Criar um Site Grátis Fantástico
A EPÍSTOLA DE TIAGO

TIAGO- O LIVRO DE PROVÉRBIOS DO NOVO TESTAMENTO

 

A Epístola da Religião Prática

 

O Programa de Deus de Santificação Real na

 Vida do Crente.

 

Sabedoria Cristã – Boas Obras – Religião Pura

 

 

 

INTRODUÇÃO

A primeira menção nominal à epístola de Tiago aparece no início do terceiro século. Entre os primeiros textos cristãos não-canônicos, o Pastor de Hermas é o que mais apresenta paralelos com Tiago, encontra-se vários temas característicos de Tiago; estímulos à oração com fé.

Entre o quarto e quinto século a influência de Jerônimo foi importante na aceitação final pela igreja da epístola de Tiago. Em um documento que devia possuir uma certa importância, Jerônimo identificou o autor como o "irmão" do Senhor. Por volta desta época, Agostinho acrescentou a força de sua autoridade e nenhuma outra dúvida foi levantada até o período da Reforma.

Assim Tiago passou a ser reconhecida como canônica em todos os segmentos da igreja primitiva. Mas é importante enfatizar que Tiago não foi rejeitada, mas negligenciada.

Como se explica tal negligência ?

Pode ter sido a incerteza da origem apostólica do livro, uma vez que o autor se identifica apenas pelo nome de Tiago.

Outro fator pode ter sido o caráter tradicional do ensino de Tiago, contendo pouca doutrina, portanto pouco combustível para os ardentes debates teológicos na igreja primitiva.

Talvez, a natureza e o destino da epístola. A epístola tem forte orientação judaica, e provavelmente foi escrita para os judeus.

 

 

Autor. Há no Novo Testamento, três personagens preeminentes chamados Tiago. O filho de Zebedeu: o filho de Alfeu, (Mt 10.2,3); e o irmão do Senhor (Mt 13.55)

  1. Tiago, filho de Alfeu? Chamado “o justo”, mencionado por Paulo, junto com Cefas e João, como “Colunas” da igreja em Jerusalém (Gl 2.9). Parece ter sido, como homem religioso, austero, legal, cerimonial (At 21.18-24)
  2. Em geral aceita-se que o Tiago, chamado por Paulo de “o irmão do Senhor” (Gl 1.19), foi o autor da carta. Era reconhecido como homem preeminentemente santo, segundo os padrões da Lei, cognominado “Justo” pelos seus conterrâneos. Pensa-se que era casado (1 Co 9.5). Foi reconhecido, nos tempos primitivos, como “Bispo” de Jerusalém. De muita influência entre os judeus e na Igreja. Pedro mandou-lhe aviso ao ser solto (At 21.17). Paulo guiava-se por seus conselhos (At 21.18). Era um judeu muito rigoroso, porém, escreveu a carta tolerante aos cristãos gentios (At 15.13-23. Apoiou o trabalho de Paulo entre os gentios, mas interessava-se, principalmente pelos judeus. Sua obra foi ganhar judeus e “desembaraçar a passagem deles para o cristianismo”.
  3. Alguns, negando a autoria de Tiago, devido ao excelente grego do texto, colocam a composição da carta no final do primeiro século. Os galileus, todavia, conheciam o grego e usavam-no corretamente, junto com o aramaico e o hebraico. Além disso, a ausência de menções ao Concílio de Jerusalém (A.D 49),o uso da palavra “sinagoga” (assembléia) para descrever a igreja em 2.2 e a forte expectativa da volta rápida do Senhor (5.7-0) indicam uma data mais recuada.

 

A História do Martírio de Tiago, Irmão do Senhor.

Anano sumo sacerdote, e os escribas e fariseus, aproveitando-se do intervalo entre a morte de Festo e a chegada do novo governador romano, reuniram o Sinédrio e ordenaram a Tiago, “irmão de Jesus, chamado Cristo”, que proclamasse, de um dos pórticos do Templo, que Jesus não era o Messias, a fim de conter o povo que, em grandes levas, estava abraçando o cristianismo. Ao invés disso, Tiago bradou que Jesus era Filho de Deus e juiz do mundo. Seus inimigos, enfurecidos, arrojaram-no ao chão, depois o apedrejaram, até que um pisoador, compadecido, deu fim aos seus sofrimentos, dando-lhe um golpe de maça, quando, ele ajoelhado, orava assim: “Pai, perdoa-lhes, não sabem o que fazem”. Poucos anos depois começou o cerco fatal de Jerusalém, 70 d.C.

 

Data.

  • A tradição coloca o martírio de Tiago no ano 62. A sua epístola não dá demonstração das maiores revelações referentes à Igreja e da doutrina distintiva da graça feita pelo apóstolo Paulo, nem sequer das discussões concernentes à relação dos convertidos entre os gentios para com a lei de Moisés, que culminaram no primeiro concílio da Igreja (At 15), que Tiago presidiu. Isto dá a entender que sua epístola foi a primeira carta dirigida aos cristãos.

 

Destinatário.

  • Aparentemente os judeus convertidos que viviam fora da Terra Santa, ou também, aos judeus devotos da Dispersão.
  • Por “as doze tribos que andam dispersas” devemos entender, não os israelitas, mas os judeus convertidos entre a Dispersão. A igreja começou com eles (At 2.5-11).Tiago, que parece não ter saído de Jerusalém, sentiria uma especial responsabilidade por essas ovelhas dispersas. Eles ainda freqüentavam a sinagoga, ou chamavam suas próprias assembléias por esse nome (Tg 2.2). Parece por Tiago (Tg 2.1-8), que ainda usavam o estilo dos tribunais da sinagoga para julgar casos entre eles. A epístola é, pois, muito elementar. Supor que Tiago 2.14-26 é uma polêmica contra a doutrina paulina da justificação pela fé, é absurdo: ainda não tinham sido escritas, nem Gálatas nem Romanos.

 

Tema.

  • O tema de Tiago é “religião” (grego “threskeia” – serviço religioso exterior) como a expressão e prova da fé. Ele não apresenta as obras em contraste com a fé, mas afirma que a fé sempre produz as obras de acordo com o que se crê.
  • A religião prática, manifestada nas boas obras, em contraste com a simples profissão da fé.
  • O Autor tinha em mente os crentes fiéis que são um exemplo da “religião pura”, que passam sob o teste e provação. Mas Tiago também tem em vista os indivíduos mais carnais e egoístas, cuja conduta mostra que têm falhado perante o teste da “religião pura”

 

O Estilo de Tiago.

Escrevendo de modo extremamente parecido em estilo, com a literatura de sabedoria do Antigo Testamento, ainda que com evidentes premissas cristãs. Tiago apresenta como tema a Religião Pura. A epístola é claramente cristã pelo fato que reconhece as reivindicações de Cristo (1.1; 2.17), que faz referência à Segunda Vinda de Cristo (1.12; 5.7,8), fazendo relembrar o ensino da chamada “literatura de sabedoria” do Antigo Testamento, conforme encontramos nos livros de Jó, Provérbios e Eclesiastes e em alguns dos Salmos. Tiago faz repetido uso do paradoxo ao asseverar a superioridade dos valores espirituais. Tiago se mostra prático e livre de embaraços teológicos, em sua ênfase. Seu primeiro capítulo, que fala sobre o programa de Deus de santificação real na vida do crente, introduz e apresenta em miniatura os tópicos que são tratados de modo amais completos nos capítulos restantes. Tiago deu à sua Epístola um ar de autoridade sem presunção.

 

 

Canonicidade: Questionou-se a condição canônica desta carta até que a Igreja percebeu que seu autor fora, com toda probabilidade, o meio irmão de Jesus. Lutero não questionou a genuinidade de Tiago, e sim a sua utilidade, em comparação com as cartas de Paulo,pois ela diz muito pouco sobre a justificação pela fé, e dá destaque às obras.

Classificação da Epístola de Tiago. Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas eram denominadas epístolas “gerais”, “universais” ou “católicas”, pela Igreja Primitiva, porque suas saudações não são dirigidas a uma única localidade (à exceção de 2 e 3 João). Tiago, por exemplo, é dirigida “às doze tribos que se encontram na Dispersão.

 

Características da Epístola de Tiago:

  • Esta epístola tem sido combatida pelo que não diz. Carece mais do que qualquer outra de elementos distintivamente cristãos e espirituais.

1-      Somente duas vezes Tiago emprega a palavra “evangelho”.

2-      Nem uma vez ele alude à redenção, à encarnação, à ressurreição, ou ascensão.

3-      Os preceitos da moral são ensinados sem as constantes alusões aos motivos essencialmente cristãos que nunca faltam nos escritos de Paulo, e que constituem a base de todo os apelos em Pedro e João.

4-      Porém não foi esse o aspecto da verdade que foi dado a Tiago para salientar; se outros foram incumbidos de falar da doutrina cristã, Tiago foi incumbido de enfatizar aética cristã. Ele apresenta essencialmente o ensino de Cristo, por isso há pouco ensino referente a Cristo. (Beychlag)

5-      Sem apresentar qualquer apologia, seus 108 versículos contêm 54 mandamentos.

  • Tem-se dito que esta carta é baseada no Sermão da Montanha, e, examinando-a com cuidado, verificamos que, até certo ponto, esse alvitre se justifica. Uma comparação entre essa Epístola e o Sermão do Monte revela pelo menos doze claros paralelismos.

 

Síntese: Seu escritor foi possivelmente Tiago, o irmão do Senhor. Dirigida aos judeus dispersos, convertidos. Tema principal: a fé prática, manifestada em boas obras, em contraste com a simples profissão de fé.

 

 

 

Comentário:

Tiago capítulo Um

Este capítulo apresenta quase todos os tópicos discutidos adiante.

  1.                                      I.      A Religião e a Perseverança. (Cap. 1)
    1. 1.      Saudação (1.1)

(1). Dispersão. (1) Provavelmente não se refere a judeus como raça,mas a judeus crentes em Cristo que assim se tornaram o verdadeiro Israel de Deus (Gl 6.16) – “Dispersão” também se refere a gentios cristãos (1 Pe 1.1)

  1. 2.      Provações (1.2-11)

 

(1)   A Resistência nas provações: (2,3) “Tentação (2), alude a provações que nos vêm experimentar; no v.12, trata-se de sedução para o pecado. Não é pecado passar por provações, mas quando se cai numa tentação, isso leva ao pecado. Assim como o crente não deve ir em busca de provações, de modo masoquista, também não deve evitá-la a todo custo. Deus pode trabalhar nelas e, por meio delas, aperfeiçoar as nossas vidas. (Jó 23.10; Hb 12.11; Tg 1.3-4)

(2)   A Utilidade da Provação. Podemos observar que a provação muitas vezes traz proveito, se não material, ao menos moral. As pessoas provadas desenvolvem coragem, paciência, resolução, recurso, serenidade de espírito, se passam pelas provações com Deus. Por isso podemos contar a provação como coisa vantajosa (2).

(3)   O Resultado da Provação: Sabendo que dela resultará benefício espiritual (3,4)

1-      Gozo e paciência no meio das provas (2-4)

2-      Para o crente, toda provação toca na sua fé que assim é confirmada e produz um homem perfeito em Cristo (1 Pe 1.6-9). Por isso devemos nos alegrar quando vêm provações pelo lucro espiritual que nos proporcionam.

3-      Fé constante e firmeza de ânimo (5-8) – “em nada duvidando” (6): Indo e voltando entre a fé e a incredulidade.

4-      Aceitação das provisões divinas da vida (9-11)

5-      Pelas provações, Deus aperfeiçoa os herdeiros da eternidade (5.13,14)

6-      São “preciosas” (1Pe 1.7). Devidamente enfrentadas, transformam nossa personalidade dentro dos moldes visados por Jesus, ao vir ser nosso Salvador.

7-      As provações produzem paciência.

 

  1. 3.      Paciência – Perseverança (3,4) [gr hupomonê] É a paciência quando não há remédio, constância sob uma prova prolongada (2 Ts 3.5) É a capacidade de esperar por aquilo que desejamos, e de suportar as provações. As provações produzem paciência. A paciência opera a perfeição (5.7-11)

 

  1. 4.      A Sabedoria (5): Nesta epístola é a compreensão cristã que se manifesta numa vida que segue a lei de Deus,como sua regra de fé e moralidade.Para enfrentar as exigências da vida, como convém ao cristão (3.13-18; Pv 3.4). Tiago é o livro cristão de Provérbios.

 

  1. 5.      Oração (5-8). Esta epístola começa e termina com uma exortação à oração (4.2,3; 5.13-18). Dizem que Tiago passava, tanto tempo de joelhos, que estes ficaram rijos e calejados como os de camelo.

 

Oração de Petição:

(1)   A Fonte: Nasce da necessidade.

(2)   O Alvo: Dirige-se a Deus.

(3)   O Requisito: Fé sem dúvida.

(4)   O Resultado: Concessão liberal sem repreensão.

 

  1. 6.      A Fé (6-8). Confiança em Deus que permanece imperturbável no meio das tormentas da vida, condição esta de oração eficaz (2.14-26), “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23)

 

  1. 7.      A vaidade das riquezas (9-11). Nossa condição social não é a que temos aqui, mas na eternidade, onde está nosso principal interesse (2.1-13; 4.1-10, 13-17; 5.1-6).

 

  1. 8.      Testes de Fé (1.12-18)

(1)   Bem aventurança da provação (12).

(2)   O que a Bíblia diz sobre a Tentação. (12-16). Tentação, aqui, a palavra que dizer sedução do pecado. Não vem de Deus. Deus é capaz de guardar-vos dela, e ajudar-nos a suportá-la. Jesus mandou orar para que ela fosse evitada (Mt 26.41).

1-      Deus não tentou Abraão (nem a ninguém) a pecar. Deus provou Abraão, para ver se este pecaria ou se permaneceria fiel a ele. Deus permite que satanás nos tente (Mt 4.1-10; Tg 4.7; 1 Pe 5.8,9), mas Tiago está certo ao dizer que o próprio Deus nunca “a ninguém tenta” (1.13)

2-      Deus não pode ser tentado pelo pecado, uma vez que ele é absolutamente perfeito (Mt 5.48; Hb 6.18).

3-      Quando nós, seres humanos sujeitos ao pecado, somos tentados, é porque nos permitimos ser levados pelos desejos da nossa cobiça (Tg 1.14-15). A origem da tentação procede de dentro de nós, não de fora. Procede do homem caído, não de um Deus sem pecado.

4-      Conquanto Deus não tente nem possa tentar ninguém ao pecado, ele permite que sejamos tentados por satanás e por nossas concupiscências. É claro, o seu propósito ao permitir (mas não ao produzir nem ao promover) o mal é fazer-nos mais perfeitos. Deus permitiu que satanás provasse Jó, de forma que este pudesse dizer: “se ele me provasse, sairia eu como o ouro” (Jó 23.10). Deus permitiu que o mal sobreviesse sobre José por meio das mãos de seus irmãos, mas no fim José pôde dizer a eles: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20)

 

  1. 9.      Coroa da vida (12): Literalmente “grinalda de folhas” , com a qual o vencedor de uma prova atlética foi galardoado (1 Co 9.25; Fp 4.1). Não é símbolo real ou régio, mas sinal de aprovação (1 Ts 2.19; Mt 25.21)

 

  1. 10.  O Pecado (14-15) Tem sua origem na cobiça, isto é, nos desejos da carne. Gerado na cobiça, o pecado dá à luz a morte.

 

  1. 11.  “atrai e seduz” (14). O quadro que Tiago pinta com estas palavras é o de um caçador, ou pescador, que atrai sua presa, fazendo-a sair da segurança de seu abrigo.

 

  1. Pai das luzes.  Em contraste com a idéia corrente na astrologia que as estrelas controlavam fatalmente o destino do homem, Tiago afirma que nosso Pai, perfeito em benevolência, rodeia nosso caminho com dádivas.

 

  1. “Toda boa dádiva” (17). Tanto o ato de dar quanto a coisa doada. A ênfase é que tudo que é bom procede de Deus. Esta afirmação pode ter sido extraída de um antigo hino cristão.

 

  1. A Imutabilidade de Deus (17). Também se realça, em contraste com o Sol ou a lua, que variam, a constância de Deus (Hb 13.8; Ml 3.6).O Nosso Deus não muda!

 

  1. Primícias (18): Estes primeiros cristãos, majoritariamente judeus em sua procedência, eram a garantia de uma colheita mais farta de cristãos que ainda haviam de vir.

 

  1. 16.  Obedecendo à Palavra de Deus (1.19-27)

(1)   O Novo Nascimento (18): O maior e mais importante de todos os seus dons, é a regeneração pela Palavra da verdade, a Bíblia Sagrada revelando Deus às nossas almas, produz um novo ser espiritual. Como o pecado produz a morte (15), assim Deus, mediante Sua Palavra, gera a alma do cristão. Pedro também fala da Palavra, como semente fecundante que faz nascer a alma recém-gerada. (1 Pe 1.23)

(2)   O Ouvido espiritual, o cuidado ao falar e a paciência diante da provocação (19-20)

  • Vigiai vossa língua.
  • Dominai vosso gênio.
  • Sede bons ouvintes.
  • Nada de conversa indecente. (1.26; 3.1-18; 4.11,12; 5.12)

 

(3)   “Tardio para falar” (19). Isto é, não precipitar-se na proclamação do evangelho antes de aceitá-lo e colocá-lo em prática (3.1). É de notar, que muitos hoje, mal passaram por uma experiência genuína de conversão, mal aprenderam os princípios elementares da Fé Cristã, e rapidamente passam de novos convertidos à pregadores e ministros do evangelho, alegam que isso se dá por causa da urgência da obra do Senhor, ou por que os obreiros veteranos já não estão, fazendo a obra de Deus. É a tentativa desesperada de corrigir um erro lançando mão de outro mais grave. Isto tem gerado, na maioria das vezes pregadores arrogantes, autoconfiantes, orgulhosos, insubmissos à liderança, fanáticos, escândalos e prejuízos incalculáveis ao reino de Deus. Eles são semelhantes à Aimaás (2 Sm 18.19 – 33)

 

1-      Um Mensageiro sem Mensagem.

  • Ele queria correr para levar a mensagem ao Rei (2 Sm 18.19)
  • Ele não queria esperar o tempo certo para falar (2 Sm 18.20)
  • Ele percorre os caminhos dos atalhos para chegar mais rápido (2 Sm 18.23) _ Nem sempre o caminho mais rápido, é o mais acertado. Ás vezes Deus nos conduz pelo caminho mais longo, mais árduo, porém mais seguro. “Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto” (Êx13. 17,18)

2-      Um Pregador sem Galardão (2 Sm 18.22). No Tribunal de Cristo só serão galardoados, aqueles que passarem no teste rigoroso de qualidade do juízo divino.

3-      Um Pregador sem Objetivos. “Seja o que for... correrei...” (23). Paulo escreve: “Assim corro também eu, não sem meta, assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Co 9.26) – “Prossigo para o alvo” (Fp 3.14)

4-      Um Pregador sem Mensagem. Sua mensagem falhou por que era incompleta – Faltou o essencial. (2 Sm 18.28,29)

5-      Um Pregador mal Informado. “Vi um grande alvoroço... porém não sei o que era” (2 Sm 18.29)

6-      Um Pregador de Aparências. (2 Sm 18.24,27). O rei julgou que ele tinha algo a dizer.

7-      Um Pregador que precisa ser “SE_PARADO”

  • O rei ordenou que ele ficasse de lado.
  • Ele teve que “esperar”. Tais pregadores querem ficar no CENTRO DAS ATENÇÕES, mas eles precisam mesmo é ficar de lado, esperar o tempo de Deus.

8-      Um Pregador da Superficialidade. Sua mensagem vazia e sem conteúdo, não causou nenhuma reação no rei, Mas quando chegou o verdadeiro mensageiro, e ele entregou a notícia fiel ao rei, a Bíblia diz que diante desta mensagem Davi, ficou “profundamente comovido... chorou...” (2 Sm 18.31-33). Assim são as palavras ditas por um autêntico mensageiro do Senhor. Tendo a Bíblia como fundamento:

  • Suas pregações causam impacto!  “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos apóstolos: Que faremos irmãos?” (At 2.37)
  • Suas pregações causam conversões (At 8.34-40)
  • Suas pregações causam avivamentos (At 10.44-48)
  • Suas pregações causam esperança (At 16.27-34)
  • Suas pregações causam sede de Deus (At 17.34; 28.30,31)

1)      Que tipo de Mensageiros temos sido?

2)      Estamos esperando o tempo de Deus?

3)       Teremos algum galardão diante de Deus pelo nosso serviço?

4)      Quais são os nossos objetivos na pregação?

5)      Nossos sermões têm conteúdo "bíblico?"

6)      Você se mantém atualizado?

7)      Os que as pessoas vêem em nós correspondem ao que elas ouvem de nós?

8)      Estamos entregando a Mensagem completa aos ouvintes - mesmo que elas não sejam a mensagem que eles gostariam de ouvir?

 

(4)   O Abandono de toda maldade, e o recebimento com mansidão da verdade salvadora (21)

 

(5)   “Apalavra em vós implantada” (21). Em Tiago, o termo “palavra” é mais ou menos equivalente à “graça” nas epístolas de Paulo.

 

(6)   “Ouvintes” (22): [akrotai] Termo usado especialmente para àqueles que assistiam aulas, mas não se tornavam verdadeiros discípulos.

 

  1. Espelho (23). APalavra de Deus é o meio de regeneração (1.18), um espelho a refletir as imperfeições do homem (1.23), o guia ético para a vida cristã (1.25; 2.8) e o padrão de julgamento.
  2. 18.  A Religião Verdadeira:

 

“Há muita gente bastante religiosa que parece não fazer o menor esforço por dominar a sua língua.”

 

(1)   A busca da verdade e a sua prática (25) A palavra acabou de ser mencionada como sendo o instrumento da geração da alma (18), e o meio de salvação desta (21). Aqui, é um espelho (23), que nos mostra o que somos, bem como o caminho para a perfeição final (Mt 7.24-27; Tg 2.14-26)

(2)   A generosidade prática e a pureza (27). Uma língua sem freio, numa pessoa religiosa, é coisa desprezível, revelando a falsidade da sua religião. Uma vida caridosa, livre de demasiado apego às coisas da terra, é glória da religião. O ensino de Jesus sobre a prática da caridade (Mt 25.31-46)

 

(3)   Religião verdadeira: A tríplice responsabilidade:

1-      Diante de sim mesmo – A língua dominada pelo amor (3.2-12)

2-      Diante do próximo – A misericórdia compartilhada em amor (2.15,16;Mt 25.36,43, onde Jesus usa a mesma palavra “visitar”).

3-      Diante de Deus – O mundo desprezado por amor a Deus (4.4; 1 Jo 2.15-17)

 

  1. 19.  Liberdade Cristã:

(1)   Lei sem Liberdade. É escravidão.

(2)   Liberdade sem Lei. É Antinomismo.

(3)   Lei da Liberdade. É a Graça de Deus. Os cristãos que esperam encontrar no Novo Testamento um novo código de leis e regulamentos, não têm compreendido a “Lei da Liberdade” cristã, que ensina o discípulo sincero a consultar, não um livro de regras, mas a vontade de um Salvador amado.

“A revelação da Palavra nos vincula a um serviço de amor prático que é ao mesmo tempo voluntário e obrigatório” [Moffatt]

 

 

Tiago capítulo 2

  1.                                   II.      A Religião e a Fé. (Cap.2)
    1. 1.      Fé e Lei (2.1-13)

(1)   “Senhor da Glória” (1). O Original carece da palavra “Senhor”. O Sentido pode ser: “Não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo que é a glória”. “Glória” no sentido da shekiná, a presença imediata de Deus no meio do Seu povo, ou pode referir-se à glória em que Cristo reina.

(2)   “Acepção” (1) Isto é favoritismos pessoais. A ordem é que os crentes não sejam parciais, especialmente para com pessoas de posição ou riqueza na congregação.

(3)   “Anéis de ouro” (2). Não era incomum uso de vários anéis como sinal de riqueza e prestígio na sociedade (Lc 15.22).

(4)   “Abaixo do estrado dos meus pés” (3). Ou junto aos meus pés- em lugar humilde, no chão.

 

(5)   “Juízes tomados de perversos pensamentos” (4).

Mostrar favoritismo aos ricos é errado por vários motivos:

1-      Mostra que o sistema de valores do indivíduo é falso (3).

2-      Deixa de honrar os pobres, a quem Deus honra (5).

3-      Favorece aos que oprimem os cristãos (6).

4-      É pecado (9).

 

(6)   O bom nome (7): Provavelmente é uma referência ao batismo no qual o nome de Cristo foi pronunciado sobre o neófito (Mt 28.19; At 2.38). Pode ser comparada com a prática antiga de “invocar o nome” sobre os descendentes como Jacó fez (Gn 48.16).

 

(7)   Lei régia (8): É régia porque é válida no Reino de Deus; por que seu Autor é o Rei Supremo e porque inclui todas as outras leis que governam as relações humanas.

 

(8)   A Obediência parcial da Lei (10-12)

(9)   “Se torna culpado de todos” (10). Um pecado, grande ou pequeno, faz do homem um pecador e o coloca sob condenação. Os judeus haviam interpretado e abstraído do Antigo Testamento um total de 248 preceitos afirmativos (em número idêntico ao total dos membros do corpo segundo a enumeração dos judeus) e mais 365 negativos, que acreditavam ser da vontade de Deus, pois o número coincidia com o número de dias do ano. Além disso, o total desses mandamentos: 613, era o mesmo que o número de letras contidas no decálogo.

 

(10)                Este versículo (2.13) é um dos muitos ecos do ensino de Jesus nesta Epístola (Mt 5.7; 18.33-35)

 

(11)                O favoritismo, que honra ao rico e despreza ao pobre (13). Deve ter havido na Igreja Judaica uma mentalidade decididamente mundana para dar lugar a estas palavras . Não fora assim o início da Igreja (At 2.45; 4.34). A Lei Régia (8) era a “Regra Áurea”, que eles observavam só nos limites do seu próprio círculo social. Deus ama os pobres. E os ricos devem amá-los também. A “lei da liberdade” é a lei de Cristo, em que há perdão e libertação do pecado. A lei de Moisés, lei de escravidão, não tinha tal provisão.

(12)                A todo homem são dadas dignidade e igualdade pela cruz de Cristo, uma vez que Ele morreu por todos. Em conseqüência, a eternidade humilhará aqueles que se gloriar na sua própria riqueza, e dará aos pobres, mas fiéis, a herança das riquezas eternas (5). Por já sermos parte do reino eterno, cometemos pecados se fizermos acepção de pessoas.

(13)                A prova do amor fraternal (1-13). O ensino deste trecho é, evidentemente que a pessoa digna de nossa estima será quem tiver valor espiritual, e não apenas aparência proveniente da roupa ou do dinheiro.

 

(14)                Os ricos: Que Tiago considera aqui são iníquos e opressores. Felizmente nem todos os ricos são assim, alguns há que sabem servir a vontade de Deus com seu dinheiro.

 

 

(15)                A completa impossibilidade de guardar a lei de Deus em todos os pontos (mui especialmente na forma interna que Jesus a interpretou no Sermão da Montanha) nos força a confiar para a salvação naquele que perfeitamente cumpriu a vontade de Deus e oferece Sua justiça para nos cobrir (Hb 7.26,27). Nele a misericórdia de Deus triunfa sobre o juízo que merecemos.

 

 

 

  1. 2.      Fé e Obras (2.14-26)

(1)   Definição – Obras de fé: Precisamos distinguir entre “obras de fé” e o que o mundo chama de “boas obras” ou esmolas. Obras de fé são o procedimento que resulta de alguma coisa que temos visto ou ouvido ou compreendido de Deus. Em Hebreus capítulo 11 há muitos exemplos de obras de fé.

(2)   A simples profissão de fé, desacompanhada de atos de misericórdia (14-16)

(3)   A inutilidade de uma mera crença. (14-17)

1-      A única espécie de fé que é proveitosa é a praticante (14-16)

2-      Mera profissão não somente é sem proveito, mas desmoraliza (15,16). Um exemplo de fé morta é atitude de alguns crentes em face da necessidade dos irmãos na miséria. Como o simples falar não ajuda, tampouco terá valor reivindicar nossa fé sem demonstrar os frutos do amor (Mt 7.16-23; Gl 5.6)

3-      A fé do Evangelho é como árvore que produz fruto.

(4)   Há necessidade de a fé genuína demonstrar a sua existência (18,19)

1-      A afirmação de ser crente deve poder ser provada (14-18)

2-      E provada por obras, não por palavras.

3-      A única demonstração da fé é a sua operação (18).

4-      Fé sem fruto não vale mais que obras mortas.

5-      A prova que uma árvore é frutífera é o fruto que dá.

6-      A crença dos demônios é uma ilustração de fé sem fruto (19)

7-      Semelhante fé é intelectual, não experimental; teórica, não prática.

 

(5)   Deus é um (19). Tiago demonstra toda a sua formação judaica ao expressar sua fé monoteísta, o mais importante dos credos do judaísmo, conhecido em hebraico como: Shema, o grande convite para que a humanidade “Ouça! Que há um Único e Todo Poderoso Deus: Yahweh (Dt 6.4; Mc 12.29) A singularidade de Deus era uma crença fundamental do judaísmo, mas se tal crença não produzisse boas obras não seria melhor que o “monoteísmo” dos demônios.

 

(6)   A prova de que a justificação é mediante a fé que opera (20-26)

1-      No caso de Abraão (21-24). A realidade da justificação é somente demonstrada na obediência.

2-      No caso de Raabe (25)

3-      A conclusão de todo argumento é: A fé sem obras é como o corpo sem espírito (26)

É viva e operosa a nossa fé?

 

 

  1. 3.      Amigo de Deus (23). Este título vem de 2 Cr 20.7 4 Is 41.8.

 

  1. 4.      Raabe. Sua história é contada em Js 2.1-21.
  2. 5.      Tiago x Paulo?
  • Supor que Tiago 2.14-26 é uma polêmica contra a doutrina paulina da justificação pela fé, é absurdo: ainda não tinham sido escritas, nem Gálatas nem Romanos.
  • Não há contradição entre Tiago e Paulo; contemplam a mesma coisa de pontos de vista diferentes. Paulo ocupa-se com a justificação inicial que tem lugar quando um homem pela fé aceita Jesus Cristo como Salvador; Tiago, com a justificação progressiva que tem lugar quando um homem pelas suas obras prova a realidade da sua fé. Com Paulo o terreno da justificação é objetivo – encontra-se em Cristo; com Tiago é subjetivo – encontram-se no próprio homem. O ponto de convergência destes dois aspectos é que as obras que justificam são obras que nascem da fé em Cristo. (Campbell)
  • A doutrina da justificação pela fé, pregada por Paulo, e a da justificação pelas obras, apresentadas por Tiago, completam-se, não se contradizem. Nenhum deles se opõe ao outro. Eles ambos eram amigos dedicados e cooperadores. Tiago apoiou, inteiramente, a obra de Paulo (At 15.13-29; 21.17-26). Paulo pregava a fé como base de justificação diante de Deus, mas insistia que devia resultar num gênero correto de vida. Tiago escreveu para os que já haviam aceitado a doutrina da justificação pela fé, mas que em geral, abusavam dela, flagrantemente, disse-lhes que tal fé não era fé, absolutamente.
  • Note-se que a questão não é uma oposição entre fé e obras; mas si,entre a fé viva e a morta. Tiago nunca afirma que as boas obras nos podem salvar. Ele assinala claramente que a fé viva e real (17) se manifestará sem falta em obras, tal como a vida no corpo se manifesta na respiração, no bater do coração e em outras condições (Ef 2.10).
  1. 6.      A Relação entre Fé e Obras.

“A fé é a raiz e a árvore da qual as obras de fé são o fruto. Não somos salvos pela combinação de fé e obras, mas sim por uma fé que produz obras. Somos salvos exclusivamente pela fé, mas por uma fé que não permanece isolada.”

“A fé é o meio de salvação, sua raiz de sustentação. As obras são o produto e o fruto da fé e da salvação. A fé inicia, promove, controla e culmina a vida espiritual, enquanto as obras evidenciam, embelezam e coroam a mesma” [Hottel]

“A fé não só recebe a palavra de Cristo, mas também estende a mão e se agarra à Pessoa de Cristo.”

“A fé embarca nas promessas de Deus”

 

 

 

  1.                                III.      A Religião e a Língua (Cap. 3.1-12) Leia [Pv 13.3; 17.28; 18.7,21]

 

 

 “Os dentes podem ser postiços, mas a língua deve ser sempre verdadeira.”

[Paul E. Holdcraft.]

"Agradeço pelas frases amáveis de apresentação, porém permitam-me fazer uma correção. Deus foi quem inventou a máquina que fala, eu só inventei a primeira que se pode fazer parar de falar: "o fonógrafo". [Thomás Edison quando levado a um evento, e ao ser apresentado por seus anfitriões que mencionaram suas muitas invenções, entre elas "a máquina que fala". O célebre inventor se pôs de pé, e sorrindo,citou essa frase]

“O maior dos pecados de um homem está em suas palavras” [Thomas Manton]

“Conhecemos os metais pelo som que produzem e os homens por aquilo que falam”.[Thomas Brooks]

"Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde". (Pv 12:18)

"O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra a seu tempo quão boa é".(Pv 15:23)

“Palavras... são boas apenas quando são melhores do que o silêncio”. [Richardn Sibbes]

“Senhor, torna minhas palavras graciosas e ternas, pois quem sabe amanhã eu precise engoli-las”.

“Uma das primeiras coisas que acontece quando alguém está realmente cheio do Espírito não é falar em línguas, mas, sim, aprender a dominar a língua que já tem”. [J. Sidlow Baxter]

“Nunca podemos esquecer que de todos os membros do corpo, não há nenhum tão útil a Satanás como a língua.”

"O meu coração ferve com um nobre tema, enquanto recito os meus versos ao rei; a minha língua é a pena de um destro escritor” (SI 45:1; 57:4).

"Se eu falar o que é falso, preciso responder por aquilo; se falar a verdade, ela responderá por mim". Que possamos marcar vidas com palavras cheias e verdade e graça. [Thomas Fuller]

"A tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada, ó praticadora de enganos! Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Salmo 52:2-4).

“Uma língua afiada é a única ferramenta de corte que fica mais afiada à medida que é usada” [Washington Jenkyn]

“A minha alma está entre leões, e eu estou entre aqueles que estão abrasados, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e a sua língua espada afiada”. (Sl 57:4).

"...vinde e firamo-lo com a língua, e não atendamos a nenhuma das suas palavras". (Jr 18:18)

“Não pode ser puro o coração de alguém cuja língua não é limpa”.[Anônimo]

“As palavras são conteúdo da mente”. [Sêneca]

“Os micróbios só o atacarão se você os aspirar. Fora, não lhe farão mal algum, mas sempre estarão à espera de uma boa fungada... Não assopre a ninguém os micróbios que porventura estiverem dentro de você. Mate-os com os seus próprios dentes. Se escaparem, ponha-os para fora por meio de um espirro.” [Chaim Mesquita.]

 

 “Meus inimigos cochicham contra mim em grupinhos. Fazem planos contra mim e espalham mentiras”. [Salmo 41: 7 Bíblia na Linguagem de Hoje]

“O homem que sabe ficar calado e manter a calma é sábio”. [Pv 17:27 - Bíblia na Linguagem de Hoje]

“Seja, porém, o vosso 'Sim', sim, e o vosso 'Não; o que passar disso vem do maligno”. (Mt 5:37)

“Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente”. (SI 34:13)

“O que guarda a sua boca preserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios tem perturbação”. (Pv 13:3)

"O que guarda a sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma". (Pv 21:23)

“Se alguém cuidar ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião deste é vã”. (Tg l:26)

“Pois quem quiser desfrutar a vida e ter dias felizes, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem enganos”. (1 Pd3:10)

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como responder a cada um”. (Cl 4:6)

“Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus”. (2 Tm 1:13)

“...linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”. (Tt 2:8)

“Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse homem é perfeito, e capaz de refrear todo o corpo”. (Tg 3:2)

“Favo de mel são as palavras agradáveis, doçura Para a alma e saúde para os ossos". (Pv 16:24)

"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a Palavra dita a seu tempo”. (Pv 25:11)

“Nas palavras da boca do sábio há favor, mas os lábios do tolo o devoram”. (Ec 10:12)

“As palavras do sábio são como agulhões, e como pregos bem fixados são as palavras coligidas dos mestres, as quais nos foram dadas pelo único Pastor”. (Ec 12:11)

“O Senhor Deus me deu língua instruída, para saber a palavra que ampara o cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido, para que ouça como discípulo”. (Is 50:4)

 

No capítulo 1.19 encontramos o resumo do ensino deste trecho: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar” Este capítulo lembra-nos certas declarações do Livro dos Provérbios. Podemos achar estranho doze versículos dedicados à língua, mas quando refletimos nas conseqüências das conversas boas e más, havemos de concordar que não é demais Pelo tom geral deste capítulo, suspeitamos que devia haver, na Igreja Judaica, muitos presunçosos, briguentos, de mentalidade mundana, de temperamentos descontrolado, que se impunham como líderes e mestres.

  1. 1.      Mestres. Mestres, assim como pastores, são dons de Deus, para a edificação de Sua Igreja (Ef 4.11; 1 Co 12.28). Tiago aponta o perigo de tomar esse cargo sobre si mesmo (2.12). O mestre molda as mentes imaturas para o bem ou mal. Aqui o aviso é particularmente a respeito da censura (Mt 12.37) e da malícia. Maior juízo espera todos os que se exaltam como guias, mas não seguem o Caminho e obrigam outros a trilhá-lo (Mt 23.8-31). Em humildade, Tiago inclui a si mesmo entre os mestres que falham. Já que os mestres usam com mais freqüência a língua (para instruir outros), serão julgados com maior severidade.

 

“Perfeitos” (2): Significa maduro, de plena estatura moral e espiritual.

 

“toda a carreira da existência humana” (6): O tremendo poder destruidor Ada língua vem do inferno.

 

(1)   Requisitos de um mestre:

1-      Sabedoria Celestial. – que é:

  • Pura (1 Pe 2.1,2;1Jo 3.3)
  • Pacífica (Hb 12.14)
  • Indulgente (a mesma palavra é traduzida por “cordato” em 1 Tm 3.3)
  • Tratável (só aqui no Novo Testamento com a ideia de “fácil de persuadir”)
  • Cheia de misericórdia e bons frutos (Mt 5.7; Gl 5.22,23)
  • Imparcial “sem ambigüidade”.
  • Sem hipocrisia, isto é, sem reservas mentais, aberto e claro (1 Pe 1.22)

2-      Condigno proceder – que :

  • Evita a inveja (14)
  • Evita o espírito faccioso (14)
  • Em paz promove a justiça (18)

 

  1. 2.      A Língua: A palavra boato vem do latim "boatu", que significa mugido ou berro de boi...

 

(1)   Definição. O que é a Língua.

  • A língua órgão muscular relacionado ao sentido do paladar que fica localizado na parte ventral da boca, da maior parte dos animais vertebrados, e que serve para "processar" os alimentos. Participa na formação dos fonemas da fala e é o único músculo voluntário do corpo humano que não fadiga.
  • A língua é a principal expressão de nossa personalidade, e comumente provoca-nos outros uma reação imediata qualquer

(2)   Língua e Coração. Quandoreprovamos a língua perversa, devemos sempre lembrar que as palavras apenas revelam o que está no coração (Mt 12.34)

(3)   A Língua mal utilizada é:

1-      Um pequeno membro que se gaba de grandes coisas (3.5)

2-      Fogo (6)

3-      Mundo de iniqüidade (6).Uma língua desgovernada é um mundo de iniqüidades.

4-      Agente de contaminação (6)

5-      Inflamável (6) São palavras fortes, mas verdadeiras.

6-      Animal indomável pelo homem (7,8)

7-      Mal incontido (8)

8-      Veneno mortal - Poder de Contaminação e morte (8)

(4)   A Língua comparada:

1-      A um tropeço (1,2) Tropeçar no falar, significa não somente palavras ásperas e zangadas, mas doutrinas falsas e estultas. Ora, a maneira de refrear a língua não é simplesmente guardar silêncio, mas sim levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5; Fp4.8; Mt 12.34)

2-      A um Freio (3)

3-      A um Leme – Poder de governar (4). Nenhum líder será eficiente na sua liderança, se não souber se comunicar bem com o grupo.

4-      Um chicote. É como um chicote – Poder de tortura emocionai, psicológica, (Jó 5:21). “Do açoite da língua estarás encoberto” Muitas vezes, palavras doem mais do que uma agressão física.

5-      Uma navalha “E como uma navalha afiada” (Poder de cortar relações , amizades, etc.- Salmo 52:2-4).

6-      Uma espada afiada “É como uma espada afiada” (SL 57:4). Funciona como um instrumento de guerra a curta distância.

7-      Uma flecha "E como uma flecha" (Arma de guerra à longa distância, Jr. 9:8).

 

8-      A uma Faísca – Poder de destruição. (5)

(5)   O Uso da Língua:

1-      Negativamente.

  • Com ela amaldiçoamos os homens (9)
  • Muita conversa vil tem arruinado numerosos lares.
  • Divide muitas igrejas.
  • Consegue levar ao desespero e à desgraça milhões incontáveis.

2-      Positivamente:

  • Com ela bendizemos a Deus. (9)
  • Com elas abençoamos os homens (10)
  • Uma pena; “E como uma pena” (Poder para marcar no coração, SI 45:1; 57:4). “O meu coração ferve com um nobre tema, enquanto recito os meus versos ao rei; a minha língua é a pena de um destro escritor”.

 

(7)   Advertência: (10-12)

 

(8)   A Linguagem do Crente deve Ser:

1-      Uma Linguagem sadia.

2-      Uma Linguagem Santa.

3-      Uma Linguagem Inteligente.

 

(9)   “Mintais contra a verdade” (3.14). O verbo no grego pode significar “afirmar falsas reivindicações de ter a verdade”

 

 

  1.                                IV.      A Religião e a Sabedoria. (Cap. 3.13-18)
    1. Sabedoria Terrena. Esta passagem parece visar certos mestres loquazes, que, ambicionando ser considerados brilhantes em sua argumentação, fanatizados por certa doutrina favorita, tendo em pouco ou nenhum apreço a Pessoa de Cristo, estavam provocando só ciúmes e facções.Tiago chama, tal sabedoria, “demoníaca,”, contrastando-a com a sabedoria “Do alto”, que é revelada pela pessoa que vive uma vida virtuosa.
    2. 2.      Sabedoria celestial.

(1)   Seus contrastes:

1-      Não é ciência.

2-      Não é produto de muitos estudos.

3-      Não é a prudência do amor próprio.

(2)   Suas origens:

1-      Resulta da nova natureza espiritual do crente.

2-      Desenvolve-se pela sua constante comunhão com Deus.

3-      É instruída pelo Estudo da Palavra de Deus.

4-      Vem do alto – da preocupação, não com interesses e política mundanos, mas com o reino de Deus.

(3)   Suas características:

1-      É pura.

2-      É pacífica.

3-      É moderada.

4-      É tratável.

5-      É misericordiosa.

6-      É frutífera.

7-      É imparcial.

 

(4)   Seus valores:

1-      Torna o crente um bom vizinho.

2-      Reprova o pecado no mundo.

3-      Ensina o crente a tratar bem os seus semelhantes. (13)

 

Veja esta mensagem em espanhol no grupo

 

https://www.facebook.com/groups/723841007666830/

 

 

  1.                                   V.      A Religião e a Vontade Divina. (Cap 4)
    1. 1.      Fonte de Contendas nos maus desejos – A existência de tais males na Igreja. (4.1-6)

(1)   A Origem das Guerras (1,2). A cobiça.  O desejo de obter o que é dos outros. Tem sido a causa da maioria das guerras que têm devastado a terra.

O que é a cobiça.

  • Desejo de possuir alguma coisa a que não se tem direito. A cobiça é um pecado tão grave, que os dez mandamentos encerram-se justamente com uma forte prevenção contra este pecado que, sem dúvida alguma constituí-se na raiz de todos os males (Êx 20.17). A cobiça é o pecado que dá origem a todos os outros pecados. Foi através da cobiça que o malo introduziu-se no Universo. O querubim ungido pecou ao cobiçar o ser igual a Deus. Nossos pais, ao desejarem saber tanto quanto Deus.

 

(2)   Contendas entre irmãos (1-3).

1-      O que é Contenda:

  • Debate, disputa, controvérsia, luta.
  • É uma abominação diante de Deus (Pv 6.19)

2-      Causas de Contendas:

  • O ódio excita contenda. (Pv 10.12)
  • A soberba (Pv 13.10; 22.10)
  • Pessoas iracundas (Pv 15.18)
  • A revolta (Pv 17.19)
  • Debates inúteis (2 Tm 2.23; 3.9)
  • Provocação. “provocar a raiva da briga” (Pv 30.33 NTLH)

3-      O Seu perigo e Prejuízo

  • A contenda é como uma semente, que a princípio pode ser pequena, mas uma vez iniciada, toma proporções fora do controle (Pv 6.14) “O começo de uma briga é como a primeira rachadura numa represa: é bom parar antes que a coisa piore” (Pv 17.14 NTLH)
  • A Contenda termina em violência: “Quando o tolo começa uma discussão, o que ele está pedindo é uma surra.” (Pv 18.6 NTLH)
  • A Contenda estraga as melhores amizades (Pv 18.19)
  • Deus não ouve as orações do contencioso (1 Tm 2.8)

4-      Exortações Bíblicas sobre a Contenda:

  • A Igreja de Cristo não tem o costume de ser contenciosa (1 Co 11.16; Tt 3.2)
  • A contenda é inadequada no convívio fraterno (Gn 13.8)
  • Quem vive na luz deve repudiar a contenda (Rm 13.13)
  • A contenda é indício de uma vida carnal (1 Co 3.3)
  • A contenda não deve ser a motivação do cristão (Fp 2.3,14)

 

5-      O Seu Remédio - Como Evitar a Sua Repetição.

  • Evitar associar-se com escarnecedores (Pv 22.10)
  • Fofoca é o combustível que alimenta a contenda. (Pv 26.10)
  • Os pastores devem coibir a prática da contenda na igreja (1 Co 1.11)

(3)   Orações não respondidas – Motivos.

1-      Amor ao mundo: São numerosas as vezes que Deus promete responder à oração, porém não a daqueles que amam o mundo, com seus bens (5.13-18)

2-      Carnalidade: Oração que só visa incrementar os prazeres da carne, isto é, pedir a Deus para gastar no Seu inimigo, o mundo, não pode ser respondida. O alvo da nossa petição deve ser a graça que Deus nos dá liberalmente.

3-      Pedir mal (Tg 4.3)

4-      Pecado no coração (Sl 66.18)

5-      Duvidar da Palavra de Deus (Tg 1.6,7)

6-      Vãs repetições (Mt 6.7) – Batologia: [Do gr, battos, gago + logos, palavra]: Repetição de palavras inúteis, durante uma prece. O verbo battologeior encontra-se no Novo Testamento grego em Mateus 6.7. Nesta passagem, o Senhor Jesus censurou os fariseus que, por seu muito falar, pensavam que Deus os estava ouvindo.

7-      Procedimentos irrefletidos nas relações conjugais (1 Pe 3.7)

8-      Desobediência à Palavra de Deus (Pv 28.9)

 

(4)   Mundanismo na Igreja (4,5)

Deus, longe de se tranqüilizar com a lealdade dividida do Seu povo tem ciúme de nós no Seu anseio de uma completa fidelidade de nossa parte.

1-      O Uso da Palavra Mundo na Bíblia.

  • O Universo. “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados” (Hb 11.3) Filosófica e cientificamente, é a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus. O Universo que Deus criou é a mesma ordem e a mesma beleza.
  • As pessoas. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (Jo 3.16)
  • O Pecado. “... não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tg 4.4). É o sistema que se opõe de forma persistente e sistemática ao Reino de Deus.

 

2-      O que é Mundanismo.

  • Conformação ideológica e emocional ao sistema implantado por satanás, cujo objetivo elevar o ser humano e deificar o material em detrimento do espiritual. O apelo básico do mundanismo é realçar o que se vê o que se pega e o que se sente. É, portanto, um sistema diametralmente oposto ao Reino de Deus, cuja maior virtude acha-se na fé que devotamos ao Senhor Nosso Deus.
  • Adultério Espiritual: Linguagem simbólica para descrever pessoas desleais e infiéis, como ocorre várias vezes no Antigo Testamento.
  • Lealdade divida.
  • O Orgulho.
  • A Obstinação.
  • A Impureza.
  • Riso (9). O riso é muitas vezes desejável (Sl 126.2), mas não quando reflete frivolidade mundana.
  • O Duplo ânimo (4-10). Refere-se à acomodação ao mundo e à perda do senso de gravidade do pecado que é idolatria. É somente pela purificação do coração na obediência à verdade (1 Pe 1.22; Jo 15.3) que a singeleza de ânimo é restaurada. Desenvolvimento da declaração de Jesus, de não ser possível servir a Deus e às riquezas (Mt 6.24), e semelhante ao aviso de João contra o amor ao mundo (1 Jo 2.15-17). Tais passagens sugerem a necessidade de contínuo auto-exame, porque, tendo de viver no mundo, e as coisas do mundo sendo necessárias à nossa subsistência diária, requer-se muita vigilância para se conservarem nossos afetos acima da linha de separação. Por isso, torna-se necessário aproximar-nos de Deus nos termos descritos no v.8
  • A Impenitência.
  1. 2.      Aproximando-se de Deus (4.7-10)

(1)   A submissão a Deus (7) Resistimos ao diabo somente na sujeição a Deus (1 Pe 5.8,9; Mt 4.10)

(2)   A aproximação a Deus (8a).Aproximamo-nos Dele com mãos limpas e coração puro (Sl 24.3-6)

(3)   A Purificação.

(4)   O Arrependimento (9).

(5)   A humilhação diante de Deus (10)

 

  1. Há dez verbos nestes versículos (4.7-10) no modo imperativo, uma forma verbal que indica a necessidade de um rompimento decisivo e urgente com a velha vida.
  • Sujeitar
  • Resistir.
  • Chegar.
  • Alimpar.
  • Purificar.
  • Sentir.
  • Lamentar.
  • Chora.
  • Converter.
  • Humilhar.
  1. 4.      Calúnia e o Juízo Injusto (4.11,12)

(1) Um só (4.12): Entre todos os legisladores e juízes no mundo, só Deus tem tanto o poder como competência de julgar corretamente todos os que desprezam as Suas leis (Lc 12.4,5). A pessoa que julga seu irmão desobedece à lei colocando-se, assim, acima dela e tratando-a com desprezo.

 

  1. A Vontade de Deus – Submissão à providência Divina (4.13-17)

(1)   A Vontade de Deus.

1-      Definição: É a deliberação que o Todo-Poderoso toma em relação aos seres humanos e à consecução de seu plano de redenção. A vontade de Deus acha-se alicerçada nestes atributos: Onisciência, Onipotência, Onipresença, justiça e, principalmente amor.

2-      A Classificação da Vontade de Deus:

  • Vontade Determinista: Esta é a vontade de Deus que se acha submetida à consecução de seus planos e decretos. Como estes foram elaborados na mais remota eternidade, e têm de ser cumpridos para que a redenção de Cristo não se torne vã, Deus tudo faz para que todos eles sejam rigorosamente observados.
  • Vontade Eterna de Deus: Vontade manifesta por Deus desde a mais remota eternidade, visando: 1) A criação do mundo; 2) A formação do ser humano 3) A redenção deste; e 3) A união entre os redimidos e Ele por meio de seu Filho.
  • Vontade Permissiva: Através desta prerrogativa, o Todo-Poderoso consente ao homem agir de acordo com o seu livre-arbítrio. A liberdade humana, porém, acha-se delimitada pelas leis que Deus estabeleceu. Caso um destas legislações seja violadas, seremos chamados à responsabilidade pelo justíssimo Juiz.
  • Vontade Preceptiva de Deus: Vontade divina manifesta nos mandamentos, estatutos e profecias, que se encontram nas Sagradas Escrituras.
  • Vontade Soberana de Deus. Predisposição inquestionável do Todo-Poderoso em fazer realizar os seus planos e decretos na história e na vida particular de cada um de seus filhos.

(2)   A Soberania de Deus. Autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Isto significa que todos precisamos de Deus para existir, sem Ele, não há vida nem movimento. “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28)

(3)   “Se o Senhor quiser” (15). Uma das mais admiráveis doutrinas da Escritura é que Deus, tendo nas mãos o universo infinito, para cada um do Seu povo tem um plano definido. (Sat 18.21; Rm 1.10; 15.32; 1 Co 4.19; 1 Pe 3.17.

3-      A presunção ao planejar negócios futuros (13-16)

4-      A loucura de deixar Deus fora dos planos materiais é outra manifestação de mundanismo. Os mercadores itinerantes, aqui exortados, eram judeus que desenvolviam um comércio altamente lucrativo por todo o mundo.

5-      Este trecho nos mostra que a característica do crente é a submissão à vontade de Deus em todos os detalhes da vida (17).

6-      Nenhum plano que deixa de consultar essa vontade pode ter bons êxito.

(4)   O Pecado de Omissão – A Negligência do Dever Conhecido. Referido no versículo 17 merece ser ponderado. Ao final do dia, o crente desejando, na sua oração, confessar a Deus os seus pecados, pode não recordar ter praticado qualquer mal. Contudo é bem possível ter de reconhecer que não fez todo o bem possível durante o dia.

(5)   O que é pecado? (17).

1-      Definição no Novo Testamento: A única definição de pecado no Novo Testamento está em I Jo 3.4: “O pecado é a transgressão da lei”. Aqui, uma parte da transgressão está em vista: a falta de cumprir as exigências da lei. O ensino de Jesus, particularmente nas parábolas, focaliza este aspecto (Mt 25.14-30; Lc 10.25-37; 16.19-26; Mt 25.31-46)

2-      Outras Definições:

  • Transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus.
  • Errar o alvo.
  • Rebelião contra Deus.
  • Injustiça (1 Jo 5.17)
  • Delito contra Deus (Ef 2.1).
  • Divida contra Deus (Mt 6.12; Lc 11.4)
  • Desobediência (Hb 2.2)
  • Incredulidade (Jo 16.9)

3-      Seus aspectos malignos:

a)      Quanto a sua natureza:

  • Há o pecado congênito, inato, herdado de Adão (Sl 51.5). É o pecado como estado do ser humano.
  • Há o pecado praticado (1 Jo 1.9) É o pecado como ato do ser humano.

b)     Quanto a sua prática:

  • Há o pecado por comissão (Tg 1.15) – Quando praticamos o que não deveríamos.
  • Há o pecado por omissão (Tg 4.17) – Quando não praticamos o que deveríamos.

 

  1.                                VI.      A Religião e a Paciência (Cap. 5)

Em parte alguma da Bíblia são os ricos denunciados por serem ricos. Ao contrário, é por causa da sua queda nas tentações que acompanham a riqueza (Lc 6.24):

(2)   Segurança falsa.

(3)   Corrupção.

(4)   Amor ao poder.

(5)   Desprezo aos menos desfavorecido.

  1. 1.      Advertência e Julgamento dos Ricos (5.1-6)

“Gastos de ferrugens” (5.3): Os ricos não percebiam que os últimos dias já haviam chegado (Ler 2 Tm 3.1)

A quarta e mais forte diatribe contra eles, as outras sendo (1.9-11; 2.1-13; 4.1-10), Decerto, havia muitos homens ricos na Igreja da Judéia que viviam longe de uma vida cristã, e que se dedicavam aos prazeres mundanos. Acham-se às vezes almas cristãs de rara virtude entre os ricos, mas em geral, o quadro que Tiago pintou deles, é típico deste até hoje.

Não devemos pensar que esta enérgica apóstrofe dos ricos malvados seja dirigida aos leitores crentes. Pelo contrário, o escritor, depois de ocupar-se particularmente com seus irmãos oprimidos pelos ricos (2.6), agora, por um momento, vira-se para esses opressores, e faz sua denúncia fulminante. Sua admonição a eles, ameaçando futura retribuição é assustadora.

  • Egoísmo. O denominador comum de todos os crimes aqui atribuídos aos ricos é o egoísmo.  Esse mesmo egoísmo é capaz de manifestar-se em alguém que não seja rico.
  • Acerca de sua Futura Miséria (5.1,2)
  • Acerca de sua Riqueza Acumulada e da Retenção do Salário do Pobre (3,4) A crueldade do avarento como a acumulação de tesouros, propriedades e haveres além das necessidades, é pecado. Deus, o juiz justo,julgará,permutando o lugar do rico com o do miserável (LC 16.25)
  • Acerca de sua Busca do Prazer e da Perseguição do Justo (5,6)

 

  1. 2.      “Senhor dos Exércitos” (4).

 

Só aqui e em Romanos 9.29 aparece este nome transliterado. Normalmente é traduzido na LXX por “Todo Poderoso”. Um título comum no Antigo Testamento, o Senhor Todo-Poderoso, o Soberano Onipotente, não ficará alheio à injustiça.

 A doutrina de Deus em Tiago é notável:

(1)   Deus é Imutável (1.17)

(2)   Criador (1.18)

(3)   Pai (1.17, 27; 3.9)

(4)   Soberano (4.12,15)

(5)   Cioso (4.5)

(6)   Justo (1.20)

(7)   Juiz, Legislador, Destruidor (4.12)

(8)   Misericordioso e compassivo (5.11)

(9)   Ele não pode ser tentado pelo pecado (1.13)

(10)                Ele é doador de sabedoria (1.5) de graça (4.6) da coroa da vida (1.12) de toda dádiva (1.17) e de saúde (5.15)

 

  1. 3.      “Matado o justo” Isto provavelmente se refere à prática comum de os ricos levarem os pobres (“o justo”) ao tribunal para lhes extorquir “legalmente” o pouco que tenham, “matando-os” assim.
  2. 4.      A Segunda Vinda do Senhor (5.7-12)

(1)   “Sede... pacientes” (gr macrothumesate). Quando a Bíblia fala Ada paciência de Deus com os pecadores usa esta palavra (Rm 2.4; 1Pe 3.20; 2 Pe 3.9), que não denota paciência sob aflição (hupomone (11), mas constrangimento e restrição aguardando o arrependimento. Os cristãos são chamados a manifestar uma paciência igual na expectativa da Vinda do Senhor (Cl 1.11).

(2)   “as primeiras (outubro-novembro) e as últimas (abril-maio) chuvas” (7). A Palestina tem duas estações anuais de chuva.

(3)   “Vinda”: (gr parousia). Palavra usada para indicar uma visita oficial do rei a uma cidade dentro do seu domínio.

  1. 5.      Paciência – Definição.

(1)   A necessidade de paciência:

1-      Quando somos perseguidos pelos ímpios (7,8)

2-      Quando há diferenças de opinião entre crentes (9-11)

(2)   O Dever de sermos Pacientes: Um dia o Senhor voltará, e todos os sofrimentos serão coisas do passado. Portanto, os crentes devem fixar sua atenção naquele dia feliz. Quanto maior o sofrimento aqui, quanto maior será a glória ali.

  • Devemos ser Pacientes e Constantes, sem nos Queixar uns contra os outros (7-10)
  • Devemos seguir o exemplo dos profetas e de Jó, de sofrer pacientemente (10-11): Jó perseverou em sua integridade moral (Jó 1.21, 2.10; 13.15; 167.19; 19.25)

(3)   Motivação para nossa paciência

  1. 1.      Os processos da natureza (7)
  2. 2.      Os Exemplos dos Profetas.
  3. 3.      A Experiência de Jó
  4. 4.      A Volta do Senhor.

 

  1. 6.      Conselhos Finais: (5.12-18)

(1)   Juramento e Votos – Devemos refrear-nos quanto prática do juramento (5.12). Nossa língua pecaminosa, que causa tantos problemas. Nem todos os juramentos são proibidos neste versículo; somente os votos levianos, profanos e blasfemos. Votos, ou juramentos, no sentido de afirmações solenes, eram ordenados pela Lei (Êx 22.11) e praticados por Cristo (Mt 26.63-64) e Paulo (Rm 1.9). Esta vez trata-se de juramentos levianos, empregando levianamente o nome de Deus. Um pecado que desagrada muito a Deus. Há muitos cristãos que fazem uso errôneo e irresponsável do nome de Deus. A língua se empregaria muito melhor nas orações e nos hinos (13)

(2)   Oração:

1-      A Oração nos Tempos Difíceis e em Favor dos Enfermos (5.13-15). Deus pode curar diretamente, através de remédios ou em resposta à oração, como aqui. O óleo é símbolo da presença de Deus (Sl 23.5); pode também ter sido considerado um remédio na época em que Tiago escreveu (Lc 10.34), embora dificilmente fosse eficaz para qualquer tipo de doença.

Seus requisitos em Tiago:

  • Sentimento de necessidade (1.5; 5.13,14)
  • Fé desapossada de dúvida (1.6; 5.15)
  • Singeleza de coração (1.8)
  • Petição (4.2).
  • Finalidade em acordo com a vontade de Deus (4.3)
  • Confissão de pecado (5.16; Sl 66.18; Mt 5.23,24)
  • Feita em santidade (5.16)
  • Com constância (5.17; 1Rs 18.42)

2-      Porque nem todos são curados? (2 Co 12.8)

 

3-      “Sofrendo” (13). Faça oração seguindo o exemplo de Cristo (Lc 22.44).

4-      “Alegre” (gr. Euthumei). Só é usada aqui e em At 24.10; 27.25, onde fala do bom ânimo de Paulo em face da adversidade.

5-      A Confissão das Ofensas e a Oração Intercessora (5.16).

  • O propósito é despertar as orações dos irmãos. notamos a prática na Igreja no início do segundo século no Didaquê: “Precisais fazer confissão dos vossos pecados na Igreja, e não entrar em oração com consciência culpada”. A confissão também era requerida antes de tomar a Ceia do Senhor.
  • Precisamos notar a íntima relação entre a confissão de pecados, a oração dos anciãos da igreja e a cura do doente.
  • Devemos confessar os nossos pecados a Deus, mas não nos esqueçamos do importante ensino: “Confessai os vossos pecados uns aos outros”

 

6-      Unção com óleo. (14). Longe de sustentar a extrema unção, esta passagem trata de presbíteros (não sacerdotes) orando para a cura do enfermo; de óleo medicinal (Mc 6.13; Lc 10.34), não um preparativo mágico para a morte; de cura e restabelecimento físico e espiritual, não salvação além do túmulo. Era um medicamento, geralmente usado (Lc 10.34; Is 1.6), a ser corroborado pela oração, e não para ser empregado com finalidades mágicas.

 

7-      Oração Eficaz – O Exemplo de Elias (5.16-19). Elias, fechando e abrindo o céu, operou poderoso e raro milagre (1 Rs 18). Não obstante, o fato é citado como incentivo às nossas orações. A oração da fé será respondida.

 

  1. 7.      O Dever de Ganhar Almas – Resgatando irmãos do erro (5.19-20)

Isto agrada-lhe, imensamente, à vista do que perdoa muitas fraquezas nossas. É o “conduzir muitos à justiça” descrito em Dn 12.3. É a restauração de um crente desviado que se contempla aqui. A palavra “conversão” naturalmente faz-nos pensar na conversão de um descrente, mas o Senhor falou da “conversão” de Pedro quando este se tinha desviado da verdade. Na linguagem de Tiago um homem convertido pode ser ainda pecador. Em Coríntio muitos estavam fracos e doentes, e muitos dormiam (na morte) por causa dos seus pecados. Deste modo cobre-se uma multidão de pecados, não somente pelo amor que individualmente cobre pecados, como lemos em outro lugar, mas pelo trabalho desse amor na restauração de uma alma, que é a maneira acertada, no governo de Deus, para se cobrir uma multidão de pecados.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

  1. 1.      Tiagoé o Livro Cristão de Provérbios.
  2. 2.      O alvo de Tiago é oferecer à Igreja uma correta e concreta instrução quanto à atitude ética dos crentes. Comparado ao apóstolo Paulo, Tiago demonstra pouco interesse em doutrina sistemática e formal, embora a carta não esteja isenta de profundas e significativas afirmações teológicas (1.12; 2.1-19; 3.9; 5.7-14)
  3. 3.      Usando os 54 mandamentos de Tiago com oração e carinho para conversão do errado (Lc 22.32), você não somente o salvará do perigo da morte eterna, como evitará a repreensão do mundo contra o cristianismo.

 

Pensamentos sobre a Língua:

“O maior dos pecados de um homem está em suas palavras”.  (Thomas Manton)

 

“Conhecemos os metais pelo som que produzem e os homens por aquilo que falam”. (Thomas Brooks)

 

“Palavras... são boas apenas quando são melhores do que o silêncio”. (Richardn Sibbes)

 

“Senhor, torna minhas palavras graciosas e ternas, pois quem sabe amanhã eu precise engoli-las”.

 

“Palavras podem ser a pior forma de torturar uma pessoa impiedosamente”.

 

“Uma das primeiras coisas que acontece quando alguém está realmente cheio do Espírito não é falar em línguas, mas, sim, aprender a dominar a língua que já tem”

 (J. Sidlow Baxter)

 

“se eu falar o que é falso, preciso responder por aquilo; se falar a verdade, ela responderá por mim”. (Thomas Fuller)

 

“Uma língua afiada é a única ferramenta de corte que fica mais afiada à medida que é usada”.

 

“Não creia em metade do que você ouve; não repita metade do que você crê; quando ouvir uma notícia negativa, divida-a por dois, depois por quatro, e não diga nada sobre o restante dela”. Spurgeon

 

“As palavras são conteúdo da mente”. (Sêneca)

 

“Um coração santificado é melhor do que uma língua de prata” (Thomas Brooks)

 

 

BIBLIOGRAFIA

Bíblia Explicada.

Bíblia de referência Thompson

Bíblia Vida Nova.

Manual Bíblico HHHaley

A língua Domando esta fera – Josué Gonçalves

Teologia Elementar _ E.H.Bancroft , D.D

Epístolas Gerais

Manual da Escola Dominical – CPAD

Dicionário Teológico – CPAD