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ORIGEM E HISTÓRIA DA BÍBLIA

A ORIGEM E HISTÓRIA DA BÍBLIA

O Autor Da Bíblia. É Deus. Evidências da origem divina da Bíblia:

A Evidência Da Inspiração Divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Por isso ela é chamada a “Palavra de Deus”. Essa inspiração da Bíblia é plenária, e inclui as próprias palavras no original. Deus inspirou não só as ideias na mente do escritor, mas também as palavras. Assim, a inspiração divina na Bíblia não foi só pensada, mas também falada.

 

A Evidência Da Perfeita Unidade E Harmonia Da Bíblia Apesar De Sua Diversidade. Há unidade e harmonia doutrinária na mensagem da Bíblia. “Sendo humana, ela é sujeita às leis da língua e literatura e, sendo divina, pode ser compreendida somente por homens espirituais. O autor divino garante unidade de revelação e ensino, os autores humanos se referem a Bíblia em parte. O divino, refere-se à Bíblia como um só livro” – John Mein.

 

A Diversidade De Atividade Dos Escritores: Entre os escritores houve príncipes, legisladores, generais, reis, poetas, estadistas, sacerdotes, profetas, pescadores, teólogos, boiadeiros, funcionários públicos, etc.; daí surgindo toda uma diversidade de estilos. Entretanto os escritos desses homens completam-se, apresentando uma só mensagem poderosa e coerente!

 

A Diversidade De Condições Ambientais. Os escritores escreveram na cidade, no campo, no palácio, em ilhas, prisões, deserto, no exílio. Apesar disso, a mensagem da Bíblia é uniforme.

 

A Diversidade De Circunstâncias. As circunstâncias foram as mais desencontradas. Davi escreveu muitas vezes sob o calor das batalhas; já Salomão, fê-lo na calma da paz... Profetas houve que escreveram repassados de tristezas, enquanto Josué escreveu sob a alegria da vitória. Mesmo assim, a mensagem da Bíblia é uma só, bem como é um só o meio de salvação.

 

A Evidência Da Aprovação Da Bíblia Por Jesus. Essa aprovação constou do seguinte:

Jesus leu-a e tomou-a como base de sua pregação e ensino (Lc 4.16-21; 24.27).

Jesus usou-a contra o Diabo (Mt 4.3-11).

Jesus chamou-a “A Palavra de Deus” (Mc 7.13; Jo 17.17).

Jesus observou-a e cumpriu-a em sua vida (Mt 3.15; 5.17; Lc 18.311; 24.44).

Em uma de suas últimas referências à Palavra (Lc 24.44), Jesus aprovou as Escrituras do Antigo Testamento.

Quanto ao Novo Testamento, também afirmou que as Escrituras são a Verdade (Jo 17.17).

Jesus viveu e procedeu de acordo com as Escrituras (Lc 18.31).

 

A Evidência Do Testemunho Do Espírito Santo No Interior Do Crente. Quem aceita Jesus como Salvador, automaticamente aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus. Por que isso? Porque o mesmo Espírito de Deus que convence o pecador (Jo 16.8) e testifica no crente que este é agora filho de Deus (Rm 8.16), testifica também no crente que a Bíblia é a Palavra de Deus para ele (Jo 7.7).

 

A Evidência Do Cumprimento Das Profecias Da Bíblia. A Bíblia é um livro de profecias. Profecias de dois tipos: tipológicas e literais. As primeiras, expressas através de tipos: as seguintes, expressas em linguagem literal, direta. Inúmeras profecias estão se cumprindo, outras aguardam cumprimento.

 

A Evidência Do Efeito E Influência Da Bíblia Em Indivíduos E Nações. O mundo é hoje melhor por causa da Bíblia. Ela é conhecida pelo caráter que molda. A poderosa influência da Bíblia tem transformado multidões de pessoas em todos os tempos e em todas parte do mundo, dantes incrédulas, descrentes em todos e em tudo, sem alegria interior, indiferentes, materialistas, decaídas, escravas do pecado, do vício, da idolatria, medo, superstições, feitiçarias, mas depois que abraçaram este Livro, foram por ele influenciadas e transformadas em criaturas salvas, alegres, libertas, felizes, santificadas. Nenhum outro livro tem tal poder de transformar pessoas e influenciar nações para o bem. Até os inimigos da Bíblia reconhecem que nenhum outro livro em toda história da humanidade teve tamanha influência para o bem. Reconhecem seu efeito sadio na civilização.

 

O Intérprete Da Bíblia. É o Espírito Santo.

Iluminação:

Em Relação Aos Não-Crentes:

Sua necessidade (1 Co 2.14; 2 Co 4.4)

O ministério de convencimento do Espírito (Jo 16.7-11).

 

Em Relação Aos Crentes:

Sua necessidade (1 Co 2.10-12; 3.2)

O ministério de ensino do Espírito (Jo 16.13-15). O próprio Espírito é o Mestre, e Sua presença na vida do crente é a garantia da eficácia desse ministério.

O conteúdo do ensino do Espírito engloba “toda a verdade” (Jo 16.13) Inclui especificamente uma compreensão correta da profecia “cousas que hão de vir”.

O propósito do ministério de iluminação do Espírito é glorificar a Cristo e não a si mesmo.

A carnalidade na vida do crente pode prejudicar até mesmo anular este ministério do Espírito (1 Co 3.1,2).

 

O Tema Central Da Bíblia. É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo no-lo declara em Lucas 24.27,44 e João 5.39. Considerando Cristo como tema central da Bíblia, os 66 livros podem ser resumidos em 5 palavras, todas referentes a Cristo, assim:

 

Preparação: Todo o Antigo Testamento trata da preparação do mundo para o advento de Cristo.

 

Manifestação: Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor.

 

Propagação: Os Atos dos Apóstolos tratam da propagação de Cristo por meio da Igreja.

 

Explanação: As Epístolas tratam da explanação de Cristo. São os detalhes da doutrina cristã.

 

Consumação: O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas.

 

A Bíblia – O Livro Revelado Por Deus:

O Que É Revelação.

“Um desvendamento; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”.

 

A Revelação Geral De Deus. É a comunicação de Deus acerca de si mesmo e todas as pessoas, em todos os tempos e lugares. Ela refere-se à auto-manifestação por meio da natureza e da história. Em outras palavras, é uma revelação disponível a todas as pessoas, particularmente por meio da natureza, da história e da constituição do ser humano.

 

Pela natureza (Rm 1.18-21; Sl 19).

A revelação de Deus ao homem pelas suas obras, tanto pela criação como pela preservação, ou seja, Deus se faz conhecer pela criação e manutenção dessa criação (Cl 1.17). Baseado em Rm 1.20. A própria Escritura propõe que existe um conhecimento de Deus a que se chega por meio da ordem física criada. A pessoa que vê a beleza de um sol e um estudante de biologia que disseca um organismo complexo, estão expostos à indicação da grandeza de Deus.

 

Pela providencia (Rm 8.28; At 14.15-17).

Pela história.

A preservação do povo de Israel serve como exemplo da revelação geral de Deus. Essa pequena nação vem sobrevivendo ao longo dos séculos em ambientes totalmente hostis. Isso está retratado tanto nas Escrituras como na atual Israel do século XXI.

 

Pela constituição do ser humano.

A estrutura física: O corpo humano constituído de pele, músculo, fígado, baço, rim, estomago, intestino, coração, cérebro, olhos, ouvidos, dentes etc., são provas concretas de Deus se revelando ao homem, isto é, o próprio homem prova da revelação geral de Deus.

A parte moral. Os homens fazem julgamentos morais sobre o que é certo ou errado.

A parte espiritual. Os homens creem na existência de uma realidade superior a si mesmo.

 

 

A Revelação Especial De Deus. É a revelação concedida por Deus por intermédio de pessoas, experiências ou acontecimentos históricos particulares. Deus se revela especialmente através da Palavra, a qual foi primeiramente revelada verbalmente e em seguida escrita nos livros que nós chamamos de Santas Escrituras.

 

Através De Manifestações Sobrenaturais:

Através de milagres (Jo 2.11).

Sonhos: O sonho foi um meio de revelação e mesmo sendo uma experiência comum, os sonhos eram usados por Deus de maneira especial para revelar a verdade (Gn 20.3)

Visões: Um modo superior de revelação e muito comum entre os profetas. Esses recebiam essas visões enquanto estavam despertos (Dn 1.17).

Os anjos: Deus também usa os anjos criados para entregar suas mensagens divinas às pessoas (Lc 2.10,11).

Os profetas do Antigo Testamento trouxeram a mensagem do Senhor para a humanidade. Falavam com autoridade, porque comunicavam a Palavra do Senhor.

Por comunicação direta (At 22.17-21).

 

Através de Cristo (Jo 1.14).

 

As teofanias ou manifestações de Deus. Alcançou seu ponto alto na encarnação de Cristo, em quem habitou corporalmente, a plenitude da divindade. Mas antes da encarnação de Cristo, as teofanias estavam associadas com a aparição do Anjo do Senhor que comunicou a mensagem divina às pessoas (Êx 3.2).

 

Através da Bíblia (1 Jo 5.9-12).

 

Fatos Sobre A História Da Bíblia.

Os Autores Da Bíblia.

A existência da Bíblia, abrangendo seus escritores, sua formação, composição, preservação e transmissão, só pode ser explicada como milagre de Deus, ou melhor: deus sendo seu autor.

Foram cerca de 40 os escritores da Bíblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus foi-nos dada por canais humanos, assim como o foi Palavra Viva – Cristo (Ap 19.3).

Esses homens pertenceram às mais variadas profissões e atividades.

Escreveram e viveram distantes uns dos outros em épocas e condições diferentes.

Levaram 1500 anos para escrever a Bíblia.

Apesar de todas essas dificuldades, ela não contém erros nem contradições. Há sim dificuldades na compreensão, interpretação, tradução, aplicação, mas tudo isso do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos.

 

A Escrita:

A arte de escrever, segundo fontes fidedignas, é de uma data muito remota.

No princípio era ideográfica, consistindo em desenhos toscos de objetos e símbolos naturais, passando depois a ser fonética, isto é, representado por letras e sílabas que expressam o som da palavra falada.

Os hieróglifos egípcios atestam a transição do primeiro para o segundo método de escrever.

 

Os Idiomas Originais Da Bíblia.

 

Pontos Introdutórios: A Bíblia foi escrita originalmente em três línguas (hebraico, aramaico e grego), sendo que, originalmente falando, nas mais primitiva ordem dos acontecimentos, suas primeiras palavras foram escritas em hebraico, a língua em que a vontade de Deus seria manifestada ao seu povo e depois ao mundo.

 

As línguas utilizadas no registro da revelação de Deus, a Bíblia, vieram de famílias de línguas semíticas e indoeuropeias.

 

Da família semítica, tiveram origem as línguas básicas do Antigo Testamento: o hebraico e o aramaico (siríaco).

 

Além do hebraico e do aramaico, temos o latim e o grego representando a família indoeuropeia.

 

O hebraico é a língua oficial do Estado de Israel.

 

O aramaico é falado por alguns cristãos nas vizinhanças da Síria.

 

O grego, ainda que muito diferente dos tempos do Novo Testamento, é falado por muitas pessoas hoje.

 

De modo indireto, os fenícios exerceram um papel importante na transmissão da Bíblia ao inventarem o veículo básico de propagação das letras: o alfabeto.

 

Do Antigo Testamento:

Hebraico.

Quase todo os 39 livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico, exceto algumas passagens de Esdras, Jeremias e Daniel, escritas em aramaico.

A língua hebraica é chamada, no Antigo Testamento, de “língua de Canaã” (Is 19.18), “língua Judaica” e/ou “Judaico” (2 Rs 18.26,28; Is 36.13).

Como a maior parte das línguas do ramo semítico, o hebraico lê-se da direita para a esquerda.

O alfabeto compõe-se de 22 letras, todas consoantes.

 

Aramaico:

Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua comum na Palestina depois do cativeiro babilônico.

A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro do reino de Israel, em 722 a.C., na Assíria, e tendo prosseguimento por meio do cativeiro do reino do Sul (Judá), em 587 a.C., na Babilônia.

Em 536 a.C., quando Israel começou a regressar do exílio, o povo falava o aramaico como língua nacional. É por isso que quando Esdras leu as Escrituras em hebraico foi preciso de intérprete (Ne 8.5,8).

O aramaico é, também chamado de “siríaco”, na Região Norte (2 Rs 18.26; Ed 4.7; Dn 2.4 – ARC), e de “caldaico”, na Região Sul (Dn 1.4).

Devido aos hebreus terem adotado o aramaico como uma língua, no Novo Testamento ele passou a ser chamado de “hebraico” (Lc 22.38; Jo 5.2; 19.13,17,20; At 21.40; 26.14).

 

Do Novo Testamento:

Aramaico. Existem algumas palavras aramaicas preservadas no Novo Testamento:

Talitá cumi “menina, levanta-te!” (Mc 5.41).

Efatá “abre-te” (Mc 7.34).

Eli, Eli Lemá sabactâni “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mt 27.46).

Abba “Pai” (Rm 8.15; Gl 4.6).

Grego.

O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem da rua, dos comerciantes, dos estudantes... Era o grego koné, que todos podiam entender.

A mão de Deus poder ser vista nisto, porque o grego era o idioma universal do século 1º, tornando, assim, possível a divulgação do evangelho por todo o mundo então conhecido.

O alfabeto grego tem 24 letras.

 

A escritura trilíngue, na parte superior da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, bem pode atesta essa grande verdade, sendo que a terceira língua não foi o aramaico, mas o latim (Jo 19.19,20). O título teria sido escrito pelo próprio punho de Pilatos, como ele mesmo declarou:         “o que escrevi, escrevi” (Jo 19.22b). Encontrava-se na parte vertical da cruz; e, além disso, postava-se sobre um pequeno monte, perto de uma estrada.

O motivo do título trilíngue era grande influência política que estas tinham em todo o mundo. Estas línguas foram usadas na divulgação do evangelho – de Jerusalém até os confins da terra.  Para os eruditos da Bíblia, a escritura de Pilatos deve ser entendida assim: “Esta condenação foi escrita em hebraico por causa do lugar em que o suplício se consumou; foi escrita na língua grega, por causa da grande turba de helenistas que veio para a páscoa; foi escrita em latim, por causa da majestade do Império Romano”.

É quase provável que Jesus em algumas ocasiões e regiões, falasse o aramaico comum, que era um dialeto do siríaco. Em algumas de suas instruções. Ele usou esse idioma. Marcos deixou transparecer isso ao suprir palavras e expressões aramaicas, lado a lado a seus equivalentes gregos. Por exemplo, Talita cumi (Mc 5.41), ephphatha (Mc 7.34), Eloi, Eloi, lama sabachthani (Mc 15.34)

 

Os Materiais Da Usados Na Composição Da Bíblia.

 

Pedra:

Foi empregada no Egito, Síria, Mesopotâmia, Israel e em outros países.

Os caracteres (cuneiformes ou hieróglifos) eram gravados. Por exemplo, temos o Código de Hamurabi, os textos da Pedra Roseta e da Pedra Moabita.

 

Tabuinha De Barro Ou Argila:

Material usado, desde tempos imemoriais, na região da Mesopotâmia. Os profetas Jeremias (Jr 17.13) e Ezequiel (4.1) lançaram mão desse tipo de material.

Dois tipos de cerâmicas têm sido encontrados pelos arqueólogos: a seca ao sol e a seca ao forno.

 

Madeira:

Era bastante usada pelos antigos para escrever. Alguns acreditaram que esse tipo de material de escrita foi usado pelos profetas Isaías (30.8) e Habacuque (2.2) e por Zacarias, pai de João Batista (Lc 1.63).

O papiro.

O papiro era extraído de uma planta aquática desse mesmo nome.

O talo cilíndrico alcança dois metros ou mais. E esse talo era descascado e estendido em sentido cruzado, prensado, raspado e polido.

Há várias menções dele na Bíblia (Êx. 2.3; Jó 8.11; Is 18.2; 2 Jo v.12).

De papiro deriva o termo papel.

Seu uso na escrita vem de 3.00 a.C., no Egito.

 

O pergaminho.

É a pele de animais, curtida e preparada para escrita.

Foi usado pela primeira vez na cidade de Pérgamo, na Ásia Menor, no tempo do rei Eumenes II (197 – 158 a.C.). Devido à falta de papiro, que recebia do Egito, para formar sua biblioteca, foi-lhe necessário obter um novo material de escrita. O resultado é conhecido como velhinho ou pergaminho.

O velinho era preparado originalmente com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho de pele de ovelhas e cabras.

É material superior ao papiro, porém de uso mais recente do que aquele.

Teve seu uso generalizado, a partir do início do Século I, na Ásia Menor.

É também citado na Bíblia (2 Tm 4.13).

 

 

Formatos Primitivos Da Bíblia.

Rolos. Era feito de papiro ou de pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira para facilidade de manuseio. Cada livro da Bíblia era um rolo em separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir pessoalmente a Bíblia como fazemos hoje. O que tornou isso possível foi a invenção do papel no Século II pelos chineses, e a do prelo de tipos móveis pelo alemão Johann Gutenberg em 1450 d.C., possibilitando o formato dos livros atuais.

 

Códices. É uma obra no formato de livro, de grandes proporções. Nosso vocábulo livro vem do latim liber, que significou primeiramente casca de árvore, depois livro.

 

O Tipo De Escrita. Era manuscrito.

Uncial. É o manuscrito que contém só maiúsculas.

Cursivo. O que contém só minúsculas.

 

O Escriba – O Profissional Da Escrita: Tudo era feito pelos escribas de modo laborioso, lento e oneroso.

 

Manuscritos Da Bíblia.

 

Manuscritos Originais Da Bíblia. Isto é, saídos das mãos dos escritores, não existe nenhum conhecido no momento. Deus na sua sabedoria e providência permitiu isso.  Por que não temos manuscritos originais da Bíblia?

Se existisse algum, os homens o adorariam mais do que ao seu divino Autor. A serpente de metal posta entre os israelitas como meio de auxílio à fé em deus (Nm 21.8,9; Is 45.22), foi depois idolatrada por eles (2 Rs 18.4). A cruz de Cristo e também a sua mãe, tem sido objeto de idolatria por muitos também.

Era costume dos judeus enterrar os manuscritos estragados pelo uso ou qualquer outra causa, para evitar sua mutilação, profanação e interpolação espúria.

Os reis idólatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos ou contribuído para isso, como é o caso descrito em Jeremias 36.20-26.

O tirano Antíoco Epifânio, rei da Síria (175-164 a.C.), durante seu reinado dominou sobre toda a Palestina. Foi homem extremamente cruel. Tinha prazer em aplicar torturas. Decidiu exterminar a religião judaica. Assolou Jerusalém em 168 a.C., profanando o templo e destruindo todas as cópias que achou das Escrituras.

Nos dias do feroz imperador romano Diocleciano (284-305 d.C.), os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das Escrituras. Durante 10 anos Diocleciano mandou vasculhar o império visando destruir todos os escritos sagrados. Chegou a crer que tivesse destruído tudo, pois mandou cunhar uma moeda comemorando tal vitória.

 

Cópias De Manuscritos Originais. Há inúmeras, em várias partes do mundo.

Classificação: Os MSs estão divididos em duas classes, segundo as letras:

Unciais: do latim uncia, que significa “polegada”. São chamados dessa forma porque foram escritos em letras maiúsculas e sem separação de palavras. Os unciais são os MSs mais antigos.

Cursivos. Receberam este nome por terem sido escritos com letras cursivas (à mão) e em letras minúsculas, mais comuns no grego. Dos 4.500 manuscritos existentes, cerca de trezentos são unciais e os restantes, cursivos.

 

Os Grandes Códices Unciais:

Manuscritos Sinaítico – Códice Alef: Um dos primeiros manuscritos unciais datado de 340 a.C., o Sinaítico foi descoberto em 1844 pelo dr. Constantine Tischerndorf, no convento de Santa Catarina, no monte Sinai. Esse pesquisador descobriu as páginas do manuscritos no monastério, onde os monges as utilizavam para ascender fogo.  Nesse mesmo ano, ele descobriu 43 folhas de velhinho contendo porções da Septuaginta: 1 Crônicas, Jeremias, Neemias e Ester. Quinze anos mais tarde, ele conseguiu obter as folhas restantes, com a ajuda do Czar da Rússia, Alexandre II. Escrito em grego, contém mais da metade do Antigo Testamento (LXX) e todo o Novo Testamento (com exceção de Marcos 16.9-20 e João 7.58-8.11) e ainda todo os apócrifos do Antigo Testamento, a Epístola de Barnabé e O Pastor de Hermas. É o único que contém o Novo Testamento completo. Atualmente, se encontra no museu Britânico.

 

Manuscrito Vaticano – Códice B: Esse uncial famoso, data do século 4º, está escrito em grego e contém a tradução da Septuaginta do Antigo Testamento, dos apócrifos (com exceção dos livros dos Macabeus e da Oração de Manassés) e do Novo Testamento. No Antigo Testamento, está faltando Gênesis 1.1 – 46.28, 2 Re 2. 5-7, 10.13 e Salmos 106.27 – 136.6. No Novo Testamento, faltam Marcos 16.9-20. João 7.53 -8.11 e Hebreus 9.14 até o fim do Novo Testamento, incluindo as epístolas pastorais: 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom e, também, Apocalipse, mas não as epístolas gerais: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas. Como o nome sugere, este manuscrito se encontra, agora na biblioteca do Vaticano, em Roma, onde foi catalogado pela primeira vez em 1481.

 

Manuscrito Alexandrino – Códice A: Esse manuscrito, o último dos três maiores unciais considerados aqui, data do século 5º (aproximadamente, no ano 450 a.D), embora contenha tanto o Antigo como o Novo Testamento, algumas partes estão faltando. Em 1708, esse códice foi dado de presente ao patriarca de Alexandria, que lhe conferiu a designação que ostenta até hoje. Encontra-se na Biblioteca Nacional do Museu britânico em Londres, na Inglaterra. Não chega a alcançar o elevado padrão dos manuscritos Vaticano e Sinaítico.

 

Manuscrito Efraim – Códice C: Esse manuscrito contém partes do Antigo e do Novo Testamento. Existem, agora, apenas 64 folhas do Antigo Testamento e 145 do Novo. Suspeita-se que se originou de Alexandria, no Egito, e data do século 5º. Como foi raspado, passou a ser chamado de “palimpsesto”. O texto sagrado foi apagado para que nesses pergaminhos se escrevesse sermões de Efraim (299-378), pai da Igreja do século 4º. Por essa razão, recebeu o nome de Manuscrito de Efraim. Mediante uma solução química, o dr. Tischendorf foi capaz de decifrar as escritas quase invisíveis dos pergaminhos. Esse manuscrito está guardado na Biblioteca Nacional de Paris.

 

Manuscrito Beza – Códice D: Também chamado de Códice de Cambridge, data do século 6º (550 a.D). Este é o mais antigo manuscrito conhecido escrito em dois idiomas. A página esquerda é em grego, enquanto o texto correspondente em latim fica do lado oposto, à direita. Foi descoberto, em 1562, por Teodoro Beza, teólogo francês. Com algumas omissões, contém os evangelhos, 3 João 11-15 e Atos.

 

Manuscritos Do Mar Morto. Em 1947, próximo ao mar Morto foi descoberto um manuscrito do profeta Isaías, em forma de rolo, escrito em hebraico, do ano 100 a.C., sendo assim mais velho que o mais antigo manuscrito bíblico até então conhecido! (Muitos outros rolos foram também encontrados e centenas de fragmentos de outras obras). Pois bem, o texto desse manuscrito quando comparado com o das nossas Bíblias, concorda plenamente. Esta é uma prova singular da autenticidade das Escrituras, ao considerarmos que o citado manuscritos de Isaías tem agora mais de 2000 anos de existência!