A INTERPRETAÇÃO CORRETA DA BÍBLIA.
“Não dizer com firmeza o que a Bíblia não diz com clareza.” – Paulo Romeiro
John F. MacArthur Jr. afirmou: "Um recente best-seller evangélico alerta os leitores a se colocarem de prontidão contra pregadores cuja ênfase está no interpretar as Escrituras e não no aplicá-las. Espere um pouco. Isto é um conselho sábio? Não, de modo algum. Não existe o perigo da doutrina ser irrelevante; a verdadeira ameaça é a abordagem não-doutrinária em busca de relevância sem doutrina. O cerne de tudo que é verdadeiramente prático encontra-se no ensino das Escrituras" .
1. Princípio do Contexto:
“Qualquer doutrina que só tem um versículo como base, não tem nenhum.” – Paulo Romerio
“Heresia é tomar qualquer verdade da Bíblia fora de seu contexto e enfatizá-la tanto ao ponto de negligenciar outras.” - Rev. Ove Lackell
2. Interpretação Literal. Devemos interpretar a Bíblia de modo natural, levando em consideração o que as palavras, em si, realmente significam. Quando nos depararmos com uma parábola, ou com uma metáfora, interpretemo-las de acordo com o método metafórico. Noutras palavras: Se O Senhor Jesus, pois afirma que é a porta, não devemos imaginar madeira, dobradiças e trancas. Mas se Ele declara ser o Filho de Deus, por que buscar, nesta passagem, uma alegoria que não existe? De fato Ele é o Filho de Deus. O mesmo princípio tem de ser aplicado aos demais textos das Escrituras.
3. Iluminação Espiritual. Se crermos ser o Espírito Santo o inspirador da Palavra de Deus, é mister acreditar que, na leitura e interpretação da Bíblia, podemos contar com a sua iluminação. (1 Co 2.9-11)
4. Princípio Gramatical. Na interpretação da Bíblia, levemos em consideração que foi ela escrita de conformidade com as regras gramaticais. Logo, deve ser interpretada, também, segundo as mesmas regras. Eis porque é de suma importância ao leitor das Escrituras, conhecer as regras básicas da gramática e da sintaxe.
5. Princípio Histórico. Não nos esqueçamos de que a Bíblia foi escrita num contexto histórico-cultural específico. Significa isto que deve ela ser interpretada, tendo-se em conta este mesmo contexto. Por conseguinte, é mister que saibamos como viviam os judeus dos tempos bíblicos: conheçamos-lhes pois, as casas, roupas, profissões, relações sociais, culto etc.
6. Princípio Teológico. Embora possamos examinar livremente a Bíblia Sagrada, não podemos descurar o trabalho dos mestres e dos que se afadigam na interpretação da Palavra de Deus. Afinal de contas, os mestres foram-nos dado por Cristo, a fim de que nos aperfeiçoem no conhecimento divino (Ef 4.11)
7. Simetria Bíblica. O mais forte dos princípios da hermenêutica sagrada é que a Bíblia interpreta-se a si mesma. Por isso não podemos, sob hipótese alguma, fazer doutrinas a partir de passagens isoladas, pois devem estas harmonizar-se com o todo. Aí está a simetria. É justamente a harmonia resultante entre as partes e o todo. Vale a pena lembrar uma boa regra de interpretação:
“Não dizer com firmeza o que a Bíblia não diz com clareza.” – Paulo Romeiro
Escrita num período de 1600 anos por 40 autores das mais variadas ocupações, a simetria da Bíblia é absoluta. Ela não entra em contradição consigo mesma desde que interpretada de conformidade com as regras da hermenêutica.