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ANSIEDADE - UMA ANÁLISE EXEGÉTICA

ANSIEDADE – UMA ANÁLISE EXEGÉTICA

“Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma” (Sl 94.19).

“Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade” (Ec 11.10).

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).

Análise Exegética.

Mt 6.25 – 32:

Análise Exegética:

Helikia gr. (v.27):

O significado de estatura é incerto. Ele pode ser traduzido como “medida de sua vida”, “extensão da vida”, “curso da sua vida”, mas também “altura”. A palavra helikia em João 9.21, 23 significa muito claramente “idade” – “tem idade; perguntai-lho”. O uso predominante na Septuaginta e nos papiros favorecem o antigo significado [idade] nestas passagens duvidosas. Mas em Lucas 19.3 ela também significa claramente “estatura”. Zaqueu tinha falta de “altura”, não de idade. Seja qual for o significado da palavra, a afirmação de Jesus é poderosa. A preocupação não pode acrescentar nada à altura, idade ou extensão da vida de uma pessoa.

Exposição Textual:

O pecado que Jesus condena nesta seção é o da preocupação. Não andeis cuidadosos (v.25) pode ser traduzido “Não estejais ansiosos”. Não devemos nos preocupar com o alimento ou a roupa.

Se Deus cuida dessa maneira das flores efêmeras – que hoje estão aqui, e que amanhã serão inexistentes (tornando-se combustível para o forno) – quanto mais Ele vestirá os seus próprios filhos (v.30). Esta é uma lógica que não se pode contestar. Assim, o discípulo não deve ficar ansioso sobre o que comer, beber ou vestir (v.31). Seu Pai Celestial sabe o que ele precisa (v.32).

Aplicação:

Jesus Cristo ensinou acerca da ansiedade quando pregou o Sermão do Monte. Há duas verdades implícitas no seu ensino. Primeiro, o cristão não está imune ao distúrbio de ansiedade. As preocupações com a sobrevivência (comer, beber e vestir) atacam mais o crente discípulo de Jesus. Segundo, a ansiedade pode ser vencida e por isso deve ser combatida por meio da fé na Palavra de Deus.

As Causas Da Ansiedade Segundo O Ensino De Jesus:

A ansiedade tem relação com a incredulidade ou a falta de fé em Deus.

O amor às coisas materiais. A preocupação em ganhar (avareza) e a ameaça (medo) de perder às coisas materiais (Mt 6.19-21). Não podemos servir a Deus e as riquezas. E se insistirmos em praticar um serviço duplo, isto detonará com a nossa saúde mental, física e emocional. O diagnóstico de Jesus é revelador e mostra que a grande causa da ansiedade é o materialismo ou a idolatria às riquezas. Lembre-se que a palavra ansiedade denota a ideia de duplicidade, isto é, quando a mente procura seguir em duas direções ao mesmo tempo, resultando em confusão e sofrimento.

O Medo Do Futuro: A ansiedade origina-se do medo ou ameaça de não satisfação das necessidades básicas. Hoje consideramos, de maneira geral, que todo ser humano possui seis necessidades básicas que precisam ser satisfeitas:

Identidade.

Sobrevivência (continuar existindo).

Segurança (econômica e emocional).

Sexo (expressão de amor).

Significado (valor próprio).

Autorealização (realizar objetivos).

A busca da satisfação de cada uma delas é um polo gerador de ansiedade.

Como Podemos Vencer A Ansiedade Segundo O Ensino De Jesus:

Praticando o ensino de Jesus:

A vida não é só comer, beber e vestir (Mt 6.25). O homem é mais do que um corpo, mais do que mero animal. A personalidade humana merece mais consideração do que a simples satisfação dos desejos físicos.

É uma grande loucura pensarmos que bens materiais suprem às necessidades espirituais da alma (Lc 12.19,20).

A vida humana recebe um cuidado especial de Deus. Somos importantes para Deus. Toda a criação recebe de Deus o seu sustento (Sl 104.27; 145.15,16). Se deus cuida dos animais, certamente ele cuidará dos seus filhos (Mt 6.26).

A ansiedade é infrutífera ou improdutiva. A ansiedade não altera as condições da vida e nem aumenta a sua duração (Mt 6.27). A ansiedade não efetua o desenvolvimento. Ela não acrescenta absolutamente nada.

A ansiedade é um sintoma de incredulidade. A ansiedade pelas coisas físicas faz parte da conduta dos gentios, ou daqueles que não acreditam em Deus. A ansiedade é essencialmente desconfiança em Deus. Deus conhece nossas necessidades (Mt 7.11).

A ansiedade deve ser substituída pela busca espiritual (Mt 6.33). A ansiedade é anulada quando fazemos do governo de Deus e do correto relacionamento com Ele, prioridade da nossa vida diária.

A ansiedade antecipa sofrimentos (Mt 6.34). A ansiedade, por sua própria natureza, é inútil e só acrescenta maior dose de sofrimento à vida diária. Cada dia já tem a sua dose de males. O dia de hoje já trouxe males reais e não fictícios. É uma insanidade sofrer o mal futuro, que nem ao menos existe ainda, juntamente com o sofrimento presente.

Praticando a oração:

Lucas 10.40,41.

Análise exegética:

“E, aproximando-se”. Os termos gregos desta frase indicam uma repentina suspensão de sua situação febril – de uma maneira desesperada ou exasperada.

A palavra grega traduzida como deixe, significa “dar as costas". Isto também sugere que Maria estava ajudando sua irmã, mas deve ter parado e ido ouvir Jesus.

“Esta ansiosa e afadigada com muitas coisas”. A palavra grega traduzida como Está ansiosa significa “preocupada” ou “atrapalha com os cuidados”. Jesus está dizendo que ela está muito preocupada com muitas coisas não importantes.

Exposição Textual:

Marta ocupava-se em muitos serviços, ficando agitada, inquieta e preocupada. “Marta, porém, andava distraída em muitos serviços” (v.40): É literalmente “Marta estava distraída com os afazeres domésticos”.

“Senhor, não te importa que minha irmã me deixe servir só?”: Esta frase também carrega uma marca de exasperação e agitação. Uma tradução literal seria: “O Senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha?”. Ela não só culpou a irmã, mas estava também agitada e um tanto impaciente com o Senhor por permitir que a sua irmã a desamparasse. De fato, ela parecia sugerir que o Senhor estava encorajando Maria a negligenciar o seu dever.

“Dize-lhe, pois, que me ajude” – Literalmente, “fale para ela”. A palavra pois indica que Marta tem certeza de que suas afirmações anteriores justificam seu pleito por completo, e condenavam Maria. A implicação é: “Já que meu pleito ficou irrefutavelmente demonstrado, dá-lhe ordem. Marta estava, obviamente, confiante de que estava certa e que havia sido tratada injustamente.

“Uma só é necessária” (42): Note o contraste entre as muitas coisas com as quais Marta se preocupava e a única coisa que era necessária. As “Muitas coisas” de Marta eram materiais, físicas e sociais; a “única coisa” (Uma só) de Maria era espiritual e de significado eterno. Marta não estava escolhendo o errado no lugar do certo, mas o incidental em lugar do mais importante, o temporal em lugar do eterno.

Jesus tinha vindo a esta casa como Convidado. Marta estava cuidando, febrilmente, de muitas coisas para ser agradável e entreter. Mas essas coisas não era necessárias. O principal interesse dele, não era ser recebido de braços abertos e nem com uma mesa farta, mas sim com corações abertos e uma oportunidade de servir o seu Alimento a eles.

“A boa parte”: Era uma expressão comum, significando a parte honrada de uma festividade. Maria escolhera com sabedoria. Ela sabia qual parte era a mais desejável e a mais nobre, e a escolheu.

Há uma finalidade sugerida em conexão com este pensamento. Jesus garante essa finalidade ao dar apoio à escolha dela: a qual não lhe será tirada. A figura que permeia toda a passagem é a da festividade, e o Mestre transmite a sua mensagem ao colocar a festa espiritual acima da material.

Aplicação:

 É importante frisar que Jesus não proíbe a prudência que prevê o futuro, mas o afã e o angustiar-se pelo amanhã. Ele proíbe o medo ansioso, enfermo, que é capaz de eliminar toda a possibilidade de alegria de vida no presente.

Lucas 12.22, 29

Análise exegética:

Dois trechos no relato de Lucas merecem um comentário especial. O primeiro é: “Não andeis inquietos” (v.29). – diz literalmente: “Não estejam ansiosos” ou “não oscilem entre a esperança e o medo”. Há uma declaração semelhante em Mateus 6.31: “Não andeis, pois, inquietos”. Em grego as duas passagens não são iguais. Mateus usa um verbo que significa simplesmente “estar ansioso” ou “procurar favorecer os interesses de alguém”. O verbo usado por Lucas inclui, além destes significados, a ideia de ir do júbilo ao desespero, da esperança ao medo. O termo usado por Mateus está mais próximo de expressar egoísmo; o de Lucas está mais próximo de agitação e frustração. Em qualquer dos casos, a atitude é oposta à fé no cuidado providencial de Deus, e não é digna do caráter cristão mais elevado.

“Porque os gentios do mundo buscam todas essas coisas” (v.30): A palavra traduzida como buscam tem a indicação adicional de dedicação ou intensidade, de modo que uma possível tradução seria: “Intensamente procuram por”. A passagem paralela em Mateus 6.32 não traz as palavras do mundo, tornando assim a palavra grego ethnos equivalente a “gentios”. A expressão de Lucas ostenta a marca de um gentio escrevendo para gentios, enquanto a declaração de Mateus é tipicamente judaica. Em ambos os casos o significado é que ficar ansioso ou frustrado ou ainda preocupado com as necessidades físicas e temporais do dia a dia, de forma egoísta, é seguir o exemplo dos pagãos que não conhecem a Deus. No entanto, Jesus não está, de forma alguma sugerindo que a fé torne o trabalho de ganhar o sustento desnecessário. O trabalho honesto e árduo, e o cumprimento das obrigações temporais, não são somente consistentes com a fé; são pré-requisitos para a fé (cf. Ts 3.10; 1 Tm 5.8).

Exposição textual:

Filipenses 4.6 – 9:

Análise Exegética.

O pensamento cristão – parâmetros para um mente protegida da ansiedade.

“Tudo que é verdadeiro”: Em pensamento, disposição e ação.

“Honesto”: Sincero ou digno de honra.

“Justo”: Certo em qualquer situação.

“Puro”: Casto, como em 1 Timóteo 5.2, mas também a pureza doméstica em geral.

“Amável”: Agradável, inspirador ou digno de ser amado.

“Boa fama”: Encantador, atraente ou relatado com a melhor construção.

“Se há alguma virtude, e se há algum valor, nisso pensai”: A virtude era de importância central no vocábulo grego da ética.

Exposição Textual.

Embora possamos planejar o futuro (1 Tm 5.8) não devemos ficar ansiosos quanto a nada (Mt 6.25). O segredo desta qualidade de vida é a oração e as súplicas.

Há soluções para combater a ansiedade e restaurar a ordem da mente. Um fator importante nesse processo é a inclusão de Deus. Ele é a fonte da paz e tem de fazer parte da cura e da reorganização da mente do indivíduo para que este encontre a verdadeira paz. A confiança em Deus é um antídoto contra a ansiedade.

Aplicação – Observe a sequência:

Quando? Em tudo ou em quaisquer circunstâncias que podem ser geradoras de ansiedade.

Onde? Sejam conhecidas diante de Deus, isto é, os pedidos devem ser bem definidos, específicos e feitos na presença de Deus.

Como? Pela oração (pedir) e pela súplica (humilde clamor). Ele acrescenta que as orações devem ser acompanhadas pela gratidão, o que implica em humidade e submissão à vontade de Deus por parte de que orou.

1 Pedro 5.7.

Análise Exegética:

Exposição Textual:

Lançar sobre ele significa confessar para Deus toda a ansiedade que toma conta da nossa alma. Trata-se de um ato espiritual intencional que requer humildade e fé em Deus. O verbo lançar significa um ato que exige esforço no sentido de arremessar alguma coisa para longe de nós. E a garantia que temos é que Deus é o nosso Pai celestial que cuida dos seus filhos (Dt 31.6).