EPÍSTOLA AOS FILIPENSES

A Epístola aos Filipenses
Uma Carta Missionária
INTRODUÇÃO
Não é fácil dar o assunto desta Epístola. Versa sobre uma porção de assuntos, à maneira de carta. Contudo, como o que lhe deu ocasião foi o recebimento de uma oferta em dinheiro, feita por uma das igrejas de Paulo, destinada a ajuda-lo em sua obra missionária no estrangeiro, denominamo-la “Carta Missionária”.
Em regra, Paulo não recebia pagamento do seu trabalho, porém mantinha-se trabalhando no seu ofício de fabricante de tendas, visto haver muitos inimigos e falsos mestres que abusariam do seu exemplo ou lhe atribuíam má intenção. A única igreja de que ele recebeu pagamento, ao que saibamos, foi a de Filipos. Pelo menos duas vezes, mandaram-lhe oferta quando ele estava em Tessalônica (Fp 4.16), e também quando estava em Corinto (2 Co 11.9) e agora em Roma (Fp 4.18).
AUTOR: Paulo, o apóstolo.
O ESTENÓGRAFO DE PAULO:
Quando Paulo escreveu esta carta, um homem um pouco mais jovem, sem dúvida, estava sentado ao seu lado com a caneta na mão—um homem a quem Paulo chegara a amar como se fosse seu próprio filho. Seu nome era Timóteo. Ele provavelmente escrevia enquanto Paulo ditava.
Timóteo tinha no coração um lugar especial para os cristãos Filipenses, e ocupava um lugar especial no coração deles. Ele havia ajudado a começar esta igreja. Ele se encontrava com Paulo na segunda viagem missionária quando chegaram a Filipos pela primeira vez. Como veremos mais tarde, o relacionamento de Timóteo com estes cristãos era profundo. Era recomendável que Paulo incluísse a Timóteo nesta saudação.
DATA: Incerta. Ano 60-64 d.C. (?)
LOCAL: Provavelmente tenha sido escrita em Roma.
DESTINATÁRIO:
A Cidade de Filipos: Na Macedônia, parte norte do que conhecemos por Grécia, cidade estratégica. Na grande estrada do Norte, entre o Oriente e o Ocidente. Notável por suas minas de ouro. Foi nas planícies de Filipos, 42 a.C., que se feriu a batalha na qual, com a derrota de Bruto e Cássio, a república romana caiu e nasceu o império romano. Augusto em apreciação pelo fato, fez dela uma colônia romana.
A Igreja de Filipos:
A História da Igreja: Foi fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária em meio uma tempestade de perseguições, cerca de 50 d.C., Ler a história em Atos 16 como preâmbulo desta Epístola. Foi a primeira igreja de Paulo na Europa. Os começos da obra se limitavam a umas poucas mulheres que se reuniam perto do rio. Lídia, uma vendedora de púrpura, foi a primeira convertida, mas logo se uniram a ela o carcereiro de Filipos e sua família. Estes, e talvez uns poucos mais, se converteram no núcleo da igreja. Lucas, o médico amado, foi seu pastor nos primeiros seis meses; Pode ter sido Filipos sua cidade, onde exerceu a medicina. É possível que ele fosse responsável pelo desenvolvimento do caráter sem defeito dessa igreja. Tanto quanto saibamos, a igreja filipense era a mais pura e mais fiel de todas as igrejas do N.T.
O Caráter da Igreja: A Igreja Filipense era uma igreja ideal em muitos sentidos. Era agradecida e bondosa (4.15,16; 2 Co 8.2)
CARACTERÍSTICAS DA CARTA:
Esta é uma carta de amor espiritual à igreja, cheia de entranhável carinho e gratidão. Escrita em circunstâncias difíceis enquanto Paulo estava prisioneiro. A carta ressalta a vitória e o gozo.
O MOTIVO DA CARTA
Paulo estava em Roma, 62-64 d.C., cerca de dez anos, depois de ter fundado a igreja de Filipos, e uns três ou quatro após sua última visita a ela. Aparentemente , por algum tempo, não teve notícias dessa igreja “renovaste a meu favor o vosso cuidado” (4.10), e podia pensar que talvez o houvessem esquecido. Foi quando Epafrodito chegou, dessa distante Filipos, como uma oferta em dinheiro. Paulo ficou muito sensibilizado e profundamente grato a Paulo. Epafrodito quase ia perdendo a vida ao viajar nesse serviço prestado a Paulo. Quando se restabeleceu, o apóstolo enviou-o de volta com esta bela carta (2 Co 2.25-30; 4.18).
TEMA:
A Alegria:
Alegria na oração (1.4)
Alegria no Evangelho (1.18)
Alegria na comunhão cristã (2.1-2)
Alegria nos sacrifícios pela causa (2.17-18)
Alegria no cuidado entranhável pela Igreja (4.10)
MENSAGEM DE FILIPENSE:
“Esta é a carta de um amigo aos amigos. Os cristãos filipenses tinham enviado um donativo, por mão de Epafrodito, ao apóstolo encarcerado, e esta carta é a acusação do ser recebimento. Tem sido dito com razão: ‘Na epístola a Filemom vemos como o apóstolo pede um favor; na epístola aos Filipenses vemos como ele agradece um favor’”
A primeira visita de Paulo a Filipos foi em 52 d.C., e suas experiências ali são detalhadas no livro de Atos. Foi uma visita frutífera, e quando o apóstolo seguiu para Tessalônica deixou atrás o núcleo de uma robusta igreja. A Epístola foi escrita uns dez anos depois da primeira visita. É uma carta, não de condenação, mas de elogio; contudo, podemos discernir, através da sua linguagem amável, uma ligeira repreensão. Parece que Evódia e Síntique ocupavam lugares de destaque entre os crentes em Filipos e que estavam em desacordo. Por isso o apóstolo, quando agradece a dádiva, aproveita a ocasião para exortar a todos a que sejam unânimes e humildes, e para tanto cita o exemplo de Cristo.
A nota principal da epístola, porém, é a de regozijo, e, indiretamente, ela mostra que há um gozo que será a experiência normal do crente; um gozo que tempos e circunstâncias não podem abalar. “Regozijai-vos sempre no Senhor, e outra vez voz digo: regozijai-vos”
COMENTÁRIO
CAPÍTULO I
“Cristo, A Vida do Crente; Regozijo no Sofrimento.”
SAUDAÇÕES E EXPRESSÕES
DE GRATIDÃO (1.1-11)
Timóteo (1)
Provavelmente escreveu esta carta, Paulo ditando-a. Ajudara a este a fundar a Igreja de Filipos. Por isso, fê-lo juntar seu nome na saudação. Timóteo também ajudara a escrever 2 Coríntios, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Filemon.
“Em Cristo...em Filipos”. (1-11). Todos nós vivemos em duas esferas, uma espiritual, e outra natural, devendo aquela predominar.
A Oração de Paulo por ele (3-11). É quase sempre assim que começa suas cartas. Comparar as belas súplicas de Ef 1.16-23; 3.14-19; Cl 1.9-12.
Notemos neste trecho que Paulo se regozija
Na Oração (4)
Na confiança que a obra começada será consumada (6)
Em poder escrever estas palavras (9-11)
Cooperação no Evangelho (5). Refere-se às ofertas que lhe enviaram. Isto os fazia participantes do seu trabalho (4.17), e devemos pensar, com nós hoje podemos ser participantes do Evangelho!
A SITUACÃO PESSOAL DE PAULO: A PREGAÇÃO DE CRISTO: (1.12-30)
O Evangelho Progride em Roma (12-18). Sua ida a Roma, como preso, redundou em proveito, antes que impedimento, para fazer Cristo conhecido na cidade imperial. Deu-lhe acesso aos círculos oficiais, de modo que já contava com alguns convertidos na corte de Nero (4.22). Como daquela vez, de noite se alegrara na cadeia de Filipos (At 16.25), assim se alegra agora nos grilhões de Roma (18)
“E sabemos que tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus e estivermos nos ajustando aos plano dele”. (Rm 8.28- Bíblia Viva)
Dos Prejuízos nascem proveitos.
O argumento de Paulo aqui visa provar que seu encarceramento estava contribuindo para proveito do Evangelho.
Os versículos 13,14 não devem ser mal-entendidos: os filipenses podiam sentir-se um tanto abalados ao ouvir que o pregador estava na cadeia – talvez por algum delito. Por isso ele explica que em Roma era bem compreendido, e que seu encarceramento foi por causa da pregação do Evangelho de Cristo, e não por nenhum crime e que muitos irmãos, animados pela ousadia de Paulo, tomaram coragem para evangelizar seus vizinhos.
Os versículos 15-18, ensinam que o nome de Cristo estava sendo bastante divulgado e nem sempre por crentes, mas o apóstolo apreciava toda esta publicidade, pois havia de, ao menos, preocupar o povo com o novo ensino.
Paulo deseja morrer (19-26). Sem dúvida, que sempre sofria no corpo, contundido e coberto de cicatrizes, devido aos repetidos apedrejamentos e açoites. Estava velho. Sabia que as igrejas precisavam dele. Ansiava porém, ir para o lar do céu. Todavia, não tinha muita importância. Na prisão, Cristo era sua vida e seu gozo. Quer partisse quer ficasse, estava nas mãos de Deus. Esperava voltar a Filipos (26; 2.24)
O versículo 20, que não parece precisar de explicação, merece nossa prolongada meditação. A sua significação é que foi escrito em vista do comparecimento de Paulo perante o imperador Nero.
No versículo 23 a expressão “partir, estar com Cristo” não importa, necessariamente em “morrer”. Enoque e Elias “partiram” para estar com Deus, mas sem morrerem e alguns têm pensado que o grande apóstolo cria que ele podia ter tido a mesma experiência caso quisesse (a linguagem do versículo 22 faz a alternativa depender da escolha do apóstolo) mas por amor da sua obra evangélica quis antes ficar mais tempo neste mundo. Contudo, isto é um pensamento sem base suficiente para ser afirmado positivamente.
Os Sofrimentos dos Filipenses (27-30). Já fazia dez anos e ainda estavam sendo perseguidos. Paulo fixava a vista no dia da vindicação, quando os papéis se inverteriam e os perseguidores colheriam o que semeavam (28). Aqui temos uma exortação à perseverança, ao amor fraternal, à humildade e à santidade – bom assunto para um sermão!. Quais são as características de um comportamento digno do Evangelho (27)?
O sentido dos versículos 28-30 é um tanto problemático, mas parece-nos que o apóstolo quer dizer que as aflições dos crentes convenciam seus adversários, de que eram gente perdida, mas que os crentes podiam considera-los antes como ocasiões para experimentar a salvação de Deus.
CAPÍTULO II
“Cristo, O Exemplo Do Crente; Regozijo Em Humildade.”
Da maior parte dos livros do Novo testamento, este é o que contém menos censuras. Mas à vista da conexão em que aparece esta tocante exortação à humildade, desconfiamos que Epafrodito deu a entender a Paulo que havia ameaça de facção no orgulho de certos líderes filipenses, como possivelmente, Evódia e Síntique (4.2). A humildade e o sofrimento de Cristo são muitas vezes contrapostos à sua exaltação e glória como nos vv.8-11. (Ver Hb 2.9-10; 1 Pe 1.11).
O PADRÃO DA VIDA CRISTÃ: A HUMILDADE DE CRISTO: (2.1-30)
A Exortação à Humildade. (2.1-4) Nos dois primeiros versículos temos um excelente exemplo do estilo que o apóstolo usava nas suas exortações. Merece um cuidadoso estudo. Ele primeiro acumula motivos, apela para as mais preciosas bênçãos do cristianismo, das quais seus leitores têm experiência, e então pede, como especial favor (“completai o meu gozo”), que os filipenses sejam de um mesmo sentimento, de um mesmo amor, de um mesmo ânimo. Será assim que usamos exortar uns aos outros?
O Exemplo Máximo da humildade (2.5-11)
Juízo humilde: Notemos que a consideração do versículo 3 importa um juízo humilde, que pensa nas limitações próprias e nas vantagens alheias.
A harmonia pela humildade (1-11):
A base da humildade (1)
A natureza da humildade (2)
Exortação à humildade (1-4)
Exemplo Supremo de humildade (5-11)
A Preexistência de Jesus (6)
A Encarnação de Jesus (7,8a)
A Crucificação de Jesus (8b)
A Exaltação de Jesus (9-11) – Aspectos da Sua Exaltação
Uma Honra Conferida.
O Nome (9b)
O Fim Decretado: Adoração Universal (10,11)
O Exercício da Humildade (2.11-18)
Paulo tinha ideia de que as amizades terrestres continuariam na eternidade. Esperava que sua felicidade atingiria o clímax do arrebatamento quando saudasse seus queridos amigos no reino além, aos pés de Jesus, sendo eles sua oferta ao Senhor, salvos para sempre, porque ele mesmo os trouxera a Cristo (16).
A nossa salvação consiste de duas partes (12,13):
Querer a vontade de Deus.
Efetuar a vontade de Deus.
O Papel de Deus na nossa salvação:
É Ele quem opera em nos estes santos desejos.
É Ele quem a conduta que deles resulta.
No versículo 17 temos uma alusão aos antigos sacrifícios pagãos, sobre os quais era costume derramar vinho ou libação no momento de serem queimados. O apóstolo considera a conversão dos filipenses como sacrifício oferecido a Deus: e a si mesmo apenas como a libação que acompanhava a oferta.
Os exemplos de Timóteo e Epafrodito (2.19-30). Parece, da leitura destes vss., especialmente do v.24, que ele esperava que acabasse logo o seu julgamento. Não dá nenhuma idéia de prosseguir até à Espanha, como planejara a princípio (Rm 15.24). Sua longa detenção parece que o fez mudar de plano. A opinião comumente aceita é que foi absolvido e tornou a visitar Filipos e outras igrejas no Oriente (1 Tm 1.3). Mais adianta, foi preso novamente, trazido de volta a Roma, onde foi executado, uns cinco anos mais tarde. Vemos quanto o apóstolo apreciava estes dois amigos , tão úteis no serviço do Evangelho.
Timóteo: Vemos em Timóteo:
A sinceridade de seu empenho pelos crentes.
Seu serviço subordinado “como filho ao pai”. Em que outros podem imitá-lo com proveito.
Que era obreiro único, e por isso indispensável (20a)
Que muito devia ao piedoso lar em que fora criado.
Epafrodito: (ou Epafras Cl 1.7; 4.12): Dele lemos:
Suas saudades dos filipenses.
Seu sentimento porque ouviram da sua doença.
O seu desprendimento da própria vida.
Era irmão cooperador.
Companheiro nos combates.
Mensageiro.
Ministro.
Dedicado ao serviço.
CAPÍTULO III
“Cristo, O Objetivo Do Crente; Regozijo, Apesar Das Imperfeições”
O PRÊMIO DA VIDA CRISTÃ:
O CONHECIMENTO DE CRISTO: (3.1-21)
A Advertência contra os Judaizantes (3.1-3) A cena que serve de fundo a este capítulo parece ter sido o aparecimento, em Filipos, dos judaizantes, se bem que não tivessem conseguido muito, a darem ênfase à observância da Lei, a contenderem sobre pontos não essenciais, com arreganhos de cães (2). Paulo mesmo possuíra a justiça que há na lei, isso que eles pregavam, em grau acentuado (4-6). Mas agora considerava isso como “refugo” (8). Dependia inteiramente de Cristo. Seu único alvo era conhecê-lo.
No versículo 2 temos um tríplice aviso para que nos guardemos:
Dos cães: Gente profana, que não sabe dar valor às coisas espirituais.
Dos maus obreiros: Pessoas que praticam iniquidade, malfeitores.
Dos da falsa circuncisão: (Emprega-se aqui uma palavra de desprezo: “Katatomen” ou mutilados) – os formalistas religiosos, que fazem mais questão de ritos e sacramentos do que do culto espiritual.
Três sinais do verdadeiro crente:
Ele serve a Deus pelo Espírito (3), isto é, ele não é meramente um religioso, homem de formalidades e cerimônias, mas um adorador guiado pelo Espírito (Jo 4.24)
Para ele o viver é Cristo.
Não tem confiança na carne.
Um aviso contra a confiança numa justiça legal. (4-6)
Cristo é o objetivo:
Da fé do crente e a fonte da sua justiça (7-9)
Do desejo do crente, em comunhão com Ele.
O Exemplo de Paulo (3.4-14). Paulo descreve-se a si mesmo como em uma corrida, forçando todos os nervos e músculos, e empregando nisso até a última partícula de energia, qual corredor no estádio, de veias intumescidas, para não deixar de alcançar o alvo. Este consistia em chegar à ressurreição dentre os mortos (11). Era este o segredo de sua vida. Tivera um vislumbre da glória do céu (2 Co 12.4), e estava resolvido que, quanto a si, chegaria lá pela graça de Cristo, com todos aqueles que pudesse persuadira acompanha-lo. Este capítulo é uma das mais veementes declarações desse Apóstolo acerca de sua esperança de ir para o céu.
A Exortação aos Demais (3.15-21)
“Sede meus imitadores” (15): A palavra “perfeitos” tem o valor de “maduros”, “adultos” (Hb 5.14). As características dos cristãos adultos são:
O mesmo sentimento: O mesmo desejo que havia em todos os seus irmãos – o de agradar seu Salvador.
A mesma regra: Sujeitos à vontade de Deus, revelada na Palavra – a política dos céus. (20).
Seu maior empenho é promover os interesses do reino de Deus.
Não é porventura o nosso dever viver de tal modo que seja possível dizermos: “ Sede meus imitadores”? (17)
“Pátria” (20). Estrangeiros aqui, nossa pátria é lá. Andamos aqui, mas nosso coração está ali.
CAPÍTULO IV
“Cristo, O Poder Do Crente; Regozijo, Apesar Da Ansiedade”
A PAZ DA VIDA CRISTÃ: A PRESENÇA DE CRISTO (4.1-4)
A Paz com Outros (4.1-4)
Evódia e Síntique (2-3). Duas mulheres líderes, ou porque eram deposição social, ou eram diaconisas, ou porque em suas casas as igrejas se reuniam, as quais estavam deixando que seus dissentimentos importunassem o povo de Deus ali.
A Paz com o Próprio Eu (4.5-9)
Alegrai-vos, Alegrai-vos, Alegrai-vos (4-7). Alegria é a nota predominante desta Epístola. Escrita por um homem preso, que por trinta anos fora atacado, surrado, apedrejado, e esbofeteado. E, não obstante, transbordasse de GOZO. Aquilo mesmo que naturalmente contribuíra para fazê-lo amargurado, só fez aumentar sua felicidade. O que Cristo pode fazer na vida de alguém é simplesmente admirável.
“Perto está o Senhor” (5). Ele dissera, dez anos antes, em (2 Ts 2), que o Senhor não viria senão depois da apostasia; mas essas apostasia já operava, fortemente, em algumas das suas igrejas, e nunca se lhe afastou de todo da mente a proximidade da vinda do Senhor. Era este um segredo de sua perene alegria. Outra era sua oração incessante com ação de graças (6). Gratidão a Deus pelo que Ele nos concede certamente O inclinará a nos dar o que não temos.
A Paz com as Circunstâncias (4.10-23)
A vinda de Epafrodito (10-20)
Trouxe a Paulo o dinheiro da oferta,(18). O apóstolo ficou profundamente, porquanto como prisioneiro não tinha meios de subsistência, além do que a prisão permitisse.
O traço mais belo e mais primorosamente delicado de toda esta Epístola está no (17), onde, agradecendo-lhes o dinheiro, diz que o apreciou não tanto porque dele necessitasse, se bem que a necessidade fosse grande (2.25), mas porque lhes deu ensejo de participarem dos lucros de seu trabalho, “fruto que aumente o vosso crédito”. Visto que o sustentavam, o trabalho que Paulo realizava era deles. No último dia, seriam premiados pelas multidões de almas que haviam ajudado a salvar. A lição serve para nós, do mundo moderno, com vista às nossas ofertas para a obra missionária. Cada oferta individual de per si não monta a muita coisa. Mas assim como as gotinhas de chuva que caem na parte centro-sul do Brasil cooperam para que cachoeira de Paulo Afonso seja uma realidade, essas pequenas ofertas, de centenas de milhares de crentes das Américas se juntam e formam o caudal de numerário que sustenta o vasto exército de missionários, das extensas fileiras que combatem pela cruz, a suportarem por Cristo dificuldades que nós não pensaríamos em sofrer aqui em casa – o mais nobre exército de homens e mulheres sobre os quais o sol nunca se põe. Aqueles que, contribuindo para as missões, participam destemais poderoso movimento de todos os séculos., no dia do final ajuste de contas terão direito de participar de suas recompensas.
Auxilio material. (10-23)
A Posição Social dos Cristãos (22) “Os da casa de César”, do palácio de Nero. A maioria dos primitivos cristãos era de classe mais humildes. Muitos deles eram escravos. Mas havia pessoas de destaque social entre os conversos, como estes do palácio de César. O tesoureiro da Etiópia (At 8.27); O centurião Cornélio (At 10.1); O colaço de Herodes (At 13.1); O procônsul de Chipre (At 13.12);Muitas mulheres distintas de Tessalônica (At 17.4);Mulheres gregas de alta posição, em Beréia (At 17.12);O tesoureiro da cidade de Corinto (Rm16.23).Joana, mulher do procurador de Herodes (Lc 8.3)

Foto de Examinai as Escrituras.