A UNIDADE DA RAÇA HUMANA
A Bíblia enfatiza o ensino segundo o qual toda a humanidade descende dum só casal, Adão e Eva.
Provas bíblicas da unidade da raça humana:
“de um só fez toda a raça humana” (At 17.26)
Esta mesma verdade é básica para a unidade orgânica da raça humana em relação com a primeira transgressão (Rm 5.12,19)
E em relação também com a provisão de Deus para a Salvação da raça humana na Pessoa de Jesus Cristo (1 Co 15.21,22
Teorias sobre a origem da humanidade. Os que rejeitam o testemunho das Escrituras:
Os antigos gregos tinham a teoria autoctonista, segundo a qual os homens surgiram da terra por meio de uma classe de gerações espontâneas. Como essa teoria não possuía fundamentos sólidos, cedo foi desacreditada.
Agassis, por sua vez, propôs a teoria dos coadamitas, segundo a qual existiram diferentes centros de criação.
Peirerius (1655) desenvolveu e defendeu a teoria pre-adamita, tendo como origem a suposição de que havia homens na terra antes que Adão fosse criado. Essa teoria foi aceita e difundida por Winchell, que ainda que não negasse a unidade da raça humana, contudo considerava Adão como o primeiro homem só da raça judaica, em vez de cabeça de toda a raça humana.
Fleming sem ser dogmático sobre o assunto, disse haver razões para se aceitar que houve raças inferiores ao homem antes da aparição de Adão no cenário mundial, pelos idos de 5.500 a.C. Segundo Fleming, essas raças não obstante inferiores aos adamitas, já tinham faculdades distintas dos animais, enquanto que o homem adamita foi dotado de faculdades maiores e mais nobres, provavelmente destinado a conduzir todo o restante da raça existente à lealdade ao Criador. Falhando Adão em conservar sua lealdada a Deus, Deus o proveu dum descendente, que sendo homem era muito mais que homem, para cumprir com aquilo que Adão não foi capaz de cumprir. Na verdade Fleming nunca foi capaz de dar provas da veracidade dessa teoria, comparando-a com o ensino que a Bíblia oferece quanto à unidade da raça humana.
Monogenismo: É a doutrina segundo a qual todos os seres humanos, independente de sua cultura, língua e cor da pele, são originários de um mesmo tronco genético. Ou seja: todos proviemos, de acordo com o que ensina a Bíblia, de Adão e Eva (At 17.25,26).
Argumentos quanto à unidade da raça humana.
O argumento da história: As tradições mais antigas da raça humana apontam decididamente para o fato de que os homens tiveram uma origem comum.
O argumento da filologia: Os estudos feitos das línguas da humanidade indicam que elas tiveram origem comum.
O argumento da psicologia: A alma é a parte mais importante constitutiva do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e nação a que pertencem, são especialmente as mesmas. Possuem em comum os mesmos apetites, instintos e paixões, as mesmas tendências, e sobretudo, as mesmas qualidades, as mesmas características que só existem no homem.
O argumento da ciência natural: os mestres da filosofia comparativa formulam juízo comum quanto ao fato de que a raça humana se constitui numa só espécie, e que as diferenças existentes entre diversas famílias da humanidade são consideradas como variedades de uma mesma espécie original.
Implicações teológicas do monogenismo:
Todos os seres humanos, conquanto diferentes, foram criados por Deus e originários de um mesmo tronco genético.
Como todos proviemos de Adão, todos pecaram à semelhança de nosso primeiro pai.
Mas nele providenciou o Senhor uma tão grande salvação que contempla todos os seres humanos através da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Já que todos formos gerados por Adão, devemos amar-nos uns aos outros porque todos somos irmãos.
A QUEDA DO HOMEM
Gênesis 3 não descreve a origem do pecado, e sim, descreve a entrada do pecado no campo da humanidade. Gênesis 3 descreve um evento histórico; Adão e Eva foram pessoas históricas que pecaram contra Deus no tempo e no espaço. A historicidade deste evento é essencial para que possamos ver a analogia de Romanos 5.12-21. Se Adão não foi uma criatura verdadeira, que trouxe o pecado para a raça humana em um ponto da história, então não faz sentido a redenção da humanidade por parte de Jesus em outro ponto da história.
A possibilidade de tentação. A árvore da ciência do bem e do mal foi posta no jardim a fim de que o homem fosse experimentado e aprendesse a servir a Deus por sua livre vontade.
O autor da tentação. A serpente representa “a grande serpente, o Diabo” e é também um agente seu. A avenida através da qual a tentação veio para o homem e a mulher foi a serpente.
A sutileza da tentação.
A serpente conseguiu pôr uma dúvida na mente de Eva. Ele levantou dúvidas a respeito da Palavra de Deus (Gn 3.1). A tentação criou suspeitas sobre a bondade de Deus; ela levantou a questão se Deus estaria lidando sábia e justamente com Adão e Eva.
O êxito da tentação. Adão e Eva desobedeceram a Deus e tornaram-se consciente de culpa. Eles vieram a um conhecimento do bem e do mal, mas eles adquiriram este conhecimento da maneira errada.
Eva sucumbiu à tentação em que ela exagerou a proibição de Deus em sua resposta a Satanás (Gn 3.3). Deus nada havia falado sobre o tocar o fruto. “para que... aprendais a não ir além do que está escrito” (1 Co 4.6).
Satanás mentiu ao dizer que eles não morreriam (Gn 3.4) “é certo que não morrereis.”
Satanás disse uma verdade parcial (Gn 3.5). Era verdade que eles conheceriam o bem e o mal, mas Satanás não lhes disse o restante – ele não lhes contou sobre a dor, o sofrimento e a morte que lhes viria através de seu pecado.
O primeiro juízo.
Sobre a serpente: Degradação – a serpente anteriormente, parece ter sido uma criatura nobre; como resultado do julgamento foi alterada em sua forma e aparência.
Sobre a mulher: dor e submissão ao homem.
“O desejo da mulher seria para o seu marido” – o que significa? A palavra hebraica aqui usada é shuq e significa “ter um desejo ardente”
Desejo sexual (Ct 7.10)
Desejo por segurança sob a autoridade de seu marido.
Desejo de governar sobre seu marido (Gn 4.7).
Desejo pecaminoso de dominar sobre o homem (Gn 4.17)
Sobre o homem e seus descendentes: Trabalho árduo até a sua morte, num solo cheios de espinhos; exclusão da árvore da vida no paraíso de Deus.
Sobre a raça humana (Rm 5.12):O resultado do pecado de Adão foi passado sobre toda raça humana. Toda a humanidade agora torna-se sujeita a morte.
Julgamento sobre a criação (Gn 3.17,18): Toda fauna e flora seria afetada pelo pecado de Adão. A vida animal e a natureza seriam resistentes ao homem. Os animais se tornariam selvagens e ferozes; nas plantações seriam produzidas ervas daninhas que prejudicariam a produtividade. Toda a criação gemeria com o efeito da queda e espera ansiosamente pelo dia da restauração.
O primeiro anúncio da redenção.
A redenção prometida (Gn 3.15): Haverá uma luta entre o homem e o poder que causou a sua queda.
“Este te ferirá a cabeça” – O homem será vitorioso por meio de seu representante, o Filho do Homem (At 10.38; 1 Jo 3.8). Cristo desferiu um golpe mortal a Satanás na cruz (Cl 2.14,15; Hb 2.14).
“E tu lhe ferirás o calcanhar” – Mas a vitória será por meio do sofrimento, por meio da morte do descendente da mulher, Cristo (Gl 4.4; Is 7.14; Mt 1.21). Satanás teria uma vitória menor no fato que Cristo morreu; contudo, esta morte tornou-se a própria derrota de Satanás.
A redenção figurada: O Senhor imolou a vítima do primeiro sacrifício a fim de vestir o primeiro par culpado – um quadro da cobertura da consciência culpada por meio do sacrifício de sangue.