e sustentava que há, em a natureza humana, um irreconciliável princípio dualista; que espírito e corpo são duas entidades separadas, que se hostilizam; que o pecado reside apenas na carne. O espírito poderia ter seus arrebatamentos; o corpo poderia fazer como queria. A piedade mística, mental, elevada seria inteiramente consistente com uma vida sensual voluptuosa. Negavam a encarnação e sustentavam que Cristo era homem só na aparência, um fantasma.
Os ensinos do Gnosticismo:
1- O Conhecimento é superior à virtude.
2- O sentido não-literal das Escrituras é o certo, e só pode ser entendido por uma seleta minoria.
3- A presença do mal no mundo impede que Deus seja o seu único Criador.
4- A Encarnação é um fenômeno inacreditável, pois a divindade não poderia jamais unir-se a algo material como o corpo humano (docetismo).
5- Não há ressurreição da carne.
6- Os padrões éticos de muitos gnósticos eram bem baixos, e por isso João enfatizou a realidade da encarnação e o alto padrão ético da vida terrena de Cristo.

(2) Cerinto: Em Éfeso, era líder dessa seita um indivíduo chamado Cerinto. Dizia ter experiências místicas íntimas, e elevado conhecimento de Deus, mas era voluptuoso como os maus mestres que perturbavam as sete igrejas (Ap 2.2,6, 14, 15, 20,21). O cerintianismo tira seu nome de um certo Cerinto de Alexandria, que, tendo-se mudado para Éfeso, foi um contemporâneo de João e Policarpo. Irineu apresenta as doutrinas básicas deste tipo de gnosticismo: Jesus foi o filho natural de José e Maria; o Cristo, em forma de uma pomba, desceu sobre Jesus depois de seu batismo e dominou completamente seu ser; o Cristo deixou Jesus antes do sofrimen¬to e Crucificação e voltou para Deus; Jesus morreu, ressuscitou e simplesmente desapareceu. Cerinto também insistia sobre a adoração no sábado e a circuncisão. Muitos estudiosos interpretam I João 5:5-9 como uma indicação de que o gnosticismo é do tipo cerintiano.

(3) Através desta Epístola: Parece que João tinha em mente esses herejes, quando insiste que genuíno conhecimento de Deus deve resultar em transformação moral, e que Jesus foi a manifestação verdadeira, material e autêntica de Deus na carne.

4. Local de Escrita. Provavelmente escrita em Éfeso.
5. Destinatário: Aparentemente a igreja em geral, já que não tem saudações, despedidas, e outras alusões pessoais; pertence, portanto às epístolas gerais. Parece ter sido dirigida especialmente aos gentios e aos residentes na Ásia Menor, entre os quais João tinha trabalhado.
6. Epístolas Gerais:
7. Tema Central: Deus é vida, luz e amor perfeitos. Seu caráter constrange os crentes a viverem em santidade.
8. Palavras-chave: Comunhão, saber e amor.
9. Caráter da Epístola – Carta ou Sermão? : Esta parte do Novo Testamento, embora chamada de Epístola, podia mais justamente denominar-se uma dissertação sobre as doutrinas do cristianismo e os deveres dos cristãos. Embora I João seja chamada uma epístola, ela nem começa nem termina como uma epístola. Tampouco tem ela a identificação usual do escritor e o nome do grupo ao qual foi enviada. Não há nenhuma saudação de despedida. Contudo, ela tem o sentido de uma carta pessoal, endereça¬da a pessoas conhecidas do e pelo autor. Foi sugerido, por alguns, que I João é realmente um sermão ou homilia. Contudo, o uso do verbo "escrever" (1:4; 2:1, 7, 8,12-14, 21,26), onde se esperaria encontrar o verbo "falar", num sermão, indica a natureza epistolar da composição original. Porque não há nenhuma evidência de manuscrito dos versículos introdu¬tórios e finais perdidos, geralmente concordam os estudiosos que I João é um tipo de "panfleto", escrito para tratar de um problema específico.

10. Características gerais da Epístola:
• O autor chama os crentes carinhosamente, como “Meus filhinhos” (2.1,18, 28; 3.7,18; 4.4; 5.21) e “amados” (3.2; 2.1; 4.1,7 11)
• Esta pode ser chamada “A Carta das Certezas”
• Verdade: Aparece 20 vezes nas cartas de João. Consiste principalmente no evangelho que liga o crente com Deus (Jo 14.6)
• Começa com uma declaração positiva do conhecimento pessoal de Cristo (1.1-3)
• Dá grande ênfase ao conhecimento espiritual que os crentes podem obter. A palavra “saber”, ou seu equivalente aparece mais de 30 vezes.
• Sete casos importantes onde aparecem as palavras “sabeis” ou “sabemos”:
(1) Que a vida reta indica regeneração (2.29; 5.18)
(2) Que seremos semelhantes a Cristo quando ele vier (3.2)
(3) Que Cristo veio tirar os nossos pecados (3.5)
(4) Que o amor fraternal indica que temos passado da morte para a vida eterna (5.13)
(5) Que ele vive em nós pelo Espírito (3.24)
(6) Que temos a vida eterna (5.15)
(7) Que nossas orações são respondidas (5.15)
• O Evangelho de João nos conduz para dentro da Casa do Pai; sua primeira Epístola faz com que nos sintamos à vontade ali.
• Uma palavra terna se emprega para “filhos”, “teknia” criancinhas. Paulo ocupa-se com nossa posição pública de filhos; João com nossa proximidade como crianças na família do Pai. – Scofield
11. Conteúdo. A carta mostra a obvia afeição de João por seus “filhinhos” e sua preocupação espiritual com o bem-estar dos crentes. Ela contém vários contrastes – luz e trevas (1,6-7; 2.8-11) amor ao mundo e amor a Deus (2.15-17) filhos de Deus e filhos do diabo (3.4-10); o Espírito de Deus e o espírito do anticristo (4.1-3); amor e ódio (4.7-12,16-21)

COMENTÁRIO
Introdução:
1. O Propósito da Epístola (1.1-4)
O Autor menciona 5 razões para escrever esta carta aos crentes:
(1) Para aumentar seu gozo (1.4)
(2) Para guardá-los do pecado (2.1)
(3) Para adverti-los acerca dos falsos mestres (2.26)
(4) Para fortalecer a sua fé em Cristo.
(5) Para dar-lhes a garantia da vida eterna (5.13)

João era o amigo mais íntimo de Jesus quando Este vivia na terra. Durante três anos João acompanhou Jesus nas Suas viagens pela Palestina, servindo a Ele dia e noite, enquanto Jesus operava Seus milagres portentosos. Na Última Ceia, João estava reclinado sobre o peito de Jesus, enquanto Jesus falava da Sua crucificação que se aproximava. Para João, Jesus não era fantasma, nem sonho, nem mera visão; era uma Pessoa real, a encarnação da vida, da vida eterna. (2).
E João escreveu sua Epístola para que os outros pudessem participar seu sentimento de comunhão, companheirismo e alegria, com Cristo e com o Pai, e com os crentes.

2. “Era” o verbo indica “já estava em existência”, “não veio a existir”. “apalparam” A mesma palavra grega é usada com relação a uma das aparições de Cristo após a sua ressurreição (Lc 24.39)
3. “Ouvido, visto.” (1.1) Referem-se aos sentidos dos apóstolos, que confirmaram a vinda de Cristo em carne. As heresias gnósticas negaram a humanidade real do Senhor. Enquanto que o tema do Evangelho é “Jesus é o Cristo” (Jo 20.31), o tema desta Epístola é: “O Cristo é Jesus”.
4. A participação na graça de Deus por Cristo e a presença do Espírito que os apóstolos gozaram são patrimônios dos crentes de qualquer geração (Jo 17.21)
“A evangelização que não visa comunhão verdadeira numa comunidade (igreja) espiritual deixa de ser bíblica.”
5. O Avo da Mensagem de Edificação é:
(1) Alegria em comunhão (Jo 15.11; 16.24; 17.13; 2 Jo12)
(2) Santidade – “para que não pequeis” (2.1)
(3) Segurança “a fim de saberdes que tendes a vida eterna” (5.13)

I. Condições Para a Comunhão (1.5-2.2)
A Encarnação: Deus se tornou carne, em forma humana, 21vezes nesta Epístola, Jesus é chamado Filho de Deus. 12 vezes Deus é chamado o Pai. Assim, a divindade de Cristo e a relação especial de Pai e Filho que existe entre Deus e Jesus, é a ênfase especial desta Epístola.
Comunhão: Este pequeno capítulo fala muito de comunhão. A palavra significa “comum interesse” e podemos meditar sobre todos os interesses que temos em comum com o Pai e o Filho.
1. Conformidade a um Padrão (1.5-7)
(1) Deus é luz – Santidade e Integridade Absoluta: É assim que começa o Evangelho de João (Jo 1.4). Jesus o afirmara (Jo 8.12). Muitas expressões desta Epístola assemelham-se às de Jesus.
1- “Luz” aí representa o domínio da verdade, justiça, pureza, alegria e glória inefável de Deus. Num sentido mais real “luz” aí pode ser um atributo de Deus além do alcance da compreensão humana. Deus “habita em luz inacessível” (1Tm 6.16)
2- Deus se veste de luz (Sl 104.2).
3- “Pai das luzes” é um dos nomes de Deus (Tg 1.17)
4- “Trevas” representa este mundo de erro, maldade, dúvida, tristeza, ignorância, iniqüidade.
2. Confissão de Pecado (1.8-2.2)
(1) Justo para nos perdoar. Se não fosse pelo sangue de Jesus Cristo vertido para a propiciação dos nossos pecados (2.2). Deus seria justo em nos condenar. Confissão de pecados particulares é preciso para sua renúncia (Sl 32.1-5)
(2) “Se dissermos que estamos sem pecado, enganamo-nos” (8): O crente no seu primeiro amor pode pensar que não mais existe nele essa tendência para insubmissão à vontade divina que se chama “pecado”, mas o apóstolo explica que tal pensamento é engano: a tendência ainda existe, mas os pecados (os frutos dessa má árvore, o pecado) podem ser purificados, perdoados, e também evitados.
(3) O pecado na vida do crente: Mesmo os crentes pecam. Se negarmos pecados passados, e culpas presente, estaremos nos enganando, zombando de Deus e andando fora da luz.

II. Conduta na Comunhão (2.3-27)
A comunhão com Deus mantida pela advocacia de Cristo: Advogado (gr parakletos: “chamado para o lado” – Somente nos escritos de João) a palavra é a mesma traduzida “Consolador” em João, o sentido é parecido com “Protetor” no uso brasileiro. Advocacia é a obra do Senhor Jesus Cristo em prol do crente que peca que Ele executa junto ao Pai, e pela qual, devido à eterna eficácia do seu sacrifício, Ele restaura o crente à comunhão.
1. O Caráter de Nossa Comunhão – Imitação (2.3-11)
(1) Propiciação (2.2): Satisfação. Cristo foi a única oferta capaz de satisfazer a justiça de Deus com respeito ao pecado (Rm 3.25)
(2) O Andar na luz: Andar com Deus não significa estar sem pecado. Pecamos no passado e ainda resta pecado em nossa natureza. É em virtude, não de nossa impecabilidade, mas da morte de Cristo pelo nosso pecado, que temos comunhão com Deus.
(3) Deus sendo luz (1.5) e amor (4.8) torna o pecado e o ódio (9) incompatíveis com um conhecimento genuíno de Deus.
(4) O Amor para com Deus (2.5) é aperfeiçoado na plena obediência à sua palavra.
(5) Como ele andou (2.6): O padrão de obediência é o exemplo de Cristo (1 Pe2. 21; Cl 2.6)
(6) As Bênçãos da Permanência na Verdade:
1- Perdão dos pecados (2.12)
2- Conhecimento de Deus (2.13,14)
3- Vitória sobre os poderes do maligno (2.13,14)
2. O Mandamento para a Nossa Comunhão – Separação (2.12-17).
(1) Confissão: No momento em que temos consciência de qualquer ato pecaminoso, se o confessarmos com genuína humildade, nossa associação com Deus continua.
(2) “Conheceis” (2.13,14): Ginosko: Além do sentido vulgar de “perceber por experiência”, denota uma relação pessoal com Cristo (13) e com Deus (14). Que determina a nova vida. Juntamente com o “saber” (gr, edenai) salienta a inabalável segurança do cristão, que é objetiva (os fatos são reais 1.1-4) e subjetiva (nascemos de Deus 3.9; 4.13; 5.13)
• Os pais: São os idôneos na fé.
• Os filhos: São os novos na fé ou toda a igreja (2.1, 28; 5.21)
• Os jovens: São os fortes na lua contra o diabo e o mal.
(3) Guardar os Mandamentos: Uma das condições de sermos perdoados é “guardarmos seus mandamentos” (4-6). Todavia, o pecado é em si mesmo uma falta de guardar esses mandamentos. É este um dos paradoxos de João. O homem mais santo tem invariavelmente profunda consciência de sua pecaminosidade. (Ex. Manoá, Gideão, Isaías, Pedro, Paulo). Devemos compreender que os mandamentos de Deus não são imposições arbitrárias, mas as condições necessárias para termos:
• Vida.
• Paz.
• Poder.
(4) A Prova da Comunhão (2.3-14): Obediência e Amor Somente pela obediência podemos conhecer a Cristo (3,4), amar a Cristo (5), e permanecer em Cristo (6). Uma característica do crente maduro, é que ele se ocupa mais com Cristo, do que com verdades, profecias, ritos, bênçãos espirituais e financeiras...
(5) Os Três Inimigos do Cristão:
1- O diabo (2.14)
2- O Mundo (2.15-17). O apóstolo resume tudo que há no mundo em três concupiscências, e o crente deve reprovar (e não amar) tais coisas ruins. É verdade que há no mundo coisas aprovetáveis, como altruísmo, abnegação, amor puro, dever, etc., mas o apóstolo não está pensando nelas quando fala de “tudo que há no mundo” que o crente não deve amar. A sociedade incrédula e rebelde, sob a orientação do diabo, despreza os crentes e o seu Senhor (Jo 15.18-24). Os cristãos amam os homens do mundo (como Deus Jo 3.16), mas não seu espírito revelado:
1) Nos apetites malignos da carne.
2) No materialismo avarento e transitório.
3) No orgulho da vida sem Deus (Tg 1.27; 4.4)
3- A carne (2.16).

3. O Credo para a Nossa Comunhão – Afirmação (2.18-27)
Os crentes são avisados contra os apóstatas, que negam a divindade de Cristo (2.19-29). A prova de ortodoxia ou heterodoxia é o que se pensa de Cristo. Ele é a Pedra de Toque. A separação entre o humano e o divino foi uma doutrina herética antiga conhecida como docetismo, que afirmava que Jesus só tinha aparência de ser humano, mas não a natureza humana.

(1) O Anticristo: (18,22; 4.3; 2 Jo 7)
1- João fala sobre
1) O espírito do anticristo (4.3) que se refere as forças demoníacas por detrás de ensino e atividade anticristã.
2) O Grande Anticristo vindouro (Ap 13.1-10)
3) Muitos anticristos presentes ativos em sua época e através da história da Igreja.
2- A palavra não ocorre em outra parte da Bíblia. Identifica-se comumente com o “homem do pecado” de 2 Ts2, e a “besta” de Ap.13. A Bíblia, porém, não faz a identificação. A linguagem implica que os leitores de João foram instruídos a esperar um anticristo relacionado com o fim da era cristã (18). Entretanto, ele dá este nome não a uma pessoa, mas ao grupo inteiro dos mestres anticristãos (18; 4.3). A idéia do Novo Testamento parece ser que a apostasia se levantaria no seio da cristandade, manifestar-se-ia de muitos modos e finalmente culminaria em uma pessoa, ou instituição, ou em ambas.
3- Note-se a clara distinção entre a igreja visível (crentes e não crentes juntos Mt 13.30) e a invisível (salvos eternamente)
4- Unção (2.20): Refere-se não ao ato (batismo), mas ao Espírito que vem do Santo (Deus Hb 3.3, ou Cristo Jo 6.69)
5- Três Marcas de um Cristianismo Autêntico:
1) Teológica – Fé em Jesus como o Cristo, o Filho de Deus encarnado (3.23; 5.5, 10,13).
2) Moral – Obediência aos mandamentos de Deus (3,4; 3.5,9)
3) Social – Amor fraternal (10; 4.7,8)
6- “acerca dos que vos procuram enganar” (2.26): A profecia de Paulo se cumprem 40 anos (At 20.29,30)
7- Ensinai (2.27): O Espírito e a Palavra cooperam suprindo toda a necessidade dos fiéis (Jo 14.26; 1 Co 2.9-16; 1 Jo 2. 24-27)
8- A prática da justiça é resultado do novo nascimento (Ef 2.20)

III. Características da Comunhão (2.38-3.24)
1. Em Relação à Nossa Expectativa – Pureza (2.28-3.3)
(1) O estado habitual do crente que não peca é contratado por atos particulares dos crentes (3.6). O crente verdadeiramente regenerado por Deus (3.9) não se conforma com o pecado. Procura através da confissão (1.9) e purificação (3.3) dar todo o controle de sua vida a Deus (3.9), praticando a justiça, pagando as suas dívidas e se purificando.
(2) A manifestação (3.8). O dia da Manifestação Gloriosa de Cristo será também o dia da manifestação dos remidos, como, evidentemente, filhos de Deus. (3.2). Hoje o exterior aspecto deles é muito semelhante ao dos descrentes.
1- Do Filho de Deus.
1) Cristo se manifestou “para tirar os pecados” (3.5)
2) Cristo se manifestou “para destruir as obras do diabo” (3.8)
3) Cristo se manifestará “para que tenhamos confiança” (2.28)
4) Cristo se manifestará “para tornar-nos semelhantes a Ele (3.2)
2- Dos Crentes:
1) Agora: “na prática da justiça e no amor aos irmãos (3.10)
2) Depois: sendo como Ele é. (3.2)

(3) Anomia: No versículo 4 a palavra “anomia” geralmente traduzida iniqüidade significa mais exatamente insujeição. E todo pecado tem este mesmo caráter, a saber, “insujeição” à vontade de Deus, transgressão da lei tem aqui o sentido mais amplo possível, o afastamento ou abandono de qualquer dos padrões de Deus. Lemos no versículo 9 que “qualquer que é nascido de Deus não pratica pecado, isto é, ele não é insubmisso à vontade de Deus, mas procura em tudo conformar-se a ela. O não renascido não mostra esta sujeição.
(4) Prática: Prática constantemente isto é, peca como meio ou estilo normal de vida.
(5) A Divina semente (3.9) Pode significar a palavra regeneradora do evangelho (2.24; 1 Pe 1.23,25; Tg 1.18-23); ou o Espírito de Deus (2.20,27; Jo 3.6,8) ou a nova natureza implantada por Ele (2 Pe 1.4). Qualquer que seja o sentido, o fato é que, com esta semente, o poder dominante do pecado é cancelado. Cada semente só pode produzir sua própria espécie, conforme a pergunta de Tiago: “Pode a figueira produzir azeitonas ou a videira figos?” O cristão é caracterizado por aquilo que é de Cristo, e somente por isso. Reconhece como resultante da nova natureza que alguma coisa que não fosse digna de Cristo seria desonrá-lo. Esta natureza evita que o crente viva pecando constantemente.
(6) Três características do diabo que se manifestam no mundo:
1- Pecado (3.8,10)
2- Ódio (3.12)
3- Mentira (Jo 8.44)

2. Em Relação à Nossa Posição – Justiça e Amor Fraternal (3.4-18)
(1) Justiça (3. 1-12) Há declarações muito fortes neste capítulo acerca do pecado. A final o crente comete pecado (3.6,8, 9) ou não (1.8,10)
1- Há diferença entre pecados voluntários e habituais, e pecados por fraqueza. É em grande parte uma questão de natureza íntima.
2- Há diferença entre absoluto e o relativo. Comparados com Deus, somos pecadores. Comparando-nos com os padrões humanos ordinários, há uma diferença nítida entre o homem justo e o mau, mesmo que o justo não esteja isento de pecado.
3- João podia ter em mente certos mestres herejes que, enquanto se declaravam em superior comunhão com Deus, ao mesmo tempo chafurdavam-se na imundícia da imoralidade como a Jezabel de Tiatira (Ap 2.20)
(2) Amor (3.13-18) A nota dominante desta Epístola é o amor.
• “O amor é de Deus” (4.7)
• “Deus é amor” (4.8).
• “Que permanece no amor permanece em Deus”
• “Todo aquele que ama é nascido de Deus”
• “Todo aquele que ama, conhece a Deus” (4.7)
• “Quem não ama, não conhece a Deus”
• “Quem não ama, permanece na morte” (3.14)
• “Quem odeia a seu irmão é homicida” (3.15)
• “Se alguém diz, Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso” (4.20)
• “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos” (3.14)
• “Quem não ama a seu irmão, a quem vê como pode amar a Deus, a quem não vê?” (4.20)
• “Quem vê a seu irmão em necessidade e fecha-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (3.17)
• “Amamos porque Ele nos amou primeiro” (4.19)
• “Amados, amemo-nos uns aos outros” (4.7)
• “O perfeito amor lança fora o medo” (4.18)
(3) Caim: O mundo com o espírito de Caim (desobediência, inveja, ódio, homicídio) odeia os crentes, enquanto estes mostram amor que comprova o seu novo nascimento (3.13,14)
(4) Assassino (3.15): O coração que está cheio de ódio é potencialmente capaz de assassinato (Mt 5.21-22)
(5) “devemos dar nossa vida pelos irmãos” (3.16): A essência do amor e sacrifício tanto em oferecer a vida como em compartilhar nossos bens com um irmão necessitado (Tg 2.15,16)
3. Em Relação às Nossas Orações – Respostas (3.19-24)
(1) Nisto (19): É a prática do amor (3.16,17)
(2) Deus é amor (3.20): As emoções inconstantes não produzem segurança. A Palavra de Deus garante nossa esperança.
(3) Temos confiança - (gr. parresia): Declara a ousadia com que podemos falar aos homens (testemunho At 2.29; 4.13,29 31) e a Deus, oração (3.31; 5.14)
(4) Obediência (3.22): É a condição indispensável, não a causa meritória, da oração respondida (5.14)
(5) Fé e Amor: Unidos demonstram a nossa permanência em Cristo e a dele em nós.
(6) Os versículos 20,21 consideram o caso de um crente condenado por seu coração (não por sua consciência), talvez por ter faltado com o próprio amor par com algum irmão. É o que sempre acontece.

IV. Cuidados da Comunhão (4.1-21)
A atitude perante a encarnação de Cristo determina a origem e o caráter destes espíritos.
1. Quanto a Espíritos Falsos, Mentirosos (4.1-6)
(1) Espírito: Uma mensagem sobrenatural pode vir de Deus, através do Seu Espírito (3.24). Ou do diabo através de um demônio (2.18-22)
(2) “Provai os espíritos” (1-6): Que quer isto dizer? O critério para se averiguar a sua genuinidade era o conteúdo da mensagem por eles apresentada – se reconhecia a divindade de Cristo. Aparentemente alguns dos leitores de João estavam sendo desviados pelo gnosticismo.
(3) Confessa (4.2): Não é o simples reconhecimento de quem é Jesus. Isto os demônios fazem (Mc 1.24; 3.11; Tg 2.19). É uma confissão em sujeição a Ele com o propósito de glorificá-lo (Jo 17.4-6)
(4) Os Falsos Profetas (4.1-6): Alguns têm entendido deste trecho que nos tempos do apóstolo João alastrava-se o ensino dos gnósticos, que negava a verdadeira humanidade de Cristo, alegando que Ele era um ser espiritual com apenas a aparência de homem
(5) Os Falsos Profetas Hoje: O erro corrente nos dias é o contrário: a admissão da sua verdadeira humanidade com a negação de ser Ele: “Deus manifesto em carne”. Não devemos admitir ensino de nenhuma espécie que represente mal a pessoa do Senhor Jesus Cristo.
(6) Vencendo os falsos profetas (4.4): A proteção contra o erro está:
1- Na doutrina bíblica.
2- Na permanência do Espírito no coração para limpar e guardar.
2. Quanto ao Espírito Verdadeiro e Amoroso (4.7-21)
João volta para seu tema favorito, o amor, nota tônica da Epístola. Insiste sempre que o sermos salvos pela graça de Cristo não nos desobriga de obedecermos aos mandamentos de Cristo. Conta-se que quando João ficou velho demais para andar, tinha que ser carregado para a igreja e, ao falar, dizia sempre: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros. É o mandamento do Senhor”
(1) A Base do Amor Fraternal (4.7-10)
(2) Três Aspectos do Amor:
1- O Amor de Deus para conosco.
2- O nosso amor para com Deus.
3- O amor fraternal entre os crentes.
(3) As Glórias do Amor (4.11-27)

1- Esta é uma das passagens mais sublimes de João. Deus é amor. O amor é Sua qualidade suprema. Deus só pode ser conhecido por aqueles que vivem em amor. No entanto, não saberíamos amá-lo, nem seríamos capazes de amá-lo, se Ele não nos tivesse amado primeiro. Se nós amarmos uns aos outros, Deus permanecerá em nós e o seu amor em nós será aperfeiçoado ou amadurecido (4.12)
2- O amor que Deus nos tem continua sendo o tema. Aprendemos deste trecho que o crente amoroso é o crente bem chegado a Deus: que o crente amoroso terá confiança no dia do juízo; que o crente representa seu Salvador aqui neste mundo. (17); que é inevitável, a quem amam o bem revelado em Deus, amar também a seus irmãos que são parecidos com Deus.
3- Vemos como o amor continua sendo a preocupação principal do velho apóstolo, e o amor é sempre possível quando pensamos mais no bem que há nos outros do que nos seus defeitos.
4- O amor supremo de Deus vai além da encarnação para focalizar o sacrifício de Cristo pelo qual temos a vida eterna (Jo 3.16). Este amor, sendo infinito, não pode ser comparado com nosso amor humano.
5- Todo crente tem a obrigação de amar como Deus amou (3.16; 4.11)
6- O Deus invisível Se revela no amor recíproco dos crentes, uma vez que esse amor é fruto do Espírito neles (4.12, 13)
7- No dia do juízo (4.17) O crente que tiver praticado o amor durante a sua vida terrena será capaz de aproximar-se do trono de juízo de Cristo sem qualquer vergonha. Tal certeza não é presunção, pois segundo ele é, também nós seremos neste mundo, isto é, nós somos semelhantes a Ele em amor.
8- Perfeição Acessível (4.17)
1) Amor aperfeiçoado produz plena confiança no futuro e obediência no presente (2.5)
2) Alegria aperfeiçoada surge da comunhão na luz (1.4-7)
3) Fé aperfeiçoada se revela em boas obras (Tg 2.22)
9- O Amor é o antídoto para o temor. Onde há amor aperfeiçoado, o próprio terror da morte desvanece o que é amplamente demonstrado pelos mártires.
10- A capacidade de amar nos é concedida pelo amor de Deus derramado em nossos corações (1 Jo 4.19; 2 Co 5.14; Gl 5.22; Rm 5.8)
11- Desprezar a quem Deus ama e criou na Sua imagem não corresponde com qualquer declaração de amor para com Deus (4.20; 5.2)
12- Foi Cristo que uniu Dt 6.4 e Lv 19.18 declarando que toda a obrigação do homem está resumida no duplo mandamento de amar a Deus a ao próximo (Mt 22.37-40; 1 Jo 4.21))

V. Conseqüências da Comunhão (5.1-21)

1. Amor pelos Irmãos (5.1-3)
(1) Em contraste com as minuciosas obrigações do legalismo judaico (Mt 23.4) o jugo de Cristo é suave (Mt 11.30; Rm 12.2; 1 Jo 5.3)
2. Vitória sobre o Mundo através da Fé (5.4,5)
3. Verificação das Credenciais de Cristo (5.6-12)
(1) Veio por meio de água e sangue (5.6): Ensinamento contrário ao dos heréticos gnósticos que diziam que Cristo se encarnou no homem Jesus por ocasião do seu batismo, mas que o deixou antes da Sua morte.
(2) As palavras entre parênteses não constam em nenhum manuscrito grego antigo, mas apenas em manuscritos latinos posteriores (5.7,8). “O Espírito, a água e o sangue” São aspectos do único batismo de Jesus por nós (Ef 4.4). O batismo do Espírito (1 Co 12.13) e na água (At 2.38) são para todos os que crêem.
(3) O Testemunho (5.10): Refere-se à segurança e paz internas providas pelo Espírito (Fp4. 7)

4. Certeza de Vida Eterna (5.13) O Evangelho de João foi escrito para despertar a fé (Jo 20.31). A primeira Epístola foi escrita para dar certeza da fé.
(1) A Vida Eterna (13). Esta expressão é usada muitas vezes no Evangelho de João. Começa a vida eterna quando a pessoa se torna cristã, e nunca tem fim. É qualidade divina e duração infinda. O objetivo desta Epístola é assegurar-nos que essa vida é nossa (13). Muitos cristãos se desanimam porque não se sentem seguros de sua salvação. Às vezes ouvimos dizer que, se não sabemos que estamos salvos, é sinal de que não o estamos. Achamos que isto é afirmar demais. É erro identificar certeza com salvação. Um recém-nascido não sabe que nasceu, mas é um fato. Certeza vem com o crescimento. Cremos ser possível a um cristão sua fé tornar-se cada vez mais forte até, pelo menos para ele próprio, ela alcançar a plena certeza do conhecimento.

5. Orientação nas Orações (5.14-17)
(1) Ele nos ouve (14): Esta limitação é fruto da graça de Deus, pois Sua vontade é sempre o melhor para Seus filhos.
As condições Bíblicas de Oração:
1- A Petição Deve Ser Feita:
1) Segundo a Sua Vontade (Sl 37.4)
2) No Nome de Cristo (Jo 16.23,24)
3) Para Glória de Deus (Tg 4.2,3)
2- Aquele que Pede Precisa:
1) Ser Lavado dos Pecados (Sl 68.18)
2) Ser Perdoado e Estar Pronto a Perdoar Outros (Mc 11.25)
3) Crer nas Promessas (Tg 1.5-7)
4) Guardar Seus Mandamentos (3.22; Jo 15.7)
(2) Fatos (5.14-21):
1- Um Fato da História: “O Filho de Deus é vindo.”
2- Um Fato da Experiência: “No que é verdadeiro estamos”
3- Um Fato de Testemunho: “Este é o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna” - Scroggie
(3) Obtemos (15): “As petições feitas conforme as condições acima são concedidas no mesmo instante; os resultados dessa concessão são percebidos no futuro” - Plummer
(4) O Pecado para a morte (16) Qualquer pecado na comunidade deve produzir intercessão e restauração (Gl 6.1). Pecado para a morte não seria aquele que merece morte física (At 5.1-11; 1 Co 5.5; 11.30). É provavelmente o pecado imperdoável de que Jesus falou (Mt 12.31-32). Um pecado semelhante é referido em Hb 6.4-6; 10.26.

6. Libertação de Pecados Habituais (5.18-21)
(1) Injustiça (5.17: gr. Adikia) e “transgressão” (3.4: gr, anomos) têm seu fundamento na realidade do padrão moral objetivo revelado na natureza de Deus.
(2) O mundo inteiro jaz no maligno. Isto no sentido que a humanidade é passivamente controlada pelo diabo e seus anjos (Ef 2.2; 6.12)
(3) Três Certezas – Sabemos que Quando Nascemos de Deus:
1) Temos vitória sobre o pecado pelo poder de Cristo.
2) Pertencemos a Deus para estarmos sob seu controle (5.19)
3) A nossa fé é histórica e experimental (20)
(4) Verdadeiro (20): (gr. Alethinos) Tem a ideia de “real” ou “genuíno”. Este é o verdadeiro Deus, foi referido pelos oponentes dos arianos (que negavam a deidade de Cristo) a Jesus Cristo. É mais uma passagem do Novo Testamento que claramente afirma que Cristo é Deus (Rm 9.5)
(5) Sabemos (1.21): “Saber”, “Conhecer” é uma das palavras chaves desta Epístola.
• “Nós o conhecemos”
• “Sabemos que estamos nEle”
• “Sabemos que seremos semelhantes a Ele”
• “Sabemos que passamos da morte para a vida”
• “Sabemos que somos da verdade”
• “Sabemos que Ele permanece em nós”
• “Sabemos que permanecemos nEle”
• “Conhecemos o amor que Deus nos tem”
• “Sabemos que Ele nos ouve”
• “Sabemos que somos de Deus”
• “Eu vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna”
• É possível que a palavra fosse enfatizada de modo especial por causa do gnosticismo dominante, cuja palavrinha querida era “conhecimento”. Nos seus desvaneios a respeito de coisas que ignoravam, eles “sabiam” de muitas coisas que não eram verdadeiras. João repete muitas vezes umas poucas coisas que os cristãos sabem com certeza, e que são reais.
(6) Ídolos: Quais os ídolos em que o apóstolo pensava?Todo substituto de Deus é um ídolo. João provavelmente refere-se aos erros doutrinários, morais e éticos que, na prática são idolatria (1 Co 10.14)

7. A Teologia Bíblica da Comunhão:
(1) O que é comunhão. [Do gr. Koinonia; do lat. Comunicare, comunicar] Sentimento de unidade que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus. Tendo como vínculo o amor, a comunhão cristã desconhece distinções sociais, culturais e nacionais. Tornou-se a comunhão uma palavra tão cara para os cristãos, que já nos primórdios designava a Santa Ceia. Nesta celebração, conscientizamo-nos de que somos um com o Senhor.
(2) A importância da comunhão
1- Pela relevância deste assunto nas Escrituras (Jo 17.23)
2- Pela divina vocação através da qual somos chamados à comunhão (1 Co 1.9)
3- Pela ausência cada vez maior dessa virtude no seio da igreja hodierna.
4- Pelo empenho do maligno em bani-la completamente do seio da Igreja de Jesus Cristo.

(3) Condições Para a Comunhão com Deus: (1 Jo 5-10)
1- Um andar na Luz.
2- A Admissão que o pecado existe em nós.
3- O Pecado Confessado, Perdoado, e Purificado.
(4) Aspectos da comunhão.
1- A comunhão da Trindade ou comunhão íntima. Assim é denominado o relacionamento existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nesta Unidade administrativa, a composição entre as Pessoas da Trindade processa-se de forma distinta, porém harmônica. A esta composição, chama a Bíblia de Deus.
2- A comunhão com Deus. Relacionamento que o crente passa a manter com Deus mediante o sacrifício de Cristo Jesus no Calvário. É uma relação tão estreita que o pecador arrependido passa a receber um tratamento dispensado somente aos filhos. Nesta condição, pode dirigir-se a Deus, chamando-o de Pai.
3- A comunhão com os santos. Unidade estabelecida entre os que recebem a Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador. Tendo como base o amor, esta unidade faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça.

(5) Comunhão - Os Principais Interesses dos Cristãos:
1- Promover a Santidade.
2- Servir à Raça Humana.
3- Estabelecer o Reino de Deus no Mundo.
4- Divulgar a Luz do Evangelho.

(6) Os pilares da comunhão. (Ef 4.4-6; 1 Tm 2.5; Jo 10.16; At 4.12)
1- Há um só corpo.
2- Há um só Espírito.
3- Há uma só Esperança.
4- Há um só Senhor.
5- Há uma só fé.
6- Há um só batismo.
7- Há um só Deus e Pai de todos.
8- Há um só mediador entre Deus e os homens.
9- Há um só rebanho e um Pastor
10- Há um só nome salvífico
(7) Os absolutos da comunhão. (2 Co 6.14-18)
1- Não há nenhuma sociedade entre a justiça e a injustiça;
2- Não há nenhuma comunhão entre a Luz e as trevas;
3- Não há nenhuma concórdia entre Cristo e Belial;
4- Não há nenhuma parte entre o fiel e o infiel;
5- Não há nenhum consenso entre o Templo de Deus com os ídolos.
(8) Obstáculos à comunhão
1- A ação maligna no mundo;
2- A falta de genuína conversão;
3- O egoísmo humano;
4- A ausência de motivos cristãos sadios.
(9) A possibilidade da comunhão.
1- A oração de Jesus (Jo 17.21)
2- A glória de Deus (Jo 17.22)
3- O ensino apostólico (1 Co 1.10)
4- O exemplo da Igreja primitiva (At 2.42; 4.32)
5- Os dons ministeriais (Ef 4.13)
(10) Evidência da comunhão cristã.
1- A disposição de perdoar (Mt 18.23-35)
2- Brandura de espírito (Mt 11.29)
3- Capacidade de servir ao próximo. (Js 1.1)
4- Determinação de fazer o bem a todos (1 Ts 3.12)
5- Resignação diante do sofrimento
6- Um coração longânimo e misericordioso.
(11) Demonstração da comunhão cristã:
1- Na Doutrina, na Ceia do Senhor e nas orações (At 2.42).
2- Na Unidade fraternal e no manuseio dos bens materiais (At 2.44)
3- Na Liberalidade cristã. (At 2.45)
4- Na assistência à casa de Deus, e nas refeições diárias (At 2.46)
5- Na esperança. (Hb 10.23)
(12) Os resultados da comunhão.
1- Bênção e vida para sempre (Sl 133.3)
2- Frutificação abundante (Jo 15.4,5)
3- Testemunho eficaz perante o mundo (Jo 17.21,23)
4- Assistência mútua (At 4.32,34, 35; 1 Co 12.25)
5- Fortalece a Igreja de Cristo como um corpo indivisível (1 Co 12.27)

Bibliografia.
Manual Bíblico H.H.Halley
Bíblia Shedd
Bíblia Explicada.
Bíblia Anotada.

Autor: Wilson de Jesus Alves