ECUMENISMO
O Que A Bíblia Tem A Dizer Sobre Isto
“E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gn 11.4).
“Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhes respondeu” (1 Rs 18.21).
“Assim temiam ao SENHOR, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados” (2 Rs 17.33).
“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo” (Am 3.3).
“Não vos prendais a um jugo desiguais com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a justiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o infiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” (2 Co 6.14-16).
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1 Tm 2.5).
INTRODUÇÃO
I. DEFINIÇÃO DE TERMOS
1. Ecumenismo.
• Inicialmente, o Ecumenismo era a concretização do ideal apostólico de agregação de todos os que professavam o nome de Cristo. Com o passar dos tempos, porém a palavra foi sendo desvirtuada até ser tomada como um perfeito sinônimo para o sincretismo religioso. Os que buscam semelhante universalidade pregam a união indistinta entre protestantes, católicos, judeus, espiritas, budistas etc. Tal união é contrária ao espírito das Sagradas Escrituras. Mesmo entre os genuinamente evangélicos, a união opera-se mais em sendo espiritual, evitando-se vínculos administrativos, por exemplo, para que a organização eclesiástica não acabe por sufocar o organismo da Igreja de Cristo.
• Essa é uma palavra cunhada modernamente, com base no termo grego oikoumenike, “coisas relacionadas à terra habitada”, (oikoumene). Esse vocábulo tem sido usado para designar tudo quanto pertence ao mundo cristão (isto é, a Igreja, em seu aspecto ecumênico, como coextensiva do globo habitado). em 1937, essa palavra foi empregada na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos da América do Norte, para indicar a Cadeira de Missões, que se tornou então, Cadeira de Ecumenismo. Daí, a palavra ecumenismo veio a significar a ciência da Igreja como a comunidade cristã mundial, em sua natureza, funções, relações, e estratégia.
• Movimento que visa à unificação das igrejas cristãs. Eis a definição eclesiástica mais abrangente: é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas (2 Co 6.14).
2. Sincretismo Religioso.
Tendência à unificação de ideias ou doutrinas diversificadas e, por vezes, até mesmo inconciliáveis (2 Rs 10.18-31).
3. Ecletismo.
(1) Ecletismo: [Do gr. ekletikós, escolha]: Método que consiste em reunir teses e postulados de diversos sistemas. É o mesmo que sincretismo. Numa época tão propensa ao ecumenismo, alguns teólogos, na ânsia de acabar com as rivalidades entre as religiões, buscam erigir um sistema eclético de fé, onde nenhum credo se sinta prejudicado. O Ecletismo, pois, jamais, se coadunaria com a verdade bíblica, pois esta tem como objetivo alcançar toda a humanidade, e não as religiões de toda a humanidade. A verdade bíblica é única e soberana. É exclusivista.
(2) Ecleticismo: Essa palavra vem de dois termos gregos ek, fora + elego, selecionar, ou seja, aquela atitude que leva um homem a selecionar suas idéias dentre fontes variegadas, a fim de ficar com o seu próprio sistema ou coleção de conceitos aprovados. É feita a tentativa de harmonizar a seleção feita. A maioria dos sistemas, sem importar se de filosofia ou de teologia, na verdade, são sistemas ecléticos, embora seus sistemas, contudo não queiram admitir o fato. No campo da filosofia, encontramos os notáveis exemplos da Quarta Academia de Platão, das Escolas Média e Nova do Estoicismo, da filosofia romana em geral, e da Escola alexandrina do neoplatonismo. A maior parte dos cultos atuais religioso-filosóficos são ecléticos em princípio, misturando conceitos orientais e ocidentais.
4. Aspectos Teológicos do Ecumenismo:
(1) A palavra ecumenismo é de origem grega “oikoumene” e significa “a terra habitada”, isto é, a parte da terra habitada pelo homem e organizada em comunidades sistemáticas, a saber: vilas, fazendas, cidades, escolas, instituições, etc. Com este significado, a palavra “ecumenismo” aparece nas seguintes passagens do Novo Testamento:
• “E levando-o mostrou-lhe num momento todos os reinos do mundo [= oikoumene]. Disse lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser” (Lc 4.5,6).
• “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo [= oikoumene], para testemunho de todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24.14).
(2) A Abrangência do Termo Ecumenismo: No decorrer dos séculos, três diferentes segmentos do cristianismo têm se apropriado desta palavra, reivindicando ecumenicidade:
1) A Igreja Católica Romana afirma ser ecumênica por abranger todo o mundo.
2) As igrejas ortodoxas do Oriente alegam sua ecumenicidade, apontando sua ligação com a Igreja Primitiva.
3) Certas igrejas protestantes, estimuladas pelo “Ecumenismo de Genebra”, desenvolvem atividades no sentido de unir as igrejas de todo o mundo para com isso fazer visível a união da cristandade.
5. Propósitos do Ecumenismo. Não obstante possuírem elementos distintos, as igrejas Católica Romana, Ortodoxa e as Protestantes, vêm-se esforçando no afã de alcançar um ecumenismo amplo e sem fronteiras, e que culmine com a união de toda a cristandade. E com o propósito de tornar isso possível duas medidas foram tomadas:
(1) Por iniciativa de algumas igrejas protestantes, em 1938 foi fundado o Concílio Mundial de Igrejas (CMI), com o propósito de colocar sob uma mesma bandeira todos os segmentos do Protestantismo.
(2) A realização do Concílio Vaticano II, no período 1962/65, onde foi largamente tratada a questão dos “irmãos separados” (uma referência aos protestantes) e sugeridos métodos para reuni-los num só rebanho. Devemos reconhecer que a proposta ecumenista da Igreja Católica Romana, feita pelo Concílio Vaticano II, tem um alcance bem maior do que as medidas ecumenistas propostas pelo Concílio Mundial de Igrejas, pois visa congregar num só rebanho toda a cristandade. O ponto alto da questão ecumenista proposta pela Igreja Romana consiste num problema de duplo aspecto:
1) Que as igrejas protestantes e ortodoxas se lembre de terem deixado o catolicismo, pelo que devem voltar ao seio da “Igreja-Mãe”.
2) Que se submetam à orientação do papa de Roma como o “único pastor”.
Evidentemente, para os protestantes e para a Igreja Ortodoxa, aceitar a política ecumênica do vaticano significa a perda de identidade e a renúncia de muitos séculos de luta contra: o predomínio católico-romano, a adoração das imagens de escultura, a pretensa infalibilidade papal e demais hábitos e crenças pagãs do catolicismo romano.
II. ECUMENISMO – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS RELIGIÕES.
1. O Que é Religião.
(1) Definições Teológicas sobre Religião:
• Religião é um determinado sistema de ideias, de fé e de culto.
• Religião consiste em crenças e práticas organizadas, formando um sistema individual ou coletivo, mediante o qual uma pessoa ou grupo de pessoas é influenciado.
• Religião é uma instituição com um corpo autorizado de comungantes, os quais se reúnem regularmente com o propósito de adoração, aceitando um conjunto de doutrinas que relaciona o indivíduo com aquilo que é considerado a quintessência da realidade.
• Religião é tudo aquilo que ocupa o tempo e a devoção de alguém.
• Religião é algo que envolve a piedade humana e a autojustificação, independente de qualquer revelação divina.
2. A Classificação das Religiões Mundiais: Elas podem ser:
• Monoteísta. Quando creem em um só Deus.
• Politeísta. Quando acreditam em vários deuses.
3. O que é uma Seita.
• As palavras seitas e heresias, ambas derivam da palavra grega hairesis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola. A palavra heresia é adaptação de hairesis. Quando passada para o latim hairesis virou secta. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, hairesis, também assumiu conotação negativa, como em 1Co 11.19; Gl 5.20; 1 Pe 1.1-2.
• “Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas” – Dr. Walter Martin.
• “É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja cristã” – Josh McDoweell e Don Stewart.
“Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria” – J.K. Van Baalen
4. Razões para o Surgimento de Seitas:
(1) A ação diabólica.
1) No mundo (2 Co 4.4)
2) Contra a Igreja (Mt 13.25)
3) Contra a Palavra de Deus (Mt 13.19)
(2) O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25: At 20)
(3) A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16)
(4) A falta de conhecimento da verdade bíblica (1 Tm 2.4)
(5) A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14)
5. Características Comuns às Seitas:
(1) Caracterização Geral:
1) O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia.
2) Subtração. O grupo subtrai algo da pessoa de Jesus. Algumas vezes negam sua humanidade, outras vezes, sua deidade, e outra ainda, nega sua messianidade.
3) Multiplicação:
1- Pregam a auto-salvação. (O cristianismo bíblico prega a salvação do alto).
2- Crer que Jesus é importante, mas não é tudo.
3- A salvação é pelas obras.
4- Às vezes repudiam publicamente o sangue de Jesus.
4) Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer a organização ou à igreja, equivale desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso. A Bíblia diz: “Porventura saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós” (1 Co 14.36).
(2) Outras Características:
1) Falsas profecias. Muitas já marcaram o fim do mundo diversas vezes.
2) Negam a Ressurreição literal de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3) Sobre os Seus Fundadores:
1- Foram “iluminados desde criança”.
2- Tiveram algum tipo de visão, iluminação, aparição, etc.
3- Foram escolhidos para desempenho duma “nova missão”.
4- Foram dotados de “dons” extraordinários.
5- Alegam que Buda, Jesus, Maomé ou qualquer outra divindade pagã é a base da sua mensagem.
6- Têm uma mensagem diferente das demais ouvidas até então.
7- Vão revolucionar o mundo.
8- Pretendem agrupar todas as religiões fazendo-as um só rebanho.
6. Como as Seitas Estão Classificadas.
SECRETAS PSEUDOCRISTÃS ESPÍRITAS AFRO-BRASILEIRAS ORIENTAIS UNISCISTAS
Maçonaria Mormonismo Kardecismo Umbanda Seicho-No-Iê Voz da Verdade
Teosofia Testemunhas de Jeová Legião da Boa Vontade Quimbanda Messiânica Mundial Igreja Local
Rosa-crucianismo Adventismo do Sétimo Dia Racionalismo Cristão Candomblé Arte Mahikari Adeptos do Nome Yehoshua e suas Variantes
Esoterismo Ciência Cristã Cultura Racional Hare-Krishna Só Jesus
Meninos de Deus (A Família) Meditação Transcendental
Tabernáculo da Fé
Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa Unificação (Moonismo)
7. Heresias:
(1) Heresia deriva da palavra grega “hairesis” e significa escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra seita por efeito de semântica.
(2) Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e de adotar e divulgar suas próprias ideias, ou as ideias de outrem, em matéria de religião.
(3) O termo “hairesis” aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 29.22. Por sua vez “heresia” aparece em Atos 24.11; 1 Co 11.9; Gl 5.20 e 2 Pe2. 1.
8. Exemplos de Ecumenismo.
• O Bahaismo: Procura uma síntese e fusão total de todas as religiões do mundo em uma única.
III. FATOS HISTÓRICOS SOBRE O ECUMENISMO.
1. Nabucodonosor tentou implantar o Ecumenismo (Dn 3.4-7)
2. Após vários anos de relutância contra o ecumenismo proposto pelo Concílio Mundial de Igrejas, as igrejas ortodoxas da Rússia, Bulgária, Romênia e Polônia, fizeram-se membros afetivos daquele Concílio, enquanto que a Igreja Católica Romana, até indiferente e até suspeita, agora está demonstrando um profundo interesse pelo Concílio Mundial de Igrejas (CMI).
3. Na assembleia do Concílio Mundial de Igrejas, reunida em Upsala, em 1968, os quinze observadores oficiais da Igreja Romana, foram recebidos com uma calorosa salva de palmas, inclusive um deles chegou a dizer que esperava o dia em que sua igreja viesse a ser um dos membros efetivos do citado Concílio. Por todo o mundo o Concílio Mundial de Igrejas tem as suas filiais, os católicos-romanos e protestantes estão se aproximando cada vez mais, unindo-se em muitos dos seus projetos e atividades da igreja. Hoje é muito comum ouvir-se de cultos e de outros eventos religiosos, celebrados por pastores protestantes e por sacerdotes católicos, ou vice-versa.
4. No Brasil o ecumenismo tem lançado suas bases através do Concílio Nacional de Igrejas, e dele já fazem parte a Igreja Luterana, a Episcopal do Brasil, a Cristã Reformada e a Católica Romana.
IV. A PLURALIDADE RELIGIOSA
1. Pluralidade Religiosa: A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão.
(1) Há dez grandes Religiões Principais:
1) Hinduísmo.
2) Jainismo.
3) Budismo.
4) Siquismo.
5) Confucionismo.
6) Taoísmo.
7) Xintoísmo.
8) Judaísmo.
9) Zoroastrismo.
10) Islamismo.
(2) Existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos Estados Unidos e o restante em outros países.
V. ECUMENISMO E ÉTICA.
1. A primeira questão levantada é a retidão moral de uma Igreja Unida. Como um ideal, sem dúvida essa posição é correta, opondo-se à vergonhosa fragmentação que tem havido no mundo cristão. O problema consiste em como atingir esse ideal sem sacrificar princípios importantes.
2. A segunda questão é a retidão de uma expressão missionária comum, que facilite a propagação da fé cristã, tornando-a mais eficaz no mundo. Na há que duvidar que uma Igreja dividida, com seus conflitos internos, em nada atrai os incrédulos. Alguns incrédulos referem-se abertamente a esse fato, como uma das razões pelas quais não levam a Igreja muito a sério. Ela faz soar sonido incerto. Desde então cedo quanto o ano de 1819, em Londres, grupos batistas, anglicanos e metodistas uniram-se visando a propósitos missionários. Idêntico interesse inspirou o Congresso Mundial de Evangelismo, efetuado em Berlim, em 1966. Os participantes pertenciam ou não à estrutura organizacional do Concílio Mundial de Igrejas.
3. Os grupos mais liberais, aderindo a uma espécie de agnosticismo metafísico, têm-se mostrado ativos dentro do movimento ecumênico. Esses têm promovido o evangelho social, com sua ênfase sobre as atividades sociais e de caridade, em substituição ao evangelismo. Pelo lado positivo, isso tem alertado a Igreja para a necessidade de obras práticas, no nível comunitário ou nacional, bem como para a necessidade de haver uma organização que seja uma expressão da lei do amor. Pelo lado negativo, não podemos substituir legitimamente o interesse religioso, que visa o bem-estar da alma, pelo bem-estar material do homem físico.
4. Os grupos que são membros do movimento ecumênico têm-se envolvido em movimentos políticos, alguns deles revolucionários e violentos. Fundos pertencentes ao Concílio Mundial de Igrejas, na verdade, têm sido usados para promover tais movimentos, de tal maneira que vemos o espetáculo de pessoas supostamente espirituais que promovem a violência (algumas vezes encabeçada por grupos esquerdistas) e isso em nome de Cristo. Não há que duvidar que isso é um erro grave.
5. Uma filosofia básica de muitos líderes ecumênicos diz que o homem é essencialmente bom e que corresponderá a esforços feitos para melhorá-lo socialmente, bem como às condições de seu meio ambiente, sem qualquer necessidade de conversão religiosa. No entanto, as duas últimas guerras mundiais deveriam ter ensinado melhor aos homens.
6. O Congresso Mundial de Evangelismo, efetuado em 1966, procurou enfatizar os dois lados da questão, primeiramente, a necessidade do evangelismo e, em segundo lugar, a necessidade da preocupação social com a afirmação de que esses dois aspectos são alternativos e não contraditórios.
7. A Conferência de Jerusalém sobre Profecias Bíblicas, levada a efeito em 1971, salientou a iminente Segunda Vinda de Cristo, que deveria servir-nos de encorajamento na promoção tanto do evangelismo quanto da justiça social, no esforço de recuperar a retidão pessoal e pública, retidão essa que será imposta pelo Rei, que se aproxima.
VI. O ECUMENISMO À LUZ DA BÍIBLIA
1. Todas as Religiões Não São Basicamente a Mesma Coisa? Todas as Religiões não trabalham para um fim comum?
(1) “A Analogia da Montanha”: Essa analogia descreve Deus no alto da montanha e o homem em sua base. A história da religião é o relato do esforço humano para mover-se da base para o pico. A montanha tem muitas estradas. Algumas delas sobem quase que diretamente o topo. Outras rodeiam a mesma em círculos, mas eventualmente alcançam o topo.
(2) Como alguém pode afirmar que todas as religiões se equivalem quando não tem conhecimento do que essas crenças professam ou negam?
(3) Como podem ser verdadeiras todas as religiões quando ensinam coisas totalmente diferentes e divergentes?
• O Budismo nega a existência de um Deus pessoal. O Cristianismo afirma a existência de um Deus pessoal. Será que é possível haver um Deus pessoal e não haver um Deus pessoal ao mesmo tempo e no mesmo relacionamento?
• O Judaísmo Ortodoxo pode estar certo quando nega a vida após a morte e o cristianismo igualmente certo quando afirma a vida após a morte?
(4) Como é possível manter a validade igual para todas as religiões? Só há duas formas:
1) Ignorar as claras contradições entre elas, fugindo para a irracionalidade.
2) Colocar essas grandes contradições num plano de insignificância secundária – “reducionismo”. O Reducionismo despoja cada religião dos elementos considerados vitais pelos adeptos da mesma e reduz a religião ao seu mínimo denominador comum. As distinções de cada religião são obscurecidas e diluídas a fim de alcançar a paz religiosa. A motivação é acabar com as controvérsias religiosas. O alvo é a paz. O preço é a verdade. A paz produzida pelo reducionismo é falsa e carnal (Jr 8.11).
(5) Tolerância ou Validade?
1) Uma coisa é buscar uma atmosfera de debate religioso caracterizada pela caridade; outra bem diversa é dizer que os assuntos discutidos não são importantes.
2) Uma coisa é proteger o direito de toda pessoa religiosa de seguir os ditames de sua consciência sem temer perseguição; outra coisa é afirmar que convicções opostas podem ser ambas verdadeiras.
3) Devemos notar a diferença entre tolerância igual sob a lei, e a validade igual segundo a verdade.
2. Deus não é muito exigente?
(1) Deus não é muito rigoroso, em oferecer apenas um caminho? Que tipo de Deus teria uma porta tão estreita assim? (Mt 7.13,14): Deus não fez o suficiente no sentido de prover redenção para a humanidade.
(2) Deus criou o homem perfeito, o submeteu a uma prova, na qual ele tinha todas as reais chances de vencer, o homem foi advertido das consequências de uma escolha errada.
(3) O homem erra, e mesmo assim Deus, que poderia tê-lo aniquilado na hora, escolhe lhe oferecer o perdão.
(4) O homem se multiplica sobre a terra, e se torna cada vez mais pecaminoso. Mesmo assim Deus continua sendo misericordioso.
(5) Deus liberta seu povo da escravidão do Egito, mesmo assim esse povo se torna rebelde. Deus envia seus profetas, e eles são assassinados pelos desobedientes.
(6) O Povo cai nas piores corrupções: idolatrias, imoralidades, violências...
(7) Então, Deus num gesto mais dramático, em seu grande amor, envia seu único Filho. E Ele (Jesus) é morto na cruz. Mesmo apesar de tudo isto, Deus oferece perdão aos culpados. E diz ao pecador: Apenas aceitem minha oferta de salvação.
1) Algum ainda pode dizer que Deus não fez o suficiente?
2) Se o homem cometeu traição cósmica contra Deus, que razão haveria para Ele prover qualquer meio de salvação.
3) À vista da rebelião universal contra Deus, não se trata da questão de haver só um caminho, mas porque existe ainda um caminho?
3. “Não importa o que você creia desde que seja sincero”. Se uma pessoa estiver bebendo um copo de veneno, acreditando sinceramente que é um suco natural, estará livre das consequências, só porque agiu com sinceridade? Se uma pessoa der ouvidos a um mercenário, escapará de um golpe, só porque o ouviu, com toda a sua sinceridade? Podemos estar sinceramente errados e perder o caminho da salvação.
VII. NOSSAS OBJEÇÕES AO CMI E AO ECUMENISMO
O reverendo Alexander Davi, da Igreja Reformada, e professor do Seminário Teológico da Fé, Gujranwala, Paquistão, abandonou o Concílio Mundial de Igrejas, e justificou a sua decisão com as seguintes palavras:
“O Concílio Mundial de Igrejas está nos levando para a Igreja Católica Romana. O seu programa expresso é conseguir a união de todas as denominações protestantes em primeiro lugar; depois a união com a Igreja Ortodoxa Grega, e finalmente a Igreja Católica Romana. Essa união com a Igreja Católica Romana será uma grande tragédia para as igrejas protestantes, porque, em consequência, destruirá o testemunho distintivo do protestantismo. A Igreja Católica Romana não modificou a sua doutrina desde os dias da Reforma do Século XVI, pelo contrário tem acrescentado muitas tradições e superstições ao seu credo. Portanto, no caso de uma união, as igrejas protestantes serão, em última instância, absorvidas em uma igreja católica monolítica”.
1. A unidade sobre a qual Cristo falou em João 17.19-23 tem o próprio Cristo e não qualquer outra pessoa (mesmo que seja o papa) como centro de convergência.
2. Insistimos na absoluta necessidade de o homem nascer de novo (Jo 3.3), condição única para a salvação, enquanto que o ecumenismo proposto pelo CMI procura congregar num “só rebanho” salvos e ímpios, como se nenhuma diferença existisse entre ambos.
3. Insistimos na necessidade do cumprimento da ordem missionária de Jesus, o que só será possível se virmos os homens como Cristo os viu, pecadores perdidos, sujeitos ao Inferno, não importando a que religião pertençam (Lc 19.10).
4. Insistimos na unidade da Igreja invisível em torno de Jesus Cristo, mas sob a orientação do Espírito Santo, independentemente do que os esforços e política humana possam fazer.
5. Cremos que o Concílio Mundial de Igrejas, com a sua política ecumenista, está sendo instrumento de Satanás para levantar na Terra uma superigreja que, após o arrebatamento da verdadeira e triunfante Igreja, dará suporte espiritual ao governo do Anticristo, da Besta e do Falso Profeta, durante a Grande Tribulação.
1. A Exclusividade do Cristianismo.
(1) Afirmada por Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
(2) Ensinada pelos Apóstolos:
• Pedro: “abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia Vol 2 R. N. Champlin, Ph, D.
Dicionário Teológico – CPAD
Razão para Crer – R.C. Sproul
Seitas e Heresias – Um Sinal dos Tempos, Raimundo de Oliveira.
Bíblia Apologética – ICP
Wilson de Jesus Alves.